Balanço Final - Liga NOS 18/ 19

A análise detalhada ao campeonato em que houve um antes e um depois de Bruno Lage. Em 2018/ 2019 houve Reconquista.

Prémios BPF Liga NOS 2018/ 19

Portugal viu um médio carregar sozinho o Sporting, assistiu ao nascer de um prodígio, ao renascer de um suiço, sagrando-se campeão quem teve um maestro e um velocista.

Balanço Final - Premier League 18/ 19

Na melhor Liga do mundo, foram 98 contra 97 pontos. Entre citizens e reds, entre Bernardo Silva e van Dijk, ninguém merecia perder.

Os Filmes mais Aguardados de 2019

Em 2019, Scorsese reúne a velha guarda toda, Brad Pitt será duplo de Leonardo DiCaprio, Greta Gerwig comanda um elenco feminino de luxo, Waititi será Hitler, e Joaquin Phoenix enlouquecerá debaixo da maquilhagem já usada por Nicholson ou Ledger.

21 Novas Séries a Não Perder em 2019

Renasce The Twilight Zone, Ryan Murphy muda-se para a Netflix, o Disney+ arranca com uma série Star Wars e há ainda projectos de topo na HBO e no FX.

28 de novembro de 2013

Crítica: About Time

Realizador: Richard Curtis
Argumento: Richard Curtis
Elenco: Domhnall Gleeson, Rachel McAdams, Bill Nighy, Lydia Wilson, Margot Robbie
Classificação IMDb: 7.8 | Metascore: 55 | RottenTomatoes: 69%
Classificação Barba Por Fazer: 74


    Antes de mais e para vos situar, recordo-vos quem é Richard Curtis. O neozelandês que realizou e escreveu o argumento para 'About Time' foi o senhor que escreveu "Four Weddings and a Funeral", "Notting Hill", os 2 filmes de Bridget Jones e "Love Actually", filme com Lúcia Moniz, sendo que neste caso também foi realizador. Para além disto, esteve fortemente ligado à personagem Mr. Bean (quer no formato televisivo quer no grande ecrã). Conclusão: o Richard Curtis escrevia cartas de amor melhor que os outros miúdos na primária. E as marcas de lenços de papel terão um dia que o homenagear.
    'About Time' consiste na história de Tim (Domhnall Gleeson, o Bill da família Weasley no Harry Potter) que aos 21 anos fica a saber que os homens da sua família têm a peculiar capacidade de viajar no tempo, bastando para isso deslocarem-se a um local escuro, cerrarem os punhos e pensarem num momento do passado. Nem sempre porque é que me dei ao trabalho de explicar isto... Naturalmente toda a gente sabe que é assim que se viaja no tempo. Mas sim, só analepses e nada de prolepses (ou flashforwards). O filme não foge ao registo habitual de Curtis e por isso mesmo é uma comédia romântica/ drama. Fãs de ficção científica, não encarem o filme como um filme de viagens no tempo porque nem tudo no argumento de Curtis foi inteligentemente escrito ou pensado, embora essas falhas - conscientes ou não - tenham tido o claro intuito de resultar do ponto de vista emocional. Tim aprende com o tempo (sobretudo depois do nascimento da sua filha) que embora tenha a capacidade de recuperar vários momentos e fazer algo de forma diferente, as pequenas coisas - ainda que imperfeitas - têm valor e devem ser aproveitadas, vividas. Em suma, 'About Time' é o carpe diem acompanhado com pipocas.
    Já houve quem descrevesse Domhnall Gleeson como o "novo Hugh Grant" de Richard Curtis mas em ruivo, embora Gleeson acabe por cativar a audiência por ser pouco ortodoxo mas cómico à sua maneira. Rachel McAdams faz um papel igual a tantos outros seus ("The Notebook" e afins), a irmã de Tim - Kit Kat - faz um papel interessante e Harry (Tom Hollander) dá-nos bons momentos de humor. Há ex-actores de Harry Potter, um ex-actor de Skins e uma Margot Robbie, a desempenhar Charlotte, que não faz mal nenhum à vista e aumentará a sua notoriedade cinéfila quando aparecer em "The Wolf of Wall Street" com DiCaprio. Por fim, talvez o actor merecedor de maior destaque seja o pai, Bill Nighy. Proporciona-nos com Tim o melhor momento do filme e, olhando para outros anos da Academia, não seria estapafúrdio premiá-lo com uma nomeação para Melhor Actor Secundário. No entanto, isso não acontecerá, até por ser uma categoria com uma luta particularmente lotada este ano.

    Com um conceito aproximado de 'The Butterfly Effect' mas dirigido e abordado de forma completamente diferente, 'About Time' é inferior, mas tem várias coisas que o tornam mais do que um simples filme de Sábado à tarde. A mensagem passa de forma genuína e é das melhores comédias românticas dos últimos tempos. E sim, escrever sobre isto foi como encharcar-me em estrogénio durante uns minutos. Mas o filme tem valor e tenham paciência porque os últimos 20 minutos compensam os 30 anteriores em que o filme avança muito devagarinho.

Real goleia com 10 e United aplica "chapa 5" aos alemães

Bayer Leverkusen 0 - 5 Manchester United: Wayne Rooney encheu o campo no terreno dos alemães protagonizando um grande jogo ainda que não tenha marcado nenhum dos 5 golos. É dos pés do avançado inglês que surge o primeiro golo onde Valência apenas teve que encostar. O segundo golo sai novamente dos pés de Wayne Rooney que de livre bate exemplarmente tendo Spahic fazendo um desvio para dentro da sua própria baliza. O jogo estava a correr sobre rodas aos ingleses - de resto, como há muito não acontecia - e num canto Evans dilata para 3 golos de vantagem aos 66 minutos numa recarga ao remate de - quem mais poderia ser? - Wayne Rooney. Os alemães não sabiam o que fazer e só queriam que o jogo acabasse. Mas não acabou e Wayne Rooney deu o golo de bandeja a Smalling com um toque subtil. Aos 88 minutos o United fecha a conta com o português Nani a voltar aos golos. Ryan Giggs faz um passe extraordinário para o extremo e Nani, apenas com Leno pela frente, remata com classe para dentro da baliza. Os ingleses na Champions até se estão a dar bem e conseguiram mesmo a qualificação num campo difícil e com um resultado surpreendente tendo em conta o resultado e a recente forma do clube.
Barba Por Fazer do Jogo: Wayne Rooney (Man. United)



Shakhtar Donetsk 4 - 0 Real Sociedad: Os ucranianos demoliram os espanhóis que ainda não conseguiram somar os seus primeiros 3 pontos na prova. O frio reinava no campo, mas os brasileiros aqueceram o encontro e de que forma. Logo à meia hora de jogo, Luiz Adriano desviou ao primeiro poste o cruzamento de Douglas Costa dando o melhor rumo ao esférico. A partida só voltaria a aquecer na segunda parte com Alex Teixeira a recuperar a bola e ele próprio se encarregou de colocar a bola no fundo das redes aos 48 minutos. Depois vem o momento do jogo... Douglas Costa faz um golo soberbo! Um verdadeiro tiro do canto esquerdo da área ao ângulo mais próximo da baliza dos espanhóis. Era o próprio Douglas a fechar a contagem do marcador aos 88 minutos de cabeça após grande cruzamento de Taison. Os brasileiros irão agora medir forças com o Manchester United  para tentar subir ao primeiro lugar, sendo que ainda podem ser ultrapassados pelo Bayer Leverkusen caso percam e os alemães façam um resultado melhor.
Barba Por Fazer do Jogo: Douglas Costa (Shakhtar Donetsk)


