13 de janeiro de 2014

Heynckes é o treinador do ano; Ibrahimovic ganha prémio Puskas

O destaque maior da gala da FIFA foi naturalmente a vitória de Cristiano Ronaldo na corrida à Bola de Ouro, mas houve outras conquistas merecedoras de destaque. Individualmente expectadas e justas, e uma eleição do melhor onze de 2013 com algumas indicações absurdas (como é apanágio da FIFA).
    
    Jupp Heynckes foi eleito o treinador do ano de 2013. O ex-treinador alemão do Bayern ganhou tudo e só podia ser ele o vencedor. Para a História ficará sempre o avassalador Bayern que dizimou quem lhe apareceu na Champions (Juventus e Barcelona foram vulgarizados), num domínio impressionante na Bundesliga. Guardiola herdou o legado de Heynckes e parece manter o barco no bom caminho. A nomeação de Sir Alex Ferguson compreendia-se apenas como um agradecimento ou homenagem à sua despedida do futebol - pois Diego Simeone mais facilmente merecia preencher aquele lugar - e Klopp foi uma boa "lufada de ar fresco" nos nomeados, uma das pessoas mais interessantes da actualidade no mundo futebolístico. Seria um crime Heynckes não ganhar, e portanto tudo aconteceu conforme esperado.

    O prémio Puskas destinado ao melhor golo do ano foi entregue ao sueco Zlatan Ibrahimovic. Na lista de golos candidatos apenas o benfiquista Nemanja Matic poderia ambicionar "roubar" a vitória a Zlatan. Dada a total falta de critério da FIFA acabou por ganhar um golo marcado em 2012, num amigável. Tecnicamente sem dúvida que o golo de Zlatan Ibrahimovic era o mais difícil de executar, impossível de repetir na lista e, por isso mesmo, a vitória foi justa. Estatisticamente, Ibrahimovic venceu com 48,7% dos votos; Matic ficou em 2.º lugar com 30.8% e Neymar fechou o pódio com 20.5%. Nunca é demais rever.


    O onze do ano de 2013 para a FIFA foi: Manuel Neuer (Bayern); Dani Alves (Barcelona), Thiago Silva (PSG), Sergio Ramos (Real Madrid), Philipp Lahm (Bayern); Xavi (Barcelona), Andrés Iniesta (Barcelona), Franck Ribéry (Bayern); Zlatan Ibrahimovic (PSG), Lionel Messi (Barcelona), Cristiano Ronaldo (Real Madrid).
    Já na lista de nomeados a FIFA tinha feito várias asneiras. Comparativamente, a lista de nomeações que a UEFA anunciou foi bastante mais justa. Neuer era a escolha esperada para a baliza, embora Courtois (que nem figurou nos candidatos a GR para a FIFA) tenha feito também um bom ano, mas ainda aquém do ano do guarda-redes alemão. Na defesa, Philipp Lahm - que até joga a médio agora com Guardiola - era o nome que tinha invariavelmente que constar. Mediante melhores desempenhos no ano de 2013 a nível de meio-campo, teria sido mais inteligente deixar uma defesa com 3 homens, juntando-se a Lahm os nomes de Thiago Silva e David Alaba. No entanto, a lista final integra justamente Thiago Silva mas também Ramos e Dani Alves. No meio-campo, só Ribéry parece uma escolha acertada. Iniesta gera dúvidas, Xavi nunca poderia constar. Num meio-campo de 4 homens Ribéry poderia ver juntar-se a ele Yaya Touré, Gareth Bale e Bastian Schweinsteiger/ Andrés Iniesta. O médio do Bayern foi importantíssimo, um portento de força e riqueza táctica no ano de 2013 e muita gente tem negligenciado a sua importância na manobra colectiva do Bayern (sobretudo de Heynckes).
    Por fim, no ataque era bastante previsível que se chegasse a este trio. Um trio que se aceita, claro. Caso se quisesse inovar um pouco, Cristiano Ronaldo era intocável, mas um dos outros poderia ser eventualmente substituído por Lewandowski, Aguero ou até Luis Suárez. Mas o trio Zlatan-Messi-Ronaldo aceita-se, obviamente.

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