Balanço Final - Liga NOS 18/ 19

A análise detalhada ao campeonato em que houve um antes e um depois de Bruno Lage. Em 2018/ 2019 houve Reconquista.

Prémios BPF Liga NOS 2018/ 19

Portugal viu um médio carregar sozinho o Sporting, assistiu ao nascer de um prodígio, ao renascer de um suiço, sagrando-se campeão quem teve um maestro e um velocista.

Balanço Final - Premier League 18/ 19

Na melhor Liga do mundo, foram 98 contra 97 pontos. Entre citizens e reds, entre Bernardo Silva e van Dijk, ninguém merecia perder.

Os Filmes mais Aguardados de 2019

Em 2019, Scorsese reúne a velha guarda toda, Brad Pitt será duplo de Leonardo DiCaprio, Greta Gerwig comanda um elenco feminino de luxo, Waititi será Hitler, e Joaquin Phoenix enlouquecerá debaixo da maquilhagem já usada por Nicholson ou Ledger.

21 Novas Séries a Não Perder em 2019

Renasce The Twilight Zone, Ryan Murphy muda-se para a Netflix, o Disney+ arranca com uma série Star Wars e há ainda projectos de topo na HBO e no FX.

26 de dezembro de 2012

Tenho a Barba Por Fazer e Estes Filmes Deves Ver


Lá vêm mais filmes que tiveram livros como base. Cloud Atlas, no qual os irmãos Matrix pegaram, é uma confusa mas interessante história… Aliás, é uma teia de 6 histórias em paralelo e em diferentes momentos do tempo. Um filme de 2h45 no qual o Tom Hanks não acaba a falar com uma bola de voleibol e no qual o Hugo Weaving não usa óculos escuros e um fato. Depois, fazemo-nos à estrada com “On The Road”, um filme que resultou da grande obra de Jack Kerouac, e onde o actor secundário rouba todo o protagonismo.


Cloud Atlas

Realizador: Andy Wachowski, Lana Wachowski, Tom Tykwer
Argumento: David Mitchell, Andy Wachowski, Lana Wachowski, Tom Tykwer
Elenco: Tom Hanks, Jim Sturgess, Halle Berry, Hugo Weaving, Ben Wishaw, Jim Broadbent, James D’Arcy
Classificação IMDb: 8.1

Caso vejam o filme em casa, reúnam comida um Inverno inteiro para terem convosco quando começarem a ver o filme. Pelo menos, foi o que fiz. Cloud Atlas é um filme complexo mas interessante por isso mesmo. A acção passa-se em seis diferentes momentos temporais e espaciais: em 1849 no oceano pacífico; na Escócia em 1936; em São Francisco, California, em 1973; em 2012, no Reino Unido; em 2144 na Coreia; num período pós-apocalíptico, nas ilhas do Hawai. Um sétimo período temporal é ainda explorado, sendo nesse tempo que o filme começa, num monólogo de uma das seis personagens de Tom Hanks, e sendo nesse tempo que termina. Hugh Grant e Halle Berry são quem desempenha um maior número de personagens, sendo identificáveis em cada um dos 6 períodos, embora nem sempre cada personagem tenha uma função relevante no rumo dos acontecimentos. Todos estamos ligados, e as nossas vidas não são realmente nossas, embora influenciadas pelo passado de outros e contribuindo nós para o futuro. Quem numa vida é herói, noutra pode ser vilão, e vice-versa. Embora, Hugo Weaving seja sempre vilão e, por exemplo, Jim Sturgess e Halle Berry sejam sempre bonzinhos. Já Tom Hanks alterna entre a maldade e o heróico.
“Our lives are no tour own. We are bound to others. Past and present. And by each crime, and every kindness we birth our future”.
    É filme para se ver duas vezes, embora nem sempre prenda a atenção do espectador. É interessante compreender as ligações das personagens, compreender personagens camufladas e porque se um acto de bondade, uma boa acção, numa vida é apenas uma gota… “What is na ocean but a multitude of drops?”. Vale a pena ver, nem que seja para juntar ao conjunto de filmes complexos. Não seria de esperar coisa diferente para interessar os irmãos Wachowski. E o elenco ajuda – conciliar actores como Weaving e Hanks com novos valores como Jim Sturgess e Bem Wishaw. Destaque ainda para o “Cloud Atlas Sextet” – a música principal do filme.


