Balanço Final - Liga NOS 18/ 19

A análise detalhada ao campeonato em que houve um antes e um depois de Bruno Lage. Em 2018/ 2019 houve Reconquista.

Prémios BPF Liga NOS 2018/ 19

Portugal viu um médio carregar sozinho o Sporting, assistiu ao nascer de um prodígio, ao renascer de um suiço, sagrando-se campeão quem teve um maestro e um velocista.

Balanço Final - Premier League 18/ 19

Na melhor Liga do mundo, foram 98 contra 97 pontos. Entre citizens e reds, entre Bernardo Silva e van Dijk, ninguém merecia perder.

Os Filmes mais Aguardados de 2019

Em 2019, Scorsese reúne a velha guarda toda, Brad Pitt será duplo de Leonardo DiCaprio, Greta Gerwig comanda um elenco feminino de luxo, Waititi será Hitler, e Joaquin Phoenix enlouquecerá debaixo da maquilhagem já usada por Nicholson ou Ledger.

21 Novas Séries a Não Perder em 2019

Renasce The Twilight Zone, Ryan Murphy muda-se para a Netflix, o Disney+ arranca com uma série Star Wars e há ainda projectos de topo na HBO e no FX.

29 de julho de 2011

Comunicado


As férias são uma cena que... a nós nos assiste.

Por motivos de ordem física e psicológica, vemo-nos fortemente forçados a mantermo-nos de férias até Setembro. Voltaremos em força e sem nada que nos assista.

Cumprimentos,
A vasta equipa do Garganta Funda Blog (para lá de um e menos que três).

23 de julho de 2011

Garganta Afinada. Top 20 ( nº 28 )





1. The Lonely Forest - We Sing in Time
2. 3 Doors Down - Here Without You
3. Alexisonfire - Happiness by the Kilowatt
4. Hinder - Bed of Roses
5. Air Traffic - Your Fractured Life
6. 12 Stones - Stay
7. 30 Seconds to Mars - The Kill (Acoustic)
8. Avenged Sevenfold - Afterlife
9. Foo Fighters - Learn to Fly
10. Angels and Airwaves - Breathe
11. Glen Hansard - All The Way Down
12. Blind Pilot - 3 Rounds and a Sound
13. Gavin Rossdale - Love Remains the Same
14. Angus and Julia Stone - You're the One That I Want
15. Time and Distance - Lost in Me
16. Zebrahead - Hello Tomorrow
17. Linda Martini - Mulher a Dias
18. Thousand Foot Krutch - This Is A Call
19. Versus the World - Love Every Scar
20. 4 Taste - 4 Horas
O medo é uma cena que... não nos assiste.

22 de julho de 2011

Vermelho por Palavras


Quarta-feira passada, à noite, podiam-me encontrar numa cadeira vermelha junto duma relva bem tratada a ver a apresentação do Benfica versão 2011/2012. Não compreendi a presença de um vasto número de africanos vestidos de nativos a dançarem em redor do tapete vermelho no qual iam surgindo os jogadores. Eu sei que o Benfica tem bastantes investidores angolanos mas… podiam integrar-se duma forma mais lógica. É que quem entrava no estádio sentia que estava a ver o jogo de inauguração do mundial 2010, na África do Sul. Mas pronto, foi uma festa bonitinha até. O jogo não. Foi bastante entediante. Na 1ª parte o Nolito e o Urreta animaram a coisa, mas não o suficiente. Na 2ª apareceu o Enzo Pérez, e o Saviola esteve bem, para além do Witsel (que não sabe jogar mal). Não percebi a lógica de, como vi em muitos sítios, considerarem o golo do Benfica um “golo de sorte”. Se eu tivesse os meus olhos fechados durante todo o jogo e apenas os abrisse quando o Jardel “rematou” a bola, aí sim considerava um golo de sorte. No entanto, eu mantive os meus olhos abertos. E pude constatar que o livre indirecto que deu o golo teve por base uma jogada ensaiada que o Benfica já tinha tentado fazer por 2 vezes nesse jogo, e uma vez no torneio do Guadiana - Livre de Aimar, Javi Garcia a aparecer ao 2º poste a cabecear para a pequena área, pedindo um desvio para a baliza. No golo encarnado ainda houve após o cabeceamento de Javi Garcia, um passe de Saviola para a zona onde estava Jardel. O remate foi atabalhoado, mas não foi um golo de sorte.. Tantas vezes o canteiro vai à fonte... E, também, a sorte procura-se.