Real Madrid 4 - 1 Galatasaray: O Real Madrid soma e segue e até com 10 elementos. Sérgio Ramos é um dos jogadores que mais cartões vermelhos vê na Liga dos Campeões e hoje viu outro logo aos 26 minutos quando o resultado ainda se mantinha a zeros. Ainda assim, Bale colocou os merengues a vencer num golo de livre que lhe era tão característico no Tottenham. A resposta não demorou e logo no minuto seguinte, a genialidade de Drogba emergiu e o costa-marfinense faz um passe magistral isolando Umut Bulut que apenas teve que encostar. Na segunda metade o Real Madrid chega à vantagem e a partir daí apenas a dilatou. Di Maria colocou a bola de bandeja para a marca de penalty e o improvável Arbeloa surge para fazer o 2-1 para a euforia de Xabi Alonso. E como não quis ficar por aqui, ainda assistiu Angel Di Maria para o terceiro golo da partida. O argentino continua em grande forma. Para terminar esta bela partida, Isco marcou um golo passeando classe. Sentou dois turcos antes de bater o guarda-redes Eray İşcan com uma tamanha tranquilidade. Os merengues ajudaram assim os italianos da Juventus a posicionarem-se melhor na classificação.
Barba Por Fazer do Jogo: Angel Di Maria (Real Madrid)



Juventus 3 - 1 Copenhaga: A Juventus teve uma exibição segura frente aos seus adeptos onde começou com uma grande penalidade um pouco duvidosa quanto à intencionalidade do defesa dinamarquês que viu a bola embater no seu braço. Na conversão, Vidal não vacilou. Porém, no início do segundo tempo, após apatia da defesa italiana Mellberg consegue fazer um empate para infelicidade dos italianos. O empate não durou muito tempo já que há nova grande penalidade a favor da Juve 4 minutos depois. Llorente é derrubado claramente dentro da área e o inevitável Vidal atirou a contar. O chileno não parou por aqui e lá fez o seu hatrick de cabeça após um cruzamento com conta, peso e medida do francês Pogba. Os italianos beneficiaram da vitória do Real sobre os turcos para se posicionarem na 2ª posição do grupo, bastando então que empatem no próximo encontro para passarem à próxima fase da liga milionária.
Barba Por Fazer do Jogo: Arturo Vidal (Juventus)

Benfica continua a sonhar e City carimba passagem

Anderlecht 2 - 3 SL Benfica: O Benfica tinha obrigatoriamente que vencer na Bélgica e foi isso mesmo que fez. Um jogo bastante inconstante dos encarnados que alternou entre bons momentos de futebol e outros que faziam lembrar o Benfica do início da temporada. 
    As águias até começaram melhor, mas foram os belgas os primeiros a fazer golo. N'Sakala centrou após Enzo sacudir um cruzamento vindo da direita e Mbemba fez o golo aproveitando um ressalto de bola vindo do capitão Luisão. A falta de objectividade era notória nos portugueses, mas a 10 minutos do término do primeiro tempo, Matic faz o empate num livre indirecto batido por Enzo Perez. O sérvio marcou pela segunda vez consecutiva num jogo e está de regresso às boas exibições - obviamente não apenas pelos golos, mas sim pela sua forma exibicional. O Anderlecht tentava contrariar o resultado, mas só conseguia criar perigo através das bolas paradas - novamente o ponto fraco do Benfica a revelar-se bastante.
    Para a segunda metade, os portugueses preferiram jogar no erro do adversário e foi num contra-ataque que surgiu o segundo golo do Benfica. Grande arrancada de Nico Gaitán no centro do terreno, mas acabou por ser desarmado à entrada da área. A bola sobrou para Enzo que com um grande passe isolou Gaitán e o argentino dá um valente nó cego ao capitão Gillet puxando a bola para trás e cruzando de primeira tenso para dentro da baliza - Mbemba desviou para dentro da baliza. As oportunidades começaram a repartir-se, mas com um ligeiro ascendente dos belgas que começavam a rematar mais - Bruno era o mais rematador. E é mesmo Bruno que faz o empate aos 77 minutos. Vanden Borre isola Massimo Bruno e o avançado remata cruzado para dentro da baliza de Artur. O Benfica estava a encostar-se à vantagem e os belgas começavam a carregar cada vez mais. Porém, aos 90, os encarnados chegam ao golo da vitória. Ivan Cavaleiro alivia uma bola dentro da área do Benfica, Lima cabeceia para Sulejmani e o sérvio serve da melhor maneira para Rodrigo marcar o tão almejado golo. Um golo que emocionou o jovem espanhol que já não marcava há algum tempo. 
    Este resultado permite ao Benfica sonhar com a passagem, embora tenha que fazer um resultado melhor que o Olympiakos na última jornada. Grande jogo de Enzo e Gaitán e muito boa entrada de Rodrigo na partida. Má reacção da equipa que novamente pareceu encostar-se ao resultado favorável. Jorge Jesus retirou os dois melhores jogadores da partida de campo preferindo deixar Lima e Markovic que estavam notoriamente a ser os piores da turma encarnada.
Barba Por Fazer do Jogo: Enzo Perez (SL Benfica)


PSG 2 - 1 Olympiakos: No outro jogo do grupo do C, o Benfica necessitava de uma ajuda dos franceses do PSG para bater Roberto e foi isso mesmo que fizeram. Ibrahimovic e companhia controlaram praticamente a primeira parte toda e só não marcaram 2 ou 3 por falta de concentração no segundo terço. O sueco fez o primeiro e único golo do primeiro tempo após dar bom seguimento ao cruzamento tenso e rasteiro de Van der Wiel. A segunda parte começou logo com a expulsão de Verratti numa infantilidade de todo o tamanho colocando a mão à bola no centro do terreno tendo já um amarelo. A partir deste momento o Olympiakos começou a encostar os franceses e estes só conseguiam responder em conta-ataques. O golo do empate surge apenas aos 80 minutos de forma ilegal. O central Manolas ganha nas alturas, Dominguez (em fora-de-jogo) faz o desvio para a defesa de Sirigu e na recarga Manolas faz o golo para a euforia dos gregos. No entanto, mesmo a terminar a partida, Cavani faz o golo da vitória de "bico" fazendo sonhar os benfiquistas com a passagem aos oitavos.
Barba Por Fazer do Jogo: Zlatan Ibrahimovic (PSG)



CSKA 1 - 3 Bayern Munique: O Bayern foi o primeiro a jogar esta noite na Rússia frente ao CSKA de Moscovo e bateu mesmo os russos continuando invicto na prova. Robben  foi o comandante de hoje e foi mesmo o primeiro a marcar num golo de belo efeito. Honda esteve em destaque do outro lado, mas pela negativa. O japonês teve duas oportunidades flagrantes de golo isolado que não soube aproveitar. E como quem não marca sofre, Götze faz o golo da noite passando por muitos adversários antes de colocar a bola no fundo das redes. O jogo terminou com uma grande penalidade para cada lado tendo Honda reduzido para os da casa e Müller dilatado.
Barba Por Fazer do Jogo: Arjen Robben (Bayern Munique)


Manchester City 4 - 2 Plzeň: Os ingleses continuam numa grande forma e voltaram a fazer muitos golos na partida com o primeiro lugar do grupo na mira. Aguero abriu a contagem de grande penalidade, mas os checos conseguiram empatar num contra-ataque que culminou num bom golo de fora de área de Hořava. A vantagem durou até meio da segunda parte quando Nasri - um dos mais irrequietos do City - fez com estilo o 2-1 após grande assistência de Navas. O Plzeň não baixou os braços e logo no lance seguinte fez o empate por intermédio de Tecl. A festa checa durou pouco já que Negredo decidiu dizer "presente" e voltar a marcar pelos citizens. O jogo termina ainda com um golo do bósnio Džeko após cruzamento perfeito de James Milner. 
Barba Por Fazer do Jogo: Samir Nasri (Man. City)

27 de novembro de 2013

Factor X: Os 15 Finalistas

No último e decisivo Factor X ficámos a conhecer os 15 concorrentes que conseguiram chegar às galas. Acabado o Bootcamp cada mentor recebeu em Tróia (não propriamente um Judge’s House, como no estrangeiro) os vários artistas da sua categoria e, entre cada Top 8, três ficaram “à porta” das galas em directo. Será consensual considerar que a categoria de Sónia Tavares – os Adultos – é a que reúne nomes mais fortes e, se no Bootcamp vimos algumas injustiças como Daniel Fontoura, David Dias ou as Golden Soul, desta vez também houve considerações a fazer. No final deste artigo fica a actuação de João Alves – o único dos “Jovens” cuja performance no Bootcamp não foi transmitida na televisão tal como, aliás, nada do seu percurso passou para fora. Vamos lá a isto então.