On The Road

Realizador: Walter Salles
Argumento: Jack Kerouac, Jose Rivera
Elenco: Sam Riley, Garrett Hedlund, Kristen Stewart, Tom Sturridge, Elisabeth Moss, Kirsten Dunst, Viggo Mortensen, Amy Adams
Classificação IMDb: 6.3

Meus caros, as próximas linhas podem ser perturbantes a quem tenha menos de 18 anos. Conhecem Steve Buscemi (estrela de Boardwalk Empire e um dos actores de Armaggedon)? Ele neste filme apanha no rabo. Não há outra forma de o dizer. Ah, e a Kristen Stewart, a menina Bella Swan, neste filme esgelha dois pessegueiros… ao mesmo tempo. Havia outras formas de o dizer, mas esta pareceu-me a mais acertada.
    Assim é “On The Road”. Está feito.
    Não, não está. Porque o filme é bom. Baseado na obra de Jack Kerouac, o filme explora a geração Beat – poesia, consumo de drogas e álcool em larga escala – e é basicamente contado na primeira pessoa, de Sal Paradise (alter ego de Jack Kerouac, na obra original). Todo o filme aborda a vida na estrada, a um ritmo alucinante e em busca de inspiração e de preencher folhas em branco com significado, conteúdo e riqueza cultural e artística de Sal e daqueles de quem se torna inseparável durante alguns anos, vivendo experiências e momentos marcantes. Sal é um escritor em busca de um mote que o faça transbordar inspiração, e encontra-a ao lado daquele que se torna seu amigo – Dean Moriarty. Dean é a personificação de Geração Beat – não tem regras, vive ao máximo, consegue o que quer, não pensa nas consequências, mas perde-se. Sal é o lado mais consciente e calmo da parelha, crescendo e aprendendo com Dean Moriarty mas sabendo parar, sabendo escolher e encontrando-se no meio de tudo.
     O filme está bem realizado, será claramente menosprezado pela globalidade, mas conta com bons desempenhos individuais, para além da qualidade da história (consequente do livro também). Embora conte com nomes mais badalados como Viggo Mortensen, Kirsten Dunst, Amy Adams ou Kristen Stewart, nem é no actor principal que está o epicentro do filme. A Kristen decidiu que agora queria despoletar a líbido nos outros e, se Tom Sturridge faz um bom papel enquanto Carlo, o grande papel do filme é de Garrett Hedlund enquanto Dean Moriarty. Claramente um desempenho a pedir atenção, que terá certamente nas nossas nomeações (que não interessam a ninguém a não ser a nós mesmos). Com um travezinho a Tyler Durden, Dean Moriarty é, afinal de contas, o filme. Ou não terminasse o filme com o seu nome escrito à máquina. MP

25 de dezembro de 2012

Tenho a Barba Por Fazer e Estes Filmes Deves Ver


Ora vamos lá a isto: Falar de um filme da Emma Watson que não é um Harry Potter e um filme do Peter Jackson que não é um Senhor dos Anéis no mesmo post. Check. Hoje é dia de falar de bons filmes. Um deles um filme jovem que não será tão reconhecido quanto devia e o outro, se o for, será somente após o fechar da trilogia. Mas deixemos a Hermione e os seus amigos bons actores para depois e vamos lá começar com o Bilbo.


The Hobbit: An Unexpected Journey

Realizador: Peter Jackson
Argumento: J.R.R. Tolkien, Peter Jackson, Guillermo del Toro, Fran Walsh, Philippa Boyens
Elenco: Martin Freeman, Ian McKellen, Richard Armitage, Andy Serkis
Classificação IMDb: 8.5

    Sou suspeito, embora não seja o meu filme preferido de sempre, a trilogia Senhor dos Anéis é do melhor que já vi até hoje na 7ª Arte. Daí ao fim de umas 2 horas e 40, embora tivesse desenvolvido uma pança inteiramente composta por pipocas, quando o filme acabou, apetecia-me ver mais. Normalmente quando um filme com esse tamanho não só não nos fez adormecer como ainda nos deixou chateados porque acabou, é bom sinal. The Hobbit é naturalmente diferente d’O Senhor dos Anéis – é importante as pessoas perceberam que não é, de base, a mesma coisa. Embora seja na mesma o universo de Tolkien e o talento de Jackson a realizar. Há uma questão de base: é bom haver vários filmes destes, mas é diferente condensar os vários calhamaços da trilogia um em cada filme e desta vez, a partir de um livro mais pequeno que qualquer um dos 3 da trilogia, transformá-lo em três partes distintas. Peter, Peter, sempre a criar novos desafios, e a rentabilizar os teus bolsos.
    Para quem não é um fã que leu o livro várias vezes, tal como eu não sou, The Hobbit acontece 60 anos antes do início do Senhor dos Anéis e acompanha a cruzada de Bilbo Baggins, o tio de Frodo, na aventura que o fez encontrar o Anel. Acompanhando Gandalf na cruzada dos Anões rumo à Montanha Solitária, tomada pelo dragão Smaug, Bilbo passa por diversos momentos “tolkiens”.
    O filme tem um ou outro momento mais comercial, com mais piadinhas do que Senhor dos Anéis tinha, por exemplo. Mas lá está, a tendência será sempre comparar. E isso é perigoso e prejudicial para The Hobbit, porque o patamar de comparação não poderia estar mais elevado. Em todo o caso, um grande filme, que abre o apetite para a segunda e terceira partes. Já agora, suspeito que Peter Jackson tenha gostado de ver a série Sherlock porque acabou por escolher para Bilbo Baggins e Necromancer, os dois principais actores da série – Martin Freeman (Bilbo/ John Watson) e Benedict Cumberbatch (Necromancer/ Sherlock Holmes). O Benedict, nome de um hambúrguer do H3, terá maior relevo nos dois próximos filmes desta trilogia, e oxalá esteja ao nível, embora num panorama diferente, do seu grande desempenho enquanto Sherlock Holmes.
    Grande filme, como seria de esperar, e ganhará mais quando as pessoas deixarem de o comparar com o irmão Senhor dos Anéis. E sim, o Smeagol voltou e lá fez rir as pessoas num longo diálogo com Bilbo Baggins. No final, as pessoas na sala bateram palmas. Eu cá não consegui porque a pança que surgiu no lugar da minha antiga barriga, impediu as minhas mãos de contactarem uma com a outra.


