Balanço Final - Liga NOS 18/ 19

A análise detalhada ao campeonato em que houve um antes e um depois de Bruno Lage. Em 2018/ 2019 houve Reconquista.

Prémios BPF Liga NOS 2018/ 19

Portugal viu um médio carregar sozinho o Sporting, assistiu ao nascer de um prodígio, ao renascer de um suiço, sagrando-se campeão quem teve um maestro e um velocista.

Balanço Final - Premier League 18/ 19

Na melhor Liga do mundo, foram 98 contra 97 pontos. Entre citizens e reds, entre Bernardo Silva e van Dijk, ninguém merecia perder.

Os Filmes mais Aguardados de 2019

Em 2019, Scorsese reúne a velha guarda toda, Brad Pitt será duplo de Leonardo DiCaprio, Greta Gerwig comanda um elenco feminino de luxo, Waititi será Hitler, e Joaquin Phoenix enlouquecerá debaixo da maquilhagem já usada por Nicholson ou Ledger.

21 Novas Séries a Não Perder em 2019

Renasce The Twilight Zone, Ryan Murphy muda-se para a Netflix, o Disney+ arranca com uma série Star Wars e há ainda projectos de topo na HBO e no FX.

30 de janeiro de 2014

Joss Stone vem ao MEO Marés Vivas

Depois de ontem ter sido anunciado James Arthur para o dia 18 de Julho do festival de Vila Nova de Gaia, hoje foi a vez de Joss Stone - coube à cantora referir a sua presença e não ao festival portuense - juntar o seu nome ao cartaz do MEO Marés Vivas.
    Joss Stone é sempre uma presença bem vinda aos palcos nacionais, trazendo consigo boa energia e boa voz. A cantora britânica actuará no dia 19 de Julho, dia no qual também actuarão os Portishead.


    O festival de Vila Nova de Gaia começa a dar alguns sinais de que a MEO quer roubar clientela aos outros festivais de Julho - os lisboetas Optimus Alive e Super Bock Super Rock (este último decorre exactamente nos mesmos três dias que o Marés Vivas). Para já a Praia do Cabedelo vai receber Prodigy (17 de Julho), Skrillex e James Arthur (18 de Julho), Portishead e Joss Stone (19 de Julho). Fica assim alguma curiosidade para ver o que ainda nos reserva este cartaz.

Bastille no Alive'14

Depois de ontem termos tido a confirmação de James Arthur no MEO Marés Vivas, hoje de manhã voltámos a ter boas notícias e novamente com uma estreia britânica em terras lusas. O Optimus Alive'14 comunicou finalmente o seu 1.º nome para o palco principal de 12 de Julho - Bastille.
    A banda britânica com Dan Smith como frontman teve um 2013 bastante prometedor, lançando o seu primeiro álbum "Bad Blood" do qual fazem parte várias faixas como bad blood (nome do álbum), pompeii ou flaws. Já em 2012 a ascensão da banda britânica tinha-se tornado mais do que um oásis e deixado alguma água na boca quando foi feito o single "Of the Night" - resultante da conversão de dois êxitos dos anos 90 ("The Rhythm of the Night" e "Rhythm Is a Dancer").

    O Optimus Alive tem assim finalmente algum nome no Palco Optimus a 12 de Julho. Veremos quais serão os restantes artistas/ bandas. Aqui fica o cartaz do festival do Passeio Marítimo de Algés até ao momento:

Optimus Alive '14

10 de Julho
Palco Optimus
Arctic Monkeys
Interpol
The Lumineers

Palco Heineken
Imagine Dragons
Chromeo
The 1975

11 de Julho
Palco Optimus
Black Keys
MGMT
Buraka Som Sistema

Palco Heineken

Caribou
Poliça

12 de Julho
Palco Optimus
Bastille

Palco Heineken
Chet Faker

29 de janeiro de 2014

Man City líder, Aston Villa e WBA em jogo louco; Chelsea fez 39 remates... e zero golos

  Premier League - A 23.ª jornada da liga inglesa encerrou hoje com vários jogos de enorme qualidade e um resultado inesperado. O Chelsea de José Mourinho empatou a zeros com o West Ham num total desacerto ofensivo (mérito para a boa exibição defensiva dos hammers), desperdiçando os 2 pontos perdidos pelo Arsenal e vendo o Manchester City - que hoje goleou o Tottenham em White Hart Lane - isolar-se na liderança. Na próxima jornada há City-Chelsea. Outro dos destaques da noite foi o Aston Villa-West Bromwich, jogo que terminou em 4-3 mas com uma primeira parte louca (as equipas foram para o intervalo com 3-3 no marcador).
   
    O Manchester City de Pellegrini não vai parar. A locomotiva dos citizens teve hoje nova paragem - White Hart Lane - e o resultado foi o mesmo de sempre: goleada. O City teve a sua equipa praticamente na máxima força (Pellegrini optou por Dzeko e Clichy para os lugares de Negredo e Kolarov) enquanto que Sherwood colocou a sua equipa com apenas um ponta de lança, Adebayor. O Tottenham tinha sido goleado na primeira volta por 6-0 e hoje a história foi quase igual. Foram precisos 15 minutos para o suspeito do costume, Kun Agüero, atirar a contar. Boa jogada ofensiva com David Silva (hoje esteve impressionante a nível de passe, a espalhar classe no campo todo) a assistir Agüero e este a rematar seco e colocado.
    A avalanche ofensiva só voltou na segunda parte - e de que maneira! - tendo Agüero saído em cima do intervalo dando lugar a Jovetic. Deu a ideia que Agüero saiu tocado mas apenas por precaução, veremos se marcará presença no confronto com o Chelsea do próximo Domingo. A 2.ª parte começou praticamente com as ambições do Tottenham a serem destruídas. Ao minuto 50 Danny Rose cortou a bola dos pés de Dzeko, embora tenha derrubado o bósnio que estava na cara do golo. Lance de difícil análise porque Rose desarmou Dzeko mas tocou-o igualmente. Conclusão: Danny Rose expulso e Yaya Touré a não falhar a grande penalidade. O costa-marfinense chegou aos 12 golos na Premier League, incrível. Reduzido a dez o Tottenham tentou lutar mas ainda estavam os spurs a levantar a cabeça e já morava outro golo nas redes de Lloris. Dzeko fez o seu golo depois de uma carambola com vários jogadores do City a tentarem marcar.
    Mesmo com 10 homens o Tottenham conseguiu marcar o seu golo de honra. Christian Eriksen bateu um canto do lado direito e, no meio da confusão, lá surgiu Capoue a rematar. Qualquer sonho de reviravolta épica morreu minutos depois quando o City elevou o marcador para 4-1 e 5-1. Primeiro coube a Fernandinho conduzir a bola em transição e soltar Jovetic. O jovem montenegrino fez um excelente golo, o seu primeiro na Premier. Por fim, foi o capitão Kompany a fechar o resultado.
    O City continua muitos furos acima da concorrência, tem uma diferença de golos de +42 (o melhor que existe a esse nível a seguir é o Liverpool com +29) e a próxima jornada, com um City-Chelsea pode ser muito importante a nível moral e pontual para o campeonato.

    Precisamente o Chelsea de José Mourinho desperdiçou uma oportunidade como as equipas de Mou não costumam fazer. O Chelsea recebeu o West Ham e neste jogo entre equipas londrinas, tudo ficou como começou. Foram ao todo 39 os remates do Chelsea em Stamford Bridge mas a boa exibição do guardião espanhol Adrián e da sua defesa seguraram um empate, sendo que o ataque do Chelsea não esteve também particularmente inspirado. Eden Hazard e Óscar tentaram fazer de tudo e dinamizar o ataque, Mourinho lançou Matic e Lampard para que a equipa pegasse no jogo mais atrás, mas faltou ao Chelsea ter Eto'o ao nível a que se apresentou frente ao Manchester United e ter, em alguns momentos, a sorte do jogo. Frank Lampard desperdiçou várias ocasiões de meia distância que há uns anos seriam todas golo cantado e Eto'o ainda proporcionou um momento engraçado ao marcar um golo - invalidado, pois claro - depois de achar que o guarda-redes tinha soltado a bola naturalmente quando este a tinha colocado no relvado para a pontapear após uma falta. O distraído/ oportunista Eto'o.