5 “Jovens” Finalistas: Diogo Santos, Mariana Rocha, Diogo Valente, Rita Cabreira, Mafalda Gomes


    Comecemos pelos Jovens porque tiveram entre si a melhor actuação desta Decisão Final. É certo que os adultos Berg e Sara Ribeiro tiveram muito bem, mas Diogo Santos não deixou dúvidas quanto a ter o “Factor X” desta vez. Paulo Junqueiro, acompanhado por Áurea, ouviu um complicado “Kiss” de Prince cantado pelo Diogo e a escolha óbvia era levá-lo para as galas. Amplitude vocal, um timbre passível de passar na rádio e bastante groove.
    Nádia Gonçalves e Gonçalo Santos infelizmente estiveram bem abaixo do que podem e conseguiam dar e Marisa Ramos foi preterida (quem sabe se não uma “escolha de produção” para evitar o excesso de fado, que acaba por ser um injusto castigo considerando que ela – ao contrário de uma das Netas do Fado – não se importava na altura de formar o grupo). Assim sendo os 4 restantes concorrentes a transitarem para as galas foram Diogo Valente (decente actuação, carimbou a presença nas galas na fase anterior), Mafalda Gomes (voltou a cantar sem falhas, nunca deslumbra mas cumpre sempre e ganhou com as falhas de outros e com o afastar de David Dias… ou o lá em baixo referido João Alves). A açoriana Mariana Rocha pegou numa música de Sérgio Godinho, cometeu uma pequena falha lá no meio, mas era também imprescindível nas galas. O vídeo acima é de Rita Cabreira, que Junqueiro decidiu levar com ele para as galas e, embora não tenha uma voz por aí além, tem carisma e uma boa energia (mas isso a Nance também tinha). Não podemos considerar que seja uma presença injusta porque Rita Cabreira tem o seu valor, vai certamente ter um grande à vontade nos directos e não tem culpa das falhas alheias/ escolhas de produção. Já agora, a reacção de Junqueiro no final da actuação da Cabreira foi… estranha.

5 “Adultos” Finalistas: Berg, Sara Ribeiro, Jair Neves, Daduh King, José Freitas


    Sónia Tavares teve consigo Paulo Praça (suponho que estejam musicalmente mais próximos depois do projecto Amália Hoje) a ajudá-la e tomou – desta vez - as decisões que tinha que tomar. “Have I Told You Lately”, de Rod Stewart, foi a música que Berg escolheu desta vez. Cada vez mais fica a ideia de que qualquer coisa que Berg decida cantar vai ficar bem na voz dele, embora ele saiba escolher bem o que canta. Continua a ser o favorito à vitória e provavelmente todos apanhámos um susto quando Sónia disse que não o ia levar com ela para as galas.
    Se Berg é o favorito, Sara Ribeiro é muito provavelmente a concorrente que mais tem evoluído ao longo do programa e dá a ideia que assim continuará nas galas. Cantou “Sopro do Coração” dos Clã, revelou maturidade, foi muito superior à versão de Mafalda Gomes (que noutra categoria cantou a mesma música) e com uma banda atrás vai-nos dar bons momentos.
    De resto, Jair Neves continuou em bom nível, embora precise agora nas galas de voltar a escolher as músicas certas para potenciar o seu timbre; José Freitas esteve melhor que na fase anterior e mereceu passar e o último lugar ficou entregue ao “ocupado” Daduh King. Foi cantar Seal, baralhou-se por ter muitas presenças, concertos e filhos mas acabou por passar. Lá voz ele tem, precisa claramente de ser bem conduzido por Sónia, mas naquele lugar até podiam estar Daniel Fontoura, Ruben Silva ou Ângela (eliminados na fase anterior). Quanto ao Nuno Rainha, Tânia Cardoso e Filipa Portugal, foi justo chegarem até esta fase mas também justo ficarem por ela.

5 “Grupos” Finalistas: Bring Us Tomorrow, Netas do Fado, The Proof, Helis & Ela, X4U


    O Paulo Ventura chamou o Rui Pregal da Cunha e lá tomou as suas decisões. Não eram certamente dos nossos grupos preferidos até aqui mas temos que dar o braço a torcer desta vez e dizer que os The Proof foram certamente o grupo que conseguiu a melhor actuação. Excelente harmonia e backsinging a apoiar quem se ia destacando, muita afinação. Sobretudo uma boa 1.ª parte da música dos Queen – “Somebody to Love”.
    Talvez o outro grupo a merecer destaque tenham acabado por sido as Netas do Fado. Fizeram a cena delas e vão dar muitas noites de Alfama aos Domingos da SIC. Destacamo-las a elas porque os Bring Us Tomorrow – para os quais tínhamos elevadas expectativas depois do “Homem do Leme” – desiludiram com uma escolha musical absurda, as Helis & Ela (que vão sofrer um Extreme Makeover a nível de nome e visual) estiveram só a um nível q.b. e os X4U até se safaram, será fácil escolher músicas para eles (é só dar-lhes hits comerciais, ao contrário dos Bring Us Tomorrow que exigirão músicas pensadas e menos mainstream), mas ainda têm muitas arestas para limar. A injustiça principal foi a não inclusão d’Os Cúmplices – o único grupo mais velho e que esteve muito bem – enquanto que também foram eliminados os 2605 (confesso que o percurso deles também defraudou ligeiramente as expectativas e seria bom um regresso noutra edição mais consolidados) e os amigos Rafa e Beltran.

Por fim deixamo-vos as imagens promocionais dos 3 lotes de concorrentes e antes a actuação de João Alves nas audições. Cantou “Another Love” de Tom Odell. Uma música que lhe saiu melhor que os outros vídeos que tem disponíveis no Youtube a título pessoal, mas que não deixa dúvidas sobre o valor que teria para chegar às galas (tal como David Dias). Volta para o ano (se houver uma 2.ª edição) que a SIC já não te esconde. Esperemos.






Boa semana e no domingo lá temos gala.

Champions League: Porto desilude, Chelsea qualifica-se e o Grupo da Morte faz jus ao nome

  Champions League - A fase de grupos da liga milionária está cada vez mais perto do fim e hoje jogou-se a primeira ronda de jogos da penúltima jornada. Por cá temos poucas razões para sorrir porque o Porto - numa "hora H" onde nunca costuma desapontar - empatou no Dragão com o Austria Viena. Lá fora foi a noite de Jack Wilshere, o Chelsea qualificou-se embora tenha perdido com o "carrasco" Basel e o Ajax conseguiu a proeza de vencer o Barcelona.

