Balanço Final - Liga NOS 18/ 19

A análise detalhada ao campeonato em que houve um antes e um depois de Bruno Lage. Em 2018/ 2019 houve Reconquista.

Prémios BPF Liga NOS 2018/ 19

Portugal viu um médio carregar sozinho o Sporting, assistiu ao nascer de um prodígio, ao renascer de um suiço, sagrando-se campeão quem teve um maestro e um velocista.

Balanço Final - Premier League 18/ 19

Na melhor Liga do mundo, foram 98 contra 97 pontos. Entre citizens e reds, entre Bernardo Silva e van Dijk, ninguém merecia perder.

Os Filmes mais Aguardados de 2019

Em 2019, Scorsese reúne a velha guarda toda, Brad Pitt será duplo de Leonardo DiCaprio, Greta Gerwig comanda um elenco feminino de luxo, Waititi será Hitler, e Joaquin Phoenix enlouquecerá debaixo da maquilhagem já usada por Nicholson ou Ledger.

21 Novas Séries a Não Perder em 2019

Renasce The Twilight Zone, Ryan Murphy muda-se para a Netflix, o Disney+ arranca com uma série Star Wars e há ainda projectos de topo na HBO e no FX.

28 de setembro de 2017

Dicas Fantasy Premier League - Jornada 7

Até já Europa, olá novamente campeonato. A última jornada da Champions, gloriosa para o Porto e aterrorizadora para o Benfica, voltou a deixar bem claro que os emblemas ingleses têm uma palavra a dizer nesta edição. Depois de vários anos em branco nas competições europeias (a conquista da Liga Europa em 2016/ 17, pelo Manchester United, pode ter indiciado uma curva positiva), e ao contar com 5 clubes na fase de grupos, os ingleses tiveram o Chelsea a vencer em Madrid o Atlético, e os rivais de Manchester a darem sequência ao seu passeio. O Tottenham tem 6 pontos de vantagem sobre o Dortmund, e só o Liverpool tem desiludido. Se algum destes clubes é favorito à Champions? Claro que não. Mas não será surpreendente se tivermos um clube da Premier League a chegar, digamos, às meias-finais.
    Os jogos a meio da semana serviram para Anthony Martial mostrar a Mourinho que merece a titularidade com maior frequência, De Bruyne mostrou que quem continua a depositar fé nele pode ter o seu retorno, Lukaku continua imparável (9 golos em 9 jogos pelo United), Morata nem contra uma das melhores defesas do mundo perdeu o seu instinto goleador de cabeça, e Coutinho continua a demonstrar porque é que é um jogador único em Inglaterra.
    Ora, nesta jornada 7 todos os caminhos vão dar ao Chelsea-Manchester City. O embate entre o campeão em título e aquele que consideramos o principal favorito em 2017/ 18 (embora, como o polémico Joey Barton disse recentemente, o perfil mais físico do United pode "aguentar" melhor o Inverno) promete ser um grande espectáculo. É o momento para o City de Guardiola mostrar que este ano é diferente, e pode ter o seu peso o facto do City ter jogado terça-feira em casa, e o Chelsea fora um dia depois.
    Horas antes do jogo grande, o Manchester United não deve perdoar diante da pior equipa desta edição, o Crystal Palace que apresenta uns impressionantes zero golos marcados e 13 sofridos. Curiosidade também para ver como o Tottenham contorna um obstáculo de peso (o Huddersfield não sofreu qualquer golo em 4 dos 6 jogos disputados) e para verificarmos se o Everton consegue dar sequência a uma trajectória ascendente de recuperação na tabela.
    Recuando até à jornada 6, natural destaque para Álvaro Morata (17 pontos, hat-trick diante do Stoke). Leroy Sané, Azpilicueta, Kane, Lacazette, David Silva e Coutinho estiveram extraordinários.
(Podem-se juntar à Liga Barba Por Fazer. As inscrições estarão abertas até à jornada 18. Código - 2093875-496478)


Nesta 7.ª jornada, podem-se destacar:

Alexis Sánchez - Arsenal - 11.9
     É certo que, ou em Janeiro ou - mais provável - no próximo Verão, o chileno Alexis Sánchez rumará a outro clube (Manchester City?). Eventualmente a custo zero, caso a transferência só aconteça em Julho de 2018. No entanto, isso não invalida que o craque do Arsenal se exiba a grande nível pelos gunners, que embora nos pareçam claramente a equipa mais fraca dos crónicos candidatos ao Top-6, têm em Alexis um jogador que faz a diferença.
    A nível de calendário, não recomendamos jogadores do Arsenal. Watford, Everton, Manchester City e Tottenham estão entre os próximos 6 adversários da equipa comandada por Wenger, que no entanto poderá surgir em bom plano contra Brighton e Swansea.
    Com Lacazette em forma, pede-se a Sánchez e Özil que actuem ao seu melhor nível para que o clube do Norte de Londres não perca o Norte e não se deixa ficar demasiado para trás na luta pelos lugares de acesso à Champions.
    Contra o Brighton, particularmente, parece-nos que pode ser uma boa tarde para Alexis Sánchez. Não é à toa que foi o jogador com mais pontos no último Fantasy.