The Perks of Being a Wallflower

Realizador: Stephen Chbosky
Argumento: Stephen Chbosky
Elenco: Logan Lerman, Emma Watson, Ezra Miller, Paul Rudd
Classificação IMDb: 8.4

     O Stephen Chbosky, primo do Karel Poborsky (não, não são primos, é apenas para a piada) escreveu “The Perks of Being a Wallflower” em 1999 e, vai na volta, decidiu pegar ele nos seus pergaminhos e transpor para filme aquilo que escrevera há mais de dez anos.

    A figura central do livro/ filme é Charlie (Logan Lerman), um jovem tímido e com problemas de integração, recém chegado ao ensino secundário. Isolado e nervoso, Charlie encontra-se ao conhecer dois amigos invulgares e mais velhos – os meios-irmãos Patrick (Ezra Miller) e Sam (Emma Watson). O filme acompanha a evolução social de Charlie, os diversos problemas por recalcar que contribuíram para a sua instabilidade enquanto pessoa, procurando incessantemente perceber o que o move, aquilo que o faz feliz e com quem está bem. O filme (e o livro, primeiro que tudo) tem um universo bastante rico, sustentado por exemplo na relação entre Charlie e o seu professor de Inglês (interpretado por Paul Rudd, num papel sério), nos constantes pensamentos de Charlie, em pequenas frases que ficam na cabeça e claro está no trio Logan Lerman, Emma Watson e Ezra Miller. Três bons actores dos quais resultou a fórmula básica do filme, cuja história é interessante à priori, tendo ainda uma boa banda sonora (a acção passa-se no início dos anos 90, o que ajuda).
    Ezra Miller continua a fazer a sua carreira com todo o potencial que tem (enorme, embora assustador, papel em We Need to Talk About Kevin), Emma Watson agora que largou a saga da sua vida pode e está também a fazer o seu caminho, e Logan Lerman faz talvez o melhor papel entre os três. Pode ser que nos “nossos” óscares demos atenção a este filme. Bom argumento, bons actores, pessoas, emoções e mensagem. Simples. Um aplauso para o primo do Poborsky.

I don't know if I will have the time to write anymore letters because I might be too busy trying to participate. So if this does end up being the last letter I just want you to know that I was in a bad place before I started high school and you helped me. Even if you didn't know what I was talking about or know someone who has gone through it, you made me not feel alone. Because I know there are people who say all these things don't happen. And there are people who forget what it's like to be 16 when they turn 17. I know these will all be stories someday. And our pictures will become old photographs. We'll all become somebody's mom or dad. But right now these moments are not stories. This is happening, I am here and I am looking at her. And she is so beautiful. I can see it. This one moment when you know you're not a sad story. You are alive, and you stand up and see the lights on the buildings and everything that makes you wonder. And you're listening to that song and that drive with the people you love most in this world. And in this moment, I swear, We Are Infinite.

A Caminho dos Óscares: Flight | Beasts of the Southern Wild


Os óscares vão-se aproximando e aqui no Barba Por Fazer vamos continuando a dar cheirinhos dos filmes que serão nomeados para alguma categoria. Há filmes que já imaginemos que serão nomeados (Lincoln, Zero Dark Thirty, Silver Linings Playbook, entre outros) mas que naturalmente ainda não podemos fazer as apreciações e crónicas porque ainda não temos acesso a vê-los. 
    Para já, directamente para o nosso leitor lá vai um grande papel de Denzel Washington – Flight -, que lhe valerá a nomeação para Melhor Actor Principal, e um filme de contrastes, que dividirá opiniões e que talvez reúna uma ou duas nomeações no máximo – Beasts of the Southern Wild – também com boas prestações de dois rostos desconhecidos, um deles uma rapariga de 9 anos.


Flight

Realizador: Robert Zemeckis
Argumento: John Gatins
Elenco: Denzel Washington, Don Cheadle, Kelly Reilly, John Goodman
Classificação IMDb: 7.5