                Na apresentação gostei de ver Garay (que até cabeceou uma bola ao poste na 2ª parte), no qual deposito bastantes expectativas, ao contrário do que pensava há 1 mês atrás. E gostei de não ver o Capdevila, porque fiquei com uma réstia de esperança relativamente à possibilidade de ele não assinar pelo Benfica. Mas assinou. E agora só nos resta apoiar o defesa esquerdo titular da selecção campeã do mundo e da europa. Ele podia era lavar o cabelo. Não lhe ficava nada mal um banho. Por falar em selecções, o Benfica agora passa a contar no seu plantel com o guarda-redes titular da selecção (Eduardo) e um dos 3 médios titulares (Carlos Martins). Porém, no Benfica, não se antevê que sejam titulares. Eduardo será um suplente provavelmente mais utilizado do que Moreira, Júlio César ou Roberto seriam se ficassem e Carlos Martins será 3ª opção, se ficar. O que apenas demonstra a qualidade do Benfica. Nós temos titulares da selecção que ocupa o 7º lugar do ranking FIFA, mas eles estão no nosso banco.

No último “Remate à Benfica”, TM disse que Danilo seria a contratação mais cara do futebol português. Disse-o, em parte, porque ambos achávamos isso, mas o primeiro a dizer “O Danilo é a contratação mais cara de sempre do futebol português” até fui eu, portanto fica aqui um pedido de desculpas. De qualquer forma, TM, ponderado e precavido disse “Se não estou em erro” o que o salva de quaisquer culpas, que até seriam minhas. Soubemos que não era Danilo porque um amigo nosso corrigiu-nos. A contratação mais cara de sempre do futebol português foi Hulk: o Porto pagou inicialmente 5,5 milhões por 40% do passe de Hulk e mais recentemente pagou 13,5 milhões por mais 45% do passe. Conclusão: o Porto pagou 19 milhões por Hulk e ainda nem o tem todo. E fala-se que Danilo poderá custar mais 3 milhões do que os 13 que foram comunicados à CMVM. E depois fala toda a gente dos imensos jogadores que o Benfica contrata e do dinheiro que gasta. O Benfica ao menos consegue contratar vários não gastando tanto dinheiro. O Porto prefere ir comprando a vaca aos bocados ou a garoupa posta a posta. Assim não se presta tanta atenção àquilo que eles gastam.

Fonte: Henricartoon - SAPO
O Sporting está a apostar em fazer a sua pré-época para se sentir capaz de defrontar, na Taça de Portugal, o poderoso Tondela. Parece-me que jogar com Alta de Lisboa, Presikhaaf, Telstar e Ankaragücü foi a forma que o Sporting arranjou de conseguir assimilar uma cultura de vitória na pré-época. O Benfica prefere preparar-se um bocadinho mais a sério, com PSG, Anderlecht e Toulouse. São formas de olhar para o futebol.
Há poucos dias estava na MegaStore do Benfica, junto ao Estádio. Bastava ser do Benfica para ser Mega, mas quem a criou teve o cuidado de ressalvar esse pormenor permanentemente. Estava lá com TM e dois jovens benfiquistas e estivemos a apreciar a nova camisola do Benfica. Ao olhar para o tamanho S (small), TM disse “O Vukcevic é que usa sempre o S” e isso deixou-me a pensar sobre o funcionamento da “casa” sportinguista. Ora, concluí que o Sporting tem apenas uma camisola S no balneário da equipa principal. Vukcevic usa o S para que o seu corpo não respire e pareça muito musculado, mas havia alguém há tempos que também usava o S, porque o seu pequeno corpo assim o pedia – João Moutinho. E daí na Era Paulo Bento, Vukcevic estar sempre de castigo. É que, se bem se lembram, Moutinho jogava sempre. E isso fazia com que a camisola S estivesse sempre ocupada. Com a saída de Moutinho, Vukcevic começou a jogar mais. Esta época, ao perceberem que iam dispensar Vukcevic, os dirigentes leoninos perceberam também que a camisola S ficaria sem dono. E assim se explica a chamada do pequeno Pereirinha quando já nada o fazia prever. MP

