Balanço Final - Liga NOS 18/ 19

A análise detalhada ao campeonato em que houve um antes e um depois de Bruno Lage. Em 2018/ 2019 houve Reconquista.

Prémios BPF Liga NOS 2018/ 19

Portugal viu um médio carregar sozinho o Sporting, assistiu ao nascer de um prodígio, ao renascer de um suiço, sagrando-se campeão quem teve um maestro e um velocista.

Balanço Final - Premier League 18/ 19

Na melhor Liga do mundo, foram 98 contra 97 pontos. Entre citizens e reds, entre Bernardo Silva e van Dijk, ninguém merecia perder.

Os Filmes mais Aguardados de 2019

Em 2019, Scorsese reúne a velha guarda toda, Brad Pitt será duplo de Leonardo DiCaprio, Greta Gerwig comanda um elenco feminino de luxo, Waititi será Hitler, e Joaquin Phoenix enlouquecerá debaixo da maquilhagem já usada por Nicholson ou Ledger.

21 Novas Séries a Não Perder em 2019

Renasce The Twilight Zone, Ryan Murphy muda-se para a Netflix, o Disney+ arranca com uma série Star Wars e há ainda projectos de topo na HBO e no FX.

31 de agosto de 2014

Tottenham 0-3 Liverpool: Diabos à solta em White Hart Lane!

Tottenham    0 - 3    Liverpool (Sterling, Gerrard (G.P.), A. Moreno)

    Depois do desaire frente ao Manchester City, o Liverpool tinha mais uma saída complicada ao deslocar-se até White Hart Lane para defrontar os Spurs. Contudo, Brendan Rodgers tornou tudo mais fácil e acabou por garantir facilmente a vitória perante a equipa muito bem liderada - até ao momento - por Mauricio Pochettino. Rodgers lançou de início Mario Balotelli - que entrou muito depois das três equipas deixando a sua marca - e juntamente com Sturridge e Sterling formaram três setas apontadas à baliza.
    Jogo intenso logo de início e com Balotelli logo a dar nas vistas. O novo reforço do Liverpool quase marcou nos primeiros minutos após cabecear para enorme defesa de Lloris no seguimento do excelente cruzamento de Sturridge. Não entrou à primeira, entrou à segunda. Os Reds chegaram ao golo logo bem cedo por intermédio de Raheem Sterling. O jovem diabo culminou uma jogada de contra-ataque iniciada magnificamente por Daniel Sturridge. O avançado inglês partiu para cima dos adversários e acabou por ludibriar dois deles desmarcando posteriormente Henderson para dentro da área. O médio britânico limitou-se a passar para o lado onde Sterling apenas teve que encostar. O Tottenham respondeu logo a seguir por Adebayor, mas o togolês tirou mal as medidas do seu chapéu. Ligeira superioridade dos Spurs na posse de bola, mas era o Liverpool a criar as oportunidades de golo. Sturridge esteve sempre muito activo no ataque e era um verdadeiro quebra-cabeças para os defesas londrinos. Demasiado rápido para os adversários, Sturridge tirou 3 adversários do caminho e rematou muito rente ao poste. Já mais perto do apito do árbitro para o intervalo atirou para defesa de Lloris após passe de calcanhar de Balotelli. O Tottenham não tinha ideias no ataque e tudo muito por culpa da intensa pressão que Brendan Rodgers incutiu na sua equipa. A melhor oportunidade da equipa da casa surgiu perto do minuto 45 com Chadli a aparecer cara a cara com Mignolet, mas com o guardião belga a levar a melhor com uma boa mancha.
    O segundo tempo começou como o primeiro - com um golo. Eric Dier - que até então tinha tido prestações brilhantes nos Spurs - cometeu uma grande penalidade sobre Joe Allen numa infantilidade do ex-jogador leonino. O jovem inglês agarrou o galês dentro da área impedindo-o de progredir. Chamado para a conversão, o capitão Steven Gerrard não vacilou. Pochettino fartou-se e acabou por lançar Dembélé e Townsend em detrimento de Bentaleb e Eriksen. Contudo, as mexidas não correram bem. Pouco depois de ter entrado, Townsend perdeu a bola para Alberto Moreno - irrepreensível defensivamente(!) - e o lateral espanhol disparou desde o seu meio campo até à área parando apenas para rematar para o 3º golo do jogo. Enorme arrancada do espanhol ex-Sevilha a colocar a cereja no topo do bolo com um tento. Sturridge bem tentava deixar a sua marca no jogo, mas a verdade é que isso não aconteceu. Numa das suas movimentações da direita para o centro, atirou forte, mas Lloris sacudiu para canto. Sturridge esteve sempre irrepreensível no ataque, mas a verdade é que - desta vez - o golo não caiu aos seus pés. Menos interventivo no jogo do que é costume, mas sempre uma constante dor de rins para os defensores adversários. Com uma vantagem tão confortável, o Liverpool acabou por entregar a bola ao adversário e gerir o jogo até ao apito final. O Tottenham não tinha ideias e - tirando uma grande penalidade não assinalada nos descontos - não teve qualquer momento atacante de relevo.
    Raheem Sterling esteve endiabrado todo o jogo incutindo muita velocidade no ataque dos Reds que - derivado à falta de velocidade dos defesas do Tottenham - acabou por fazer muita mossa. Destaque ainda para as exibições magníficas de Alberto Moreno e de Steven Gerrard e ainda para a não menos boa exibição de Daniel Sturridge - outra constante dor de cabeça dos Spurs. Do outro lado apenas Bentaleb esteve a um nível bom, mas Pochettino decidiu tirá-lo muito cedo no jogo. Brendan Rodgers foi o grande vencedor ao ler o jogo de maneira exímia frente a um Mauricio Pochettino sem quaisquer argumentos.

Barba Por Fazer do Jogo: Raheem Sterling (Liverpool)
Outros Destaques: A. Moreno, Gerrard, Sturridge.
Resumo e Golos: (Link TVGOLO)

30 de agosto de 2014

Everton 3-6 Chelsea: Jogo do Ano?

Everton  3 - 6  Chelsea (Mirallas 45', Naismith 69', Eto'o 76'; Diego Costa 1' 90', Ivanovic 3', Coleman a.g. 67', Matic 74', Ramires 77')

    De longe o jogo mais intenso, espectacular e um dos candidatos a jogo do ano na Premier League 14/ 15. Em Goodison Park havia indícios de que este podia ser um jogo "amarrado" mas foi tudo menos isso, com 9 (!) golos. José Mourinho lançou aquele que se esperava que fosse o seu 11 para jogos grandes - com Ramires como jóker a entrar nas contas - saindo da equipa Oscar e Schürrle e entrando também Willian. Martínez, com um Everton que dá sempre tudo, colocou aquele que será neste momento o melhor onze dos toffees, aos quais Ross Barkley faz muita falta.
    Pode-se dizer que houve uma entrada verdadeiramente de campeão, com uma fome gigantesca de ganhar (e talvez uma motivação extra pela derrota do City) e a mentalidade que caracteriza as equipas de Mourinho. Com 3 minutos o Chelsea já ganhava por 2, tendo Diego Costa inaugurado o marcador assistido por Fábregas, com Ivanovic a ampliar (estava em ligeiro fora-de-jogo, mas era tão difícil de descortinar que o árbitro fez bem em dar vantagem). Caso para dizer que os adeptos no estádio que decidiram aquecer o estômago com um cachorro, perderam logo 2 golos. Mas mal por mal... ainda faltavam sete.. Na 1.ª parte o denominador comum com a passagem do tempo passou a ser a força inesgotável da "locomotiva" Seamus Coleman, e numa dessas subidas o lateral irlandês conseguiu assistir Mirallas que, de cabeça, reduziu para 1-2 em cima do intervalo. Altura perfeita para marcar.
    Três golos na primeira parte. 6 na segunda. Nos segundos 45' a bola foi do Everton (que durante largos minutos teve praticamente 80% de posse), mas foi Diego Costa o primeiro a criar muito perigo com Howard a brilhar ao defender com o pé. Seguiram-se vários episódios com Diego Costa a acumular "picardias" e a quebrar aquela bolha de respeito que os jogadores da Premier têm entre si, mais do que em qualquer outra liga. O Everton estava melhor mas foi o Chelsea a marcar - Hazard fugiu a toda a gente e Coleman desviou um cruzamento do belga para a própria baliza. Brutal infelicidade para o irlandês, e Diego Costa a aproveitar para incendiar o jogo picando Coleman e fazendo o pacato Tim Howard exaltar-se. As emoções estavam ao rubro, Goodison Park em chamas mas 2 minutos depois os evertonians tiveram razões para festejar com Naismith a reduzir novamente para 2-3, depois de um excelente trabalho de McGeady. O golo fez com que Martínez decidisse estrear Eto'o, mas foi a equipa de José Mourinho a marcar novamente, com Nemanja Matic a rematar à entrada da área.
    Mas a coisa estava longe de ficar por aqui. Novamente passados 2 minutos foi a vez do "velhinho" Eto'o fazer um golo na estreia, num cabeceamento indefensável após cruzamento perfeito do esquerdino Leighton Baines. Era o 3-4 a ser marcado aos 76 minutos e a esperança a reacender-se para o Everton durante... menos de um minuto. É que logo no reatar do jogo Matic descobriu Ramires e o faz-tudo brasileiro finalizou com qualidade. Ainda assim, a impressionante alma e o coração infinito do Everton durou mais um lance e, sem nunca baixar os braços, Coleman e Lukaku desenharam um lance que terminou com Courtois a atirar um remate de Mirallas para o poste. Defesa decisiva do guardião belga, e um momento-chave do jogo. A partir daí o jogo estagnou no 5-3, aproveitando os jogadores para recuperar o folgo, e só a entrada de Besic mexeu com o jogo. O bósnio estreou-se da pior maneira ao fazer um atraso criminoso de calcanhar que deixou Diego Costa e Drogba em excelente posição. O histórico do Chelsea assistiu o ex-Atlético Madrid e Diego Costa fez tudo bem mostrando a sua qualidade antes de bisar.