    Em casa do Aston Villa viveu-se hoje uma noite de emoções fortes. Na 1.ª volta Villa e West Bromwich tinham empatado 2-2, mas hoje a noite teve ainda mais golos. Chris Brunt, capitão do WBA, inaugurou o marcador num grande remate de fora de área e aos 9 minutos a equipa da casa já estava a perder por 2-0 depois de Delph fazer um auto-golo azarado. No entanto, aos 25' já estava tudo empatado. Weimann e Bacuna (hoje a meio-campo, onde devia jogar sempre) marcaram ambos e transformaram o jogo numa partida electrizante e imprevisível. A reviravolta do Villa foi conseguida aos 38' com Delph a redimir-se do auto-golo. Benteke ganhou uma bola de cabeça e Delph fuzilou Ben Foster. Mas a noite estava longe de ter acabado e ainda antes do intervalo, aos 43', o WBA empatou de novo o jogo - boa jogada ofensiva com Morrison a assistir de 1.ª isolando Mulumbu que com toda a frieza bateu Guzan. A 2.ª parte baixou de qualidade e acima de tudo de intensidade e contou apenas com 1 golo, o decisivo. Christian Benteke marcou de grande penalidade e deu 3 pontos importantes ao Aston Villa.
    Quem tem esta noite motivos para festejar é o Sunderland. A equipa de Poyet está a amadurecer e conseguiu uma vitória por 1-0 frente ao Stoke City. Foi um jogo físico e nem sempre bem jogado - no qual o Stoke ficou reduzido a 10 aos 53 por expulsão de Nzonzi - e coube a Adam Johnson, que continua em grande forma, marcar o golo que fez toda a diferença. Foi aos 18 minutos que o extremo inglês aproveitou uma defesa incompleta de Begovic e fez golo. Mantendo-se a este nível pode ser um dos candidatos a figurar na lista final para o Mundial 2014. A defesa do Sunderland aguentou bem o 1-0, com Mannone seguro e aqueles defesas de que ninguém gosta, como O'Shea ou Brown mas que são fortes no jogo aéreo e a aliviar a equipa do jogo directo adversário, fizeram o suficiente.

    No próximo fim-de-semana jogar-se-á mais uma jornada de campeonato inglês, sendo que o grande jogo ocorrerá apenas 2.ª feira à noite: Manchester City-Chelsea. Prometem também o Stoke-M.United, o WBA-Liverpool e o sempre escaldante derby Newcastle-Sunderland. Até lá!

James Arthur no MEO Marés Vivas a 18 de Julho

Vila Nova de Gaia acaba de receber uma excelente notícia musical. James Arthur, vencedor do penúltimo X Factor britânico e aclamado principalmente pela sua versão "Impossible", originalmente de Shontelle, (embora com muitas mais músicas de grande qualidade, várias já apresentadas nos nossos Tops Garganta Afinada) foi hoje confirmado como presença no festival portuense.
    A SIC e a Rádio Comercial anunciaram e o facebook oficial do festival confirmou a boa nova. O cantor britânico vai actuar a 18 de Julho (2.º dia do festival que acontecerá nos dias 17, 18 e 19).
    É um dos nomes que certamente constaria das prioridades de ambos os gestores deste blog e na senda de Justin Timberlake acaba por ser o segundo nome com maior índice de qualidade/ factor surpresa dos vários elementos que compõem os cartazes até agora.
    Aqui no Barba Por Fazer sempre procurámos partilhar e apostar no talento de James Arthur desde a sua primeira audição no programa televisivo do Reino Unido. É bom ver que alguém partilhou dessa opinião e trouxe um excelente músico aos palcos nacionais.

28 de janeiro de 2014

Liverpool goleia Everton, United vence com Mata e Arsenal pode perder o 1.º lugar

  Premier League - Oito dias depois, e com o fecho do mercado de Janeiro cada vez mais próximo, voltou a prova principal em Inglaterra. A 23.ª jornada teve hoje 6 jogos com poucas surpresas exceptuando o volume de golos no escaldante derby de Merseyside - Liverpool-Everton.

    Começando então pelo jogo mais esperado, muitos se recordarão certamente do espectacular jogo da 1.ª volta que terminou com um resultado de 3-3 (muito provavelmente o melhor jogo desta edição da Premier League até ao momento). Hoje a história foi bem diferente, sob uma chuva intensa. O Everton teve que jogar com Stones e Alcaraz na defesa e viu-se cedo sem Romelu Lukaku, após lesão do belga. No entanto, o Liverpool também teve as suas baixas - Lucas, Glen Johnson e Agger - mas conseguiu uma exibição impressionante, vincando com a sua determinação colectiva que este plantel quer ir à Champions. Tim Howard teve inicialmente algum trabalho defendendo remates de Henderson e Sterling, mas não evitou que a ficha de jogo se começasse a escrever aos 21 minutos. Suárez marcou um canto e Steven Gerrard surgiu ao 1.º poste cabeceando para o 1-0. Gerrard é sempre um jogador que sente estes jogos doutra maneira e normalmente destaca-se (o auge terá sido o hat-trick em 2011/ 2012). O jogo continuou junto à baliza do Everton, com Daniel Sturridge a ameaçar o golo, e nos minutos seguintes foi ele mesmo a resolver o jogo, arrumando com os toffees. Sturridge marcou aos 33' e 35', no primeiro caso com uma assistência brilhante de Coutinho, e logo a seguir com um chapéu certeiro depois de uma boa desmarcação lançada por Kolo Touré. Se Roberto Martínez tinha razões para estar insatisfeito, tudo ficou pior logo no início da 2.ª parte com o golo do jogo - Suárez (como sempre) recuperou uma bola a meio-campo e desatou a correr campo fora, fugindo a Jagielka, finalizando sem problemas. O resultado podia ainda ter sigo mais grave para a equipa mais antiga de Liverpool se Daniel Sturridge não tivesse desperdiçado (rematou por cima) uma grande penalidade cometida por Howard sobre Sterling.
    O Liverpool afastou-se do rival e está bem dentro da luta pela Champions/ campeonato. Suárez, Sturridge e Gerrard estiveram em destaque e desenharam uma vitória na qual toda a equipa dos reds foi superior a todos os níveis. Mignolet, Flanagan e a dupla de centrais estiveram também em bom plano, enquanto que no Everton apenas Kevin Mirallas tentou remar contra a corrente.

    No outro bom jogo do dia, Southampton e Arsenal encontraram-se em casa dos saints e o resultado final foi um justo 2-2. O jogo iniciou-se com o Southampton a deter muita posse de bola e o Arsenal a ficar reservado ao seu meio-campo. A 1.ª parte ficou marcada pelo golo da equipa da casa - Luke Shaw (fez um excelente jogo) cruzou a partir da esquerda e o português José Fonte cabeceou ao 2.º poste, batendo Szczesny, que talvez pudesse ter feito mais, embora tenha sido depois um dos melhores na segunda parte com as suas saídas. A equipa de Wenger transfigurou-se no começo dos segundos 45 minutos e virou o jogo com 2 golos em 4 minutos (48' e 52'). Primeiro foi Giroud a desviar de forma subtil um cruzamento-remate de Sagna e depois foi Santi Cazorla a alcançar a reviravolta. O espanhol conseguiu que o seu remate descrevesse um arco fugindo a Boruc, mas ainda assim o guardião polaco foi mal batido. A festa do Arsenal não durou muito porque 2 minutos depois Jay Rodriguez encontrou Lallana - melhor em campo - e o capitão do Southampton empatou. Até ao final Flamini foi expulso por uma entrada a pés juntos. O Arsenal pode ver o Manchester City tornar-se líder, caso Agüero e companhia vençam o Tottenham, e o Chelsea pode igualar o rival de Londres amanhã. O Arsenal recebe o Crystal Palace na próxima jornada e depois terá pela frente Liverpool (fora) e Manchester United (casa) nas 2 rondas seguintes.