Porto 1 - 1 Austria Viena: O Porto de Paulo Fonseca entrou em campo sabendo que o Zenit tinha empatado 1-1 com o Atlético Madrid. A missão dos dragões era, à priori, simples; mas não o foi. Com Defour no onze e os portugueses Licá e Josué a apoiar Jackson Martínez, foi o visitante Austria Viena a inaugurar o balançar das redes na Invicta. Jogados 11 minutos, Danilo fez asneira e deu a bola ao adversário, Kienast encheu o pé e bateu Hélton de meia distância. Foi assim o 1.º golo dos austríacos nesta fase de grupos, e não foi o goleador Hosiner (reforçamos que tem potencial para outros voos) a marcar. Até ao intervalo o resultado manteve-se por mérito de Lindner, guarda-redes do Austria Viena, que negou o golo a Cha Cha Cha Martínez por 2 ocasiões e ao belga Defour.
    O Porto sabia que tinha que mudar o rumo dos acontecimentos e o início do 2.º tempo correu de feição. Após canto de Josué, Mangala ganhou de cabeça e assistiu Jackson que, também de cabeça, empatou o jogo. Mas o empate não era suficiente, o Porto tinha que querer mais. Os dragões estiveram por cima no jogo até ao fim (Hélton ainda assustou num dos "seus" momentos em que driblou Hosiner), faltou finalização e assertividade e Lindner terminou o jogo a tirar o golo a Jackson. O Porto europeu a que estamos habituados não vacilaria neste encontro e neste momento o cenário mais provável é a Liga Europa. Na última jornada o Porto desloca-se ao terreno do Atlético Madrid - que certamente quererá terminar a fase de grupos sem derrotas - enquanto que o Zenit viajará a Viena dependendo de si e sabendo que uma vitória deixa os russos nos oitavos. Aos 23 anos, o guardião austríaco Heinz Lindner pode aspirar a jogar num campeonato mais competitivo - "cheira" a futebol alemão, já recheado de tantos talentos entre os postes (a maioria, diga-se a verdade, alemães).
Barba Por Fazer do Jogo: Heinz Lindner (Austria Viena)

Zenit 1 - 1 Atlético Madrid: No gelo da Rússia e com o Porto atento, foram várias as baixas no Atlético Madrid de Simeone - não houve Diego Costa, Arda Turan, Villa, Tiago, Godín ou Filipe Luís. Inicialmente foram 2 ex-dragões, um de cada lado, a dinamizarem os ataques: Cristian Rodríguez e Hulk procuraram o golo, mas acabou por ser Adrían a pôr o Atlético a vencer depois de um grande passe de Raúl Garcia. O empate, para mal do Porto, pode-se dizer que caiu literalmente dos céus para o Zenit - Smolnikov subiu ao ataque, cruzou, Alderweireld desviou de cabeça fazendo a bola subir e Courtois que podia ter controlado o lance deixou a bola entrar na baliza. Um momento de sorte, cruzado com o posterior desperdício do Porto, deu ao Zenit a possibilidade de depender de si próprio, bastando-lhe vencer os austríacos na derradeira jornada. Neste jogo, mais uma vez, ficou patente a enorme qualidade - com e sem bola - dos médios espanhóis Koke (um dos médios mais completos da actualidade) e Raúl Garcia (grande assistência e um quase-chapéu de enorme classe).
Barba Por Fazer do Jogo: Raúl Garcia (Atlético Madrid)

Arsenal 2 - 0 Marselha: No Emirates Stadium o Arsenal tinha que ganhar e a noite foi de Jack Wilshere. O médio inglês não perdeu tempo e com 27 segundos de jogo fugiu a um defesa e, do lado direito da área, rematou com efeito fazendo um grande golo. Numa noite onde Mandanda evitou que o Marselha sofresse mais golos, Ramsey voltou a destacar-se ao ganhar um penalty (que era falta sim, mas fora da área) com um pormenor delicioso sobre um defesa. Özil denunciou e viu Mandanda negar-lhe o golo. Mesut Özil acabou por ter o seu momento ao assistir Wilshere para o 2-0 numa boa jogada colectiva que terminou então com o bis do inglês. O Arsenal é líder do Grupo F, com mais 3 pontos que Dortmund e Nápoles, e na última jornada viajará ao inferno napolitano.
Barba Por Fazer do Jogo: Jack Wilshere (Arsenal)

Borussia Dortmund 3 - 1 Nápoles: Depois de Ramsey ter dado uma vitória ao Arsenal na Alemanha, o Dortmund sabia que hoje era estritamente obrigatório ganhar. Um "agarrão" a Lewandowski fez com que Marco Reus abrisse o activo da marca de grande penalidade aos 10 minutos. O domínio do Dortmund foi avassalador mas Lewandowski perdeu inúmeros duelos com Reina. Com Mkhitaryan a espalhar classe no meio-campo alemão, normalmente a comandar as transições, o 2-0 chegou num contra-ataque mortífero em que Reus ofereceu o golo a Kuba, que colocou a bola entre as pernas de Reina. O Nápoles, que na 1.ª parte tinha acertado no poste por intermédio de Callejón, reduziu com um bom golo de Insigne (já tinha marcado ao Dortmund na 1.ª volta) mas Aubameyang sentenciou o jogo assistido por Lewandowski.
Barba Por Fazer do Jogo: Henrikh Mkhitaryan (Borussia Dortmund)

Basel 1 - 0 Chelsea: O Chelsea esperava poder vingar-se da derrota consentida frente ao Basel em Stamford Bridge, mas os suiços voltaram a derrotar Mourinho e os seus blues. Petr Cech teve algum trabalho e foi adiando um golo que chegou aos 86 minutos - passe a rasgar de grande qualidade do defesa Fabian Schär (a par de Sommer e Stocker, jogador que vai mais tarde ou mais cedo jogar numa grande liga) e Salah recebeu bem, trabalhou bem e finalizou ainda melhor. Uma vitória justa, embora o Chelsea tenha terminado o jogo sabendo que está qualificado. A última jornada ditará um Schalke 04 - Basel absolutamente determinante (em caso de empate, passam os suiços) e o Chelsea poderá receber o Steaua confortável e tendo hipótese para dar minutos a jogadores menos utilizados como De Bruyne ou Demba Ba.
Barba Por Fazer do Jogo: Fabian Schär (Basel)

Steaua 0 - 0 Schalke 04: Na Roménia romenos e alemães defrontaram-se mas ninguém conseguiu fazer mexer o marcador. Jens Keller confiou - talvez demasiado - no seu plantel, só deu 15 minutos de jogo a Julian Draxler, melhor jogador da equipa, e o jogo poucas oportunidades reuniu. A recepção dos alemães ao Basel promete ser um dos jogos para ter debaixo de olho na última jornada.
Barba Por Fazer do Jogo: Alexandru Bourceanu (Steaua)

Ajax 2 - 1 Barcelona: O Barcelona esteve irreconhecível em solo holandês e muito por mérito do Ajax. A ressuscitar os bons tempos de Amesterdão, a 1.ª parte do Ajax foi muito positiva, com um futebol descontraído, fluido e com o ADN do Ajax presente. Viktor Fischer e Klaassen deixaram em campo um cheirinho do que pode ser o seu futuro e o Ajax fez o primeiro quando Van Rhijn cruzou e Serero não deu hipóteses a Pinto. Ainda antes do intervalo chegou o 2.º com Hoesen a marcar. Veltman ainda podia ter deitado tudo a perder quando foi expulso por derrubar Neymar (ficaram dúvidas se o derrube foi fora ou já dentro de área). O árbitro marcou penalty, Xavi converteu e o 2-1 manteve-se até final. Seria bom o Ajax voltar a apresentar este futebol em Milão, em Dezembro. E bem precisará que isso aconteça.
Barba Por Fazer do Jogo: Davy Klaassen (Ajax)

Celtic 0 - 3 AC Milan: Não era uma deslocação nada fácil mas o Milan safou-se em Glasgow. O Celtic, que normalmente defende bem em casa, cometeu uma falha defensiva terrível e deixou Kaká completamente sozinho num canto de Birsa. Conclusão: golo do brasileiro. As bolas paradas mantiveram-se "amigas" do Milan e, novamente na sequência de um canto, Zapata fez o 2-0 no início da 2.ª metade. O terceiro e último chegou finalmente de bola corrida com Balotelli a aguentar a pressão e a finalizar. Uma palavra apenas para Montolivo, um jogador nem sempre valorizado mas que muito provavelmente vai animar o mercado em breve rumo ao último contrato da sua vida.
Barba Por Fazer do Jogo: Cristian Zapata (AC Milan)

Amanhã há mais Champions League. Até já

26 de novembro de 2013

X Factor UK - Live Week 5


    As exibições negativas diminuem cada vez mais e numa noite de Jazz/Blues todos - excepto o suspeito do costume - se exibiram a grande nível. Um registo musical que favorece os que têm mais dotes vocais, Sam e Nicholas foram os melhores.


OS MAIS
+ Sam Bailey foi novamente arrebatadora na sua magnífica performance. Sharon atribuiu-lhe "New York New York" de Frank Sinatra e a ex-guarda prisional foi cativando à medida que a música prosseguia. Os elogios às suas performances começam a ser cada vez mais constantes e a verdade é que Sam consegue sempre surpreender na semana seguinte com uma actuação fantástica.