    Tínhamos assistido mais cedo ao Newcastle 3-3 Crystal Palace mas este Everton 3-6 Chelsea por tudo (intervenientes, intensidade, dimensão dos jogadores, marcha do marcador) foi um jogão e dificilmente algum jogo será melhor do que este. Espectáculo puro, um festival de emoções e o Chelsea a mostrar o porquê de ser - pelo menos para nós - o favorito nº 1 a vencer a Premier League. De qualquer modo, este Everton teve uma prestação honrosa e o diferencial de 3 golos é claramente exagerado quando seria justo que o Chelsea ganhasse talvez apenas por 1.
    Ivanovic, Matic, Ramires, Mirallas e Coleman estiveram todos em alto nível, mas acabou por ser Diego Costa o epicentro do jogo. O avançado espanhol de origem brasileira foi o vulcão que agitou com este jogo juntando aos seus 2 golos inúmeros momentos que contribuíram para a intensidade do jogo mas que em nada representaram aquilo que deve ser um profissional de futebol. Dificilmente será alguma vez bem recebido em Goodison Park mas para já, Costa leva 4 golos em 3 jogos. Adaptação perfeita, do avançado que parece ter nascido para ser treinado por Mourinho.

Barba Por Fazer do Jogo: Diego Costa (Chelsea)
Outros Destaques: Coleman, Mirallas, Naismith; Ivanovic, Matic, Ramires
Resumo e Golos: (Link TVGOLO)

Diouf derrota Manchester City, van Gaal não sabe ganhar e Swansea só sabe ganhar

  Premier League - Surpresas, umas atrás das outras. A Barclays Premier League é rica em resultados inesperados, pela sua imprevisibilidade jornada após jornada, e esta 3.ª jornada já merece até agora o estatuto de jornada mais surpreendente. O Manchester City, super-favorito para derrotar em sua casa o Stoke (inclusive depois do excelente jogo dos citizens contra o Liverpool) perdeu 0-1 com um golo da poderosa gazela Mame Biram Diouf. O rival Manchester United, já com Di María no onze inicial, não conseguiu desfazer o 0-0 no terreno do Burnley e o jogo da jornada até agora opôs Newcastle e Crystal Palace, num 3-3 frenético.
    Etihad foi palco da maior surpresa da jornada. Depois de uma exibição implacável frente ao Liverpool, o Manchester City desiludiu durante largos minutos e foi surpreendido numa cavalgada imparável de um jogador que esteve em tempos no Manchester United. Contra o City, Mark Hughes (antigo técnico da equipa azul celeste de Manchester) preparou bem o jogo, colocando uma equipa muito mais equilibrada do que nos últimos 2 jogos, tendo em conta o poderio ofensivo do adversário de hoje. A equipa da casa teve sempre muita bola mas faltou criatividade e imaginação para furar a defesa do Stoke, magnificamente comandada por Shawcross, e a dupla Jovetic-Agüero não conseguiu fazer a diferença. Na 1.ª parte ficou uma grande penalidade por assinalar sobre Diouf (falta de Kolarov) mas acabaria por ser precisamente o jogador senegalês a traçar o destino do jogo - depois de um alívio de Pieters na sua área, Diouf correu, correu e correu, tirou da frente quem lhe apareceu no seu caminho e rematou para o chocante 0-1, com Hart também mal na fotografia. Foi a primeira escorregadela do City, que pouco ou nada vacila normalmente em sua casa, e recordamos que após a interrupção do campeonato haverá Arsenal-M.City.

    Louis van Gaal e o seu Manchester United conseguiu algo ligeiramente melhor que o rival City: 1 ponto em vez de zero. O United, já com Ángel Di María (a médio centro) no 11, deslocou-se ao reduto do Burnley e o 0-0 manteve-se até ao fim. Angelito foi o melhor dos red devils na 1.ª parte, lançando os seus colegas em profundidade e espalhando o seu bom futebol em alguns momentos. Mas até foi o Burnley que esteve mais perto de marcar - David Jones acertou na trave e obrigou De Gea a uma boa defesa, enquanto que Arfield voltou a deixar boas indicações. van Persie não conseguiu bater Heaton após uma brilhante assistência de Di María e no decorrer da 2.ª parte tanto Di María como Mata foram obrigados a sair por cãibras no 1.º caso e uma lesão muscular no segundo. No dia em que Daley Blind foi confirmado como reforço do United, voltou a ficar evidente que van Gaal precisa de várias coisas: afinar o 3-4-1-2 (caso mantenha a aposta neste esquema, e para isso precisará de tempo), mais reforços (se o United conseguisse contratar jogadores com o perfil de Seamus Coleman, Mats Hummels e Kevin Strootman aí sim a história mudaria) e hoje van Gaal poderia ter tomado outras opções: cedo se percebeu que van Persie não estava bem e Januzaj demorou muito a sair do banco.
    Enquanto que o Manchester United ainda não ganhou e tem apenas 2 pontos em 3 jogos, o Swansea (que provocou a surpresa da 1.ª jornada ao vencer em Old Trafford) continua o seu trilho vitorioso e conseguiu o 2.º jogo consecutivo caseiro sem sofrer golos. Até agora são 3 vitórias em 3 jogos para os swans de Gary Monk. Hoje a sociedade Sigurdsson-Dyer voltou a fazer estragos, com o islandês a servir o rapidíssimo extremo para este bisar, enquanto que o golo da tarde foi de Wayne Routledge num remate espectacular sem preparação.

    O melhor jogo deste primeiro conjunto de partidas foi mesmo o Newcastle-Crystal Palace. Motivados pelo facto de terem novo treinador (Neil Warnock) os jogadores do Crystal Palace entraram logo a ganhar graças a um golo de Dwight Gayle com 1 minuto de jogo. Janmaat, numa de muitas subidas, empatou  mas Puncheon voltou a colocar o Palace na frente. As emoções estiveram ao rubro até ao fim com Aarons a revolucionar o jogo e a empatar de cabeça, antes de estar na origem do 3-2 - Aarons rematou com efeito ao poste mas Williamson estava no sítio certo para encostar. Parecia que depois de muitas mudanças no marcador ia ser o Newcastle a amealhar 3 pontos mas no largo período de descontos, Zaha (emprestado pelo United ao clube onde foi mais feliz) fez o 3-3 final. Porventura o jogo mais emocionante desta Premier League até agora.
    O QPR realizou hoje o seu melhor jogo e venceu em casa o Sunderland. Charlie Austin, o matador de serviço que tem acumulado golos nos últimos anos no Championship, marcou o seu primeiro golo no escalão máximo e deu a vitória à equipa londrina.
    Um jogo que também teve bastante emoção foi o West Ham-Southampton em que Forster foi evitando a vantagem dos hammers mas Noble conseguiu mesmo marcar, com a ajuda de um desvio de Yoshida. Perto do intervalo Schneiderlin (que parece que ficará nos saints) empatou, e o médio francês bisou na 2.ª parte após assistência de Ward-Prowse. O jogo ficou sentenciado por intermédio do italiano Pellè.

    O Everton-Chelsea será analisado de forma individualizada por ser um dos 2 jogos grandes da jornada, a par do Tottenham-Liverpool.