    O Manchester United recebeu o Cardiff e a principal notícia foi a estreia do novo camisola 8, Juan Mata. O espanhol - transferência recorde do clube - pautou o jogo dos red devils pela 1.ª vez, que não tiveram grandes dificuldades para vencer a equipa do País de Gales. O regressado Robin van Persie inaugurou o marcador logo aos 6' numa recarga de um remate seu, e depois de Valencia acertar na trave. A defesa do United soube dar boa resposta às investidas ofensivas do Cardiff e o resultado fechou aos 59' quando Ashley Young, assistido por Mata, disparou para o fundo das redes. Mérito total para o extremo inglês, a imaginar todo o golo sozinho. Rooney também regressou neste jogo e tendo no ataque Van Persie, Rooney e Mata, David Moyes tem ingredientes para conseguir uma 2.ª volta melhor. Claro que ainda há o jovem Januzaj, Welbeck e várias soluções decentes para o meio-campo. A defesa, que com Sir Alex funcionaria mesmo que tivesse os 4 piores defesas do mundo, ainda tem que ser melhorada.
    Nos outros três jogos da noite, Crystal Palace e Swansea ganharam, enquanto que se registou um empate a zeros entre Norwich e Newcastle. O Crystal Palace de Tony Pulis continua a subir na tabela e com o seu "síndrome 1-0", que Pulis também tinha no Stoke, hoje voltou a ganhar com Puncheon a fazer a diferença. O Swansea não teve Wilfried Bony particularmente inspirado, mas Shelvey e Chico Flores construíram o 2-0 frente ao Fulham. Por fim, Norwich e Newcastle ficaram-se pelo 0-0 num jogo onde Rémy e Bradley Johnson foram expulsos. Foi o 1.º jogo pós-Cabaye, que estará de malas aviadas para o PSG.

    Amanhã o jogo grande é o Tottenham-Manchester City, e o Chelsea de Mourinho deverá continuar o bom momento ao receber o West Ham.

27 de janeiro de 2014

Daft Punk, Macklemore e Lorde saem vencedores dos Grammys 2014

Na madrugada de ontem (segundo horário português) ocorreram os prémios máximos da música - os Grammys. Os franceses Daft Punk acabaram por ser os grandes vencedores da noite, com Pharrell Williams envolvido nesse sucesso, ao somarem 4 grammys - com especial destaque para 'Gravação do Ano' e 'Álbum do Ano'.
    Foi também um ano e uma cerimónia memorável para Macklemore & Ryan Lewis. O rapper norte-americano (que orgulhosamente nos foi recomendado e começámos a partilhar músicas dele ainda antes do "Boom" da sua carreira) e o produtor Ryan Lewis marcaram a cerimónia numa interpretação de 'Same Love' com Madonna envolvida e Queen Latifah a celebrar o casamento de diversas pessoas; mas também conquistaram 4 categorias, 3 delas dentro do universo Rap e outra a de 'Melhor Artista Novo'. Precisamente nessa categoria a vitória de Macklemore & Ryan Lewis significou a derrota de nomes como Ed Sheeran, James Blake, Kendrick Lamar e Kacey Musgraves. A jovem Lorde, de 17 anos, fez a sua estreia nestas andanças também da melhor maneira. Até hoje ninguém a descreveu melhor do que David Bowie "Lorde soa como o futuro". De qualquer forma é esperar para ver se o futuro promete tanto como o presente, até porque o seu álbum não é tão rico como a mais badalada canção poderia fazer parecer. Entre as boas actuações da noite ficou o popular 'Royals' deste ano, da neozelandesa, 'All of Me' com John Legend ao piano, entre outras.

    Kendrick Lamar, Drake e Katy Perry foram alguns dos nomes que (desta vez) não tiveram tão grande reconhecimento, enquanto que se pode afirmar que houve algumas injustiças - 'Radioactive' dos Imagine Dragons foi certamente a Performance Rock mais mediatizada e falada no ano mas nem por isso era superior às restantes nomeadas; 'Trouble Will Find Me' dos The National poderia muito bem ter batido o álbum alternativo dos Vampire Weekend e também se poderia contestar o Grammy de Melhor Álbum Pop, uma vez que ficou para Bruno Mars quando havia entre os nomeados Justin Timberlake, Lorde, Lana del Rey e Robin Thicke.

    Ficam abaixo os vencedores dos Grammys, das principais categorias. Para consultarem toda a lista de vencedores e nomeados, podem aceder ao link apresentado no final:

Gravação do Ano 
'Get Lucky', Daft Punk 

Canção do Ano 
'Royals', Lorde 

Álbum do Ano
 
'Random Access Memories', Daft Punk 

Melhor Artista Novo 
Mackelmore & Ryan Lewis 

Melhor Álbum Pop 
'Unorthodox Jukebox', Bruno Mars 

Melhor Performance Pop a Solo
 
'Royals', Lorde 

Melhor Performance Pop por Dupla ou Grupo 
'Get Lucky', Daft Punk 

Melhor Álbum de Dança ou Música Eletrónica 
'Random Access Memories', Daft Punk 

Melhor Álbum Pop Tradicional 
'To Be Loved', Michael Bublé 

Melhor Performance Rock 
'Radioactive', Imagine Dragons 

Melhor Performance Metal
 
'God Is Dead?', Black Sabbath 

Melhor Canção Rock
 
'Cut Me Some Slack',  Dave Grohl, Krist Novoselic e Pat Smear com Paul McCartney 

Melhor Álbum Rock 
'Celebration Day', Led Zeppelin 

Melhor Álbum Alternativo 
'Modern Vampires of the City', Vampire Weekend 

Melhor Álbum Rap 
'The Heist', 'Thrift Shop', Macklemore & Ryan Lewis

Melhor Performance Rap 
'Thrift Shop', Macklemore & Ryan Lewis 

Melhor Colaboração Rap 
'Holy Grail', Jay Z com Justin Timberlake 

Melhor Canção Rap 
'Thrift Shop', Macklemore & Ryan Lewis

Melhor Performance R&B 
'Please Come Home', Gary Clark Jr 

Melhor Álbum R&B 
'Girl on Fire', Alicia Keys 

Melhor Álbum Jazz Vocal
 
'Liquid Spirit', Gregory Porter 

Melhor Álbum Blues
 
'Get Up!', Ben Harper com Charlie Musselwhite 

Melhor Canção para Banda-Sonora
 
'Skyfall', Adele e Paul Epworth 

Melhor Produtor Não Clássico
 
Pharrell Williams 

Melhor Vídeo Musical 
'Suit & Tie', Justin Timberlake

Para veres todos os nomeados e vencedores vai a: www.grammy.com/nominees

26 de janeiro de 2014

Porto segue para as meias da Taça da Liga com penalty no último minuto; Sporting eliminado

Foi uma noite de reviravoltas e muitas emoções no Estádios de Porto e Penafiel. Porto e Sporting, em igualdade pontual no Grupo B da competição, pretendiam hoje ver quem marcava mais golos para conquistar o 1.º lugar e receber o Benfica nas meias-finais da competição. Ambos estiveram surpreendentemente a perder e acabou por ser uma grande penalidade polémica no último minuto no Dragão a ditar o final da história. Nota para o facto dos jogos terem começado a horas diferentes, o que nunca poderia acontecer, tendo o jogo do Porto começado mais tarde.

Porto  3 - 2  Marítimo (Jackson Martínez 20, Carlos Eduardo 86', Josué (pen.) 90+5'; João Diogo 21', Artur 35')

