21 de setembro de 2013

Premier League: Chelsea reencontra o caminho da vitória

  Chelsea - Na recepção ao Fulham, a fechar os jogos de Sábado da 5.ª jornada da Premier League, o Chelsea de José Mourinho conseguiu somar a 3.ª vitória da temporada e subir (provisoriamente, tudo indica) ao primeiro lugar.

    Mourinho deixou Juan Mata e David Luiz na bancada - pode a imprensa ir dizendo que estes têm "lesões" em algumas das vezes em que foram preteridos, mas começa cada vez mais a cheirar a esturro e são 2 casos nos quais José Mourinho está apenas a complicar a vida a si próprio na selecção da equipa. O Chelsea entrou com John Terry a regressar ao centro da defesa, um diplo pivot com Ramires e Obi Mikel e Eto'o na frente, com destaque para a inclusão de Schürrle no trio ofensivo atrás do camaronês.
    A primeira parte jogou-se a um ritmo aborrecido, sendo que a maior oportunidade de golo pertenceu inclusive ao Fulha - Darren Bent, completamente isolado, viu Petr Cech negar-lhe o golo numa ocasião em que tinha condições para finalizar melhor. O Chelsea protestou uma grande penalidade de Riether sobre Hazard (existiu mas não era 100% fácil para o árbitro de descortinar) e ao intervalo os protestos não eram mais acentuados certamente apenas pelo facto de Mourinho ter a aura que tem em Stamford Bridge.

    A entrada do Chelsea no segundo tempo foi positiva, com uma maior dinâmica provocada pela movimentação de Óscar, Schürrle e Hazard e acabou por ser mesmo o brasileiro - que Mourinho entende que está a ser o melhor jogador do Chelsea neste início de época - a fazer o gosto ao pé. Schürrle desequilibrou na esquerda, Eto'o rematou para defesa de Stockdale e na recarga Óscar encostou e desbloqueou o jogo. Amorebieta e Hangeland iam protegendo a muralha, limpando todas as bolas que apareciam na grande área do Fulham; Mourinho foi mexendo no jogo e introduzindo Torres e Lampard, enquanto que Martin Jol até colocou em campo o irmão de Bruma - Mesca.
    Foi então que aos 84' o Chelsea sentenciou o jogo e através de um jogador improvável: John Obi Mikel. Era preciso recuar até à época 2006/07 para assistir a uma época em que Mikel marcou pelo clube londrino, na altura 2 golos na FA Cup. O golo começou num canto de Lampard com John Terry a assistir de cabeça e o nigeriano a finalizar à boca da baliza.
    O Chelsea soma então 10 pontos, ultrapassou o Liverpool pelo seu goal average e agora fica à espera dos resultados dos adversários. Amanhã Arsenal e Tottenham têm a hipótese de fazer 12 pontos e na 2.ª feira o derby de Manchester fará com que ambas as equipas queiram terminar os 90 minutos tendo roubado 3 pontos uma à outra, juntando-se a Chelsea e L'Pool nas equipas de 10 pts.
    Considerações finais para as escolhas de Mourinho. O special ou happy one sempre se caracterizou por conseguir um plantel coeso onde todos se sentem importantes e valorizados. Afastar Moses e Lukaku (que tanto se destacaram na pré-época); não dar a batuta de maestro a Juan Mata - quando este é perfeitamente compatível com Óscar, ao contrário do que Mourinho diz, e é se calhar o melhor jogador deste Chelsea, enquanto Hazard não explode em definitivo; e não dar mais minutos a jogadores como De Bruyne, têm sido erros de casting. Willian e Eto'o não eram necessários, embora provavelmente acabem por ser importantes esta época e, por fim, crucificar David Luiz não é um gesto "à Mourinho". É certo que o Chelsea perdeu 2 jogos (Everton e Basel) em que o central brasileiro jogou, é certo que hoje regressou a dupla Terry-Cahill e e o Chelsea não sofreu, mas ceder à pressão mediática britânica - que muito tem "caído em cima" de David Luiz graças às suas subidas do terreno e saídas da posição, não é uma atitude digna do historial de Mou.

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