Garganta Cinéfila

American History X (1998)
 

Realizador: Tony Kaye 
Elenco: Edward Norton, Edward Furlong 
Classificação IMDb: 8.6 
             
            Hoje falo-vos dum filme pesado em alguns momentos, mas com uma moral a retirar e um excelente desempenho de um dos actores que mais respeito e que infelizmente não tem feito muitos filmes recentemente – Edward Norton.
            Em “American History X” ou, em português, “América Proibida” Edward Norton é Derek Vinyard. Derek é um jovem skinhead (defendendo ideais como o nazismo e o neo-nazismo) em parte motivado pela morte do seu pai – um bombeiro que morrera baleado por marginais ao tentar apagar um incêndio num bairro de negros. A raiva e o radicalismo em si presentes fazem-no criar um grupo extremista e violento, funcionando como líder de pensamento para muitos outros jovens, inclusive o seu irmão Danny (Edward Furlong). Derek Vinyard acaba por ser detido por matar um negro que estava a assaltar o seu carro e, é precisamente no tempo passado na prisão que incide parte do filme, mostrando a mudança na mente de Derek, e uma nova forma de olhar para o mundo, compreendo que todas as raças têm direitos iguais e não nenhuma mais pura. O seu grande objectivo ao sair da prisão passa por mudar a forma de pensar do seu irmão Danny (muito influenciado pelo idealismo que Derek defendera) e cujo ódio foi crescendo durante o tempo em que o irmão esteve na prisão. A questão é: conseguirá Derek mudar o irmão a tempo e remediar o mal que originou?
Com este filme, Edward Norton foi nomeado para o óscar de melhor actor principal, mas acabou por ganhar Roberto Benigni em “A Vida é Bela”.         
Um dos grandes segredos de Tony Kaye para o sucesso deste filme é precisamente o jogo de cores que usa mostrando a visão pré-prisão de Derek a preto e branco, evidenciando que na sua mente a distinção era feita dessa forma simplista, e a visão pós-prisão de Derek, 100% cromática, passando a ver o mundo com todas as cores que o compõem e aceitando a existência dessas mesmas cores. Não é o pormenor de génio de Steven Spielberg com a rapariga de vestido vermelho em “A Lista de Schindler” mas não se pode dizer que ande muito longe. Se só pudesse rever 10 filmes dos que já vi, este seria um deles. Vale a pena ver. MP

Citações do filme:

Bob Sweeney: There was a moment, when I used to blame everything and everyone for all the pain and suffering and vile things that happened to me, that I saw happen to my people. Used to blame everybody. Blamed white people, blamed society, blamed God. I didn't get no answers 'cause I was asking the wrong questions. You have to ask the right questions.
Derek Vinyard:
Like what?
Bob Sweeney:
Has anything you've done made your life better?”

Danny Vinyard: People look at me and see my brother.”

Danny Vinyard: So I guess this is where I tell you what I learned - my conclusion, right? Well, my conclusion is: Hate is baggage. Life's too short to be pissed off all the time. It's just not worth it. Derek says it's always good to end a paper with a quote. He says someone else has already said it best. So if you can't top it, steal from them and go out strong. So I picked a guy I thought you'd like. 'We are not enemies, but friends. We must not be enemies. Though passion may have strained, it must not break our bonds of affection. The mystic chords of memory will swell when again touched, as surely they will be, by the better angels of our nature.'”


Spread (2009)


Realizador: David Mackenzie
Elenco: Ashton Kutcher, Anne Heche, Margarita Levieva.
Classificação IMDb: 6.0