    Foi um Porto já sem El Comandante Lucho que se apresentou hoje no Dragão, à partida com vantagem de 1 golo marcado no duelo com o Sporting, e com um Marítimo desfalcado pela frente. A equipa de Pedro Martins não contou com Sami, Héldon e Derley (os dois últimos que são "só" os 2 melhores marcadores da liga a seguir a Montero e Jackson) mas mostrou que tem um plantel com muita qualidade, embora sem nervos de aço. Paulo Fonseca colocou a equipa na máxima força e o jogo começou muito aberto, com o Porto a procurar o golo e o Marítimo a trabalhar magnificamente a sua saída de jogo, com triangulações bem desenhadas. Que pés têm Artur e Danilo Dias! O 1.º golo da partida foi então da equipa portista. Carlos Eduardo levou a bola até Jackson, o colombiano deu de calcanhar para Defour e o belga viu o guardião insolar negar-lhe o golo. Wellington defendeu, no entanto, para o lado, surgindo a todo o gás Jackson na recarga. A festa durou pouco porque no minuto seguinte foi Fidélis a testar Fabiano e o lateral-direito João Diogo a empatar tudo na recarga. Estava o Sporting a perder em Penafiel e o Porto deixava-se empatar em casa. Mas o caso piorou para os dragões. Ao minuto 35 o Marítimo chegou mesmo à vantagem numa boa jogada ofensiva. Danilo Dias voltou a pôr toda a sua qualidade em campo, cruzou, Weeks simulou e deixou a bola chegar ao capitão Artur que, com um bom remate em arco, bateu Fabiano. Até ao apito do intervalo de Manuel Mota o Marítimo até voltou a ameaçar a baliza de Fabiano, enquanto que o Porto se manteve desnorteado, com mais bola, mas sem qualidade.
    A 2.ª parte manteve patente a falta de qualidade e de processos que Paulo Fonseca já deveria ter instaurado neste Porto e a equipa de Pedro Martins continuou a defender bem, sabendo transitar. Aos 57' ficou uma grande penalidade por marcar sobre Carlos Eduardo (Wellington não cometeu qualquer falta, mas Igor Rossi empurrou ostensivamente o camisola 20 do Porto). No Dragão ia-se ficando a saber certamente do avolumar da vantagem sportinguista e Ricardo Quaresma quase empatou o jogo num bom remate de longe, com o pé esquerdo. Seguiram-se então vários minutos onde ao Marítimo faltou frieza para "matar" o jogo - Danilo Dias teve um lance capital nos pés, e Brígido entrou com a corda toda. Quando já pouco o fazia prever, Carlos Eduardo acabou por relançar o jogo. Josué marcou um canto do lado esquerdo e o médio brasileiro surgiu isolado ao 2.º poste cabeceando para o empate. O público do Dragão galvanizou-se e acreditou na passagem - que estava a 1 golo de distância - e a polémica acabou por chegar no último instante. Ghilas foi incomodado (digamos assim) por Igor Rossi no momento em que se preparava para rematar isolado. Houve contacto mas não pareceu suficientemente intenso para motivar a queda do argelino. Com nervos de aço, Josué converteu a grande penalidade aos 90+5 e carimbou a passagem do Porto para as meias.

    O Porto voltou a apresentar mau futebol e acabou por seguir em frente fruto de um penalty forçado (em todo o caso tinha ficado por marcar um sobre Carlos Eduardo) e da incapacidade do Marítimo em segurar o resultado nos minutos finais. Danilo Dias - que foi um dos destaques da liga em 2011/ 2012 - e Artur foram autênticos maestros em campo. No Porto, Josué ficou intimamente ligado ao resultado, ao marcar o canto do golo de Carlos Eduardo e ao converter o penalty no último minuto. Enquanto que Danilo (entristece ver um jogador que podia ser um excelente médio fazer hoje uma exibição má a lateral, onde tem sido ainda assim um dos melhores em Portugal) ia pondo em causa o valor pago por ele, Carlos Eduardo e Quaresma foram os únicos a conseguir emprestar algum talento ao ataque portista. O Porto seguiu em frente, mas tem muito a melhorar e veremos se Paulo Fonseca consegue ou não uma evolução que parece sistematicamente adiada. Curioso o êxtase portista no clímax da vitória numa competição tantas vezes desprezada na casa portista.

Barba Por Fazer do Jogo: Danilo Dias (Marítimo)
Outros Destaques: Josué, Carlos Eduardo, Quaresma; João Diogo, Artur

Penafiel  1 - 3  Sporting (Aldair 19; Carlos Mané 45', Wilson Eduardo 68', Adrien (pen.) 81')

    Em Penafiel o Sporting sabia que tinha que conseguir melhor resultado que o Porto ou conseguir mais golos marcados que os dragões. Os primeiros minutos mostraram um Penafiel muitíssimo personalizado, com a lição bem estudada (impressionante a pressão sobre o portador da bola, sobretudo quando Vítor a recebia) e a uma intensidade que deixava antever algo: aqueles jogadores não iam aguentar muito tempo com aquele fulgor. O Sporting foi mantendo mais bola, sem criar grande perigo, e ao minuto 19 aconteceu o momento mais bonito do jogo. No ataque do Penafiel a bola sobrou para a entrada da área e Aldair, jovem português de origem guineense, encheu o pé e rematou uma bomba que só terminou no ângulo da baliza de Marcelo Boeck (o guarda-redes ainda lhe tocou, mas não havia hipótese de defesa).
    O caso estava mal parado para o Sporting mas as coisas não corriam bem no campo do rival, onde o Porto também perdia por 2-1. William Carvalho foi o primeiro a deixar patente a sua indignação com um remate para boa defesa de Coelho, e o Sporting ia melhorando a sua exibição com a irreverência de Mané e a qualidade da dupla W.Carvalho-Adrien. Fundamentais, como sempre. Leonardo Jardim acabou mesmo por retirar Vítor - muito apagado e completamente anulado - e colocou Wilson Eduardo, tendo o Sporting chegado ao empate em cima do intervalo. Depois de um livre, William Carvalho ficou com a bola e cruzou certinho para a cabeça do jovem Mané. Tal como frente ao Marítimo, o jovem português voltou a ter impacto.
    A segunda parte não foi rica em momentos, mas os que teve foram chave. O Penafiel baixou a sua intensidade e capacidade de pressionar, e o Sporting manteve-se coeso e próximo do golo. A vantagem e reviravolta no marcador acabou por acontecer quando Carrillo cruzou a partir do flanco esquerdo e Wilson Eduardo rematou para o golo. Fredy Montero ainda viu Coelho acrescentar uma boa defesa às suas estatísticas, mas o Sporting acabou mesmo por voltar a marcar - Eric Dier foi derrubado e Adrien Silva não falhou na conversão da grande penalidade. O jogo terminou com o Sporting qualificado, mas já no pós-jogo foi quando os leões ficaram a saber da grande penalidade assinalada e convertida por Josué, afastando os leões da competição. Bastante infeliz e de alguma incompetência o facto das entidades directivas do clube desconhecerem os regulamentos, achando que mesmo com a vitória do Porto por 3-2 eram os leões a seguir em frente.

    O Sporting não seguiu em frente porque: sofreu um golaço de Aldair, marcou menos golos que o Porto, não conseguiu finalizar nenhuma das inúmeras oportunidades que teve no Sporting-Porto. Acaba por ser por culpa própria e com muita amargura que os leões saem da Taça da Liga, onde seria bem interessante assistir a um Sporting-Benfica, mas não devendo ficar para a História o penalty sobre Ghilas como o momento que afastou o Sporting da competição (uma vez que houve outro sobre Carlos Eduardo não-assinalado). Outrora os leões tiveram razões de queixa válidas desta competição, e tantas vezes já o Porto foi ajudado mas desta vez houve de facto ajuda na Hora H, mas sem justificar queixas considerando a arbitragem de Manuel Mota no seu todo. Razões de queixa por parte dos leões merece sem dúvida alguma o facto dos 2 jogos terem arrancado a horas diferentes, o que certamente ajudou a desvirtuar a verdade desportiva.

    Quanto ao jogo, Carlos Mané voltou a marcar e a ser importante. Não é um daqueles jovens cujo ADN seria suficiente para falar por si, mas tendo confiança por parte do clube/ adeptos/ equipa técnica nele e minutos pode-se tornar num jogador interessante. Destaque ainda para o golo de Aldair e para a dupla William Carvalho e Adrien, como sempre basilares no futebol leonino.
    
Barba Por Fazer do Jogo: Carlos Mané (Sporting)
Outros Destaques: Aldair; William Carvalho, Adrien, Wilson Eduardo

25 de janeiro de 2014

Benfica vence Gil Vicente, num jogo em que arrancou com 7 e terminou com 9 portugueses no onze

Benfica  1 - 0  Gil Vicente (Sulejmani 56')