Philippe Coutinho - Liverpool - 8.9
    Há um factor que embora racionalmente não deva ser considerado, (ir)racionalmente tem peso nestas andanças do Fantasy. O prazer. Interessa ter jogadores com números, jogadores em forma, elementos se possível com calendário promissor e craques que sejam regulares e que regularmente sejam o jogador-alvo da equipa para decidir. No entanto, se juntarmos a tudo isto o prazer que nos dá ver jogar determinado jogador, melhor.
    E Coutinho é um desses casos. O craque do Liverpool regressou contra o Burnley e logo na jornada seguinte decidiu o Leicester 2-3 Liverpool, com 1 golo (grande livre directo!) e uma assistência primorosa. A meio da semana, de resto, voltou a marcar no terreno do Spartak Moscovo.
    Com Sadio Mané suspenso, Klopp continuará a apostar forte em Salah, Firmino e Coutinho. E se Roberto Firmino é um jogador cada vez mais dispensável considerando o momento de vários avançados (Lukaku, Kane, Morata e Agüero), ter um ou ambos entre Salah e Coutinho é um caminho que se recomenda.
    O Newcastle defende bem, mas preparem-se para mais Coutinho nas jornadas que se aproximam.


David De Gea - Manchester United - 5.6
    Ninguém tem dúvidas sobre a brutal qualidade de David De Gea, considerado de forma unânime o melhor guarda-redes em Inglaterra nos últimos anos e cada vez um dos mais sérios candidatos a melhor guarda-redes do mundo.
    No Fantasy, podemos hesitar entre escolher um guardião que represente garantidamente um bom equilíbrio entre nº de defesas e clean sheets, ou pagar um pouco mais por uma garantia de jogos sem golos sofridos. Na temporada passada, por exemplo, Tom Heaton justificou a primeira abordagem, até por ser um extraordinário íman de Bónus. No entanto, esta época é recomendável ter De Gea.
    O guarda-redes de José Mourinho custa 5.6 (nada do outro mundo) e soma nada mais nada menos do que 5 clean sheets em 6 jornadas. Exacto, o Manchester United tem apenas 2 golos sofridos e logo diante do Stoke, naquele que foi aliás o único jogo em que os red devils perderam pontos. Contra West Ham, Swansea, Leicester, Everton e Southampton... nem um golo na baliza do espanhol. Próximo adversário? Um Crystal Palace sem a sua referência Benteke e que até agora não marcou qualquer golo.


Eric Maxim Choupo-Moting - Stoke City - 5.6
    O único homem que marcou até agora golos a David De Gea neste campeonato. O camaronês Choupo-Moting foi uma aquisição interessante por parte de uma equipa que viu Arnautovic partir, particularmente interessante pelo facto de ser considerado médio no Fantasy.
    Numa fase em que os avançados estão a pontuar bem, e nos médios há muita regularidade em elementos como Salah ou Eriksen, é nos médios mais baratos que ainda pode haver alguma ginástica em busca da melhor fórmula.
    O rápido e perfeito para a Premier League, Choupo-Moting, tem um calendário simpático nas próximas jornadas (até à jornada 13 inclusive, o único adversário de peso é o Manchester City). Para já, no Stoke-Southampton esperamos golos dos dois lados, e o novo número 10 dos potters certamente quererá fazer do Britannia o seu templo.


Oumar Niasse - Everton - 5.0
    Se Niasse agarrar a titularidade neste Everton carregadinho de reforços será sem dúvida uma das histórias em 2017 do futebol inglês. De figura de segundo ou terceiro plano o avançado senegalês de 27 anos pode de repente tornar-se o ponta de lança que parece faltar a este Everton.
    Ainda à procura do melhor desenho táctico e do entrosamento de novos companheiros de equipa, Koeman viu-se a perder em casa com o Bournemouth e, perante a lesão de Rooney, lançou Niasse. E foi assim que o jogador, que na época passada trabalhou com Marco Silva e que no passado castigou o Sporting ao serviço do Lokomotiv Moscovo, disse presente, bisou e mostrou ao treinador holandês que pode contar com ele.
    O Everton-Burnley é um teste de fogo para os toffees - é importante recordar que o Burnley já roubou pontos a Chelsea, Tottenham e Liverpool - mas se Niasse voltar a facturar pode ganhar espaço e confiança. E seria bastante útil e um potencial "achado" um avançado titular do Everton a custar 5.0.
   


Outras Opções:
- Guarda-Redes: Acima falámos de De Gea e o guardião espanhol parece-nos a melhor opção para esta jornada. Guarda-redes de equipa grande, a jogar em casa, e perante aquele que é nesta fase o adversário mais frágil da Premier League.
    No jogo grande, Courtois e Ederson (altura de mostrar porque é que já é um dos melhores na sua posição) terão bastante importância. Mas é de elementos como Jack Butland (5.0) e Joe Hart (4.5) que podem surgir clean sheets.

- Defesas: No sector defensivo, temos expectativas para ver como se exibe o tanque Sead Kolasinac (6.0) no Arsenal-Brighton, embora Monreal seja o defesa dos gunners que mais bónus tem atraído esta temporada. Aaron Cresswell (5.0) pode fazer estragos ao aventurar-se no flanco esquerdo do ataque do West Ham, tendo exímios cabeceadores como Carroll e Chicharito para servir. E há ainda Ben Davies (5.7). O ala/lateral/central do Tottenham começou muito bem a época e defronta um Huddersfield que deve fazer a vida negra aos spurs, mas que tem sido destaque pelo seu comportamento defensivo e não tanto pelo volume ofensivo.
    Valencia e Phil Jones são escolhas "fáceis", Baines uma opção mais arriscada, e no embate entre Bournemouth e Leicester estaremos atentos aos nossos defesas preferidas de cada equipa, Daniels e Maguire.