Garganta Afinada. Top 20 ( nº 98 )

    Olh'ós gajos! Mequié? Estão todos nice? Todos p'rá frentex? Pois é... Resolvemos voltar com mais um Garganta Afinada! Sim... A economia continua mal, os vulcões estão todos malucos, a Casa dos Segredos vai recomeçar... Mas há Garganta Afinada!
     Desta feita, construímos praticamente um top com artistas nacionais. Nunca é demais realçar que o nosso país tem qualidade para dar e vender e este top é uma prova disso mesmo. Para começar, um dueto de Marisa Liz (Amor Electro) e Luís Sequeira. Irremediavelmente o grande momento da final do The Voice. Sensibilidade musical e magia nas vozes de dois grandes músicos portugueses. Acompanhados ao piano e depois de assaltarem o guarda-roupa do Roberto Leal, deixaram bem claro que Luís Sequeira merecia ter sido ele o grande vencedor do programa - porque uma voz assim está longe de aparecer todos os dias - e a mentora Marisa voltou a marcar pontos. Pensemos assim: agora que o Drumond ganhou, pelo menos à partida não voltará a participar num programa destes. Há que ver o lado positivo. Temos ainda uma banda que - muito provavelmente - vai ser recomendada com alguma frequência por nós. O álbum #batequebate dos D'alva tem 11 faixas e todas elas são de qualidade inegável. A música "Primavera" explora sonoridades que pouco se ouvem no panorama português e que revela um pouco a ousadia dos intervenientes. Certamente deixarão a sua marca na música portuguesa. Há ainda músicas recentes de Bastille e Tiago Bettencourt, que tomaram forma nos seus videoclips com a ajuda de Sophie Turner aka Sansa Stark no primeiro caso, e Carolina Torres no segundo. Temos também os estreantes Skills & The Bunny Crew que dizem ter influências de Red Hot Chili Peppers, Jeff Buckley, Beastie Boys, Mind da Gap ou até de Gabriel o Pensador. Os próprios apresentam-se como um híbrido de Rock e Rap que nos remonta um pouco à musicalidade dos Da Weasel. Curiosamente ambas as bandas têm raízes da margem sul, mas a música que escolhemos - "A Minha Vida Num Poema" - não é um exemplo de semelhança entre as duas bandas. Todo o álbum dos Skills & The Bunny Crew vale a pena ouvir e é também uma banda a seguir num futuro próximo. Recorremos ainda a malta que já foi cliente aqui da tasca, como os M83, Sea Wolf ou Hayden Calnin, passando ainda por uma música aveludada dos Trêsporcento, e introduzindo Daniela Andrade e Family of the Year. A “família do ano” serve de pano de fundo ao trailer de ‘Boyhood’ e poderia tornar-se facilmente um êxito de rádio; já a jovem Daniela – misto de hondurenha com canadiana – é um diamante por lapidar e, entre várias boas covers que tem no seu canal optámos pela ‘Crazy’ de Gnarls Barkley, que se ouviu em mais um episódio de Suits (uma das séries da actualidade com melhor banda sonora). 5-30 estreiam-se no nosso espaço com "Vício" assim como os The StoneWolf Band com "My Ukelele". Para finalizar não conseguimos ficar indiferentes ao mashup de Stereossauro que decidiu misturar a música "Os Melhores Anos" de Jimmy P e Valete com a "Under The Bridge" dos Red Hot Chili Peppers. Uma mistura simplesmente perfeita que acabou - na nossa opinião -  por enriquecer ainda mais a música.
    E é assim que nos despedimos, gente da nossa terra. Oiçam muita música e aproveitem estas 20 músicas para vos alegrar o dia. Não damos por terminado este texto sem parafrasear um senhor chamado José Cid: "A nova geração tem de descobrir qual é o seu dinossauro. Todos os países têm o seu dinossauro." - reflitam sobre estas gloriosas palavras e tirem as vossas conclusões...
    Até à vista!



29 de agosto de 2014

Convocados Portugal: Adrien, Pedro Tiba, Vezo, Ricardo Horta e Bruma chamados

  Selecção - Paulo Bento revelou às 14h a lista de 24 convocados para o jogo com a Albânia a 7 de Setembro, primeiro jogo da qualificação para o Euro 2016. O seleccionador nacional anunciou uma lista com alguma inovações, algo que não poderia deixar de acontecer depois do lastimável Mundial 2014.
    Os convocados foram então:

Guarda-Redes:
Rui Patrício (Sporting), Anthony Lopes (Lyon), Eduardo (Dínamo Zagreb);
Defesas: André Almeida (Benfica), João Pereira (Valência), Rúben Vezo (Valência), Pepe (Real Madrid), Neto (Zenit), Ricardo Costa (Al-Sailiya), Fábio Coentrão (Real Madrid), Antunes (Málaga);
Médios: Adrien (Sporting), William Carvalho (Sporting), Pedro Tiba (Braga), André Gomes (Valência), Miguel Veloso (Dínamo Kiev), Raul Meireles (Fenerbahçe), João Moutinho (Mónaco);
Avançados: Ivan Cavaleiro (Deportivo), Nani (Sporting), Bruma (Galatasaray), Vieirinha (Wolfsburgo), Ricardo Horta (Málaga), Éder (Braga)

    BPF - Destaque para a introdução de algumas caras novas neste "novo ciclo". Paulo Bento finalmente enterrou o "machado de guerra" com Adrien, e é evidente que a ausência de Cristiano Ronaldo deste lote salta à vista de todos - o capitão da Selecção não está em condições físicas para competir, segundo a Federação, e pode-se especular que esta ausência engloba um entendimento conjunto entre a Selecção, Real Madrid, Jorge Mendes e o jogador. A não haver este entendimento, há espaço para uma polémica (Ronaldo diz que está bem, joga pelo Real Madrid, mas não está bem para a Selecção?). Mas vamos seguir em frente.
    Globalmente, podemos entender Rúben Vezo, Pedro Tiba, Ricardo Horta, Bruma, Adrien, André Gomes e Ivan Cavaleiro como as principais caras desta nova Selecção rumo a 2016. O central do Valência ganhou o lugar de 4.º central, numa convocatória onde não se justifica a presença de Ricardo Costa, agora a jogar no Qatar. Os GR são os esperados, até pelo facto de Beto (que eventualmente poderia levantar o debate se deveria ser ele ou Patrício o titular) estar lesionado e no meio-campo Paulo Bento mantém Meireles, Veloso, Moutinho e William e chamou finalmente Adrien, confiou em André Gomes e estreou Pedro Tiba, jogador que o Braga contratou ao Setúbal. 
    Na frente, há apenas Éder como avançado centro, numa posição que de facto Portugal tem poucas boas soluções, e nas alas para além da manutenção de Nani e Vieirinha, P. Bento volta a contar com Ivan Cavaleiro e Bruma (jogadores que já foram chamados, embora só Cavaleiro já seja internacional) e acrescentou-lhes Ricardo Horta, um jogador que tínhamos o feeling que estaria neste lote de convocados e cuja convocatória faz sentido a vários níveis.

    Para além da ausência de Cristiano Ronaldo (por motivos de ordem física), deve-se destacar também o facto de Hugo Almeida e Hélder Postiga terem sido preteridos, o que tinha de acontecer cruzando o recente rendimento com o facto de não estarem a competir. Ricardo Costa (a jogar no Qatar!) também já não deveria fazer parte das contas e, enquanto Adrien desta vez foi finalmente chamado, José Fonte deve neste momento concluir que não contará para Paulo Bento, numa altura em que com Bruno Alves lesionado, o central do Southampton emergia automaticamente como o 2.º melhor central disponível.
    José Fonte foi um dos excluídos injustamente, e para além dele fazia todo o sentido convocar Rony Lopes - o jogador luso-brasileiro tem um potencial gigante e, até por estar a ter uma evolução bem precoce, faria todo o sentido integrá-lo já ao mais alto nível da nossa Selecção. Rafa, que esteve no Mundial 2014, ficou de fora e veremos com o evoluir do tempo se elementos como Pizzi, Bebé (aka Tiago), Rúben Neves, Paulo Oliveira, Cédric ou Bernardo Silva terão ou não oportunidade no caminho para 2016, dependendo todos eles em princípio dos minutos que tenham nos clubes.