                Um filme modesto, mas com uma boa moral. É isto que vos recomendo esta semana. O típico filme de Domingo à tarde. A estrela central é Ashton Kutcher e o filme não foge muito àquilo que são os filmes em que o actor tem entrado. Integra-se nas comédias românticas.
                Nikki é um playboy que vive nas maiores luxúrias através de outras mulheres. Não tem onde viver. A sua casa vai mudando consoante a rapariga com quem ele está (o que faz com que não esteja muito tempo na mesma casa). Nikki vai a todas as festas in e é aí que conhece estas mulheres com grandes posses. Nunca se preocupa com os sentimentos das mulheres e nunca se afeiçoa a elas. Quando fica um tempo sem “namorada”, refugia-se em casa do melhor amigo Harry.
                A sua vida muda quando conhece uma empregada de restaurante. Ele apaixona-se e tenta tudo para conquistar a empregada Heather. Os dois acabam por se envolver. O que Nikki não sabe é que Heather joga o mesmo jogo que ele. Têm os dois o mesmo estilo de vida. Terão então que optar por uma vida luxuosa ou pelo amor.
                Este é um filme que muitas mulheres dizem que os homens deviam ver. Não é nada do outro mundo mas é agradável de se ver e tem uma boa moral no fim. Como no início referi, é um filme de Domingo à tarde. TM

Citações do filme:
"Nikki: When you're a kid, it's LA that teaches you how to dream. Tell me that you didn't learn more from the movies than you did from school, more from TV than you did from your parents. And what do we learn? We learn to believe in fairy tales."

20 de julho de 2011

Garganta Afinada. Top 20 ( nº 27 )




1. Lifehouse - Everything
2. City and Colour - In the Water I Am Beautiful
3. Goo Goo Dolls - Iris
4. The Strokes - I'll Try Anything Once
5. Eddie Vedder - Longing to Belong
6. Rise Against - Savior
7. Cameron Mitchell - Long Distance Call (Cover)
8. 2Pac - Changes
9. Artic Monkeys - Mardy Bum
10. Ryan Star - Breathe
11. Attack in Black - If All I Thought Were True
12. Aereogramme - I Don't Need Your Love
13. Arcade Fire - Rebellion (Lies)
14. 12 Stones - Arms of a Stranger
15. You Me at Six - Fireworks
16. Manchester Orchestra - Virgin
17. LMFAO ft. Lauren Bennett - Party Rock Anthem
18. Lustra - Scotty Doesn't Know
19. Bowling For Soup - When We Die
20. Demi Lovato - Skyscraper
 
Sempre que olharem para estes bonecos, pensem neles cantando: Julio Iglesias - Manuela

19 de julho de 2011

Remate à Benfica

                O clube dos azuis às riscas garantiu hoje, segundo os meios de comunicação, o jogador Danilo do Santos por treze milhões de euros. Se não estou em erro, é a contratação mais cara do futebol português. O jogador foi dado como grande prioridade do Benfica (pelos mesmos órgãos de comunicação). Ora… ainda bem que foi para o clube que não tem olheiros e que gosta de ler os jornais porque, como benfiquista, não o queria. Primeiro porque era um negócio ridículo (13 Milhões por um jogador que mostrou muito pouco) e segundo porque não há necessidade de comprar outro lateral direito.
                Outro facto interessante (e aqui necessitei dos cálculos matemáticos de MP) é que o clube do Paulinho Santos gastou 22,5 milhões de euros em apenas dois reforços e que dariam para pagar todos os reforços do Benfica oficialmente apresentados ficando apenas o Axel Witsel de fora… Os senhores jornalistas não querem perguntar a outros senhores se acham ou não que estão a esbanjar dinheiro? Souberam fazê-lo a Rui Costa por estar a contratar muitos jogadores, mas não sabem fazer a um clube que gasta vinte e dois milhões e meio de euros em dois laterais.
Boa sorte ao clube que tem no símbolo algo que não existe no mundo dos mortais com esses dois jogadores. Façam bom proveito porque no Benfica não fazem falta.