- Médios: Nos médios, começam as dificuldades. Os médios do Manchester City (David Silva, Sané e De Bruyne) estão em boa forma, reflectindo-se esse bom momento nos pontos do espanhol e do germânico, mas teoricamente não será fácil derrotar o campeão Chelsea.
    Do Liverpool, ao já referido Coutinho deve-se acrescentar Mohamed Salah (9.2). O extremo egípcio só perde para Christian Eriksen (9.7) em pontos e já soma 4 golos em 6 jogos. Falando no dinamarquês, Eriksen foi uma das ausências do APOEL 0-3 Tottenham, mas deve regressar para atormentar a defesa de betão do Huddersfield.
    Gostávamos que Martial fosse titular diante do Crystal Palace, mas é inevitavelmente Henrikh Mkhitaryan (8.5) que temos que referir. O arménio é indiscutível, assiste, marca... enfim, está a jogar muito.
    Richarlison, Sigurdsson, Ritchie, Ayew e Alli são outros dos craques aos quais estaremos atentos.

- Avançados: Romelu Lukaku (11.7) Harry Kane (12.5) são as duas opções mais apelativas numa jornada em que Agüero e Morata medem forças.
    O já falado Niasse pode ser um diferencial, tal como Vardy, Defoe, Chicharito (7.0), Andre Gray e Lacazette.


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11 (3-4-3): De Gea; Kolasinac, Cresswell, Davies; Coutinho, Mkhitaryan, Eriksen, Choupo-Moting; Lukaku, Kane, Niasse

Atenção a (Clássico; Diferencial):
Huddersfield v Tottenham - Harry Kane; Christian Eriksen
Bournemouth v Leicester City - Jamie Vardy; Jermain Defoe
Manchester United v Crystal Palace - Romelu Lukaku; Anthony Martial
Stoke v Southampton - Eric Maxim Choupo-Moting; Jack Butland
West Brom v Watford - Richarlison; Andre Gray
West Ham v Swansea - Chicharito; André Ayew
Chelsea v Manchester City - Álvaro Morata; Kevin De Bruyne
Arsenal v Brighton - Alexandre Lacazette; Alexis Sánchez
Everton v Burnley - Gylfi Sigurdsson; Oumar Niasse
Newcastle v Liverpool - Mohamed Salah; Philippe Coutinho

21 de setembro de 2017

Dicas Fantasy Premier League - Jornada 6

Seis de trinta e oito. O fim-de-semana traz-nos mais uma jornada de Premier League, que só termina na segunda-feira com o Arsenal-West Brom, numa fase em que os vários jogadores de Fantasy ainda procuram encontrar qual a melhor fórmula e que jogadores são ou não peças-chave para esta época (ou, no mínimo, para os próximos jogos).
    Numa ronda em que não há nenhum jogo "grande" os embates entre Leicester e Liverpool, e West Ham e Tottenham são os principais pontos de interesse. Curiosamente, foxes e reds encontraram-se a meio da semana, com a equipa de Shakespeare a levar a melhor no confronto para a taça da liga. Olhando para a tabela, que tem actualmente os rivais de Manchester, o Chelsea e o Newcastle no Top-4, constata-se que esta jornada 6 coloca frente-a-frente o primeiro e o último (o Manchester City recebe o Crystal Palace), sendo também importante acompanhar o rendimento do Everton, na primeira jornada mais acessível a pôr fim a um arranque que já se esperava complicadíssimo. Os comandados de Koeman defrontam o Bournemouth, num duelo entre duas equipas que estão posicionadas para descer, tendo no entanto ainda muitos lugares para subir na tabela até final da época.
    Os jogos da taça da liga a meio da semana serviram para elementos como Rashford, Calvert-Lewin e Sané aumentarem a moral e reclamarem (ou reforçarem) a titularidade, numa ronda em que o Arsenal nem mesmo contra o Doncaster conseguiu vencer de forma folgada.
    Uma curiosidade classificativa: com cinco jornadas completas, Manchester City e Manchester United têm ambos 4 vitórias e 1 empate, 16 golos marcados e 2 golos sofridos.
    Antes de partirmos para a antevisão do potencial desempenho de vários craques nesta jornada, destaque para Agüero que liderou a ronda anterior com 20 pontos (um hat-trick e uma assistência). Valencia (que golaço!), Lukaku (mais um final de jogo diabólico do belga), Otamendi, Ritchie, David Silva, Steven Davis e Fabianski também estiveram em grande.
(Podem-se juntar à Liga Barba Por Fazer. As inscrições estarão abertas até à jornada 18. Código - 2093875-496478)

Nesta 6.ª jornada, podem ser destaques:

Kun Agüero - Manchester City - 11.6
     Harry Kane desiludiu. Agüero não. O facto do City "dividir" os seus pontos por vários elementos do seu ataque avassalador fez-nos torcer o nariz inicialmente a Kun. No entanto, se Lukaku tem sido o avançado mais regular (5 golos marcados, ficando em branco apenas contra o Leicester), Agüero é - graças à sua super-exibição no terreno do Watford - o jogador com mais pontos neste momento: 41.
    Lukaku, Kane, Morata, Vardy e Roberto Firmino continuam todos a fazer sentido. Mas importa falar de Agüero e Gabriel Jesus. A dupla de ataque do Manchester City, uma parelha da qual Guardiola já não abdica e que parece mais afinada de jogo para jogo, faz crescer água na boca. Os avançados sul-americanos do City têm-se entendido às mil maravilhas, e as exibições de ambos no Watford 0-6 Manchester City (uma das melhores exibições de uma equipa inglesa a nível interno nos últimos anos) deixam antever muitos, muitos pontos.
    No momento em que está, Agüero parece imparável. E mais de 500 mil utilizadores não lhe resistiram. O camisola 10 do City marcou 4 golos e fez duas assistências nas últimas duas jornadas e se olharmos para o calendário rapidamente se percebe que é obrigatório ter jogadores do City nas próximas jornadas. Pelo menos um avançado e um médio. Afinal, seguem-se nas próximas 4 rondas Crystal Palace, Stoke e Burnley, todos no Etihad, com uma visita a Stamford Bridge pelo meio.