O senhor Denzel Washington é um daqueles actores de Hollywood que todos achamos inconfundivelmente um grande actor, sempre com personagens que defendem a sua família e que se regem por valores muito coerentes, mas que quando paramos para pensar percebemos que não teve até agora uma carreira que espelhe assim tanto (do ponto de vista do reconhecimento e prémios) o real valor que tem. Pois bem, a Academia terá este ano uma boa oportunidade de repensar a história.
    Em Flight, Washington é Whip Whitaker, piloto de aviões, mas que passa mais tempo nas nuvens graças ao álcool que não consegue largar. Após uma noite de sexo, drogas e álcool com uma hospedeira, Washington assume funções num voo que resultará numa vertiginosa queda e aterragem forçada. De herói anunciado (por conseguir salvar 96 dos 102 tripulantes), o capitão Whitaker passa a vilão quando surgem suspeitas de que teria estado alcoolizado e drogado aquando do voo. O filme, embora sempre à volta do caso da queda, onde o real problema foi técnico e durante a qual o alcoolizado e drogado Whitaker conseguiu demonstrar sangue frio para controlar a situação com enorme clarividência, explora sobretudo a mente dum alcoólico que não assume o seu vício. Mais do que a trama central da história, o filme é sim a evolução e o acompanhamento de um alcoólico que o nega ser. 
    Robert Zemeckis consegue juntar mais um bom filme à sua lista (onde Forrest Gump é o maior destaque) e, embora não seja expectável que o filme seja nomeado para vários óscares, Denzel Washington será certamente distinguido com a nomeação para melhor actor principal. Flight pode aspirar ainda à nomeação para Melhor Argumento Original, mas é claramente “filme de actor” – Washington faz um papel que em qualquer ano normal mereceria e merecerá a nomeação. Veremos depois como se safa com a concorrência de, provavelmente, Daniel Day-Lewis, John Hawkes, Joaquin Phoenix e Bradley Cooper ou Hugh Jackman.
    Já agora um pormenor. O gordinho John Goodman apareceu ultimamente em The Artist, este ano aparece em Argo e Flight… Portanto começa-se a notar um padrão. O Fred Flinstone escolhe a dedo. Bom argumento de John Gatins (co-argumentista, por exemplo, em Coach Carter), mas mais uma vez reforço que o filme vale pelo papel de Denzel Washington.


Beasts of the Southern Wild

Realizador: Benh Zeitlin
Argumento: Lucy Alibar, Benh Zeitlin,
Elenco: Quvenzhané Wallis, Dwight Henry
Classificação IMDb: 7.6

No ano passado, na antevisão dos filmes para óscares (e filmes acessórios, muitas vezes melhores) adormeci por 2 vezes a tentar ver o filme em que o Tom Hanks era pai duma criança que tinha uma chave – Extremely Loud and Incredibly Close. Sempre gostei de resumir filmes numa frase. Pois bem, este ano adormeci 2 vezes e só à 3ª consegui ver “Beasts of the Southern Wild”. Filmes, o problema não são vocês. Sou eu. Eu começo a ler o nome do filme e adormeço a meio. Portanto, neste filme de Benh Zeitlin, mostram-se contrastes.   
    A pequena Hushpuppy (não, ela não é uma PowerPuff Girl) vive com o seu pai na Banheira, uma comunidade separada dos EUA por um dique. Estão neste momento a ver porque é que eu adormeci… 
    O filme não é mau, mas também não é óptimo. Explora bem o contraste e o isolamento de certas comunidades, e como as crianças crescem descontextualizadas e com um universo imaginário muito próprio, mas tinha potencial para mais. Mas aí já me caberia falar com a senhora Lucy Alibar, autora do livro que inspirou o filme. Uma senhora que é uma fusão do Ali Babá com o elefante Babar. Embora pareça difícil face às últimas frases, eu vou agora defender o filme – Beasts of the Southern Wild não é um filme de óscar, mas dependendo do número de Filmes nomeados para Melhor Filme, na volta ainda pode ambicionar algo. 
    Mais fácil será conseguir a nomeação supostamente para Melhor Argumento Adaptado. Pessoalmente, acho que dava para mais. Há pormenores bons no filme, e embora não deslumbre, a relação pai-filha entre os actores Dwight Henry e a pequena Quvenzhané Wallis é merecedora de claro destaque. A actriz de 9 anos ainda pode sonhar com uma nomeação, que não seria disparatada. Já Dwight Henry, que talvez para mim (dependendo do que ainda vier a ver, logo saberei com certezas) pudesse ser nomeado para Melhor Actor Secundário, não o deverá ser.
    Filme curioso, nada mainstream pelo menos, que pode facilmente agradar a uns e não a outros, mas no qual se deve enaltecer os papéis de Dwight Henry e a pequena Hushpuppy. MP

20 de dezembro de 2012

Nomeados Grammys 2013




    Ora, antes que o mundo acabe anunciamos que já são conhecidos os nomeados para a 55ª edição dos Grammys. Na última edição demos os nossos palpites. Assim sendo, esta edição não seria excepção. (a verde estão os vencedores justos para a equipa do “Barba Por Fazer” e a bola preta à frente das músicas ou álbuns representa aqueles que suspeitamos que sejam os prováveis vencedores): 

Álbum do Ano
The Black Keys - El Camino
fun. - Some Nights
Mumford & Sons - Babel 
Frank Ocean - Channel Orange 
Jack White - Blunderbuss
             
Gravação do Ano
The Black Keys - "Lonely Boy"
Kelly Clarkson - "Stronger"
fun. feat. Janelle Monae - "We Are Young"
Gotye feat. Kimbra - "Somebody That I Used to Know"
Frank Ocean - "Thinkin Bout You"
Taylor Swift - "We Are Never Ever Getting Back Together"