    Um Benfica que começou o jogo com 7 portugueses e terminou com 9 no onze venceu esta tarde um péssimo Gil Vicente. O jogo realizou-se no Restelo, pela renovação do relvado da Luz, embora devesse ter-se realizado no campo do adversário, segundo as regras da competição. Foi muito pouco Gil Vicente (nenhum remate) para um Benfica sólido, que mais uma vez não sofreu golos, com vários jovens jogadores a deixarem boas indicações e com as águias a encerrarem a fase de grupos com 9 pontos em outros tantos possíveis.
    Jesus escolheu os portugueses Paulo Lopes, A. Almeida, Steven Vitória, Sílvio, A. Gomes, Ruben Amorim e Ivan Cavaleiro para o onze inicial, juntando-lhes Funes Mori e os sérvios Sulejmani e Djuricic; e fez saltar do banco Bernardo Silva, Hélder Costa e João Cancelo. A 1.ª parte teve apenas um sentido - como todo o jogo, de resto - atravessando-se inicialmente um período de jogo muito faltoso. André Gomes foi aparecendo e criando perigo através da meia distância, enquanto Ivan Cavaleiro, com a sua objectividade, técnica e velocidade, ia fazendo tudo bem. Foi numa jogada do extremo português que nasceu uma grande penalidade, por falta de Vitor Vinha depois de uma bonita jogada entre Cavaleiro e Funes Mori. Calhou ao argentino converter (poderia muito bem ter sido Steven Vitória, um dos 2 alas ou dos 2 médios centro) e Adriano defendeu o penalty mal marcado. O Benfica manteve-se por cima e até ao intervalo o lance de maior perigo acabou por ser um perigoso canto directo de André Gomes.
    No 2.º tempo os encarnados voltaram a entrar bem, com muita posse de bola e qualidade a trocar a bola mas faltando maior clarividência e objectividade/ finalização. André Gomes continuou a somar bons momentos, numa equipa equilibrada e bem liderada por Ruben Amorim, e o golo acabou mesmo por surgir ao 56.º minuto. Ivan Cavaleiro temporizou, soltou para André Almeida que tirou um cruzamento espectacular e Funes Mori cabeceou à trave. Na recarga surgiu a insistência de Miralem Sulejmani, com o sérvio - que se vê que é um jogador do qual o plantel gosta e respeita - a marcar o único golo do jogo. Foi então altura de libertar os jovens talentos e gradualmente foram entrando Bernardo Silva e Hélder Costa, e mais tarde João Cancelo. Todos estes produtos da formação deixaram excelentes indicações, com Bernardo e Hélder Costa a terem cada um 2 lances em que ficaram perto do golo, e Cancelo também a destacar-se num excelente cruzamento. Funes Mori manteve-se perdulário nos instantes finais de uma boa exibição do Benfica, frente a uma equipa bloqueada.

    O estatuto de 'Barba Por Fazer do Jogo' poderia hoje ser entregue tanto a Ivan Cavaleiro como a André Gomes. O extremo mantém-se a fazer tudo bem. Decide bem, arrisca e mexe com o jogo, "vê" baliza e se lhe fossem dados muitos minutos até final da época até talvez conseguisse marcar presença no Mundial do Brasil, considerando a lesão de Bruma e o facto de Licá estar num mau momento. No entanto, não deverá ter minutos suficientes para tal. André Gomes ligou o chip da competitividade e fez um jogo muito competente, deixando bem patente todo o seu talento. É um médio com enorme classe, no qual o Benfica tem que acreditar e cujo talento não pode desperdiçar - hoje foi o elemento mais rematador e funcionou bem em dupla com Ruben Amorim. Por muito que se goste de Fejsa, aquele que hoje foi o capitão do Benfica tem que ser titular deste Benfica considerando o momento que atravessa.
    André Almeida voltou a fazer uma exibição de tremenda regularidade e seria bom que Jesus voltasse a alternar de forma igual entre ele e Maxi, enquanto que Sulejmani deixou a ideia de que ainda será determinante no que resta da época encarnada. No Gil Vicente, Adriano foi o único elemento em destaque, embora Gabriel tenha estado bem na 1.ª parte e Avto tenha tido alguns bons pormenores individuais.
    Por fim, foi bom para o Benfica ter conseguido manter-se sem sofrer golos e terminar o grupo 100% vitorioso, mas o destaque maior vai para a formação. Houve muitos produtos da formação em campo - inclusive Luís Martins e Leandro Pimenta no lado adversário - e todos eles deixaram boas indicações para Jorge Jesus, justificando futuras apostas. Bernardo Silva (sem dúvida alguma um dos melhores jogadores do futuro do nosso país) e Hélder Costa (deu gosto ver a sua emoção no final do jogo por se ter estreado pelo clube) entraram muito bem, Cancelo também e, esses já com outra experiência na equipa principal, André Gomes e Cavaleiro foram os maiores destaques hoje. Bem também o público a entoar o nome das jovens águias. Eles vão ter a história deles de águia ao peito, e só têm que continuar a trabalhar para isso. E foi positivo para já ver como não tiveram medo ou acusaram pressão, mostrando-se ao jogo e pedindo sistematicamente a bola no pé, de cabeça levantada. Como Ruben Amorim bem disse no final a aposta tem que ser sustentada porque os jovens jogadores crescem nestes momentos, inseridos gradualmente e com cabeça, acreditando adeptos e o clube neles.

Barba Por Fazer do Jogo: André Gomes (Benfica)
Outros Destaques: Ivan Cavaleiro, Ruben Amorim, André Almeida, Sulejmani; Adriano
Resumo:

23 de janeiro de 2014

Jake Bugg no SBSR; DJ Hardwell no MEO Sudoeste

Nos últimos dias as promotoras (e não só) dos festivais portugueses soltaram mais alguns nomes que o público nacional poderá ouvir em breve. Se o Super Bock Super Rock e o MEO Sudoeste deram o 1.º passo até agora avançando com o 1.º nome de cada cartaz, o Alive continuou a encher o palco Heineken e adicionou os Buraka Som Sistema ao palco Optimus de um dos dias, mantendo o palco principal de dia 12 de Julho sem nenhum nome ainda confirmado.

    Jake Bugg foi notícia mas não por vontade da promotora Música no Coração, responsável pelo SBSR. Na newsletter da editora de Jake Bugg ficou-se a saber que o cantor britânico vai marcar presença no Meco. O SBSR celebrará nesta edição 20 anos de existência e decorrerá nos dias 17, 18 e 19 de Julho. Jake Bugg não será certamente um dos headlines mas é um nome interessante para aprimorar um dia. Recordamos que ainda no último Top do nosso conceito 'Garganta Afinada' colocámos uma música do inglês (ver Aqui).

    Quem também fez questão de estrear novidades sobre o cartaz - mas por iniciativa própria - foi o MEO Sudoeste. Sob o mote "tu só vives uma x" o SW confirmou o DJ holandês Hardwell no festival da Zambujeira do Mar, actuando a 7 de Agosto. Encheu a MEO Arena no último ano e certamente será um bom motivo para os seus fãs o reverem. O festival durará de 6 a 10 de Agosto, e podem-se esperar alguns nomes bastante interessantes para o mesmo.

    Por fim, do Optimus Alive 14' ficaram-se a saber nos últimos dias 3 nomes. Os portugueses, e cada vez mais reputados no estrangeiro, Buraka Som Sistema vão marcar presença no palco principal a 11 de Julho juntando-se a The Black Keys e MGMT. Não é um dia incrível mas será um dia animado e coerente. Para além da banda portuguesa, foram revelados mais 2 nomes que integrarão o cartaz do palco Heineken a 10 de Julho: Chromeo e os The 1975. Fica então abaixo o cartaz como está até ao momento, mantendo-se a total incógnita sobre a qualidade do último dia.

Optimus Alive '14

10 de Julho
Palco Optimus
Arctic Monkeys
Interpol
The Lumineers

Palco Heineken
Imagine Dragons
Chromeo
The 1975

11 de Julho
Palco Optimus
Black Keys
MGMT
Buraka Som Sistema

Palco Heineken

Caribou
Poliça

12 de Julho
Palco Optimus
--
Palco Heineken
Chet Faker

Gravity e 12 Years a Slave empatam (inédito) nos PGA

Como já anteriormente mencionámos os Producers Guild Awards (PGA) são a mais fiável previsão na 7.ª Arte sobre quem ganhará o óscar de Melhor Filme. Em 25 anos de existência, foram apenas sete (1993, 96, 99, 2002, 2005, 2006 e 2007) as vezes em que o vencedor dos PGA não coincidiu tempos depois com o vencedor da estatueta dourada mais aguardada da noite. E, como se pode ver pelos anos acima referidos, de 2008 para cá tem sido limpinho e fácil antecipar vencedores. Ora, este ano, ao fim de 25 anos a ajudar as casas de apostas, aconteceu algo inédito nos PGA - um empate.
    Tornando a corrida aos óscares, nos quais certamente não haverá um empate (numa categoria tão forte), ainda mais renhida e imprevisível, a votação recaiu de forma igual em 'Gravity' e '12 Years a Slave' deixando tanto Cuáron como McQueen e os respectivos elencos e produtores com legítimas e equilibradas aspirações.
    A noite dos Producers Guild Awards coroou ainda 'Frozen' como melhor filme de Animação; na televisão 'Breaking Bad' manteve a sua justa senda de vitórias, enquanto que 'Modern Family' e 'Behind the Candelabra' também ganharam nas suas categorias.