Matt Ritchie - Newcastle - 6.0
    Tudo indica que a época de 2017-18 de Matt Ritchie vá ser aquilo que pensávamos que seria a sua temporada de 2015-16.
    O extremo do Newcastle é um dos elementos mais influentes do actual 4.º classificado - o calendário deve permitir aos magpies permanecer no Top-8 até Dezembro - como prova o seu total de 4 assistências nos últimos 3 jogos.
    O ex-Bournemouth é o jogador que define no último terço, e por 6.0 é uma opção bastante interessante. Nesta jornada há Brighton-Newcastle, um bom duelo de criativos entre Groß e Ritchie, que deve ter golos de ambas as equipas.
    Ritchie é peça-chave para Rafa Benítez, tendencialmente diz a lógica que poderá surgir também como marcador nos próximos jogos, atendendo à boa chegada à área que tem e excelente meia distância.
    Mérito indiscutível para o Newcastle que depois de perder por 2-0 com o Tottenham e 1-0 com o Huddersfield nas duas primeiras jornadas, soube reagir e leva entretanto 3 vitórias consecutivas. Personalidade.


Dominic Calvert-Lewin - Everton - 5.0
    Não há como fugir ao assunto. O Everton tem desiludido. Ok, é verdade que nas últimas 4 jornadas defrontou Manchester City, Chelsea, Tottenham e Manchester United, e que só agora começa verdadeiramente o campeonato com perspectivas de uma brutal evolução na tabela, mas o futebol exibido depois de um Verão de elevadíssimo investimento tem sido uma manifesta desilusão.
    Podem-se identificar 3 factores-chave neste raciocínio. Primeiro, já não há Lukaku. É certo que os toffees canalizaram a venda do belga para um excelente conjunto de reforços (Sigurdsson, Rooney, Klaassen, Keane, Pickford, Sandro e Vlasic). Mas, até ver, para além de perder um goleador e uma figura que determinava todo o fio de jogo da turma de Koeman, o Everton perdeu a capacidade de explorar a profundidade, tornando-se menos vertiginosa e ajudando os adversários ao ter agora "menos campo".
    Depois, Koeman. O técnico holandês é um dos melhores em Inglaterra, mas esta época tem acumulado decisões contestáveis. Em Old Trafford alinhou com um onze super-defensivo, e até agora não encontrou o antídoto para os problemas da sua ideia de jogo actual, que só melhorará quando Sigurdsson e Klaassen estiverem em campo em simultâneo.
    Por fim, a velocidade. Num campeonato de vertigem, é obrigatório ter jogadores que desequilibrem em situações de 1 para 1, que façam a diferença ao cair em cima dos defesas adversários. E, com Bolasie e Barkley lesionados, e Ademola Lookman "verdinho", Calvert-Lewin é nesta fase o jogador que melhor o faz em Goodison Park. Por isso, estranhamente, o jovem inglês pode ser um diferencial peculiar para as próximas jornadas. Afinal de contas, é um avançado por 5.0.


Nick Pope - Burnley - 4.5
    Sai Heaton, entra Pope. E o Burnley continua a defender como poucos em terras de Sua Majestade.
    A lesão do melhor guarda-redes da última edição da Premier League adivinhava-se um tremendo obstáculo para a equipa de Sean Dyche, mas Nick Pope disse presente e afirmou-se como uma opção bastante interessante atendendo ao seu preço.
    O guardião do Burnley brilhou no Liverpool 1-1 Burnley com 8 defesas e a sua primeira clean sheet deve estar para breve.
    Actualmente no sétimo lugar, o Burnley já provou neste campeonato que com a sua qualidade defensiva e combatividade/ solidariedade de todos os elementos não irá descer. Basta pensarmos que nas primeiras 3 jornadas já visitou Chelsea, Tottenham e Liverpool e nesses três jogos não perdeu nenhum, saindo vivo com um total de 5 pontos em 9 possíveis.


Álvaro Morata - Chelsea - 10.2
    Diego Costa juntar-se-á ao Atlético Madrid em Janeiro. Pessoalmente, sempre considerámos um erro gigante de Conte a forma como riscou o avançado hispano-brasileiro, mas o anúncio do regresso de Costa a Madrid reforça o peso de Morata.
    Álvaro Morata, que só sabe marcar de cabeça em Inglaterra até agora, não reúne tanta popularidade como Lukaku, Firmino ou Kane. É aliás escolhido por menos jogadores do que Chicharito e, sem supreender, Agüero. São quase tantos os utilizadores que têm Morata como aqueles que têm Rooney. Estranho.
    O espanhol não acusou qualquer tipo de pressão na adaptação à Premier League, rendendo imediatamente, e o progressivo crescimento de Hazard rumo à melhor forma do craque do Chelsea só ajudará Morata a render mais.
    Nesta fase, Agüero e Lukaku são as prioridades. Kane é tudo aquilo que se sabe. E Gabriel Jesus tem um calendário incrível, estando integrado no ataque mais fantástico da prova. Mas não negligenciem Morata.
   