28 de agosto de 2014

Dicas Fantasy Premier League - Jornada 3

Fantasy Premier League - Aproveitem o futebol inglês neste fim-de-semana porque em breve há paragem e ficaremos órfãos. A 3.ª jornada da Premier League joga-se este sábado e domingo, e a paragem que decorre entre a terceira e quarta jornadas poderá ser um bom momento para utilizar o wildcard. Nesta jornada há novamente 2 jogos cabeça-de-cartaz, com o Everton a receber o Chelsea no fim da tarde de Sábado, enquanto que Tottenham e Liverpool encontrar-se-ão à hora de almoço de Domingo.
    Fazendo um rápido balanço da jornada 2, em termos de fantasy, Nacer Chadli foi o jogador que mais pontuou ao bisar frente ao QPR (num jogo em que Lamela espalhou magia e fez 2 assistências, e Dier voltou a marcar). Eric Dier continua a surpreender e é ao fim de 2 jornadas o jogador com mais pontos - perfaz um total de 29 ao ter conseguido 2 jogos sem sofrer golos e 2 golos marcados). No entanto, é improvável que Dier consiga não sofrer contra o Liverpool, e a sua valorização - de 5.0 para 5.3 - só é superada nesta altura pela valorização de Sigurdsson, que já aumentou 0.4. Na jornada passada destacou-se ainda Stevan Jovetic com um bis frente ao Manchester City, Ivanovic continua com um arranque de época brilhante, e estiveram bem ainda Nathan Dyer, Mata, Shawcross, Adebayor, Downing e Zarate.
(Podem-se juntar à Liga Barba Por Fazer: Código - 2019364-449247)

    Vamos lá então aos palpites da jornada (Gylfi Sigurdsson, Erik Lamela e Césc Fábregas podem ser boas apostas para esta jornada, sobretudo o islandês e o argentino, mas como os referimos individualmente na última jornada, não os quisemos repetir como elementos em destaque):

 Stevan Jovetic - Manchester City - 8.1

    O montenegrino esteve on fire contra o Liverpool, e pode acontecer que repita a dose contra o Stoke. Embora o Stoke seja uma equipa que defende bem, o facto desta temporada ter mais soluções à frente está a deixar a equipa mais balanceada e por vezes pouco equilibrada, e o City é letal a aproveitar os espaços que os adversários deixam. Com Dzeko ainda em dúvida e Agüero com um preço tão alto (não sendo garantida ainda por cima a sua titularidade depois de uma pequena lesão contraída num treino, num lance com Kolarov), Stevan Jovetic emerge como uma opção segura. Para além dele, naturalmente Yaya Touré (11.0) e David Silva (9.0) serão as restantes opções a considerar no ataque do Manchester City. Nasri fez um grande jogo com o Liverpool mas havendo tantas e tão boas opções, inclusive por exemplo Navas, há sempre o risco de Pellegrini rodar. E por isso mesmo, Yaya Touré e Silva parecem intocáveis e Jovetic também, porque não sendo um jogador com lugar cativo no onze Pellegrini vai querer continuar a apostar nele e deixá-lo brilhar enquanto ele se exibir a este nível, aproveitando as oportunidades que está a ter.

 Mauro Zarate - West Ham - 6.4

    Zarate é uma aposta de risco e que poderá só fazer sentido eventualmente para jogadores que utilizem o wildcard após a 3.ª jornada, aproveitando para "arrumar" a sua equipa após o fecho de mercado e depois de já conhecerem bem as equipas nestas primeiras jornadas. Contra o Southampton, o West Ham poderá voltar a fazer um bom jogo e, caso Enner Valencia não seja titular pela 1.ª vez (quando o equatoriano ganhar a titularidade vai ser uma opção muito interessante), Zarate é um jogador a considerar. Um jogador de técnica pura e que vai complicar a vida à defesa dos saints. Talvez acabe por jogar nas costas de Carlton Cole, mas a seu tempo a dupla Zarate-Valencia, quando afinada, pode valer golos e espectáculo.

 Siem de Jong - Newcastle - 7.0

    O Fantasy é um jogo em que se deve privilegiar as apostas seguras, mas uma pitada de risco não faz mal a ninguém. Siem de Jong não pôde jogar a 1.ª jornada por estar lesionado, na 2.ª só entrou no decorrer da segunda parte, mas à 3.ª pode ser de vez. Depois de uma boa pré-época, o holandês tem no Crystal Palace (com novo treinador, Neil Warnock) a presa perfeita para conseguir o seu primeiro bom jogo pelos magpies. Tudo indica que jogará a 10 atrás de Emmanuel Rivière (7.0), com Sissoko e Rémy Cabella (7.5) nas alas. Os livres directos vão ser dele, e os penalties ou serão de Cabella ou dele. Siem de Jong é craque, e esta Premier League vai prová-lo. Veremos se começa já neste fim-de-semana.

 Alexis Sánchez - Arsenal - 10.4

    Os primeiros dois jogos de Alexis foram francamente inferiores ao que todos esperávamos. Com o Crystal Palace só conseguiu ter impacto na assistência de livre para Koscielny, e contra o Everton foi retirado de campo aos 45'. Vários jogadores de Fantasy desataram a tirar Alexis das suas equipas mas para esta jornada conservá-lo pode ser bom, até pelo facto de agora ser um jogador que menos gente tem. Foi decisivo durante a semana ao marcar o golo que colocou o Arsenal na Champions, e isso pode tê-lo motivado, retirando-lhe algum peso dos ombros. Contra o Leicester - num jogo que será certamente aberto e que deverá ter golos de ambos os lados - Alexis deve jogar na frente e é bem possível que tenha a sua exibição mais fresca e endiabrada até agora. Claro está que: Aaron Ramsey (9.1) continua a ser a opção número 1 do Arsenal, e ainda por cima estará fisicamente bem depois de não ter jogado com o Besiktas; o preço de Alexis é demasiado elevado para se continuar a arriscar nele a curto/médio-prazo caso continue a não garantir retorno, e Hazard e Di María são opções excelentes, e mais baratas.

 Ashley Williams - Swansea - 5.0

    O início de campeonato do Swansea previa-se positivo, mas está a ser ainda melhor graças à inesperada vitória em Old Trafford, que ajudou a subir os índices de confiança dos swans. Esta jornada, o Swansea recebe o WBA e para além de Gylfi Sigurdsson (6.4), que só não o destacamos por o termos feito na jornada passada, há vários elementos ofensivos que podem fazer algo - casos de Nathan Dyer (5.5) e Wilfried Bony (8.5). No entanto, e para colocar algum defesa nesta lista, a escolha desta semana recaiu no central e capitão Ashley Williams. O patrão da defesa do Swansea tem-se exibido ao nível monstruoso que nos habituou, dando o peito às balas e inspirando a equipa, garantindo a sua segurança defensiva. Com os seus desempenhos na retaguarda é sempre candidato a bonus caso a equipa não sofra golos - na última jornada, por exemplo, o Swansea ganhou por 1-0 ao Burnley e o bonus 3 ficou para ele.

Outras Opções:
Guarda-Redes: Já referimos que somos defensores de que se deve mexer pouco nos GR, apostando numa dupla cujo emparelhamento seja bom - falámos antes da 1.ª jornada de Tim Krul e Asmir Begovic. Desses dois, Tim Krul (4.5) é naturalmente uma boa opção para esta jornada, embora possa jogar contra o holandês a motivação do Crystal Palace ao ter um novo treinador, e o facto da defesa do Newcastle ainda não estar no seu melhor - tendo que jogar com Williamson e Dummett. Aliás, faltará sempre a este Newcastle um bom central, embora o clube não pareça estar à procura de um. Para além de Krul, e pensando nesta jornada exclusivamente, Joe Hart (6.0) e elementos mais baratos como Brad Guzan (4.5) e Lukasz Fabianski (5.0) são boas opções.

- Defesas: A matemática diz que só se deve mexer na defesa quando: há uma maré de azar (suspensões ou lesões) na equipa, quando é necessário ganhar orçamento para colocar outro jogador ou, por fim, fazendo apenas 1 transferência nessa jornada. Isto porque quando um jogador faz 2 transferências, a não ser que na ronda anterior tenha feito 0, perderá 4 pontos. Quatro pontos esses que são os pontos que o jogador dá ao garantir uma clean sheet, mais valendo - caso o jogador não marque, assista ou tenha bónus - manter o jogador que já existia. Aparte disto, são boas apostas para esta jornada, um pouco na sequência da análise defensiva, Daryl Janmaat (5.0) e Vincent Kompany (6.5). O Everton-Chelsea, embora tenha o Chelsea como favorito, poderá ser um jogo bastante "amarrado" e nesse sentido, tanto dum lado como do outro podem emergir opções válidas - Seamus Coleman (7.0), Branislav Ivanovic (7.1) e Gary Cahill (6.5). Mas convenhamos, não vale a pena apostar em defesas tão caros num jogo grande. Embora o West Ham receba o Southampton, estejam também atentos à performance do lateral Aaron Cresswell (5.5.).