21 de janeiro de 2014

FC Porto responde com obras de arte a desaire na Luz

FC Porto    3 - 0    Vitória de Setúbal (Jackson 11', Varela 35', Carlos Eduardo 87')

    O Porto respondeu positivamente à má exibição e consequente derrota no passado Domingo, contra o rival Benfica, com uma vitória "sem espinhas" contra uma equipa sem atitude do Vitória de Setúbal. Uma primeira parte de bom nível bastou para selar o resultado e assim conquistar uns 3 pontos preciosos.
    Comparativamente com o clássico, Paulo Fonseca tirou Otamendi e Licá - que têm vindo a fazer exibições medíocres - e colocou Maicon e Ricardo Quaresma. E desde bem cedo que o Harry Potter do norte começou a mostrar serviço. Com alguns pormenores individuais e um bom drible começava a entusiasmar os portistas presentes no Dragão. Até que aos 11 minutos, uma "rosca" sua de primeira, vai parar aos pés de Jackson Martinez que apenas teve que encostar para o golo. Estava inaugurado o marcador e os sadinos sentiam impotência perante este Porto. O único lance que inquietou o guardião Helton foi um remate em jeito de Pedro Tiba que obrigou o brasileiro a aplicar-se. Porém, logo no minuto seguinte surge a primeira obra de arte. Ricardo Dani efectua um mau passe que é interceptado por Varela. O português agarra na bola no início do meio-campo adversário, passa por um, foge para a esquerda onde encontrava espaço vazio e mandou um míssil com o pé esquerdo que só parou no fundo das redes. O mal-amado portista a calar os críticos mais uma vez. 
    Para a segunda parte a partida esfriou. Não por causa da noite fria que ia caindo, mas porque o Porto abrandou. E como os azuis e brancos eram a única equipa que queria jogar, o jogo acabou por morrer um pouco. Quaresma ainda tentou o regresso da sua trivela ao golo, mas - após ter feito uma maldade ao adversário e tê-lo colocado no chão - não conseguiu melhor do que atirar ao lado. Já no fim da partida, Carlos Eduardo assina a última obra de arte. Kelvin cruzou para o coração da área, Nélson Pedroso afastou de cabeça para a entrada da área onde Carlos Eduardo estava. O brasileiro olhou para cima, tirou as medidas e mandou um valente "patardo" que embateu no poste e entrou. Se o golo de Varela já tinha valido o bilhete, o de Carlos Eduardo só veio fortalecer mais essa ideia. Num segundo tempo entediante, veio claramente animar as bancadas. E Josué quase fechou com chave de ouro num remate fortíssimo obrigando a uma grande defesa em voo de Kieszek.
    Paulo Fonseca corrigiu as suas lacunas e o Porto voltou a jogar bem, mesmo que por apenas 45 minutos. Bom regresso de Quaresma aos titulares num jogo da Primeira Liga onde se notou um acréscimo de qualidade na exibição da equipa com a seu ingresso. Varela voltou a dar cartas e Carlos Eduardo a fazer um jogo de qualidade coroando com um golo de bandeira. O Vitória não quis jogar à bola e isso fez com que praticamente não existisse ofensivamente.

Barba Por Fazer do Jogo: Silvestre Varela (FC Porto)
Outros Destaques: Carlos Eduardo, Quaresma, Jackson.
Resumo:

19 de janeiro de 2014

Benfica afasta fantasma Marítimo com Rodrigo goleador

Benfica  2 - 0  Marítimo (Rodrigo 18' 35')


    As águias receberam hoje na Luz o Marítimo - única equipa que conseguira até agora vencer o Benfica nas competições nacionais esta temporada - e afastaram o "fantasma" da 1.ª jornada. Jorge Jesus escolheu o "Manel" Fejsa para o lugar de Nemanja Matic e os encarnados conseguiram uma exibição suficientemente boa para não deixar dúvidas sobre o resultado, retomando a liderança da Liga ZON Sagres. Jan Oblak voltou à baliza e nunca mais dela vai sair nem nela vai sofrer nunca um golo (uma hipérbole ingénua, claro).
    O jogo iniciou-se com o Benfica a pegar no jogo, mas dando a equipa insolar algumas indicações de que poderia causar alguns problemas ao Benfica através do tridente Héldon, Danilo Dias e Derley. Foi na 1.ª vez em que o Benfica colocou maior velocidade e intensidade no campo que surgiu o primeiro golo do jogo. Gaitán fez das suas, colocou a bola na frente com um grande passe, Igor Rossi interceptou o lance mas deixou-a ao alcance de Rodrigo. O avançado espanhol encheu o pé esquerdo e fuzilou José Sá, de uma zona onde recentemente o vimos bater Hélton. Nos minutos seguintes a Luz viu Nico Gaitán com qualidade aprimorada nos seus passes e Lazar Markovic a tentar as suas corridas desenfreadas, nas quais deve continuar a apostar, embora pecando algumas vezes na decisão. O Marítimo tentou chegar ao empate por Derley e Nuno Rocha mas Oblak defendeu uma e outra vez. Para quem achava que os seus 0 golos sofridos se deviam à ausência de trabalho, hoje Jan Oblak teve bastante trabalho e brilhou, como era previsível.
    Do outro lado João Diogo fez asneira, Markovic e Rodrigo aproveitaram o erro (ficou a ideia de que Rodrigo estava fora-de-jogo no momento em que o sérvio o lançou), tendo Rodrigo corrido até colocar a bola entre as pernas de José Sá.

    Se na 1.ª parte o Benfica foi dominador e acelerou por diversas vezes o jogo, na 2.ª a equipa de Jorge Jesus geriu a vantagem e não conseguiu matar o jogo com o 3-0 nas oportunidades que construiu, normalmente em transição. Rodrigo ficou perto do hat-trick, Enzo Pérez (já faltam palavras para o elogiar!) e Gaitán estiveram magníficos no último passe, mas Lima - por mérito de José Sá - não conseguiu fazer o golo. O Benfica ficou ainda perto do golo quando Enzo Pérez cabeceou à barra. Jan Oblak guardou a melhor defesa da tarde para o minuto 83 quando um forte e complicado remate de Héldon encontrou a mão de Oblak, num grande reflexo, antes de seguir para o poste. Jorge Jesus terá procurado redimir-se das suas declarações sobre a formação do Benfica (provavelmente as suas mais infelizes palavras de sempre ao serviço do Benfica) fazendo sair do banco 3 jogadores portugueses: Ruben Amorim, Ivan Cavaleiro e André Gomes.

    O Benfica mantém-se 100% vitorioso em 2014 e vêem-se de facto diferenças deste Benfica para o que encerrou o ano civil passado. Rodrigo foi o homem-golo do encontro e na forma actual seria interessante se o Benfica o puder conservar pelo menos até ao Verão. Gaitán e Enzo Pérez estiveram muito bem, Fejsa revelou como sempre o seu posicionamento irrepreensível e Luisão foi o "patrão" de uma defesa que está a melhorar a olhos vistos, resolvendo diversos lances. Jan Oblak é por esta altura o menino bonito dos benfiquistas e muitas razões há para isso. É um dos guarda-redes mais promissores do mundo, tem-se revelado seguro, hoje foi testado como nunca tinha sido até agora com a camisola das águias e o esloveno tem ainda uma importância "ofensiva" que muitas vezes nem é percepcionada ou valorizada. Oblak não tem medo de jogar com os pés, passa de primeira e repõe com rapidez. A equipa confia nele e ele não vai desiludir. Oblak teve a sua oportunidade e está a aproveitá-la, pena que Jorge Jesus apenas a tenha concedido por saber que tem margem de erro zero para com os adeptos. É sempre bom ver um jovem a crescer e a equipa a confiar progressivamente nele. Em resposta às declarações de Jesus sobre o substituto de Matic, e complementando a boa atitude de Filipe Nascimento e Bernardo Silva, oxalá alguém consiga fazer Jesus dar oportunidades nos próximos anos tanto a estes dois como a Gonçalo Guedes, Rochinha, Romario Baldé, João Nunes, Diogo Gonçalves, Nuno Santos ou João Gomes.

    Seguem-se 2 jogos com o Gil Vicente (na Luz para a Taça da Liga e em Barcelos para o campeonato), depois o Penafiel para a Taça de Portugal e, no próximo dia 9 de Fevereiro, o muito esperado Benfica-Sporting.