Outras Opções:
- Guarda-Redes: Acima falámos de Pope, parece-nos que Pickford pode ser incomodado por Defoe ou King, e os guardiões dos líderes, Ederson (5.5) e David De Gea (5.5) têm ambos boas chances de assegurar clean sheets.
    Butland versus Courtois é um duelo à distância que antecipamos com curiosidade, e no Swansea-Watford, parece-nos que Fabianski vai ter bastante trabalho. Não recomendamos nenhum guarda-redes do Leicester-Liverpool, jogo em que pode haver golos dos dois lados.

- Defesas: Entre defesas, é difícil não olhar para os do Manchester City, que recebe um Crystal Palace que em cinco jogos tem um portentoso registo de zero golos marcados. Walker, Mendy e Otamendi talvez partam em vantagem, mas é John Stones (5.5) que nos parece poder ser destaque nesta jornada, ele que tem evoluído bastante na sua presença nas bolas paradas.
    Outro jogador que pode surgir em bom plano em cantos/ livres indirectos é Michael Keane (5.5). O reforço do Everton, que pode beneficiar das bolas paradas de Sigurdsson, é forte nesse capítulo e o Bournemouth é uma equipa frágil no jogo áereo.
    Depois, Ward (Burnley), Valencia e Lascelles (2 golos em 2 jogos) são todos também boas opções.

- Médios: No meio-campo atenção porque Kevin De Bruyne (10.0) é historicamente um jogador que rende bastante mais em casa do que fora. Boa novidade para quem tem o belga? Nos próximos 4 jogos dos citizens, 3 são em casa. Tanto KDB como David Silva (8.3) merecem ser monitorizados e/ ou escolhidos nesta jornada.
    Noutras equipas, acreditamos que este pode ser um momento de viragem para o Everton, apoiado na qualidade de Gylfi Sigurdsson (8.3). Já mencionámos o promissor duelo entre Groß e Ritchie, e é difícil ignorar o momento de Henrikh Mkhitaryan (8.5). Lançará Pellegrino van Dijk para travar Mkhi, Lukaku e companhia?
    Eriksen, Robbie Brady, Choupo-Moting, Hazard, Carrillo, Richarlison e Salah fazem todo o sentido. De resto, veremos quem Pep Guardiola escolhe entre Sané, Bernardo e Sterling para fazer companhia aos restantes craques, e já está na hora de Alexis Sánchez mostrar porque é que custa o que custa no Fantasy.

- Avançados: Romelu Lukaku (11.7) vai ao Southampton, Harry Kane (12.5) ao West Ham. Nenhum destes cenários é ideal, mas a qualidade dos pontas de lança pode mudar rapidamente esta ideia.
    Acima apresentámos a nossa defesa de Agüero (e Gabriel Jesus, em simultâneo), Morata e do baratinho Calvert-Lewin, mas há ainda Chris Wood (6.5) e Alexandre Lacazette (10.3).
    Não recomendamos para já Rooney, embora possa ser decisivo se o jogo correr de feição. O Liverpool tem Firmino, mas o Leicester tem Vardy. E o Swansea-Watford é jogo para terem avançados na watchlist.


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11 (3-4-3): Pope; Stones, Lascelles, Keane; Salah, Eriksen, De Bruyne, Richarlison; Lukaku, Wood, Agüero

Atenção a (Clássico; Diferencial):
West Ham v Tottenham - Harry Kane; Son Heung-Min
Burnley v Huddersfield - Chris Wood; Stephen Ward
Everton v Bournemouth - Gylfi Sigurdsson; Dominic Calvert-Lewin
Manchester City v Crystal Palace - Kun Agüero; John Stones
Southampton v Manchester United - Romelu Lukaku; Antonio Valencia
Stoke v Chelsea - Álvaro Morata; Eden Hazard
Swansea v Watford - Richarlison; André Carrillo
Leicester City v Liverpool - Mohamed Salah; Jamie Vardy
Brighton v Newcastle - Pascal Groß; Matt Ritchie
Arsenal v West Brom - Alexis Sánchez; Alexandre Lacazette

17 de setembro de 2017

Emmys Barba Por Fazer 2017


Logo à noite, Los Angeles premeia um ano de televisão numa cerimónia conduzida por Stephen Colbert. Tal como fazemos há vários anos no âmbito dos Óscares, apresentando os nossos Óscares Barba Por Fazer, desta vez deu-nos na cabeça elegermos também os nossos favoritos do mundo das séries e mini-séries.
    A 12 de Julho apresentámos os nossos nomeados nas várias categorias (Consultar aqui a lista de nomeações), com muitas diferenças relativamente aos que estarão em competição nesta madrugada. Recordamos que as regras e o timing de lançamento e conclusão de várias temporadas impede, por exemplo, as recentes temporadas de Narcos ou Game of Thrones de surgirem nesta corrida. Torna também impossível a presença de uma camaleoa como Tatiana Maslany (Orphan Black).
    Muitos dos nossos vencedores não irão vencer mais logo. Aliás, muitos dos nossos vencedores nem foram nomeados para a cerimónia do Microsoft Theatre. Um crime sobretudo no que diz respeito a Michael McKean (Better Call Saul) e Carrie Coon (The Leftovers), provavelmente os dois intérpretes que apresentaram um nível mais elevado nesta temporada televisiva.
    Mais logo muita coisa será diferente, mas em alguns casos até é possível que algumas preferências nossas batam certo com as nossas - Nicole Kidman e Donald Glover, por exemplo.
    Perto do final de 2017 iremos apresentar-vos as melhores séries do ano, as melhores novas séries, os melhores episódios e as melhores novas personagens. Mas, por agora e sem mais demoras, aventurem-se então nesta estreia, os nossos Emmys Barba Por Fazer 2017:


Drama

Melhor Série Drama
Better Call Saul
de Vince Gilligan e Peter Gould

Porquê
: A perfeição. Na sua terceira temporada, Better Call Saul atingiu definitivamente o patamar de qualidade que fez de Breaking Bad a melhor série até hoje. Com uma brutal atenção aos detalhes, e afirmando-se como autêntico poema visual, BCS teve este ano o seu ponto crítico - uma destruição e colapso, um efeito panela de pressão depois de duas temporadas caracterizadas pelo tempo, pela paciência e pela construção.
    Mantendo, como sempre, a relação dos irmãos Jimmy e Chuck como batimento cardíaco da série, esta temporada adicionou Gus Fring, afastou os irmãos McGill, aproximou Mike do narcotráfico e levou Kim ao limite. Para os apaixonados por cinema e televisão, não se pode pedir mais do que aquilo que nos foi oferecido em episódios como "Chicanery" e "Lantern". E, embora todo o elenco impressione, o desempenho de Michael McKean como Chuck nesta temporada entra direitinho para a História da televisão.

Outros nomeados: The Leftovers, Mr. Robot, The Crown, Stranger Things, Legion, Taboo

Melhor Actor - Série Drama
Aden Young
Rectify

O Episódio: "A House Divided"

Porquê
: Muito equilíbrio entre os nossos seis nomeados. Mas antes, uma curiosidade - apenas Bob Odenkirk surge nas 6 opções na real corrida ao Emmy. Dan Stevens enlouqueceu em Legion, Tom Hardy carregou Taboo, Justin Theroux fez por estar ao nível de Carrie Coon na despedida de The Leftovers e a vitória até poderia ir para Rami Malek ou Bob Odenkirk. No entanto, Aden Young merece isto. O facto do actor de Rectify nunca ter sido nomeado para um Emmy é um dos maiores crimes recentes da televisão e atesta a falta de justiça dos mesmos e a incapacidade de olhar mais além das séries mais "comerciais". Como Daniel Holden, Aden Young brilhou na temporada final (4) numa das personagens mais ricas, interessantes e complexas dos últimos anos. Alheado, sensível, contido, traumatizado, explosivo, solitário, perdido. Não podíamos deixar passar a oportunidade de homenagear na medida do possível um actor e uma personagem extraordinários.

Outros nomeados: Rami Malek, Bob Odenkirk, Tom Hardy, Justin Theroux, Dan Stevens

Melhor Actriz - Série Drama
Carrie Coon
The Leftovers

O Episódio: "The Book of Nora"

Porquê
: Honestamente, embora já estivéssemos à espera de ausências como Aden Young ou até Michael McKean (os últimos anos levam-nos a crer que quem vota simplesmente não vê algumas séries), jamais nos passou pela cabeça que o desempenho de Carrie Coon fosse ignorado. Afinal, trata-se de uma incontestável vencedora e da melhor actriz do ano numa categoria em que a concorrência esteve incrível, mas mesmo assim a anos-luz dela.
    Na gala, torceremos por Elisabeth Moss ou Claire Foy. Mas nesta micro-realidade paralela, Carrie Coon "limpa" o prémio. Damon Lindelof e a talentosa equipa de The Leftovers deu-lhe (e fez muito bem) total destaque no último episódio da série, pondo fim a 3 temporadas que elevaram a fasquia do drama televisivo, e tiveram Coon sempre em crescendo. A discussão com Kevin em "G'Day Melbourne", aquele profundo e tocante desabafo em "Certified" e todo o derradeiro "The Book of Nora" são os highlights de uma actriz cuja carreira não voltará a ser mesma depois de Nora Durst.

Outras nomeadas: Claire Foy, Elisabeth Moss, Evan Rachel Wood, Keri Russell, Michelle Monaghan

Melhor Actor Secundário - Série Drama
Michael McKean
Better Call Saul

O Episódio: "Chicanery"

Porquê:
Um dos melhores antagonistas em qualquer série do século XXI. O irmão mais velho de Jimmy McGill foi uma força da natureza na temporada 3 de Better Call Saul e a prova está no facto de "Chicanery" e "Lantern", dois dos melhores episódios de 2017, serem altamente marcados por Chuck.
    Num daqueles desempenhos de "vilão que adoramos odiar", Michael McKean esteve melhor que nunca, explodiu em tribunal no quinto episódio e tornou-se um retrato impressionante de doença mental no último episódio desta temporada.
    Michael McKean tem grande responsabilidade no facto de elegermos Better Call Saul a série dramática do ano, e foi uma escolha fácil, mesmo considerando a excelência dos cinco rivais que escolhemos para lhe fazer companhia.

Outros nomeados: John Lithgow, Pip Torrens, Anthony Hopkins, Jonathan Banks, Christopher Eccleston

Melhor Actriz Secundária - Série Drama
Aubrey Plaza
Legion

O Episódio: "Chapter 7"

Porquê:
Uma das revelações de 2017. Em Legion, Aubrey Plaza construiu uma das melhores novas personagens deste ano, e encontrou a sua zona de conforto, deixando-nos a todos bem desconfortáveis.
    Na louca e psicadélica série de Noah Hawley, uma verdadeira revolução nas séries de super-heróis, Plaza teve liberdade para fazer de tudo um pouco. Foi assustadora, sexy, cómica, enfim... absolutamente imprevisível.
    Thandie Newton, Rhea Seehorn, Amy Brenneman, Winona Ryder e até Grace Gummer tiveram porventura desempenhos mais dramáticos e pesados, mas o facto de Lenny Busker (personagem de Aubrey Plaza) ser a personagem destas seis que teve maior impacto em nós muito contribuiu para esta escolha. Em total sintonia numa parceria electrizante com Dan Stevens, aqui está um exemplo de um casting perfeito.