                Eu gostava de ver e ouvir o Luisão a pronunciar-se sobre o que se diz na imprensa. A ser verdade, na minha opinião, há que largar o bicho. Isto quando as girafas já conseguem chegar ao cimo da árvore começa a ser chato… sobe-lhes tudo à cabeça. O Luisão faz-me lembrar o Vitor da Casa dos Segredos. Todos os anos dizia que queria sair (o Vitor dizia todos os dias), mas o Benfica lá lhe enchia os bolsos para ele mudar de ideias. Chega a um ponto que começa a ser ridículo. Chantagens não podem existir neste lado da 2ª circular (sentiram a indirecta? Eu senti…). Queres sair, sais. Não precisamos de um central super-amante de dinheiro quando existe um bom central, benfiquista e que apenas quer dar o seu melhor pelo clube do coração que é o Miguel Vítor. Mas é apenas a minha modesta opinião.
                Este último sábado teve um início muito triste para mim quando li a capa d’A Bola. «Capdevila, Emerson e Eduardo a caminho do Benfica» era o título. Tenho que vos confessar que o Capdevila é um dos jogadores que menos gosto no mundo do futebol. Esperava que o Benfica fosse buscar o Ansaldi, mas veio o Capdevila. Na minha cabeça é como se o Benfica estivesse próximo de contratar um dos melhores laterais esquerdos da actualidade e no final de contas acabasse por comprar um Grimi. Entristece-me. Mas vou torcer para que ele seja o melhor lateral do mundo (como todos os benfiquistas) e lá me vou esforçar para gritar o seu nome no estádio (vai ser um episódio… estranho). Do Emerson não tecerei comentários porque nada vi dele. Quanto ao Eduardo… tenho pena. Acho que merece jogar com regularidade e penso que não irá conseguir isso no Benfica. Julgo que o Artur é dono e senhor da baliza.

Fonte: HenriCartoon
                O Sporting anda a contratar bem. Tem de facto um bom plantel mas já podia jogar com equipas… vá… a sério. Já chega de bater em ceguinhos. Eles andam muito felizes com as suas vitórias e com todos os golos. Será uma forma de ganhar balanço para a Liga? Estou curioso para vê-los jogar contra o Valência e contra a Juventus. Aí sim, podemos tirar mais conclusões. Até lá, mantenho as minhas dúvidas (sim, porque golear e ter o Postiga nos marcadores… tem muito que se lhe diga…). TM

16 de julho de 2011

Garganta Afinada. Top 20 ( nº 26 )




1. Muse - Resistance
2. William Fitzsimmons - Everything Has Changed
3. Alter Bridge - In Loving Memory
4. City and Colour - Save Your Scissors
5. Noiserv - Palco do Tempo
6. Radiohead - You
7. Lifehouse - Hanging By a Moment
8. Ornatos Violeta - Notícias do Fundo
9. Josh Moore - Shadows in the Dark
10. Di-Rect - Why Did it Come to an End
11. Sense Field - Save Yourself
12. Angus and Julia Stone - For You
13. Panic! at the Disco - Nine in the Afternoon
14. Embrace - Ashes
15. Linkin Park - Rolling in the Deep (Cover)
16. Amber Pacific - If I Fall
17. Boats and Birds - Gregory and the Hawk
18. Eagle Eye Cherry - Save Tonight
19. Five For Fighting - All I Know
20. Bloc Party - Blue Light
 
Sempre que olharem para estes bonecos, pensem neles cantando: Julio Iglesias - Manuela

15 de julho de 2011

Vermelho por Palavras


Caríssimos adeptos do melhor clube do mundo (neste momento os adeptos sportinguistas e portistas não sentem que isto se dirija a eles e percebem a verdadeira dimensão dos seus clubes), o Benfica contratou o belga Axel Witsel. 22 anos, internacional belga, médio goleador nas últimas 3 temporadas, mas acima de tudo um reforço de peso e que desempenhará um papel de enorme importância neste Benfica 2011/2012. Na minha opinião, Witsel é uma espécie de canivete suíço (só que belga). O rapaz tem enorme qualidade de passe, compostura e calma quando em posse, enorme discernimento na tomada de decisões no decorrer do jogo, boa leitura do jogo nas transições, boa capacidade de finalização, não cabeceia mal e tacticamente é forte, mas melhorará com JJ. Em todas as funções deste canivete, falta destacar uma, menos boa: a habilidade para partir pernas. Foi a 30 de Agosto de 2009 que Witsel causou, numa entrada imprudente, uma dupla fractura da tíbia e perónio direito ao jogador Wasilewski. Esta habilidade do canivete julgo que estará já menos acentuada, até porque já cresceu e amadureceu, mas bem que daria jeito contra o Porto, evidentemente para defender os stewards, caso os Hulks voltem a ficar chateados por perder. Queria apenas ressalvar que quando Witsel lesionou Wasilewski e foi expulsou, Lazlo Bölöni (antigo treinador do Sporting, o que lançou um tal de Cristiano Ronaldo, e treinador de Witsel à data no Standard Liége) encontrou Witsel no final do jogo no balneário a chorar por ter partido a perna ao colega de profissão. Bölöni, sempre com a mesma calma, humanidade e boa postura que o caracterizaram e caracterizam disse: “Encontrei-o no balneário a chorar que nem uma criança. No fundo, é isso que ele ainda é – uma criança”. Pois bem, é bom ver que Witsel é humano, e que no Benfica se tornará um homem, aprenderá o que significa jogar na Luz e vestir a camisola encarnada. É difícil de explicar, é como pôr… Vermelho, por palavras. O que eu arranjo para encaixar o título no texto. 6.5 Milhões de euros custou Witsel, tendo-lhe sido colocada uma cláusula de rescisão de 40 Milhões, e bem. Não tenho dúvidas que Witsel nos dará enormes alegrias.