Canção do Ano 
Ed Sheeran - "The A Team"
Miguel - "Adorn"
Carly Rae Jepsen - "Call Me Maybe"
Kelly Clarkson - "Stronger (What Doesn't Kill You)"
fun. - "We Are Young" 
 
Artista Revelação
The Alabama Shakes
fun. 
Hunter Hayes
The Lumineers
Frank Ocean                                                                       

Melhor Prestação Pop 
Adele - "Set Fire to the Rain (Live)" 
Kelly Clarkson - "Stronger (What Doesn't Kill You)" 
Carly Rae Jepsen - "Call Me Maybe"
Katy Perry - "Wide Awake"
Rihanna - "Where Have You Been"

Melhor Prestação de Duo ou Grupo Pop  
Florence + the Machine - "Shake It Out"
fun, - "We Are Young" 
Gotye feat. Kimbra - "Somebody That I Used to Know" 
LMFAO - "Sexy and I Know It"
Maroon 5 - "Payphone"

Melhor Álbum Pop 
Kelly Clarkson - Stronger 
Florence + the Machine - Ceremonials 
fun. - Some Nights
Maroon 5 - Overexposed 
Pink - The Truth About Love

Melhor Prestação Rock 
Alabama Shakes - Hold On
The Black Keys - Lonely Boy 
Coldplay - Charlie Brown
Mumford & Sons - I Will Wait 
Bruce Springsteen - We Take Care Of Our Own

Melhor Canção Rock                                                              
Jack White - "Freedom at 21"
Mumford & Sons - "I Will Wait" 
The Black Keys - "Lonely Boy" 
Muse - "Madness"
Bruce Springsteen - "We Take Care of Our Own"

Melhor Álbum Rock                                                            
The Black Keys - El Camino 
Muse - The 2nd Law
Coldplay - Mylo Xyloto 
Bruce Springsteen - Wrecking Ball
Jack White - Blunderbuss

Melhor Álbum Alternativo
Fiona Apple - The Idler Wheel Is Wiser Than the Driver of the Screw and Whipping Cords Will Serve You More Than Ropes Will Ever Do
Bjork - Biophilia
Gotye - Making Mirrors
M83 - Hurry Up, We're Dreaming
Tom Waits - Bad As Me

Best Americana Album
The Avett Brothers - The Carpenter
John Fullbright - From The Ground Up
The Lumineers - The Lumineers
Mumford & Sons - Babel 
Bonnie Raitt - Slipstream

Melhor Álbum Urbano Contemporâneo
Chris Brown - Fortune
Miguel - Kaleidoscope Dream
Frank Ocean - Channel Orange  

Melhor Canção Rap
Nas - "Daughters"
Wale feat. Miguel - "Lotus Flower Bomb"
Kanye West feat. Big Sean, Pusha T & 2 Chainz - "Mercy"
Drake feat. Lil' Wayne - "The Motto"
Jay-Z & Kanye West - "Niggas In Paris" 
Snoop Dogg & Wiz Khalifa feat. Bruno Mars - "Young Wild & Free"  

Melhor Álbum Rap
Drake - Take Care 
Lupe Fiasco - Food & Liquor II: The Great American Rap Album, Pt. 1
The Roots - Undun
Nas - Life Is Good 
Rick Ross - God Forgives, I Don't
2 Chainz - Based on a T.R.U. Story

Melhor Gravação de Dança
Avicii - "Levels"
Calvin Harris feat. Ne-Yo - "Let's Go"
Skrillex feat. Sirah - "Bangarang" 
Swedish House Mafia feat. John Martin - "Don't You Worry Child" 
Al Walser - "I Can't Live Without You"

Melhor Álbum de Dança/Eletrónica 

Steve Aoki - Wonderland
The Chemical Brothers - Don't Think 
deadmau5 - Album Title Goes Here 
Kaskade - Fire & Ice
Skrillex - Bangarang 

Melhor Vídeo 

Foster The People - Houdini 
Jay-Z & Kanye West feat. Frank Ocean & The-Dream - No Church In The Wild 
M.I.A. - Bad Girls
Rihanna feat. Calvin Harris - We Found Love 
Woodkid - Run Bou Run

Destacamos aqui apenas as categorias principais, dum total de 80 diferentes Grammys que serão entregues na cerimónia realizada no dia 10 de Fevereiro. Um possível bom ano para os britânicos Mumford & Sons em perspectiva, e confessamos que o voto do qual gostámos mais de poder "fazer" foi a banda M83 com "Hurry Up, We're Dreaming" para Melhor Álbum Alternativo.
Ah, e não se ponham a ler, pela vossa saúde, o nome do álbum da Fiona Apple porque senão vão desvanecer no Apocalipse maia a ler o pequenino naming do álbum.

MP. TM.