- Médios: Caso Ángel Di María (9.5) seja titular no primeiro jogo, estaria inclusive nos nossos 5 destaques. O argentino tem tudo para resultar no Manchester United e, com o 7 nas costas, vai ajudar e muito van Gaal a conseguir ter razões para sorrir. De resto, para além de jogadores supramencionados, há Eden Hazard (10.0), Fabian Delph (5.0) e no grande Tottenham-Liverpool, do lado da casa há Erik Lamela e Christian Eriksen (ambos 8.0), enquanto que nos forasteiros Raheem Sterling (8.6) é a mais segura opção. Seria interessante Markovic iniciar o jogo a titular. E sim, obviamente Sigurdsson cabe neste lote.

Avançados: Se fosse 100% certo que Romelu Lukaku estava em condições para defrontar o Chelsea era um risco que valia a pena correr - a defesa do Chelsea é a melhor do campeonato, mas ficava bem em termos de narrativa Lukaku ser o herói contra quem não o quis. Para além dos avançados que já foram referidos, podem acrescentar à watchlist Wayne Rooney (10.5) e Andi Weimann (5.5) (embora o jogo entre Aston Villa e Hull coloque frente a frente duas equipas que se têm destacado sobretudo do ponto de vista defensivo). O QPR, de Rémy e Austin, ainda acarreta riscos e para já podemos dar uma folga a Sturridge, até porque importa perceber como Rodgers monta a equipa (em princípio Balotelli não será titular, mas nunca se sabe). 

Sorteio Champions: Benfica com equilíbrio, Sporting com Mourinho e Porto com viagens difíceis

  Champions League - Teve lugar esta tarde, no Mónaco, o sorteio da fase de grupos da liga milionária, a competição mais importante a nível de clubes, a Champions League. O sorteio para esta edição de 2014/ 15 gerou o emparelhamento de várias equipas que se defrontaram recentemente (quer em fases de grupos quer já na fase a eliminar), tendo os 3 clubes portugueses fugido a sorteios muito complicados, embora tenham tido sortes diferentes.

    A tarde serviu também para premiar Cristiano Ronaldo como o Jogador do Ano da UEFA, um prémio individual que Ronaldo ainda não tinha e que fez por merecer - para além dos históricos 17 golos na última Champions, foi peça-chave no sucesso do Real Madrid (campeão europeu 13/ 14) e juntou a isso golos, muitos golos. Foi evidente que na selecção no Top final o Mundial teve peso, mas na hora de eleger o vencedor, pode-se dizer que houve justiça.

    São então estes os grupos da Champions League 2013/ 14:

    Grupo A - Atlético Madrid, Juventus, Olympiacos, Malmö
    Grupo B - Real Madrid, Basel, Liverpool, Ludogorets
    Grupo C - Benfica, Zenit, Leverkusen, Mónaco
    Grupo D - Arsenal, Dortmund, Galatasaray, Anderlecht
    Grupo E - Bayern Munique, Manchester City, CSKA, Roma
    Grupo F - Barcelona, PSG, Ajax, APOEL
    Grupo G - Chelsea, Schalke 04, Sporting, Maribor
    Grupo H - Porto, Shakhtar, Athletic Bilbao, BATE Borisov

    BPF - Pensando primeiro nos clubes portugueses:
O Benfica, embora fosse dos 3 o mais cotado a nível de coeficiente, acabou por ser porventura o que tem menos motivos para sorrir. Com Leverkusen, Zenit e Mónaco, o equilíbrio e a homogeneidade do grupo será uma garantia e quando um grupo é assim normalmente o improvável acontece, e às vezes é melhor ter um "tubarão" no grupo mas não ter tantas equipas deste nível. A verdade é que o Benfica terá que ganhar os 3 jogos na Luz, conseguindo logo aí bastante oxigénio, e parte como favorito. Os encarnados, para poderem ser reconhecidos como um grande europeu têm que passar a fixar como objectivo alcançar frequentemente os quartos-de-final nos próximos anos, caso a médio-prazo queiram figurar com regularidade nas meias (as grandes equipas da Europa chegam, de forma regular, ao Top-4 da Champions). Perante este raciocínio, se o Benfica quer estar entre as 8 (ou pelo menos nas 16) melhores equipas do futebol europeu, tem que estar preparado para ultrapassar as 3 equipas que o acompanham: o Leverkusen poderá ser o adversário mais complicado uma vez que esta temporada é comandado por Roger Schmidt (técnico do Salzburg na época passada) e tudo indica que vai encantar a Europa com o seu futebol e com Calhanoglu e companhia; é sempre complicado jogar na Rússia e lá o Benfica encontrará Garay, Witsel, Javi García (e Hulk, Neto, Danny e André Villas-Boas); o Mónaco não mete propriamente medo, veremos se ainda se reforça até ao fecho do mercado, mas uma equipa que tem Falcao pode ser sempre uma dor de cabeça.
    Já o Porto pode-se dar por satisfeito com o sorteio que teve e parte na pole position. Ainda assim, a nota de destaque no caso dos dragões será o ambiente que encontrarão em Bilbao e na viagem ao recinto do Shakhtar. O BATE Borisov de Krivets estará no grupo com o intuito de baralhar as contas (é engraçado, também dizíamos isto da Costa Rica no Mundial..) mas, embora com o momento actual anímico do Shakhtar, embora tenha grande experiência europeia, este grupo pode dar Porto e Athletic.
    Por fim, o Sporting acabou por ter grandes razões para festejar. Evitou variadíssimos cenários catastróficos e até pode sonhar com o apuramento para os oitavos. O Chelsea de José Mourinho parte como favorito, e pela lógica será o Schalke 04 a passar em segundo. De qualquer forma, os leões são bastante superiores ao Maribor e terão por isso a Liga Europa em princípio assegurada, procurando tentar "roubar" o 2.º lugar a um Schalke que embora muitas vezes desprezado, acaba por manter um bom histórico nas provas europeias.

    Nos outros grupos, o destaque vai mesmo em primeiro lugar para os vários reencontros. Arsenal e Dortmund, por exemplo, vão partilhar o grupo pela 3.ª vez em 4 anos; Porto e Shakhtar encontraram-se em 2011/ 12; Bayern e City estiveram juntos na fase de grupos do ano passado e de há 3 anos, sendo ainda mais incrível o facto de que no ano passado também o CSKA os acompanhou no grupo, significando que de 2013/ 14 para esta época apenas se troca o Plzen pela Roma; Benfica e Zenit encontraram-se já na fase a eliminar recentemente, acontecendo o mesmo com PSG e Barcelona; Chelsea e Schalke também estiveram na temporada passada no mesmo grupo, qualificando-se em 1.º e 2.º lugar.
    O grupo mais complicado acaba por ser o Grupo E, embora o Bayern e o Manchester City partam como favoritos. Seria engraçado a Roma conseguir regressar à sua glória europeia. O Ajax bem que pode continuar a queixar-se do seu crónico azar, visto que acaba por apanhar sempre grandes equipas - desta vez tem Barcelona e PSG, muitos furos acima da qualidade dos jovens holandeses. Pode-se mesmo dizer que os melhores grupos serão os do Bayern, Benfica e Arsenal (uma vez que neste, para além de Arsenal e Dortmund, que devem ser os 2 apurados, o Galatasaray costuma baralhar as previsões). Atlético e Juventus são favoritos no Grupo A, com o Olympiacos a tentar surpreender de novo e no Grupo B a boa notícia é que tudo indica que voltaremos a ter o Liverpool de regresso às grandes noites europeias, não só com um Liverpool-Real Madrid em perspectiva mas também porque os reds têm tudo para chegar aos oitavos.

    O hino da Champions e o rolar da bola será já no próximo mês de Setembro!