+ Nicholas McDonald cantou "Dream a Little Dream" de Ozzie Nelson e apresentou-se seguro. Nicholas tem sido dos que mais evoluiu em palco, deixando o seu ar tímido de lado. A par de Sam, Nicholas é dos mais constantes nas galas. Nunca cantou mal e apenas tem variado de performances boas a muito boas - que é o caso desta.


+ Tamera Foster, tal como Hannah Barrett na semana anterior, respondeu ao facto de ter sido uma das menos votadas da semana transacta com uma actuação também ela bastante segura mostrando o seu poder vocal. Foi com a música "Cry Me a River" de Julie London que se exibiu nesta gala de Jazz e mereceu sem dúvidas o nosso destaque.



OS MENOS
- Sam Callahan também é dos mais constantes... Mas negativamente. Neste registo musical - Jazz - a pouca capacidade vocal vem sempre ao de cima. E esta foi a interpretação que mais denunciou as fragilidades da voz de Sam. " Ain't That A Kick in The Head" de Dean Martin foi o tema escolhido.



OS NEUTROS
    Não foi uma semana rica em boas actuações, mas todas foram satisfatoriamente boas. Sendo que os que mais se destacaram foram Sam Bailey e Nicholas, todos os outros se exibiram a um nível bom. Apenas destacámos Tamera porque foi muito ligeiramente melhor. Tanto Abi, como os Rough copy, como Hannah e Luke estiveram muito bem.


A EXPULSÃO
   Injustiças. O que era este programa sem elas de volta? Esta semana Sam Callahan voltou a não figurar entre os menos votados o que possibilitou uma eliminação complicada. As duas menos votadas foram Hannah Barrett e Abi Alton. Hannah voltou a ter garra e confiança em si própria e isso verificou-se no seu desempenho nas últimas galas. Abi vai um pouco pelo mesmo caminho. Criticámos imenso as prestações e limitações da jovem concorrente, mas a verdade é que nas últimas galas Abi melhorou imenso e voltou a ter a confiança necessária para se exibir a bom nível. Nicole desligou-se das críticas e colocou Abi a cantar como se sente bem. E, de facto, foi a melhor opção.
    Nicole absteve-se de participar na votação a eliminar e passou a decisão aos restantes jurados que - por unanimidade - mandaram Abi Alton para casa. Ainda assim, vale a pena ouvirem ambas as actuações do Survival - onde os concorrentes cantam sempre muito bem.

25 de novembro de 2013

Porto escorrega em casa e Slimani aquece campeonato

FC Porto    1 - 1    Nacional da Madeira (Jackson 52'; Rondon 81')

    O Porto escorregou no seu terreno contando com a ajuda dos seus adeptos frente ao Nacional da Madeira. Uma noite fria na cidade invicta que deixou os adeptos ainda mais gelados nos últimos minutos da partida. Não houve muitos lances de perigo, mas claramente o Porto era quem pautava o ritmo da partida. Desde cedo os dragões se aperceberam que tinham uma barreira dura de ultrapassar comandada por Miguel Rodrigues e Gottardi. Jackson bem tentava, mas sem sucesso. Só no início do segundo tempo é que a barreira se desfez. Grande cruzamento de Danilo e Jackson - da marca de grande penalidade - disferiu um cabeceamento potente e colocado completamente fora do alcance do guardião adversário. Logo após o golo, os azuis e brancos podiam ter sentenciado o jogo por Lucho Gonzaléz, mas o capitão falhou incrivelmente. Os dragões abrandaram e num contra-ataque o Nacional faz o empate. Otamendi ainda roubou o golo a Mateus em cima da linda, mas na recarga Rondon atirou mesmo a contar. Já nos descontos, Jackson Martinez poderia ter devolvido a liderança no marcador, mas cara-a-cara com Gottardi falhou. 
    Com este empate caseiro o campeão em título possibilitou assim que os seus rivais fiquem apenas a um ponto da liderança.

Barba Por Fazer do Jogo: Miguel Rodrigues (Nacional da Madeira)
Outros Destaques: Josué, Herrera, Jackson; Gottardi, Mexer.



Sporting CP    1 - 0    Vit. Guimarães (Slimani 90')

    Não muito longe da cidade invicta, o Sporting visitou os vimaranenses num jogo muito morno. Valeu aos leões o super-suplente Slimani que voltou a mexer com o marcador com a sua entrada já perto do fim. Na primeira parte as grandes oportunidades foram praticamente todas do Vitória de Guimarães. Mais concretamente de Maazou que encontrou no poste e em Patrício os seus maiores obstáculos. O Sporting só conseguiu criar perigo na segunda parte por intermédio de Carrillo, mas muito ocasionalmente. Só após a entrada do gigante Slimani é que os ataques começaram a ser mais constantes. O argelino ainda chegou a festejar aos 87 minutos, mas o golo foi anulado (correctamente). Até que perto dos 90, Abdoulaye tenta cortar a bola, mas acaba por amortecer a bola de forma perfeita para Slimani fazer o golo da vitória dos leões.
    Uma vitória complicada num campo complicado. Com estes 3 pontos ao cair do pano, os verde e brancos colaram-se de novo ao Benfica e ficam a apenas 1 ponto do Porto. Este campeonato - como nós previmos na pré-época (sim, é gabarolice) - promete até ao fim. A nossa Liga bem que precisava disto novamente.

Barba Por Fazer do Jogo: Slimani (Sporting CP)
Outros Destaques: Maazou, Paulo Oliveira.