Outras nomeadas: Thandie Newton, Grace Gummer, Rhea Seehorn, Amy Brenneman, Winona Ryder


Comédia

Melhor Série Comédia
Master of None
de Aziz Ansari e Alan Yang

Porquê
: Quando vimos Atlanta parecia-nos um dado absolutamente adquirido que a série de Donald Glover seria por larga margem a comédia do ano. E de repente Aziz Ansari fez disparar o nível de Master of None da primeira para a segunda temporada, fazendo da série da Netflix uma das surpresas do ano.
    Num ensaio sobre relações que fala subtilmente sobre solidão, Ansari assumiu riscos atrás de riscos, ofereceu ao espectador momentos e episódios pouco ou nunca antes vistos, e tornou Master of None num símbolo de personalidade, liberdade criativa e autenticidade.
    Exímia a mascarar o desespero e o cansaço emocional numa mistura de sabores e numa relação semi-platónica, sem ser pretensiosa explora quem somos e quem queremos ser. Como nos sentimos em certos momentos e como nos relacionamos. Com Itália como o ingrediente principal da temporada.

Outros nomeados: Atlanta, Veep, Silicon Valley, Patriot, GLOW, Fleabag

Melhor Actor - Série Comédia
Donald Glover
Atlanta

O Episódio: "The Jacket"

Porquê
: Já não chegava o rapaz ser um músico do outro mundo como Childish Gambino... Glover é também um autor, realizador e actor do arco da velha. Artista.
    Ao lado de Paper Boi e Darius, o seu Earn Marks não é o mais cómico do grupo, mas elogiar e falar de Atlanta tem que ser inevitavelmente falar de Donald Glover.
    Numa categoria em que até não fugimos muito das escolhas reais (4 em 6, surgindo Michael Dorman e Rob Delaney aqui como jókers), Donald Glover é bem capaz de ganhar também logo à noite. Com uma voz que interessa ser ouvida - nas mais diversas áreas a que se dedica - é o coração da série do FX (2.ª melhor nova série de 2016 para o Barba Por Fazer, apenas batida por The Night Of). Cómico, visionário, único.

Outros nomeados: Aziz Ansari, William H. Macy, Jeffrey Tambor, Michael Dorman, Rob Delaney

Melhor Actriz - Série Comédia
Alison Brie
GLOW

O Episódio: "Live Studio Audience"

Porquê
: Julia Louis-Dreyfus é um monumento da comédia, e se logo celebrar o seu hexa é justo. Em Veep é tudo aquilo que uma actriz do género pode aspirar a ser.
    No entanto, quisemos ser um pouco exóticos e premiar uma novidade (a Academia de Televisão, Artes e Ciências até pode fazer o mesmo), e alguém que demonstrou maior amplitude.
    Apenas Julia Louis-Dreyfus surge aqui e na verdadeira lista de nomeadas, e a nossa escolha é Alison Brie. Na comédia de wrestling feminino da Netflix, a antiga actriz de Community e Mad Men não acusou o peso de passar a protagonista e vestiu na perfeição a pele de uma actriz falhada que tenta agarrar a única oportunidade que surge no seu caminho. Brie tem o timing cómico a seu favor, e conseguiu numa série com o carimbo Jenji Kohan fazer o que por exemplo Orange is the New Black nunca conseguiu em cinco temporadas - fazer-nos torcer pela protagonista. Ruth "Zoya the Destroya" Wilder cativou-nos. 

Outras nomeadas: Julia Louis-Dreyfus, Phoebe Waller-Bridge, Aya Cash, Sharon Hogan, Issa Rae

Melhor Actor Secundário - Série Comédia
Brian Tyree Henry
Atlanta

O Episódio: "B.A.N."

Porquê
: Naquela que será possivelmente a mais frágil das quatro categorias de interpretação na vertente de Comédia, Brian Tyree Henry arrecadou para nós a pole position.
    Embora Lakeith Stanfield como Darius seja o mais hilariante do grupo, Tyree Henry é o secundário que mais se destaca globalmente e uma das revelações a nível de actores do último ano.
   O seu Paper Boi é o complemento perfeito para a personagem de Donald Glover, e a sua presença e o carácter impaciente e incrédulo com o mundo à sua volta muito contribuem para aqui estar. 

Outros nomeados: Tony Hale, Louie Anderson, Ty Burrell, Alec Baldwin, Marc Maron

Melhor Actriz Secundária - Série Comédia
Alessandra Mastronardi
Master of None

O Episódio: "Amarsi Un Po"

Porquê
: É o desafio de uma vida - verem Master of None sem se apaixonarem por Alessandra Mastronardi. É impossível não acontecer, e à prova de género e orientação sexual.
    Na segunda temporada da série de Aziz Ansari, há invasão italiana. Desde a gastronomia à banda sonora, até ao idioma do primeiro episódio. Mas tudo serve o seu ponto de chegada - Francesca.

   A actriz italiana é uma femme fatale, ao mesmo tempo inalcançável e ao alcance. É indiscutível que no nosso grupo de seis nomeadas há actrizes mais cómicas (basta recordar que Kate McKinnon está nomeada), mas Alessandra Mastronardi foi a melhor actriz secundária numa série de comédia este ano. Temos saudades dela.