10 de dezembro de 2012

A Caminho dos Óscares: The Intouchables | Brave


E lá continuamos a esmiuçar os óscares. Os americanos são estranhos e por isso só um ano depois (The Intouchables foi inclusive um filme lançado em 2011) é que nomeiam o filme dos amigos Driss e Philippe. Mais vale tarde que nunca. Mas se faz favor nomeiem nos dois próximos anos o Into the Wild e o Fightclub também. De 2007 e 1999 para 2014 e 2015 é só uma perninha, ninguém nota.
O grande filme de Nakache e Toledano bater-se-á apenas com o "Amour" austríaco. Seguidamente apresentamos "Brave" que deverá disputar com "Wreck-it Ralph" (abordado ontem) o óscar de melhor filme de animação. Disney contra... Disney, exacto. No entanto Brave não fará o senhor Walt andar às voltas na campa, é que Brave é um filme com a simbologia e a mensagem/ história como os antigos da Disney.

The Intouchables


Realizador: Olivier Nakache, Eric Toledano

Argumento: Olivier Nakache, Eric Toledano

Elenco: François Cluzet, Omar Sy

Classificação IMDb: 8.6

Pois é… um filme de 2011 é tido como um dos prováveis nomeados para Melhor Filme Estrangeiro. Que “The Intouchables” tem valor para tal não há dúvidas, não se percebe é o porquê desta nomeação não ter acontecido o ano passado. A provável nomeação deste filme francês impedirá provavelmente “Rust and Bone” de ser nomeado (por apenas poder existir um nomeado por país), e á partida discutirá a vitória com o austríaco “Amour”. Como já avaliámos este filme anteriormente, deixamos aqui a crónica da altura na rúbrica “Tenho a Barba Por Fazer e Estes Filmes Deves Ver”.

[crónica escrita a 7 de Maio de 2012]
Quando vi o “The Artist” pensei: E não é que, apesar de nos terem eliminado do Euro-2000 com a mão do Abel Xavier e depois no Mundial 2006, os franceses sabem fazer filmes?! Por acaso não pensei nisso. Mas confere sempre algum drama lembrar a mão do Abel Xavier, ele que agora se chama Faisal. Adiante. 
    “Intouchables” é, se não estou em erro, o melhor filme que vi neste tempo pós-Óscares. Conseguindo misturar comédia e drama tão bem como por exemplo 50/ 50 (com Joseph Gordon-Levitt) conseguiu, é um filme que nos faz rir e pensar ao mesmo tempo. Não que eu não consiga normalmente rir e pensar em uníssono, mas acho que me fiz entender. Ok, eu admito. Eu ou me rio ou penso. Estou a gozar. “Intouchables” mostra dois homens de dois mundos muito diferentes e em condições diferentes: Philippe (François Cluzet) é um homem rico que ficou tetraplégico após um acidente de parapente e Driss (Omar Sy) é um jovem dos subúrbios que saíra recentemente da prisão. A relação improvável começa a construir-se quando Philippe contrata Driss para o assistir no dia a dia, embora Driss pareça aos olhos de todos a pessoa menos adequada para o fazer. A verdade é que a amizade de ambos vai-se tornando forte, divertida e oferecem-nos momentos que valem a pena, começando cada um, ao conhecer o outro, a perceber o que lhe falta a si. 
    A história e o desempenho das personagens faz com que uma pessoa se abstraia por completo do facto do filme ser falado em francês. Baseado numa história verídica, é um filme mesmo muito completo e que vai do teor emocional a momentos em que não conseguimos não rir (como na ópera, quando Driss barbeia Philippe, entre outros). Philippe e Driss aprendem um com o outro, e nós aprendemos ao vê-los. François Cluzet faz um grande papel mas, para mim, Omar Sy faz um papel ainda melhor transmitindo uma total sinceridade em tudo o que faz e diz. Tudo isto acompanhado por uma grande banda sonora. Um filme sobre a amizade, acho que se pode dizer isto.

Brave

Realizador: Brenda Chapman, Mark Andrews, Steve Purcell
Argumento: Brenda Chapman, Mark Andrews, Steve Purcell, Irene Mecchi
Elenco: Kelly Macdonald, Emma Thompson, Billy Connolly, Julie Walters, Kevin McKidd, Robbie Coltrane
Classificação IMDb: 7.3

Brave e Wreck-it Ralph são, a meu ver, os dois mais fortes candidatos ao Óscar de Melhor Filme de Animação. Pelo menos a nomeação é certo que assegurem. Quanto a Brave, da Disney (e Pixar) é um filme sobre mães e filhos. Numa frase é isto, está feito. Como é de esperar um texto maior, vou agora encher chouriços. Em Brave, a Princesa Merida (Kelly Macdonald) é uma jovem de longo e encaracolado cabelo ruivo que preza a sua liberdade e que defende o seu futuro com um arco e flecha nas mãos. Filha de Fergus (Billy Connolly) e Elinor (Emma Thompson), é quase obrigada a casar com o candidato que ganhar a sua mão. Merida acaba por afrontar a tradição e, graças a um desejo concedido por uma bruxa, consegue alterar seu destino e do seu reino, pedido que a sua mãe mude. Todo o filme acaba por se basear na relação entre Merida e a sua mãe e tem, considerando a história e o final, os ingredientes que o tornam um filme da Disney dos antigos.
         Podem esperar a materialização daquela metáfora habitual da “mãe-ursa” e é provável que se riam com os 3 pequenos irmãos de Merida. A nível de banda sonora, a parceria de Birdy (parecida com Merida) com os Mumford and Sons poderá ser uma das candidatas ao óscar de melhor música – “Learn Me Right” e, pessoalmente, Kelly Macdonald tem uma voz com qualquer coisa de bom.
         Uma ode às mães e um filme sobre o destino – “There are those who say fate is something beyond our command. That destiny is not our own. But I know better. Our fate lives within us, you only have to be brave enough to see it.MP