Barba Por Fazer do Jogo: Rodrigo (Benfica)
Outros Destaques: Oblak, Luisão, Enzo Pérez, Gaitán; Danilo Pereira, Héldon
Resumo:

O camaronês preferido de Mourinho destrói os sonhos do United (3-1)

Chelsea  3 - 1  Manchester United (Eto'o 17' 45' 49'; Chicharito 78')

    Samuel Eto'o 3-1 Manchester United. Poder-se-ia resumir assim o jogo, mas seria errado. O Chelsea de José Mourinho teve uma forte exibição colectiva, num jogo característico das equipas do Special One no qual o Manchester United terá dito de vez adeus à revalidação da Premier League. No lançamento do jogo era já expectável que o Chelsea arrumasse o United de vez. Mourinho escolheu Eto'o para a frente de ataque, voltou a contar com Ivanovic e colocou David Luiz ao lado de Ramires no meio-campo defensivo. David Moyes voltou a não ter Rooney e van Persie e, com o plantel de pouca qualidade que tem, acabou por soltar Januzaj tendo a equipa deixado o seu futuro entregue aos pés do jovem de 18 anos e de Danny Welbeck.
    O começo de jogo foi surpreendente. O Manchester United assumiu o jogo, começou a trocar bem a bola com Carrick a ler magnificamente bem o jogo. Ashley Young viu Petr Cech negar-lhe uma grande oportunidade de golo e Adnan Januzaj não acusou a pressão, embora encontrando pela frente uma equipa organizada que progressivamente percebeu como se encaixar no United. Aos 17' chegou então o 1.º golo do jogo. Samuel Eto'o tirou Phil Jones do seu caminho e rematou forte, contando com um desvio de Carrick para bater David De Gea. O jogo manteve-se dividido nos minutos seguintes, com o inspirado Hazard como jogador-alvo dos londrinos e Welbeck a desperdiçar outra oportunidade. Óscar ficou perto de um golaço num remate acrobático e, a fechar o 1.º tempo, o Chelsea dilatou a vantagem no marcador. Na sequência de um canto Ramires descobriu Gary Cahill e o central inglês cruzou para o desvio de Eto'o. Ao intervalo o resultado parecia exagerado para o Manchester United, mas a organização e maior intensidade/ garra do Chelsea estava a ser suficiente para garantir a vitória dos blues.
    Não houve alterações no recomeço do jogo e a toada manteve-se. Novamente com origem num canto, o Chelsea fez o 3-0 que destruiu a moral do United. Willian cruzou, Gary Cahill obrigou De Gea a defender e Eto'o completou o seu hat-trick ao aproveitar a recarga. A partir daí o Chelsea manteve-se mais fechado, procurando sair apenas em transições conduzidas por Eden Hazard. O Manchester United foi fazendo o que podia, Welbeck ficou novamente perto do golo e depois foi o Chelsea a brincar com o fogo. Cahill atrasou para Petr Cech e o guarda-redes checo salvou o golo no limite. A equipa visitante acabou por chegar mesmo ao golo de honra através de Chicharito, assistido por Phil Jones. Até ao final o Chelsea fechou as portas, acabou com Mikel e Matic junto de David Luiz e o árbitro ainda teve algum trabalho no fim ao expulsar Vidic (foi uma entrada feia, se houvesse um cartão "laranja" seria o mais justo), tendo ainda Rafael tido uma entrada também perigosa, mas punida com amarelo.

    O Chelsea atirou o Manchester United para fora das contas do título - embora, na prática, já estivesse afastado - sendo que neste momento David Moyes terá no máximo a ambição de garantir o 4.º lugar, algo que também parece difícil. Com um plantel fraco e ainda para mais sem Rooney, van Persie e acima disso, sem o "milagreiro" Sir Alex Ferguson, veremos quando é que os red devils vão ao mercado, se agora ou se apenas no Verão. No meio de tanta coisa má, não há dúvidas de que Januzaj é craque e vai ser muito importante nos próximos anos para o clube.
    Mourinho tem visto a sua equipa a melhorar substancialmente, tem um calendário favorável em breve (excepto o escaldante Manchester City-Chelsea) e tem claramente equipa para lutar pelo título até ao fim. Hoje Samuel Eto'o foi o jogador-chave, embora Gary Cahill, Ramires, David Luiz e Hazard, por diferentes motivos tenham estado também em bom plano.

Barba Por Fazer do Jogo: Samuel Eto'o (Chelsea)
Outros Destaques: Cahill, Ramires, David Luiz, Hazard; Januzaj
Resumo:

18 de janeiro de 2014

Slimani resolve e volta a salvar leões em Arouca

Arouca  1 - 2  Sporting (Bruno Amaro 15'; Rojo 26', Slimani 72')

    O Arouca-Sporting começou mal à partida por um simples motivo: Cosme Machado, claro candidato a pior árbitro do planeta, era o árbitro do jogo. À parte disso esta noite Arouca e Sporting entraram ambos praticamente na máxima força. Leonardo Jardim apenas se viu privado de Cédric (optando por colocar em campo Iván Piris), enquanto que Pedro Emanuel pôde colocar em campo o seu 4-3-3 com 7 portugueses. Foram aliás, 12 portugueses nos 22 jogadores que começaram o jogo a titulares, o que é bastante razoável.

    O Arouca começou o jogo em grande nível, com intensidade e superioridade física. Nuno Coelho, central neste Arouca de Pedro Emanuel, foi tratando de "arrumar a casa", enquanto que no ataque o jovem de 22 anos André Claro criou perigo, mas Rui Patrício estava lá. André Claro foi continuando a ser a grande dor de cabeça do Sporting nos primeiros minutos, fugindo sistematicamente a Piris e tentando o golo. Aos 15 minutos chegou então o 1.º golo do jogo e um bom prémio para o arranque do Arouca: depois de uma boa combinação ofensiva, através de um cruzamento a partir do flanco esquerdo a bola foi ter redondinha aos pés de Bruno Amaro e o experiente médio português rematou sem hipóteses. Terminou assim a incrível série de Rui Patrício sem sofrer golos e Bruno Amaro voltou a marcar ao Sporting, tal como tinha feito na 1.ª volta (na altura depois viu a sua equipa a sofrer 5 golos dos leões). David Simão foi deixando alguns bons pormenores no meio-campo, mas o Sporting acabou por conseguir empatar através de bola parada. Adrien marcou um canto e Marcos Rojo cabeceou de cima para baixo, batendo Cássio que voou sem efeito. O golo sportinguista serenou o ímpeto da equipa da casa, tendo o Sporting acabado melhor o 1.º tempo com André Martins e Montero a deixarem bons sinais em zona atacante.

    Foi progressiva a forma como o relvado do Estádio Municipal de Arouca, molhado e pesado pela chuva, tornou o jogo mais difícil e sôfrego no início da 2.ª parte. Bruno Amaro (devia ter rematado em força e não em jeito) e Fredy Montero (grande corte de Nuno Coelho) foram os primeiros a criar perigo nos segundos 45 minutos, tendo Leonardo Jardim optado por trocar Capel por Slimani, com o intuito de conseguir o que conseguira no Estoril. A substituição obrigou William Carvalho a agigantar-se no domínio do meio-campo e pecou por tardia uma vez que Diego Capel, embora querido pelos adeptos, nada acrescenta ao futebol leonino, sendo previsível, com habituais más decisões e fácil de defender. Aos 60' William Carvalho - que estava a dar sinais de monstruosidade tal o número de bolas recuperadas a meio-campo - merecia o golo que o poste lhe negou. O médio tentou o chapéu a Cássio, que estava batido, mas o remate foi ao poste e na recarga Diego Galo tirou o golo a Rojo. Depois entrou Cosme Machado em campo. O árbitro expulsou Luís Tinoco sem sentido e poucos minutos depois fez o mesmo a Marcos Rojo. Perto dos 70 minutos, Pedro Emanuel mexeu na sua equipa, Jardim trocou de forma inesperada William Carvalho por Eric Dier e aos 72' Slimani facturou. Jefferson cruzou, o argelino amorteceu com o peito - depois da 1.ª falha no jogo de Nuno Coelho - e rematou forte colocando o Sporting na frente.
    A partir do golo da reviravolta, houve pouco a destacar. Pintassilgo entrou e trouxe algum bom futebol consigo, Roberto cabeceou com algum perigo, e o 1-2 manteve-se até final.