Outras nomeadas: Zazie Beetz, Anna Chlumsky, Kate McKinnon, Judith Light, Britney Young


Mini-Série

Melhor Mini-Série
The Night Of
de Richard Price e Steven Zaillian

Porquê
: Em 2016, escolhemos a mini-série da HBO como a melhor nova série do ano. E embora tudo indique que mais logo Big Little Lies bata a concorrência nas várias categorias, The Night Of está bastante furos acima.
    Ao questionar o sistema judicial norte-americano, joga com o preconceito e eleva cada espectador ao estatuto de juiz da sentença de Naz, cuja transformação acompanhamos. The Night Of brilhou pela brutal capacidade de trabalhar momentos de tensão, deixando-nos presos, ansiosos, sufocados. Carregado de cinismo e realismo, começa por ser uma mini-série com um homicídio para ser desvendado, mas torna-se um estudo sobre o Homem e a Sociedade, sobre os conceitos de inocente e culpado.

Outros nomeados: Black Mirror, Fargo, Big Little Lies, Feud

Melhor Actor - Mini-Série
Riz Ahmed
The Night Of

O Episódio: "The Beach"

Porquê
: Na única categoria de interpretação onde mais logo não há Big Little Lies, temos alguma esperança que Riz Ahmed possa ver o seu trabalho distinguido. Só vemos a possibilidade de ter um colosso como De Niro a subir ao palco como potencial adversidade para 'Naz'.
    O trabalho de Riz Ahmed em The Night Of é monstruoso. Seja nas cenas em silêncio (Ahmed aguenta-as como só os grandes conseguem) ou em toda a sua transformação - daquele rapaz frágil e assustado para um sobrevivente danificado quase sem esperança mas com muito rancor. Sem medo, só desilusão. Podia até não ser o caso, mas não só toda a construção é feita com coerência e qualidade, como o seu Naz tem ainda dois bónus - um episódio-piloto genial, e um último episódio igualmente incrível. A melhor apresentação possível, e a melhor despedida. Uma daquelas personagens que marca a carreira de um actor. 

Outros nomeados: John Turturro, Benedict Cumberbatch, Jude Law, Robert De Niro, Geoffrey Rush

Melhor Actriz - Mini-Série
Nicole Kidman
Big Little Lies

O Episódio: "Burning Love"

Porquê
: Se Riz Ahmed, apresentado acima, é o actor em início de carreira, Nicole Kidman já tem uns quantos anos disto. Mas poucos trabalhos, sobretudo nos últimos anos, ao nível do que fez em Big Little Lies.
    Captada pela lente de Jean-Marc Vallée, um daqueles realizadores que "espreme" sempre o melhor dos actores com quem trabalha, Kidman é praticamente uma certeza como vencedora desta categoria mais logo. Totalmente unânime: quer para nós, quer para o mundo. Ainda mais impressionante se tivermos presente que estão nomeadas Jessica Lange, Susan Sarandon ou Reese Whiterspoon.
   Ao lado de Alexander Skarsgård, Nicole Kidman pintou um retrato abusivo, violento, doentio e viciante.

Outras nomeadas: Jessica Lange, Susan Sarandon, Reese Whiterspoon, Mackenzie Davis, Bryce Dallas Howard


Melhor Actor Secundário - Mini-Série
Alexander Skarsgård
Big Little Lies

O Episódio: "Once Bitten"

Porquê: O melhor trabalho da carreira do actor sueco? Talvez. Reconhecido pelo seu lado vampiresco em True Blood, o mano mais velho de Bill Skarsgård, o palhaço aterrador de IT, conseguiu ser ainda mais assustador do que Pennywise.
    Carismático e charmoso, ofereceu-nos uma personagem que num clique passava de intenso a violento, num constante ciclo de maus tratos e pedidos de desculpas. Big Little Lies tem vários pontos fortes, mas a dinâmica de Nicole Kidman e Alexander Skarsgård foi claramente um dos principais factores críticos que ajudou a determinar o sucesso.

Outros nomeados: Bill Camp, Martin Freeman, Toby Jones, David Thewlis, Michael K. Williams

Melhor Actriz Secundária - Mini-Série
Shailene Woodley
Big Little Lies

O Episódio: "Burning Love"

Porquê
: Logo à noite é improvável que Woodley vença. Será mais natural a Academia optar por Laura Dern, Judy Davis ou Michelle Pfeiffer.
    Aqui, é Shailene Woodley. Rodeada por actrizes com quem há anos só em sonhos se via a trabalhar, a actriz de 25 anos deixou-se contagiar pela qualidade e fez a sua carreira entrar novamente nos eixos depois de alguns anos desperdiçados em franchises rentáveis mas pouco desafiantes.
    De uma forma redutora pode-se dizer que Whiterspoon tem a responsabilidade de agregar todo o grupo e servir pontualmente de comic relief, Kidman tem o papel mais exigente, e Woodley representa o lado mais misterioso da série da HBO.

Outras nomeadas: Mary Elizabeth Winstead, Gugu Mbatha-Raw, Jackie Hoffman, Judy Davis, Jeannie Berlin



REALIZAÇÃO

Melhor Episódio (Drama)
Lantern
Better Call Saul
Realizador: Peter Gould


Melhor Episódio (Comédia)
Amarsi Un Po
Master of None
Realizador: Aziz Ansari


Melhor Episódio (Mini-Série)
San Junipero
Black Mirror
Realizador: Owen Harris



ESCRITA

Melhor Episódio (Drama)
Chicanery

Better Call Saul
Escrito por: Gordon Smith

Melhor Episódio (Comédia)
Thanksgiving
Master of None
Escrito por: Aziz Ansari, Lena Waithe


Melhor Episódio (Mini-Série)
The Beach
The Night Of
Escrito por: Richard Price