9 de dezembro de 2012

A Caminho dos Óscares: Argo | Wreck-it Ralph


Começamos hoje, e daremos sequência nos próximos tempos, a rubrica "A Caminho dos Óscares". Ainda é uma incógnita quem ganhará em cada categoria, mas já há alguns nomeados que não fugirão do que já se suspeita. Preparem as vossas mentes para nomes como Argo, Lincoln, Zero Dark Thirty, Les Miserábles, Life of Pi e Silver Linings Playbook e para verem algumas caras bem conhecidas nomeadas como Daniel Day-Lewis, Joaquin Phoenix, Jennifer Lawrence, Jessica Chastain, Philip Seymour Hoffman ou Anne Hathaway. Será que Bradley Cooper, Marion Cotillard, Denzel Washington, Robert DeNiro e a pequena Quvenzhane Wallis também conseguirão nomeações? Passo a passo vamos construindo a moldura dos óscares. Para já, começamos com Argo - um filme sobre um filme -, e um filme em que um "mau" se farta de ser quem é. Oxalá inspirasse o senhor Pinto da Costa.

Argo

Realizador: Ben Affleck
Argumento: Chris Terrio, Joshuah Bearman
Elenco: Ben Affleck, Alan Arkin, John Goodman, Scoot McNairy, Bryan Cranston, Victor Garber, Kerry Bishé, Rory Cochrane, Clea DuVall
Classificação IMDb: 8.2

Até Fevereiro ainda muita coisa pode mudar (por exemplo, Zero Dark Thirty, de Kathryn Bigelow, com Jessica Chastain, sobre a procura e captura de Osama-Bin Laden só nos últimos dias apareceu cogitado enquanto provável nomeado), mas Argo supostamente deverá ser um dos nomeados para melhor filme em 2013. Uma coisa para mim é certa – Ben Affleck é melhor realizador do que actor – não é que ele seja mau actor, mas como realizador destaca-se da maioria. Depois de escrever O Bom Rebelde e realizar Gone Baby Gone e The Town, Argo é claramente o filme mais maduro de Affleck.
         Co-produzido com George Clooney, Argo mostra-nos a história verídica de como a CIA, conjuntamente com a embaixada do Canadá, conseguiu resgatar 6 diplomatas norte-americanos do Irão num período conturbado. Em suma, após a tomada da embaixada norte-americana do Irão por parte do povo local, 6 americanos conseguem fugir e refugiar-se durante algum tempo em casa do responsável pela embaixada canadiana. Tony Mendez (Ben Affleck), perito em resgatar reféns, tem a ideia de simular a criação de um filme chamado Argo. Mendez reúne uma equipa de produção (Alan Arkin e John Goodman compõem-na) e o objectivo passa por resgatar os 6 reféns e fazê-los passar pelos restantes membros de staff – argumentista, realizador, entre outros. O filme (o verdadeiro Argo, de 2013) foi inclusive publicitado com o slogan “The movie was fake, the mission was real”.
         O filme é interessante, um dos bons filmes do ano, mas acaba por ser bastante linear. Politicamente é conveniente para os EUA porque mostra como eles deixaram o Canadá receber os louros por um salvamento que se manteve na penumbra durante anos. O timing de lançamento do filme talvez não seja o melhor, pelas actuais relações entre EUA e Irão e, de resto, há várias coisas que se diferenciam da realidade, como em qualquer um destes filmes. A personagem de Alan Arkin (uma das grandes personagens do filme, que talvez valha uma nomeação para melhor actor secundário) é ficcional; a perseguição final no aeroporto – o climax – foi inventada para aumentar o carácter dramático; o momento entre os seguranças e a equipa (Mendez + reféns) junto da porta de embarque supostamente também nunca aconteceu.
         Quando tiver visto mais filmes poderei opinar se faz ou não sentido Argo aparecer como nomeado para melhor filme. Para já, parece bem posicionado para reunir 6 nomeações para: Melhor Filme, Melhor Realizador (Ben Affleck), Melhor Actor Secundário (Alan Arkin), Melhor Argumento Adaptado, Melhor Montagem e talvez Melhor Banda Sonora. Vale a pena ver, mas vão aparecer melhores, espero. E Affleck, vê lá se continuas atrás da câmara, que tens jeito para a coisa.