    A nota mais importante é que o jogo e o carácter das 2 equipas merecia um árbitro com um cérebro. O resultado acabou por ser cruel para o Arouca, embora o Sporting tenha lutado por conseguir a vantagem que alcançou. O empate ajustar-se-ia. Foi acima de tudo um jogo sofrido e muito disputado, com muito sacrifício por parte de alguns jogadores (André Martins e Adrien lutaram muito, William dominou o meio-campo até sair). Slimani acabou por ser a carta que Jardim tirou do seu baralho para ganhar, e Maurício sacrificou-se até ao fim pela equipa. No Arouca houve genericamente uma boa exibição colectiva. André Claro entrou muito bem, no melhor período do Arouca, mas desapareceu; Bruno Amaro esteve bem e Nuno Coelho vacilou apenas 1 vez, infelizmente para o Arouca no lance que ditou o resultado final.
    Mais uma boa análise de Leonardo Jardim na flash-interview. Quem fala assim defende-se de qualquer crítica e mostra inteligência, na forma como sabe resumir o jogo, reconhecer fases de superioridade adversária e explicar opções. O Sporting dorme líder e pressiona Benfica e Porto. As águias amanhã recebem o Marítimo e podem recuperar o 1.º lugar.

Barba Por Fazer do Jogo: Islam Slimani (Sporting)
Outros Destaques: Nuno Coelho, Bruno Amaro, André Claro; Maurício, William Carvalho, Adrien   

Cazorla mantém Arsenal líder, Agüero regressa em grande; Aston Villa empata Liverpool

  Premier League - A 22.ª jornada teve, no seu primeiro de 3 dias, vários bons jogos. Arsenal e Manchester City não vacilaram, colocando alguma pressão no Chelsea-M.United (onde a equipa de Mourinho é favorita, amanhã às 16:00). O Liverpool perdeu pontos apenas pela 2.ª vez em casa nesta temporada - embora até tenha estado a perder por 2-0 -, um jogo que teve uma história parecida com a do Sunderland-Southampton. Para além de Cazorla, houve ainda outro grande jogador a evidenciar a sua boa forma do momento: Yohan Cabaye.

    O Arsenal recebeu o Fulham e o jogo não foi fácil. Wenger continua privado de Ramsey, sabe que não contará com Walcott no que resta da época, mas a equipa continua a ser... uma equipa. Os gunners estiveram pouco inspirados na 1.ª parte - e Koscielny ainda serviu de pronto-socorro com a sua excelente capacidade de antecipação - mas a segunda parte foi diferente. Com a manutenção da sua liderança em vista, o Arsenal acelerou em bloco e, com a técnica de Cazorla e Özil (embora a anos-luz do que já mostrou e é capaz, mas sempre a decidir bem) e a irreverência de Gnabry acabou por construir a sua vitória. Outro elemento-chave foi ainda Jack Wilshere que com a paixão que tem pelo clube, vê-se em campo que ninguém ambiciona mais o título de campeão do que ele. O Arsenal resolveu então a questão em 5 minutos (golos aos 57' e 62') com Santi Cazorla a exibir-se ao nível de 2012/ 2013. O criativo espanhol desbloqueou o jogo numa boa jogada de entendimento colectivo, assistido por Wilshere, e minutos depois arrumou a questão com um remate forte e certeiro à entrada da área. Com deslocações a Southampton e Liverpool e uma recepção ao Manchester United nas próximas 4 jornadas veremos como se aguenta o Arsenal, sendo que a incrível forma da dupla Koscielny-Mertesacker e a evidente melhoria e consistência de Szczesny podem ser factores úteis.
    O 2.º classificado da Premier League continua a ser o goleador Manchester City. Pellegrini está a ter todo o mérito no crescimento competitivo dos citizens, obviamente com um plantel ao seu dispor como mais ninguém em Inglaterra tem. O City chegou aos 103 golos no conjunto de todas as competições (nunca uma equipa em Inglaterra tinha chegado a tal número nesta fase da época) e leva 63 golos no campeonato, mais 10 que Liverpool e mais 20 que o Arsenal. Hoje a vitória frente ao Cardiff começou a ser construída pela arte e engenho de David Silva, que assistiu Dzeko. Ficaram dúvidas se a bola tinha transposto na totalidade a linha, mas a tecnologia da liga inglesa confirmou que sim. Craig Noone ainda pregou um susto (o Cardiff tinha derrotado o City na 1.ª volta) mas Jesús Navas fez questão de desfazer o empate. A qualidade do City melhorou na 2.ª parte com o regresso de Agüero. O avançado argentino assistiu Yaya Touré no 3-1, num golo em que ficou bem patente a qualidade de Yaya e o facto dele ser o melhor box-to-box do mundo, e depois fez ele próprio o 4-1, depois de brincar um pouco com os defesas contrários. Fraizer Campbell fez o 4-2 final na sequência de um canto.

    Liverpool e Aston Villa foram as últimas equipas do dia a entrar em campo e proporcionaram bom espectáculo. Brendan Rodgers errou ao abdicar de Lucas no onze inicial, colocando Coutinho, Sterling, Suárez e Sturridge ao mesmo tempo em campo, o que poderia não ser mau não fossem as rotinas que Henderson e Gerrard têm desenvolvido esta temporada por terem Lucas nas costas/ ao lado. O Aston Villa de Paul Lambert entrou sem complexos em Anfield e foi claramente superior durante a 1.ª meia hora. Tantos avisos surgiram que Weimann acabou por marcar. Um bom contra-ataque que culminou com Agbonlahor a permitir o desvio do austríaco. Aos 36' Anfield ficou mais silencioso ainda quando Agbonlahor cruzou, Mignolet esteve mal (já são vários os jogos em que o Liverpool perde pontos por acções do suiço, que tinha arrancado a temporada numa forma incrível) e Benteke só teve que marcar. O Liverpool conseguiu reduzir em cima do intervalo com Suarez a criar um desequilíbrio, Jordan Henderson a fazer uma assistência com enorme classe e Sturridge a marcar. No 2.º tempo o jogo foi mais aberto, houve mais Liverpool (embora o Villa tenha conseguido ameaçar quando juntou Grant Holt a Benteke) e o 2-2 final chegou de grande penalidade. Suarez foi derrubado por Guzan, Steven Gerrard marcou. O Liverpool só tinha perdido pontos por 1 vez em casa esta época, quando perdeu com o Southampton; na próxima jornada há derby Liverpool-Everton, com os reds favoritos.
    Um jogo com história semelhante foi o Sunderland 2-2 Southampton. O Southampton começou o jogo a todo o gás e à meia hora já ganhava por dois. Jay Rodriguez fez um bom golo num remate espontâneo à entrada da área e Lovren marcou outro bom golo num remate de difícil execução na sequência de um canto. O Sunderland começou a sua resposta quando Adam Johnson encontrou o fugitivo Borini e na 2.ª parte, aos 71 minutos, o mesmo Adam Johnson ditou o resultado final num remate fortíssimo, embora com algumas culpas para Boruc.

    O Newcastle aproveitou para se distanciar do Southampton e pressionar o Manchester United (se os red devils perderem amanhã, o Newcastle fica apenas 1 ponto atrás), com uma sólida vitória no terreno do West Ham. Yohan Cabaye foi a figura do jogo. O médio francês - em grande forma e maturidade aos 28 anos - fez o primeiro do jogo e viu o colega Loïc Rémy fazer o 2.º. O West Ham conseguiu reduzir graças a um auto-golo de Williamson, mas Yohan Cabaye tinha guardado o melhor para o fim: o francês marcou de livre directo, descaído no lado esquerdo, fazendo a bola bater no poste antes de bater Adrían.
    Nos jogos menos mediáticos, o Tony Pulis - treinador do Crystal Palace - bateu a sua ex-equipa (o Stoke) por 1-0, com Puncheon a decidir; o Norwich recebeu o Hull City e festejou a vitória bem perto do fim com o central Ryan Bennett a ser o herói.

    Esta Premier League 2013/ 2014 é, sem dúvida, uma edição nivelada por cima. Comparativamente com a temporada passada vê-se um Arsenal muito superior e consistente, um City de Pellegrini bem melhor que o de Mancini, um Liverpool muitos furos acima, o Chelsea também com maiores ambições e ainda muito potencial de crescimento a curto-prazo e ainda melhorias no Everton, Southampton e Newcastle. Em suma, nos 9 primeiros classificados apenas Manchester United e Tottenham (sobretudo o 1.º) baixaram qualitativamente.