26 de agosto de 2014

Vencedores Emmys 2014: a última noite de Breaking Bad

Dizem que os Emmys são os óscares da televisão norte-americana.
    Pois bem, nesta madrugada foram distinguidas séries, actores e actrizes que nos entretiveram. A noite foi, claramente, para 'Breaking Bad' na última vez que a série de Vince Gilligan estava presente nos Emmys.
    Walter White, Jesse Pinkman, Skyler White e a própria série em si viram todos o seu trabalho reconhecido, numa noite em que 'True Detective' acabou por ser um dos grandes derrotados (muito provavelmente acabou por correr mal a ousada e inesperada candidatura enquanto série dramática e não mini-série), enquanto que 'Fargo' talvez esperasse mais uma ou duas vitórias. 'Modern Family', tal como 'Breaking Bad', manteve-se de 2013 para cá enquanto a melhor série na sua categoria e a actriz Allison Janney subiu ao palco duas vezes, tanto no drama como na comédia.
    A sempre demasiado fugaz mas intensa 'Sherlock' (que nos deixa sempre a desesperar por mais uns episódios) acabou por ganhar quando poucos esperavam mas, meus caros Watson's, vamos lá então perceber quem ganhou o quê:

Melhor Série Drama - Breaking Bad
+ True Detective, Game of Thrones, House of Cards, Mad Men, Downton Abbey

    Em 2013, Vince Gilligan referiu a honra que era ser ver a sua série distinguida numa época dourada para a televisão. Passado um ano, e porque 'Breaking Bad' nos disse adeus em Setembro de 2013, os Emmys fizeram justiça e deixaram Walter White e Jesse Pinkman saírem pela porta grande. A melhor série de sempre para o Barba Por Fazer mostrou uma coesão e lógica não mais vista em nenhuma outra série, não havendo nada a mais durante o período de 5 temporadas e com um duo inesquecível e marcante. 'House of Cards' manteve o nível, 'Game of Thrones' teve Tyrion Lannister em destaque, mas era 'True Detective' o único capaz de tentar ombrear. Em qualquer outro ano, a série de Nic Pizzolatto com Matthew McConaughey e Woody Harrelson ganharia, mas teve o azar de se iniciar no ano final de uma saga que ninguém esquecerá.

Melhor Série Comédia - Modern Family
+ The Big Bang Theory, Orange is the New Black, Veep, Silicon Valley, Louie

    Acabou por voltar a ganhar 'Modern Family', ficando aquele sabor agridoce na boca de 'Veep' e 'The Big Bang Theory'. Embora não seja a tradicional comédia pura, mas faça sentido introduzir-se nesta categoria, 'Orange is the New Black' podia ter subido ao palco.

Melhor Mini-Série - Fargo
+ American Horror Story, Luther, The White Queen, Bonnie and Clyde, Treme

    No momento em que 'True Detective' assumiu a sua candidatura como série dramática, 'Fargo' esfregou as mãos. A brilhante mini-série criada por Noah Hawley, com base no filme dos irmãos Cohen, foi uma das boas coisas que aconteceu em termos televisivos no último ano e está efectivamente bastantes furos acima de qualquer outro dos nomeados.

Melhor Actor Principal (Drama) - Bryan Cranston (Breaking Bad)
+ Matthew McConaughey (True Detective), Kevin Spacey (House of Cards), Woody Harrelson (True Detective), Jon Hamm (Mad Men), Jeff Daniels (The Newsroom)

    Rust Cohle perdeu para Walter White. Matthew McConaughey era o favorito esperado e, depois da personagem em 'True Detective' o ter ajudado e muito indirectamente a conseguir um óscar, tudo parecia encaminhar-se para nova noite dourada. O problema, tal como na série dramática, foi existir Breaking Bad. Ficando-se na piscina dos pequenos (as mini-séries) 'True Detective' e Matthew McConaughey teriam limpo o que queriam. Vejamos: Walter White (personagem de Bryan Cranston), Rust Cohle (Matthew McConaughey), Frank Underwood (Kevin Spacey), Don Draper (Jon Hamm), e depois num nível abaixo Marty Hart (Woody Harrelson) e Will McAvoy (Jeff Daniels). Seis grandes actores, seis grandes personagens, mas a viagem de 2 anos na vida de Walter White só podia acabar em glória máxima. Cranston chegou ao palco e disse Even I thought about voting for Matthew.

Melhor Actriz Principal (Drama) - Julianna Margulies (The Good Wife)
+ Robin Wright (House of Cards), Claire Danes (Homeland), Lizzy Caplan (Masters of Sex), Kerry Washington (Scandal), Michelle Dockery (Downton Abbey)

    Num ano forte, Margulies ganhou embora Claire Danes já se saiba que é uma cliente da casa e Lizzy Caplan também tinha algumas aspirações. Ainda assim, Robin Wright expôs-se muito mais na 2.ª temporada de 'House of Cards' e a sua personagem - Claire Underwood - fortaleceu-se e complexificou-se. Podia ter ganho ela.

Melhor Actor Secundário (Drama) - Aaron Paul (Breaking Bad)
+ Peter Dinklage (Game of Thrones), Mandy Patinkin (Homeland), Jon Voight (Ray Donovan), Josh Charles (The Good Wife), Jim Carter (Downton Abbey)

    Se a nível de actor principal o duelo era Cranston vs McConaughey, neste caso era claramente Aaron Paul vs Peter Dinklage. Com os restantes 4 candidatos a anos-luz do que Jesse Pinkman e Tyrion Lannister alcançaram, as dúvidas entre eles eram muitas. Não só por serem duas personagens brutais, das melhores que a televisão já teve, mas sobretudo porque esta temporada de 'Game of Thrones' foi A temporada de Tyrion. No entanto, acabou por ser Jesse Pinkman a poder gritar "yeah, bitch!" depois de uma última temporada em desespero e solidão. O que Tyrion foi na quarta temporada de 'Game of Thrones' só valoriza o adeus final a Pinkman. Aaron Paul agradeceu no seu discurso a Vince Gilligan e referiu ter saudades de Jesse Pinkman. Todos temos.



Melhor Actriz Secundária (Drama) - Anna Gunn (Breaking Bad)
+ Christina Hendricks (Mad Men), Lena Headey (Game of Thrones), Joanne Froggatt (Downton Abbey), Maggie Smith (Downton Abbey), Christine Baranski (The Good Wife)

    Seguindo na onda 'Breaking Bad', Anna Gunn, na qualidade de Skyler White, também arrecadou um prémio. Já no ano passado tinha vencido (curiosamente em 2013 Cranston e Paul não ganharam, perdendo para Jeff Daniels e Bobby Cannavale, respectivamente). Fica bem entregue, embora Lena Headey se deva ter ficado a contorcer um bocadinho.

Melhor Actor Convidado (Série Drama) - Joe Morton (Scandal)
+ Reg E. Cathey (House of Cards), Paul Giamatti (Downton Abbey), Dylan Baker (The Good Wife), Robert Morse (Mad Men), Beau Bridges (Masters of Sex)

    Teria sido bom ver Reg E. Cathey distinguido.

Melhor Actriz Convidada (Série Drama) - Allison Janney (Masters of Sex)
+ Kate Mara (House of Cards), Diana Rigg (Game of Thrones), Margo Martindale (The Americans), Jane Fonda (The Newsroom), Kate Burton (Scandal)

    Allison Janney ganhou não só aqui como na qualidade de melhor actriz secundária (comédia). Noite em cheio para a actriz de 'Masters of Sex' e 'Mom', impedindo que Diana Rigg ou Jane Fonda ganhassem neste caso.

Melhor Actor Principal (Comédia) - Jim Parsons (The Big Bang Theory)
+ Ricky Gervais (Derek), Matt LeBlanc (Episodes), Don Cheadle (House of Lies), Louis C.K. (Louie), William H. Macy (Shameless)

    Sheldon Cooper, o momento foi teu.

Melhor Actriz Principal (Comédia) - Julia Louis-Dreyfus (Veep)
+ Taylor Schilling (Orange is the New Black), Amy Poehler (Parks and Recreation), Lena Dunham (Girls), Edie Falco (Nurse Jackie), Melissa McCarthy (Mike & Molly)

    Era um grupo forte em termos de comédia, mas a antiga actriz de Seinfeld acabou por arrebatar a concorrência.

Melhor Actor Secundário (Comédia) - Ty Burrell (Modern Family)
+ Andre Braugher (Brooklyn Nine-Nine), Tony Hale (Veep), Jesse Tyler Ferguson (Modern Family), Adam Driver (Girls), Fred Armisen (Portlandia)

    Ty Burell foi o vencedor numa categoria pautada pelo equilíbrio - Adam Driver ainda tem um longo caminho na sua carreira e Star Wars poderá ser a rampa de lançamento; Jesse Tyler Ferguson também podia ter ganho, bem como Tony Hale, e não seria nada descabido atribuir a vitória a Andre Braugher, pelo seu Captain Ray Holt.

Melhor Actriz Secundária (Comédia) - Allison Janney (Mom)
+ Kate Mulgrew (Orange is the New Black), Anna Chlumsky (Veep), Julie Bowen (Modern Family), Mayim Bialik (The Big Bang Theory), Kate McKinnon (Saturday Night Live)

    A vitória assentava, claramente, melhor a Kate Mulgrew, a russa "Red" em 'Orange is the New Black'.

Melhor Actor Convidado (Série Comédia) - Jimmy Fallon (Saturday Night Live)
+ Louis C.K. (Saturday Night Live), Nathan Lane (Modern Family), Steve Buscemi (Portlandia), Gary Cole (Veep), Bob Newhart (The Big Bang Theory)

    Novamente uma categoria equilibrada mas ganhou o homem que tem hoje em dia o seu The Tonight Show.