24 de novembro de 2013

Crónica: Cristiano Ronaldo é o Melhor Jogador do Mundo

    O título não poderia ser mais explícito. Deixei-me de rodeios e/ou trocadilhos e escrevi aquilo em que realmente consiste esta crónica. Cristiano Ronaldo é efectivamente o melhor jogador de futebol do mundo... Mas não só. O português é um dos melhores atletas mundiais e só num mundo tão "escuro" como é este do futebol é que Cristiano apenas é galardoado com uma bola de ouro em cinco anos.
    Nos anos antecedentes, em que Ronaldo merecia ganhar, davam o prémio a Messi simplesmente porque sim. Ronaldo fazia tantos golos como o argentino - em 2011/12 chegou inclusivé a ser campeão de Espanha -, mas a bola de ouro ia sempre para o "good boy" que "dança com a bola". Este ano descobriu-se muito provavelmente a careca da FIFA. Joseph Blatter deve ter abusado no tintol antes do encontro que tinha na Oxford Union Society e vai daí e começa a desbobinar tudo o que lhe ia na cabeça. Derreteu-se com palavras sobre Messi e troçou com Cristiano Ronaldo.
    Este ano Messi está a ficar para trás no que respeita às marcas pessoais. Cristiano Ronaldo marcou -até ao início do corrente mês - 56 golos em 50 jogos perfazendo uma média de 1,12 golos por jogo enquanto que o argentino marcou 43 em 44 jogos dando uma média de 0,97 golos por jogo. Contudo, como Blatter e seus compadres de taberna têm de arranjar desculpas para não dar o prémio pela segunda vez ao português, inventaram a desculpa dos títulos conquistados pelo clube. Como Ronaldo não ganhou títulos importantes - mesmo quando os ganha, é Messi o vencedor - não merece ser destacado como o melhor jogador do mundo. Viva a coerência! Segundo o Wikipédia, "FIFA Ballon d'Or é uma premiação realizada anualmente para apontar o futebolista com melhor desempenho no ano anterior", assim sendo, que raio é que os títulos do clube têm que ver com o desempenho do jogador? Um jogador poderia ter números impressionantes, mas se jogasse num clube como Tottenham, Liverpool, Atlético de Madrid ou Dortmund já não poderia sair vencedor porque não têm títulos relevantes para que o jogador seja o melhor do mundo. É uma desculpa tão esfarrapada como aquele amigo que se corta à última hora com uma falsa desculpa apenas para não parecer mal. Mas vou contar uma novidade para esses amigos e para Blatter e companhia - as pessoas sabem sempre que é uma desculpa esfarrapada e acaba por parecer ainda pior (mas não digam a ninguém).
    Ronaldo leva o nome de um país às costas fazendo o mesmo obter resultados fantásticos em cada campeonato que entra. Um plantel que não é muito rico em opções diferindo da pobre Argentina onde Messi tem como companheiros Di Maria, Aguero, Tevéz, Lavezzi, Higuain, Pastore, etc...
    A acrescentar a isto, que tal também referir que Cristiano Ronaldo foi o melhor marcador da Liga dos Campeões? Já chega ébrio Blatter?
    Posto isto, quem é que o José quis meter à baila de melhor do mundo? Franck Ribéry. Porquê? Porque ganhou todos os troféus que poderia ganhar no seu clube. Han? Muita bem... Foi o melhor marcador da equipa na liga? Não. Então quem foi? Foi o Mandzukic e o Müller. Então porque não é nem o Mandzukic nem o Müller os candidatos ao prémio? Porque não são jogadores que se façam notar e porque não são franceses como o Franck. Franck Ribéry é um enorme jogador, mas não se pode comparar nem a Ronaldo nem a Messi só por ter ganho tudo com o seu clube. Estamos a falar de um título de desempenho individual e não colectivo! Não tem os melhores números na sua equipa quanto mais os de Ronaldo e Messi. É anedótico darem o título a Ribéry só porque este ano parece mal dar a Messi. Por este prisma até Dante poderia ser o melhor do mundo.
    Mas não é só. Ultimamente tem-se falado de Neymar como um dos jogadores mais votados para a bola de ouro. Outra boa anedota tal como as suas simulações geniais. O que é que Neymar fez? Não sei. Mas tudo é possível já que um dos seus golos está nomeado para melhor golo do ano e não é nada de especial. É apenas um golo porreiro. Neymar tem um futuro brilhante pela frente, mas não fez nada de muito relevante que o leve a combater com Ronaldo, Messi ou Ibrahimovic. Temo que a explosão do brasileiro não se possa consumar tão cedo derivado ao gigante ego de Lionel Messi. Messi troça com seus companheiros (Tello já foi um exemplo disso mesmo) e obriga-os a jogar para ele. Messi quer protagonismo, mas quem tem a fama é Ronaldo por ter jóias e bons carros. O que vale é que para a maioria da sociedade humildade é andar com roupas baratas e andar de bicicleta. Os gestos que Ronaldo tem para com os fãs, invasores de campo e crianças com dificuldades é de todo arrogante. O facto de não ter tatuagens nos braços para poder doar sangue duas vezes ao ano é também completamente repudiante!

    Certamente não será apenas a minha opinião, mas a de muitos - Ronaldo é de facto o melhor jogador do mundo. Marca cerca de 40 a 50 golos todas as épocas seja de pé direito, pé esquerdo ou cabeça. Messi tem apenas um pé esquerdo mágico e uma agilidade fora do normal. Nos anos antecedentes, Messi ganhou 4 das últimas 5 bolas de ouro. Umas vezes bem, noutras Ronaldo foi melhor. Não é de todo normal dar o título sempre ao mesmo jogador sendo que há outro jogador do mesmo nível (ou superior) que o supera em certos anos.

    Este ano, o prémio tem que ser de Cristiano Ronaldo e o 2º lugar há que ser disputado entre Messi e Ibrahimovic. Que se disfarce um pouco este mundo obscuro do futebol com um pouco de justiça. Pelo menos este ano. Faça-se justiça. Faça-se Cristiano Ronaldo o Melhor Jogador do Mundo de 2013.

                     Tiago Moreira

Factor X: Top 8 Jovens e Grupos

Chega mesmo antes da Decisão final, mas ainda vai a tempo. No passado domingo tivemos na Sociedade Independente de Comunicação, ou SIC para os amigos, mais um Factor X. Com o veredicto dos Adultos limitado a 8 caras no programa anterior, neste programa assistimos ao destino dos Jovens (mentor Paulo Junqueiro) e dos Grupos (mentor Paulo Ventura). Numa apreciação global, seguiu em frente a maioria dos que deviam seguir, deixando só a desejar os abandonos - também pela progressiva maior qualidade generalizada - de David Dias, Ivo Soares (não íamos muito com a cara dele, já tinha estado no "Portugal Tem Talento" mas a verdade é que nesta fase cantou bem), as Golden Soul e gostaríamos que tivessem mostrado mais de Diogo Correia. Nance Matoso foi "um caso aparte" e foi pena que Mariana Pádua, Clara Neto e Maria Inês Paris não tenham estado no seu melhor. E antes de mais, uma vénia a Mariana Rocha. E ao Diogo Valente.

TOP 8 Jovens: Mariana Rocha, Diogo Valente, Diogo Santos, Rita Cabreira, Mafalda Gomes, Marisa Ramos, Nádia Gonçalves, Gonçalo Santos

    As duas grandes actuações do último programa foram, irremediavelmente, as de Diogo Valente e Mariana Rocha. O Diogo tinha cantado Prodígio nas audições mas desta vez cantou um tema original. Emocionou, cativou e mostrou que tem claramente potencial musical para construir uma boa carreira. Pegou no instrumental da "When I'm Gone" de Wiz Khalifa e acrescentou-lhe uma letra escrita por ele dedicada à avó. Uma "Mulher da Minha Vida" que seria uma boa aposta de Diogo se a gravasse em estúdio.
    Mariana Rocha destronou oficialmente Pauleta no topo dos açorianos com talento. Com o madeirense Cristiano Ronaldo a fazer história jogo após jogo, a Mariana decidiu elevar e bem a fasquia e cantou "Who's Loving You" dos Jackson 5/ Michael Jackson. Mostrou ainda maior versatilidade ao tocar piano (já sabíamos que tocava bem viola) e conseguiu uma das melhores actuações do bootcamp. É talento que não engana e até ver uma das concorrentes com maior potencial de vencedora. 

    O Diogo Santos tinha deixado uma boa imagem nas audições ao cantar Ben Howard, embora tenha dado a ideia de que podia dar mais. E desta vez deu. Ousou ao interpretar "Sitting On The Dock of The Bay" do grande Ottis Redding e fez mais do que o suficiente para passar, deixando alguma curiosidade para a sua actuação da próxima fase. Pena que a passagem dele tenha ditado - por opção de Junqueiro - a troca com David Dias.
    Todos os outros estiveram um nível abaixo de Diogo, e ainda mais abaixo que a Mariana Rocha e o Diogo Valente. Poder-se-ia destacar a actuação enérgica de Rita Cabreira, mais uma prova que Mafalda Gomes está no programa com tudo o que tem, mas optámos por colocar aqui Nádia Gonçalves. Tem uma excelente voz, rara e que resulta bem tanto em estúdio como ao vivo, neste bootcamp até esteve abaixo do que mostrou nas audições, mas cabe a ela voltar ao seu melhor na Decisão Final.

    Em jeito de adeus deixamos ainda o vídeo de 2 concorrentes eliminados: David Dias e Ivo Soares. O David escolheu uma música ("With or Without You") que à partida exploraria o melhor da sua voz, mas acabou por desapontar ligeiramente. Ainda assim, por ser das vozes mais interessantes, devia ter seguido em frente. Quanto ao Ivo Soares - não é o tipo de cantor com o qual nos identifiquemos muito, por ser muito "La Feria" -, já tinha participado no Portugal Tem Talento, mas desta vez cantou bastante bem Queen e merecia também seguir para a próxima fase.
    Recordamos que para além dos primeiros 4 enunciados, passaram Rita Cabreira, Mafalda Gomes, Gonçalo Santos e a fadista Marisa Ramos.

