16 de julho de 2015

Crítica: True Story

Realizador: Rupert Goold
Argumento: Michael Finkel, Rupert Goold, David Kajganich
Elenco: Jonah Hill, James Franco, Felicity Jones
Classificação IMDb: 6.3 | Metascore: 50 | RottenTomatoes: 44%
Classificação Barba Por Fazer: 64

    O que é que faz um bom thriller policial? Os ingredientes são vários mas, desde logo, o crime em si, o criminoso, a capacidade de nos prender, intrigar e duvidar, são alguns desses factores. O modo como a história é conduzida, capaz de provocar o tantas vezes falado suspense, é o que liga tudo. 'True Story' tem tudo isto, mas parece não atingir todo o seu potencial. Ainda assim, a generalidade da crítica tem castigado um filme que para já é subvalorizado.
    Algum de vocês se lembra da última vez que Jonah Hill e James Franco partilharam o ecrã? Ok, eu digo-vos. Foi na comédia pós-apocalíptica 'This is the End'. Hill e Franco sabem fazer-nos rir, mas como ambos já tinham demonstrado sabem usar o seu outro lado. E fazem-no desta vez. Juntos. E esse é o primeiro ponto essencial de 'True Story': o filme vive da relação, da confiança e dos diálogos das duas personagens, Michael Finkel (Jonah Hill) e Christian Longo (James Franco). A história que tentamos descortinar como verdade ou mentira, baseia-se em factos verídicos: Longo é detido depois de ser dado como principal suspeito do homicídio da sua mulher e dos 3 filhos, e afirma ser Finkel, um jornalista despedido do New York Times por não se limitar a contar a verdade nas suas peças, mudando algumas histórias. A precária situação de Finkel leva-o a encarar a estranha obsessão de Longo por ele como uma oportunidade, e é frente a frente, nos seus encontros na prisão, que juntos procuram escrever a verdadeira história do homem que irá a julgamento.

    É inevitável pensar-se que esta história com um senhor como David Fincher no comando das operações daria um thriller negro e mais asfixiante, mas Rupert Goold faz um bom trabalho na sua estreia, alicerçado pela dinâmica de Hill e Franco. Não é o jogo do gato e do rato que poderia ser, mas é um jogo em que cada um procura assumir a personalidade e identidade do outro, em benefício próprio, e em que os conceitos de honestidade e verdade são explorados. 'True Story' foi pouco ou nada elogiado até agora, mas merecia maior crédito. Felicity Jones compõe o trio de actores já nomeados para óscares, e se Hill dá uma boa sequência aos seus últimos trabalhos, James Franco (cujo desempenho já foi trucidado por muitos) é o ponto-chave do filme. Encaixa na personagem e faz o filme funcionar ao ritmo que ele impõe, sempre em equilíbrio com Hill.
    Desde os últimos óscares tem surgido pouco material de qualidade, ou não estivesse tudo guardado para o período entre Setembro e Fevereiro.. 'Ex Machina', 'Inside Out' e 'Mad Max: Fury Road' terão sido os projectos recentes mais consistentes. Não faz mal a ninguém ver este 'True Story'. Nem que seja para escolherem um lado. Durante o filme, e no final.

1 comentários:

  1. Quero dizer-lhe que adoro os filmes porque são muito interessantes, podemos encontrar de diferentes gêneros. De forma interessante, o criador optou por inserir uma cena de abertura com personagens novos, o que acaba sendo um choque para o espectador. Desde que vi o elenco de A História Verdadeira imaginei que seria uma grande produção, já que tem a participação de atores muito reconhecidos, pessoalmente eu irei ver por causo do atriz Felicity Jones, uma atriz muito comprometida. Eu a vi recentemente em A Monster Calls. É uma historia que vale a pena ver. Para uma tarde de lazer é uma boa opção. A direção de arte consegue criar cenas de ação visualmente lindas.

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