Melhor Actriz Convidada (Série Comédia) - Uzo Aduba (Orange is the New Black)
+ Melissa McCarthy (Saturday Night Live), Tina Fey (Saturday Night Live), Laverne Cox (Orange is the New Black), Natasha Lyonne (Orange is the New Black), Joan Cusack (Shameless)

    O elenco de 'Orange is the New Black' pode festejar o facto da personagem Crazy Eyes ter ganho, numa categoria em que outras 2 actrizes da série constavam. Faria mais sentido que em vez de Laverne Cox e Natasha Lyonne estivessem, por exemplo, Lorraine Toussaint ou Danielle Brooks, que interpretam Vee e Taystee na prisão feminina.

Melhor Actor Principal (Mini-Série) - Benedict Cumberbatch (Sherlock: His Last Vow)
+ Mark Ruffalo (The Normal Heart), Martin Freeman (Fargo), Billy Bob Thornton (Fargo), Chiwetel Ejiofor (Dancing on the Edge), Idris Elba (Luther)

    Ora cá está aquilo que Matthew McConaughey podia ter ganho. Quando 'True Detective' deu o salto por iniciativa própria, cogitou-se que a vitória devia ficar entregue a 1 de 3 homens: Billy Bob Thornton, Mark Ruffalo ou Martin Freeman. O problema é que estes Emmys não estavam propriamente virados para o 'The Normal Heart' de Ryan Murphy, e embora 'Fargo' tenha sido a melhor mini-série, a nível de interpretações 'Sherlock' ganhou o que tinha a ganhar, e Benedict Cumberbatch ganhou onde não se esperava. Este Sherlock Holmes é incrível mas se calhar ficaria melhor se Billy Bob Thornton ou Martin Freeman tivessem ganho aqui.

Melhor Actriz Principal (Mini-Série) - Jessica Lange (American Horror Story)
+ Helena Bonham Carter (Burton and Taylor), Sarah Paulson (American Horror Story), Kristen Wiig (The Spoils of Babylon), Cicely Tyson (The Trip to Bountiful), Minnie Driver (Return to Zero)

    Só podia ser ela. A figura de proa de American Horror Story, actriz brilhante e camaleónica, ganhou. E só a "filha" Sarah Paulson lhe poderia ter estragado a festa. 

Melhor Actor Secundário (Mini-Série) - Martin Freeman (Sherlock: His Last Vow)
+ Jim Parsons (The Normal Heart), Joe Mantello (The Normal Heart), Matt Bomer (The Normal Heart), Alfred Molina (The Normal Heart), Colin Hanks (Fargo)

    Contagem: 4 actores de 'The Normal Heart', 1 actor de 'Fargo' e 1 actor de 'Sherlock'. Quem ganha? Não é 'The Normal Heart'. Martin Freeman, o hobbit que fez claramente mais com o seu Lester Nygaard em 'Fargo' do que desta feita com Dr. John Watson, ganhou. Mas compreende-se que tenha ganho nesta categoria. Na realidade ele e Colin Hanks eram os candidatos mais fortes. Apenas fica demonstrado que a concorrência aqui era muito menos apertada do que como actor principal de mini-série (onde havia Ruffalo, os seus colegas Cumberbatch e Billy Bob Thornton, e 2 brilhantes actores como Idris Elba e Chiwetel Ejiofor).

Melhor Actriz Secundária (Mini-Série) - Kathy Bates (American Horror Story)
+ Julia Roberts (The Normal Heart), Angela Bassett (American Horror Story), Frances Conroy (American Horror Story), Allison Tolman (Fargo), Ellen Burstyn (Flowers in the Attic)

    Em termos de mini-séries, este conjunto só perdia para o conjunto de candidatos a melhor actor. Enquanto que Jessica Lange podia passear enquanto actriz principal, como actriz secundária a competição era bem mais feroz. Entre Kathy Bates e Angela Bassett era difícil desempatar, mas talvez merecesse mais Bates, de facto. Só que ainda havia Julia Roberts, a incontornável Ellen Burstyn e a novata Allison Tolman. Difícil, mas era bom haver uma surpresa e ganhar Tolman. Não foi o que aconteceu.

Melhor Realizador (Série Drama) - Cary Fukunaga (True Detective)
+ Vince Gilligan (Breaking Bad), Neil Marshall (Game of Thrones), Carl Franklin (House of Cards), David Evans (Downton Abbey), Timothy Van Patten (Boardwalk Empire)

    'True Detective' teve a sua vitória, e uma vitória que toda a gente esperava que fosse parar às mãos de Fukunaga. O jovem realizador, a quem Nic Pizzolatto confiou o seu projecto, foi um dos principais obreiros pelo sucesso da série de 8 episódios. Já se sabe que Fukunaga não voltará a ser o realizador exclusivo que foi na 1.ª temporada, e isso poderá fazer a diferença, embora já se diga que o argumento da segunda temporada é melhor. Veremos quem são os actores... Depois de Brad Pitt e muitos outros nomes, actualmente os nomes que têm sido falados são Colin Farrell, Elisabeth Moss, Taylor Kitsch, Vince Vaughn e Michelle Forbes.
    Fukunaga tinha logo à priori a vantagem de ter realizado a série inteira, contrariamente a por exemplo Neil Marshall ou Carl Franklin que realizaram 1 episódio na temporada, e Vince Gilligan que de vez em quando fazia uma perninha e realizava também. Para contextualizar, Fukunaga foi nomeado pelo 4.º episódio de 'True Detective' (que é quando o nível explode para outro patamar); Carl Franklin pelo primeiro episódio desta temporada de 'House of Cards', Gilligan pelo derradeiro Felina em 'Breaking Bad' e Neil Marshall concorria com o episódio 'The Watchers on the Wall', que transpirava Senhor dos Anéis por todo o lado. E isto é nitidamente um grande elogio.

Melhor Realizador (Série Comédia) - Gail Mancuso (Modern Family)
+ Jodie Foster (Orange is the New Black), Paris Barclay (Glee), Louis C.K. (Louie), Mike Judge (Silicon Valley), Iain B. MacDonald (Episodes)

    Vitória justa, até porque havia melhores episódios (e realizadores, comparativamente a Jodie Foster) de 'Orange is the New Black'.

Melhor Realizador (Mini-Série) - Colin Bucksey (Fargo)
+ Alfonso Gomez-Rejon (American Horror Story), Ryan Murphy (The Normal Heart), Nick Hurran (Sherlock: His Last Vow), Stephen Frears (Muhammad Ali's Greatest Fight), Adam Bernstein (Fargo)

    Tanto Colin Bucksey como Adam Bernstein podiam ganhar. 'Fargo', portanto.

Melhor Argumento (Série Drama) - 'Ozymandias' (Breaking Bad)
+ 'Felina' (Breaking Bad), 'The Secret Fate of All Life' (True Detective), 'Chapter 14' (House of Cards), 'The Children' (Game of Thrones)

    O conjunto de episódios foi bem seleccionado, consoante a sua escrita, embora relativamente a 'Game of Thrones' tivesse havido 2 episódios que mereciam mais constar do que o último. 'Chapter 14' é 'House of Cards' no seu estado mais puro, 'The Secret Fate of All Life' é Rust Cohle a brilhar, 'Felina' é Breaking Bad a acabar mas 'Ozymandias' é um turbilhão de emoções. Não tem as pontas soltas a serem todas tratadas como em 'Felina' mas é um dos melhores episódios das 5 temporadas.

Melhor Argumento (Série Comédia) - 'So Did the Fat Lady' (Louie)
+ 'I Wasn't Ready' (Orange is the New Black), 'Episode 305' (Episodes), 'Special Relationship' (Veep), 'Optimal Tip-to-Tip Efficiency' (Silicon Valley)

Melhor Argumento (Mini-Série) - Sherlock: His Last Vow
+ The Normal Heart, Luther, 'The Crocodile's Dilemma' (Fargo), 'Bitchcraft' (American Horror Story), '...To Miss New Orleans' (Treme)

    Podia-se decidir com um-do-li-tá entre Sherlock e o primeiro episódio de Fargo.

Podem ver os vencedores das restantes categorias Aqui.