TOP 8 Grupos: Bring Us Tomorrow, 2605, As Netas do Fado, X4U, Os Cúmplices, Rafa e Beltran, The Proof, Helis & Ela

    Paulo Ventura e a produção já cometeram muitos erros, mas a junção dos Bring Us Tomorrow foi algo que foi bem feito. Vemos o arranque da sincronia das guitarras acústicas e a ideia que dá é 'olha, queres ver que eles podiam arriscar em tocar Linda Martini ou assim', o que é um bom elogio. Cantaram a sua versão do "Homem do Leme" dos Xutos e, quanto mais se soltarem e se afastarem do registo que cheira a X4U, melhor para eles.
    As Helis & Ela não tinham convencido a 100% quando usaram e abusaram dos copos na sua audição, mas desta vez deixaram os copos de lado. As quatro vozes combinam bem, são suficientemente inteligentes a nível musical para produzir boas harmonias e mudar canções, tornando-as delas. Foi o que fizeram com "Nothing Left to Say" da Áurea. Justa integração no Top 8.
    De resto, mereceram também destaque As Netas do Fado. Aceitaram o desafio de Paulo Ventura e atreveram-se a cantar (bem) Amália Rodrigues. Fica só a dúvida - no estrangeiro há galas dedicadas a Cinema, determinada década (ex: anos 90) ou às vezes a um género musical. Se nos primeiros dois casos As Netas do Fado conseguem dar a volta à coisa mantendo-se fadistas, numa gala pop certamente já não seria assim, naturalmente.
    Por fim recordamos que para além destes 3 grupos passaram os 2605 (achamos que têm muito mais do que o que mostraram neste jogo das cadeiras), os X4U, Os Cúmplices, Rafa e Beltran e os The Proof (que conjugam os The Bliss, que era um dos grupos mais fortes, com vários outros elementos que competiam individualmente). A nível de grupos foi injusto, perante a actuação das Golden Soul, elas serem retiradas da sua cadeira no Top 8 mesmo à boca da Decisão Final.

Hoje há mais Factor X, com cada jurado a ouvir os seus oito.

Villas-Boas goleado pelo Manchester City (6-0)

Manchester City  6 - 0  Tottenham (Navas 1' 90', Sandro a.g. 34', Aguero 41' 50', Negredo 55')

    Jogou-se hoje o 2.º grande jogo da jornada na Premier League, mas desta feita as emoções foram só para um dos lados. Se ontem no Everton-Liverpool vimos um 3-3 repleto de emoção e reviravoltas, hoje vimos uma equipa a atravessar um grande momento e outra a evidenciar que tem que parar para repensar algumas coisas. O Manchester City entrou em campo com o onze que era esperado, enquanto que AVB decidiu optar por Lamela, Holtby e Sandro, preterindo Townsend, Sigurdsson e Dembélé.
    O jogo não podia ter começado melhor para o City. Estavam jogados 13 ou 14 segundos quando Jesús Navas inaugurou o marcador com um golaço. A bola recuou até Lloris, o guarda-redes francês fez asneira, Agüero testou os seus reflexos e na recarga, descaído para o lado direito, Navas marcou um grande golo de primeira. Os citizens continuaram a carregar com Agüero a dar muito trabalho com as suas movimentações inteligentes e Negredo e Navas em bom plano, enquanto que o Tottenham só conseguiu ficar perto do golo num livre de Vertonghen, fácil para Pantilimon. O 2-0 chegou então como resultado dum novo pontapé de Lloris ganho imediatamente a meio-campo pelo City. Nasri, a partir do flanco esquerdo, jogou para Agüero que rematou para uma defesa de Lloris, sobrando a bola para Negredo. O avançado espanhol rematou, mas acabou por ser Sandro a introduzir a bola na baliza. Um golo a meias. A 1.ª parte não acabou sem Agüero marcar um golo que já bem merecia. A jogada começou numa incursão (foram tantas!) de Zabaleta pelo lado direito, o argentino soltou para Navas e o extremo espanhol cruzou para a área onde o "matador" Agüero não perdoou. O 3-0 ao intervalo era inteiramente justo, mas mais golos estavam a caminho do Etihad Stadium.
    Frente a uma defesa do Tottenham completamente destruída e a fraquejar por todos os lados, o 4-0 não demorou a chegar. Yaya Touré - qual locomotiva - pegou na bola a meio-campo, combinou com Negredo (classe pura no toque subtil do espanhol) e correu até à grande área onde assistiu Agüero para o bis do agora melhor marcador da Premier League. A goleada aumentou de volume 5 minutos depois com Fernandinho a servir Negredo e o avançado espanhol a partir a loiça toda. Infelizmente em ligeiro fora-de-jogo, Negredo recebeu driblando com o 1.º toque Dawson e rematou forte, coroando finalmente a sua excelente exibição com um golo. O Manchester City continuou a gerir o resultado, Nasri ainda enviou uma bola ao travessão, Yaya e Fernandinho ficaram perto de também marcar, mas acabou por ser o homem que tudo começou a fechar as contas. Jesus Návas, no seu melhor jogo com a camisola azul clara do City, recebeu um passe simplesmente impressionante de James Milner, viu Vertonghen falhar uma intercepção que num dia normal não falharia e fixou o resultado final, isolado na cara de Hugo Lloris.

    O Manchester City subiu ao 4.º lugar e está a 2 pontos de Chelsea/ Liverpool e a 6 do líder Arsenal. Poderá ainda ser hoje ultrapassado pelo rival United que vai ao habitualmente complicado terreno do Cardiff (onde o City perdeu). A equipa de Pellegrini fez uma exibição monstruosa, aproveitou todos os erros consentidos por Lloris e pela defesa do Tottenham e mostrou que podem contar com os citizens para a luta pelo título. Falta apenas maior regularidade nos jogos fora a este City, que tem destruído quem os visita (no Etihad esta época já ganharam 4-1 ao United, 7-0 ao Norwich e agora este 6-0).
    Agüero foi o homem do jogo. Marcou 2 golos e ficou ligado indirectamente a outros dois. É, a par de Suárez, o jogador que maior poder individual tem neste momento nesta Premier League. Jesús Navas abriu e fechou o marcador, assistiu Agüero e foi sem dúvida o outro homem do jogo. De resto, Negredo voltou a marcar e a demonstrar que o City tem uma dupla para os próximos anos. Zabaleta, Fernandinho e Yaya Touré também encheram o campo. O Tottenham de Villas-Boas continua muito abaixo daquilo que pode e deve jogar. Tirando na Europa, onde passeia (pudera), está actualmente num 9.º lugar com um goal average de -3 (o City tem +22) e é de estranhar como no ano passado quando só 1 jogador - Gareth Bale - tinha a capacidade de resolver os jogos, os restantes pareciam mais equipa e corriam/ lutavam mais do que agora. Vertonghen tem que ser utilizado no centro da defesa, preferencialmente lado a lado com Chriches, e acaba por ser mau para AVB ter demasiados médios semelhantes (Paulinho, Sandro, Capoue, Dembélé) não estabilizando uma dupla como por exemplo o City tem com Fernandinho-Yaya. Hoje, não houve qualquer destaque positivo na exibição dos spurs.


Barba Por Fazer do Jogo: Sergio Agüero (Manchester City)
Outros Destaques: Zabaleta, Fernandinho, Yaya Touré, Jesús Navas, Negredo
Golos:

23 de novembro de 2013

Premier League: Arsenal mais líder, Chelsea reencontra o caminho da vitória

  Premier League - Num dia em que o Everton-Liverpool foi o grande jogo em Inglaterra, jogaram-se outros seis encontros que ditaram várias - e interessantes - alterações na imprevisível e fantástica tabela da Premier League.