Wreck-it Ralph

Realizador: Rich Moore
Argumento: Rich Moore, Phil Johnston, Jim Reardon
Elenco: John C. Reilly, Sarah Silverman, Jack McBrayer, Jane Lynch
Classificação IMDb: 8.2

Ia eu ao cinema com a minha namorada ver o Argo, ela olha para o cartaz do Wreck-it Ralph (Força Ralph em português), vê lá o Sonic e entusiasmada diz “Ah! Vamos antes ver aquele!”. Sim, ela é assim, querida. Porém, foi vítima de publicidade enganosa – o Sonic quase não entra no filme, ou melhor, entra 2 segundos. No entanto, Wreck-it Ralph é um dos 2 grandes filmes de animação do ano. Rich Moore decidiu explorar o universo dos videojogos e fê-lo da melhor maneira, criando um filme que agradará tanto a geeks como a pessoas. Peço desculpa geeks, não ponham um vírus neste blog, eu peço-vos educamente, clemência, geeks, clemência.
         O conceito é engraçado: Ralph é o vilão do seu jogo. Todos os dias tenta destruir montes de coisas, aparece o reparador Felix (o bom do seu jogo) e, controlado pelos jogadores, salva tudo e todos e o Ralph é atirado do prédio abaixo para a lama. Sempre assim. Até que o Ralph se farta e, numa reunião de “Maus” dos videojogos (onde aparece o Doctor Eggman [Sonic], um dinossauro do Super Mario, entre outros), coordenada pelo fantasma Clyde, do Pacman, Ralph revela que quer passar a ser um herói. Todo o filme baseia-se então na cruzada de Ralph para se tornar um herói e sobretudo na amizade que trava com Vanellope (uma criança dum jogo de corridas feminino, que é tida como uma glitch – falha).
         O filme tem um fim bastante emocional e na qual o lema da reunião dos “maus” ganha novo sentido: I’m bad, and that’s good. I will never be good, and that’s not bad. There’s no one I’d rather be then me.
         É um filme com um conceito criativo e inovador, que se bate bem com Brave, e que é composto por muitos pequenos momentos cómicos, que nem sempre acontecem na personagem ou área do ecrã para onde é “normal” o público olhar.
         Com referências a Sonic, Super Mario, Pacman, Street Fighter, entre outros e a participação em filme de Skrillex (animado), Wreck-it Ralph é talvez o maior candidato ao óscar de melhor filme de animação, procedido de Brave. Todos nós queremos ser heróis, mas às vezes apercebemo-nos de que sacrifícios têm que ser feitos em prol de um todo, de uma sociedade. MP



Garganta Afinada. Top 20 ( nº 81 )

Boa notícia do dia: Não morremos. Nós-não-morremos. Não, não estamos a dizer que somos importais, estamos apenas a relembrar que ainda estamos vivos e, por arrasto, este covil online chamado blog também. Na realidade estávamos à espera que o Sporting alcançasse metade dos pontos do Benfica para lançarmos um post, mas como estamos a ver que isso é capaz de demorar, decidimos fazê-lo sem mais demoras. 
    Hoje em primeiro lugar do nosso Garganta Afinada temos James Arthur - é verdade que o X-Factor do Reino Unido tem reunido ano após ano grandes e potenciais cantores, mas quanto a nós o possível vencedor desta edição (vai à final com o Nuno Guerreiro inglês - Jahmene Douglas) é claramente o melhor concorrente do programa desde sempre. Outro destaque são os M83, banda que sempre procurámos divulgar desde o seu começo - dos anúncios da Red Bull para os Grammys, quem os viu e quem os vê. Os Klepht estão de volta, e "SIM" perfila-se como o melhor regresso possível de uma das melhores bandas portuguesas da actualidade, pouco apoiada. Quem também não foi apoiado foi o James Whelan - impedido de participar nos live shows do X Factor UK deste ano para que um homem (?) que aspira a ser a Lady Gaga pudesse estar no lugar dele. Dêem-lhe uma banda e James, com a sua voz com uma pontinha de Myles Kennedy (Alter Bridge) fará uma carreira. Os Mumford and Sons continuam a disparar músicas do seu gigante álbum "Babel", e a Gabrielle Aplin (tão querida que é a Gabriela) lançou no passado mês uma cover de "The Power of Love" dos Frankie Goes to Hollywood - a sua versão fez James Arthur brilhar no X-Factor. De resto, os Imagine Dragons continuam a crescer entre o público norte-americano e, no que depende de nós, entre o português também (depois de "Demons" e "It's Time", divulgamos hoje "Radioactive"). Ouçam ainda o electrizante remix dado à obra de Asaf Avidan, mais uns ex-concorrentes do X-Factor (Adam Burridge e Jake Quickenden), o dueto entre Labirith e Emile Sande e mais uma dos The National.
     Quanto a nós, vamos procurar renascer que nem pequenas bebés fénix (não, não sabíamos que o plural de fénix é fénix, fomos ver ao Google porque somos humanos, mas enganem-se a vocês próprios, pensem que não fomos e admirem o nosso QI) e dar mais música, cinema e humor casual a quem pudermos.


1. James Arthur - Broken-Hearted
2. M83 - Wait