E este foi o tributo a Robin Williams, através de Billy Crystal:


25 de agosto de 2014

Manchester City 3-1 Liverpool: Jovetic e Agüero fazem estragos

Manchester City  3 - 1  Liverpool (Jovetic 41' 55', Agüero 69'; Zabaleta a.g. 83')

    Jogo grande a encerrar a 2.ª jornada da Barclays Premier League. Manchester City e Liverpool, campeão e vice-campeão, respectivamente, em 2013/ 14, encontraram-se no Etihad Stadium.
    Pellegrini não inventou no onze, mantendo Dzeko e Jovetic na frente e guardando Agüero (ainda sem capacidade para fazer 90 minutos ao seu nível) para a 2.ª parte; Brendan Rodgers ainda sem poder contar com Lallana e Balotelli apostou num meio-campo com Gerrard, Allen, Henderson, Coutinho e Sterling, reservando Lazar Markovic para uma possível estreia nos segundos 45.
    A primeira parte teve supremacia do Liverpool, controlando a bola e os momentos de jogo embora sem criar propriamente perigo. Curiosamente um dos melhores elementos da 1.ª parte, Alberto Moreno, sempre concentrado e intenso a defender e a atacar foi quem acabou por cometer uma desconcentração que custou caro aos reds. Perto do intervalo, Nasri colocou a bola na área, Lovren (que também podia ter feito melhor) tirou a bola do raio de acção de David Silva e, enquanto que Moreno aguentou a posição à espera da bola, Jovetic fez pela vida, antecipou-se e fuzilou Mignolet. O desfecho da 1.ª parte acabava por ser em certa medida inesperado tendo em conta o maior controlo do Liverpool, mas em alta competição e numa liga com a intensidade da Premier League não se pode baixar a guarda por 1 segundo que seja.
    Para a segunda metade, Pellegrini e Rodgers não trouxeram alterações, e o Liverpool entrou bem. Personalizado, com bola e a querer o golo. Aos 47' Sturridge foi apanhado em fora-de-jogo por uma unha e no minuto seguinte Alberto Moreno colocou Dzeko em linha numa transição rápida e bem lançada, mas foi também o lateral ex-Sevilha a desarmar Dzeko quando este devia ter libertado rapidamente para Jovetic. O montenegrino continuou a aterrorizar a defesa adversária, cabeceou uma bola com perigo e materializou as suas intenções aos 55, conseguindo bisar no jogo. Samir Nasri voltou a ser o "abre-latas" e com um passe atrasado descobriu Jovetic, que rematou forte para o 2-0.
    A resposta de Rodgers foi colocar Markovic e a estreia do ex-benfiquista animou o jogo e o Liverpool, acabando Sturridge por ter 2 oportunidades (uma delas bem defendida por Hart). Pellegrini foi rodando as estrelas - tirou Silva, colocou Navas, tirou Dzeko, colocou Agüero. E bastaram 23 segundos para que o avançado argentino fizesse estragos. Navas lançou Kun Agüero em profundidade com um passe perfeito nas costas de Lovren, e Agüero mostrou que, saindo Suárez da Premier League, ele poderá reclamar o estatuto de jogador com maior impacto individual no campeonato. 3-0 para o campeão City, e tudo com muita naturalidade. O 3.º golo quase matou o jogo, Pellegrini amarrou-o ao retirar Jovetic para os aplausos, colocando Fernandinho ao lado de Fernando e soltando um pouco Yaya Touré, mas ainda assim o 3-1 final acabou por chegar: Sturridge cruzou, Lambert rematou mas acabou por ser Zabaleta a introduzir a bola na sua própria baliza. Até final destaque apenas para as queixas que Glen Johnson, Skrtel e Alberto Moreno apresentaram do ponto de vista físico.

    Vitória incontestável do Manchester City, superior no último terço do campo. Com a qualidade técnica de Jovetic, Nasri, Silva, Agüero, Yaya e Navas tudo fica mais fácil. E todos eles já jogavam juntos na temporada passada. Pelos 2 primeiros jogos da época fica a ideia que o Liverpool precisará de mais um mês e de assentar ideias (e integrar a 100% Markovic, Balotelli e Lallana) para progressivamente render aquilo que pode. Veremos se Manchester City e Chelsea - para já líderes juntamente com Tottenham e Swansea - se conseguem manter um degrau acima da concorrência.
    O jogo de hoje permitiu ainda retirar algumas conclusões: Glen Johnson, como defendemos há muito, não tem qualidade para este nível e o melhor seria jogar com Flanagan/ Manquillo e Moreno nas laterais; Sturridge demonstrou, quando Lambert esteve em campo, que ele pode ser tacticamente o Suárez desta época quando Balotelli for a referência; ter Agüero, Dzeko, Jovetic e Negredo ajuda e muito, e seria bom contra o Stoke Pellegrini juntar de início Jovetic e Agüero. O avançado montenegrino prometeu na pré-época e está a dar sequência às boas exibições, mostrando-se fisicamente fortíssimo e com uma enorme vontade de marcar e dificultar a vida aos defesas.

Barba Por Fazer do Jogo: Stevan Jovetic (Manchester City)
Outros Destaques: Nasri, Fernando, Agüero; Gerrard
Resumo e Golos: (Link TVGOLO)

Boavista 0-1 Benfica: À lei da bomba!

Boavista  0 - 1  Benfica (Eliseu 44')

    O Benfica arrancou uma vitória a ferros diante do Boavista que fez voltar o Bessa aos grandes palcos. Um relvado sintético - classificado como um dos melhores, pelo que consta -, mas que fez mais uma vítima. Os sintéticos têm alguma fama de serem propensos a lesões e a verdade é que hoje Rúben Amorim sentiu isso na pele ao ficar com o pé preso no relvado magoando por consequência o joelho.
    Quem nunca ouviu a famosa expressão «Sobe Leça!» ou até «Alívia Futebol Clube»? De facto, são expressões que exprimem bem o jogo que Petit incutiu nos seus pupilos. Sem argumentos para discutir o jogo com os encarnados cara a cara, o treinador axadrezado acabou por colocar toda a equipa a defender e a pressionar o portador da bola com alguma dureza (a fazer lembrar Jaime Pacheco). Sem conseguir ter bola durante muito tempo, o Benfica resolveu rematar de longe. Mais concretamente Eliseu. O lateral das águias viu a bola a sobrar para a entrada da área e disparou para grande defesa de Monllor... Somavam-se 24 minutos e este era o primeiro lance de ataque do jogo. Monllor viria novamente a negar o golo um minuto depois a um remate à queima roupa de Nico Gaitán a passe de Salvio. O árbitro Marco Ferreira vinha a acumular erros ao ser um pouco brando com a equipa da casa e de pavio curto para com os visitantes e aos 36 minutos entendeu que Franco Jara simulou uma grande penalidade. O juiz do jogo interpretou mal alguns lances contra os encarnados que de duvidosos pouco tinham. Quando tudo já indicava que o nulo se iria manter até ao intervalo, Eliseu teve espaço e voltou a atirar uma bomba à baliza - desta vez com eficácia. O lateral não teve meias medidas e - servido por André Almeida - disparou uma bomba indefensável para Monllor. Petit que via a sua estratégia a correr de feição, viu tudo a complicar-se a um minuto do descanso.
    A segunda parte teve muito menos história que a primeira. Com um Boavista a continuar o seu jogo directo ao bater balões para o ataque, mas com um Benfica a não arriscar tanto por estar em vantagem. E com estas variáveis tudo se tornou mais enfadonho. De vez em quando lá havia um remate das águias, mas sem grande perigo. O Boavista insistia no jogo defensivo, directo e pressionante, mas não conseguia chegar à baliza de forma legal. Rematou por duas vezes à baliza e em ambas ocasiões a bola entrou na baliza de Artur. Contudo, o árbitro assinalou fora-de-jogo com alguma antecedência dos remates de Brito (que daria um bom golo) e de Pouga. Bobô ainda viu o segundo amarelo aos 85 minutos quando tentou iludir o árbitro da partida com um remate digno de Voleibol. Na verdade, temos que dar um desconto ao brasileiro. O ritmo não era elevado, o relvado era sintético... Tudo indicava que era um jogo entre amigos. Só faltou mesmo uma equipa estar à espera do lado de fora por terem alugado o campo a seguir (como Raminhos referiu no seu Facebook).
    No fim de contas, o Benfica levou os 3 pontos com justiça apesar de ter a obrigação de fazer mais e melhor com a qualidade que tem comparativamente com a equipa do Boavista. Valeu Eliseu que foi o mais interventivo no ataque a dar a vitória a sua equipa do coração com uma verdadeira bomba. Apesar de ser uma táctica que em nada embeleza o futebol, não se pode recriminar Petit por optar por um registo de total anti-jogo. A diferença qualitativa entre os plantéis é muita e o técnico axadrezado não tinha outra hipótese se quisesse lutar por 1 ponto que fosse.


Barba Por Fazer do Jogo: Eliseu (Benfica)

Outros Destaques: Tengarrinha; Jardel, Luisão, Maxi.
Resumo e Golo: (Link TVGOLO)