Fonte: Henricartoon - SAPO
Estou um bocado farto dos desvios do Porto em cima do acontecimento. Alex Sandro não era o meu eleito para defesa esquerdo, muito menos por 9.5 Milhões, mas também não gosto de o ver no Porto. Com Danilo a mesma coisa, não o quero, mas também não o quero no Porto. Ora, se o Porto contrata toda a gente que o Benfica quer (Radamel Falcao, Álvaro Pereira, James Rodríguez, etc.) porque não passar a usar os jornais como forma de desorientação e desinformação? Sugeria ao Benfica que todas as semanas pedisse ao jornal A BOLA, tradicionalmente mais ligado ao Benfica, que lançasse um nome incrivelmente estúpido para reforço do Benfica, dizendo que o Benfica o queria muito contratar e que estaria disposto a pagar uma avultada quantia. “Benfica quer Tozé da Mercearia” – e pronto, o Porto imaginando que seria mais um talento descoberto pelos olheiros do Benfica, chegava lá e contratava-o. E assim íamos esvaziando os bolsos do Pinto da Costa, que já não poderia contratar tantas namoradas, e esvaziávamos a qualidade do plantel do Porto. Refiro-me ao plantel que joga à luz do dia, ou dos holofotes dos estádios, não o da noite.

Voltando ao Benfica, calhou-nos na rifa da 3ª Pré-eliminatória da Champions, o Trabzonspor. Turcos, portanto. O que eu não gosto nos turcos é que, primeiro que tudo, eles parecem portugueses, só que sem tomar banho. Segundo, parecem bárbaros. E terceiro, (de acordo com o que veio a público recentemente) são corruptos. À partida será um adversário acessível ao Benfica, de todos os possíveis só não queria o Rubin Kazan (por já ir com meia época jogada). Porém, haverá um minuto problemático na Turquia: o minuto 61. Segundo se diz, ao minuto 61 há sempre festa no estádio, porque 61 é o indicativo da cidade de Trabzon (parece o nome dum planeta da Guerra das Estrelas), o número das matrículas dos carros e a posição sexual favorita do presidente do clube. Pronto, eu admito, a última coisa é mentira. Acho eu. Portanto imagino que o minuto 61 funcione como uma espécie de poção mágica do Asterix para estes turcos. É aguentar para aí até ao minuto 67 sem sofrer e o efeito passa.

Por fim, deixo uma rápida análise do que já vi da pré-época dos 3 grandes: - O Benfica ganhou 9-1 a um conjunto de amadores trocando bem a bola e mostrando que Bruno César é um barril com enorme técnica e futuro, que Nolito é mesmo jogador “à Barcelona” e que Júlio César bem que podia bater com a cabeça no poste e esquecer-se do caminho para o centro de treinos. Depois, empatámos com o Servette. Um jogo muito fraquinho, com um belo golo de Gaitán e um Jardel que deixou o cérebro na época passada. Lá sofremos um golo de chapéu. Depois, perdemos com o Dijon. Um jogo mais fraquinho, sem culpas para Artur e com mérito de David Simão e Urreta no golo marcado. Por fim, um belo jogo com o Paris Saint-Germain. Não pude ver o jogo porque vejam bem, fui ver o Harry Potter, mas foram-me enviando mensagens com os acontecimentos do jogo, que depois vi em resumo. Só bons golos, mais um golo sofrido de chapéu, o que reforça que se Artur tivesse 5 metros não sofríamos golos nenhuns e Nolito a mostrar que será um suplente de luxo. Miguel Vítor é para ficar e Artur transmite-me uma segurança que não sentia desde Robert Enke. O penalty de Javi Garcia é a prova de que este ano não há como evitar as vitórias do Glorioso. Um último recado, Luisão, larga a maconha e ganha juízo.