    O Arsenal, consciente de que uma vitória o tornaria mais líder, aumentando a vantagem relativamente ao Liverpool, tinha hoje pela frente o surpreendente Southampton. Os saints já tinham brilhado esta época com Liverpool e Manchester United, mas hoje o guardião Boruc (que já tinha estado mal na fotografia quando Begovic lhe marcou um golo) acabou por dar uma ajudinha. O Arsenal foi mais equipa, Aaron Ramsey ficou perto de marcar um grande golo de calcanhar à entrada da área - acertou no poste - assistido por Özil, mas acabou por ser Boruc a desbloquear o jogo. O guarda-redes polaco do Southampton armou-se em Hélton... e armou-se em Hélton outra vez, só que não tendo os pés do guardião do Porto acabou por perder a bola para Giroud. O avançado francês teve o mérito de pressionar, mas terá sido um dos golos mais fáceis da sua carreira. Para além do remate ao poste de Ramsey, também Wilshere esteve muito perto de fazer um golaço, acertando no mesmo poste direito. O Southampton "cheirou" o golo por Lallana e Jay Rodriguez mas acabou por ser novamente Giroud a pôr um ponto final no jogo, ao bisar de penalty. 28 pontos para o Arsenal, mais quatro que Liverpool e Chelsea.
    
O Chelsea de José Mourinho jogou depois de toda a gente hoje e entrou em campo sabendo que podia igualar o Liverpool na tabela. Frente a um débil West Ham, foi precisamente uma má abordagem defensiva que originou a grande penalidade (bem ganha por Óscar) que Lampard não desperdiçou, fazendo o 1-0. O segundo golo chegou também na primeira parte com Hazard a soltar a bola para o brasileiro Óscar que a conduziu até à entrada da área, rematando colocado e rasteiro para o 2.º. Grande época de Óscar, que continua a manter um nível elevado. O West Ham procurou reduzir mas acabou por ser o Chelsea a sentenciar tudo - na recarga de um remate de Hazard, Lampard rematou à entrada da área num golo... "à Lampard". Um bom jogo do melhor marcador de sempre do Chelsea contra aquele que foi o clube que o formou.

    Nos restantes jogos o Newcastle alcançou a sua 3.ª vitória consecutiva (depois de perder o derby com o Sunderland tinha ganho já a Chelsea e Tottenham) frente ao Norwich. Loïc Rémy manteve a boa forma e inaugurou cedo o marcador, num cabeceamento após um canto bem batido por Cabaye. O segundo golo dos magpies ficou a cargo de Gouffran tendo depois Leroy Fer reduzido para o 2-1 final.
    O Stoke ganhou 2-0 em casa frente ao Sunderland. Já se sabe que com Begovic e Shawcross (dos melhores guarda-redes e centrais, respectivamente, da Premier) o Stoke é sempre uma equipa candidata a não sofrer, mas hoje N'Zonzi foi o destaque do jogo. O médio encheu o campo, assistiu Charlie Adam para o primeiro golo e fez ele próprio o segundo da tarde. Destaque para a expulsão de Wes Brown, claramente exagerada.
    Já o Swansea venceu por 2-1 no terreno do Fulham, com Hughes (defesa do Fulham) a marcar na própria baliza. O empate chegou por intermédio de Scott Parker - raro marcador de golos - num golaço, embora tenha parecido involuntário pois deu toda a ideia de que o médio queria cruzar. Um grande golo - e este totalmente voluntário e pensado - foi o de Jonjo Shelvey que decidiu o jogo. No outro jogo do dia, entre os recém-promovidos Hull City e Crystal Palace, esperava-se a vitória dos tigers mas acabou por ser um golo solitário de Bannan a dar 3 pontos importantes para a luta do Palace.

    Amanhã há mais Premier League, desde logo com um espectacular Manchester City-Tottenham, para além duma difícil deslocação do campeão United a Cardiff.

Valeu o "velho" Matic a aquecer a noite fria na Luz (1-0)

Benfica  1 - 0  Braga (Matić 73')

    O Benfica derrotou hoje o Braga na Luz, num jogo pobre e sem ideias, salvo para os encarnadas pelo jogador em campo que mais merecia o golo - Nemanja Matić. Óscar Cardozo, homem-golo do Benfica no último mês, foi baixa de última hora e o Benfica, com o adjunto Raul José a orientar a equipa dado o castigo de Jesus, entrou em campo com algumas alterações. Siqueira voltou e ocupou a lateral-esquerda, atirando Sílvio para o lado direito, enquanto que Gaitán, Markovic e Djuricic jogaram nas costas de Lima. Jesualdo colocou um onze "à Braga" (leia-se capaz de potenciar boas transições) com Mauro, Micael e Luiz Carlos no miolo e a dupla Alan-Rafa no apoio a Éder.
    A primeira parte pouca história teve. O Braga entrou melhor, Éder foi dando algum trabalho à defensiva encarnada com as suas movimentações, mas o Benfica gradualmente aumentou a sua posse de bola. Porém, sem criatividade nem objectividade. O Braga procurou o golo por Micael e Éder, e o Benfica teve dois quase-lances com Markovic a ser servido por Matić e Gaitán.
    A segunda metade começou e Rafa - que deveria ser titular indiscutível neste Braga - criou sozinho o momento de maior perigo no jogo até então. Numa diagonal rematou forte e só a barra da baliza de Artur travou o remate do camisola 18. Momentos depois voltou a ser Rafa a mexer com o jogo ao falhar um cruzamento que podia ter deixado Éder com o golo nos pés. O Benfica mexeu e colocou em campo Rodrigo e Ivan Cavaleiro nos lugares dos sérvios Djuricic e Markovic, mas foi Artur a destacar-se ao defender um remate de Alan.
    Os minutos iam passando e foi depois a vez do jovem Ivan Cavaleiro ficar muito perto do golo. Já dentro de área a nova coqueluche do Benfica fez tudo bem e rematou fortíssimo mas Eduardo fez uma defesa quase impossível a parar um remate que parecia golo certo. O lance animou as bancadas e animou aquele que estava a ser o único jogador realmente consistente nas suas acções - Nemanja Matić -, num nível próximo do da época passada que pouco tínhamos visto nele em 2013/ 2014. Frustrado e farto do desperdício dos homens da frente, Matić pressionou alto, roubou a bola a Mauro em zona proibida, levando a crer que a sua perna tem 1,50 metros e rematou forte e rasteiro de pé esquerdo, batendo Eduardo e resolvendo o jogo. Fica a ideia de que Eduardo devia ter feito mais, embora a bola tenha descrito um arco complicado e o guarda-redes português talvez não tenha visto a bola partir.
    Nos minutos finais o Benfica não teve capacidade para "matar" o jogo, mas aguentou o 1-0 frente a um Braga matreiro, voltando a evidenciar que o perfume do seu melhor futebol ainda está a anos-luz do que já se viu naquele palco.

    Nemanja Matić foi, sem margem para dúvidas, o homem do jogo. O sérvio encheu o meio-campo, resolveu várias situações complicadas saindo a jogar, pareceu por diversas vezes bastante mais inteligente que os colegas e decidiu o jogo quando subiu ao ataque, roubou uma bola e sozinho deu os 3 pontos ao Benfica. De resto, Enzo Pérez esteve abaixo do nível que tem vindo a apresentar - bem do ponto de vista físico (nunca se lhe pode apontar o dedo) e táctico, mas a falhar vários passes. Gaitán apareceu ocasionalmente, Artur e Luisão disseram presente, os laterais Sílvio e Siqueira (que saiu novamente lesionado) não estiveram ao nível do que o clube pede. Entre os suplentes utilizados, Cavaleiro e André Almeida entraram bem. Palavra final para os sérvios, onde Djuricic talvez merecesse mais minutos, enquanto Markovic esteve em dia não.
    No Braga, Nuno André Coelho esteve bem na defesa, Rafa foi uma dor de cabeça massacrando Sílvio e criando perigo constantemente. Éder esteve melhor na primeira parte (na 2.ª Luisão e Garay anularam-no bem) e acabou por ser Mauro a ficar ligado negativamente a este jogo, ao ver Matić roubar-lhe a bola decisiva.
    O Benfica chegou aos 23 pontos, teve alguma sorte - Matić fez por isso - e está agora a 1 ponto dos dragões, que empataram 1-1 há minutos com o Nacional.

Barba Por Fazer do Jogo: Nemanja Matić (Benfica)
Outros Destaques: Artur, Gaitán, Ivan Cavaleiro; Nuno André Coelho, Rafa, Éder
Golos:
1-0 Matić 73'