De Porto e Sporting só vi o 10-1 ao Gutersloh e o 8-0 ao Presikhaaf. Deu para ver tanto como o 1º jogo do Benfica. No Porto acho que Kléber fará uma excelente temporada, e destaco o jovem Christian Atsu. Parece-me ter futuro. No Sporting algo se passa. Um jogo em que Postiga faz 3 golos… só imaginei possível num Sporting-Júlio de Matos. Mas pronto, espera-se uma época renhida e com bom futebol.

Em jeito de conclusão, André Villas-Boas terá dito a Pinto da Costa, para mostrar porque não ficaria no Dragão, “isso é tudo muito bonito, mas se levar três ou quatro do Barcelona e se me correr mal a Champions já ninguém me quer” – muito confiante André, e vê-se a carga emocional intensíssima que o ligava ao Porto. Pinto da Costa terá dito a AVB que esta seria a última época de Guardiola no Barcelona, e que esse sim seria um clube para ele. Vamos ver então se Pinto da Costa acerta… mais uma vez. MP

14 de julho de 2011

Garganta Cinéfila


Inside Man (2006)

Realizador: Spike Lee
Elenco: Denzel Washington, Clive Owen, Jodie Foster, Christopher Plummer, Willem Dafoe, Chiwetel Ejiofor 
Classificação IMDb: 7.7 
           
Estive bastante indeciso sobre que filme vos trazer hoje, mas acabei por optar por “Inside Man”, o típico filme que mostra que com um argumento inteligentemente construído não é preciso grandes papéis. O argumento é de Russell Gewirtz, talvez um dos motivos para uma das personagens principais do filme e claramente a mais interessante se chamar Dalton Russell (interpretado por Clive Owen). Em nota de rodapé, posso dizer-vos que não sou grande fã do trabalho de Clive Owen como actor, nem do da senhora Jodie Foster. Willem Defoe, o Duende Verde em Spiderman, nunca foi um dos meus actores de eleição, já Christopher Plummer, o senhor que fez de capitão Von Trapp em “Música no Coração” merece o respeito de todos nós. Por fim, Denzel Washington – um bom actor sim, sem dúvida.
Mas vamos ao que interessa: “Inside Man” conta-nos a história dum assalto incrivelmente bem planeado a um banco em Manhattan, por parte dum grupo de indivíduos disfarçados que mantém 50 pessoas reféns. Denzel Washington e Chiwetel Ejiofor são os 2 polícias que ficam no comando das operações para que nada aconteça aos reféns e que o banco não seja, efectivamente, roubado. A acção vai-se desenrolando, e percebemos a inteligência e a habilidade retórica e mental dos assaltantes (sobretudo o cabecilha), inclusive nas negociações com a polícia e, posteriormente, com Madeline White (Jodie Foster), destacada para servir de mediadora entre a polícia e os assaltantes, e não só. Um crime quase perfeito. Ou será mesmo perfeito?
É o típico filme de domingo à tarde, mas não é um filme para estarmos a trabalhar ou no computador e a ver ao mesmo tempo; é o filme que nos faz largar o que estamos a fazer e acompanhar a acção. Afinal de contas, acho que há alguns de nós que não se importavam nada de roubar um banco. MP

Citações do filme:

My name is Dalton Russell. Pay strict attention to what I say because I choose my words carefully and I never repeat myself. I've told you my name: that's the Who. The Where could most readily be described as a prison cell. But there's a vast difference between being stuck in a tiny cell and being in prison. The What is easy: recently I planned and set in motion events to execute the perfect bank robbery. That's also the When. As for the Why: beyond the obvious financial motivation, it's exceedingly simple... because I can. Which leaves us only with the How; and therein, as the Bard would tell us, lies the rub.”

“I'm no martyr. I did it for the money. But it's not worth much if you can't face yourself in the mirror. Respect is the ultimate currency. I was stealing from a man who traded his away for a few dollars. And then he tried to wash away his guilt. Drown it in a lifetime of good deeds and a sea of respectability. It almost worked, too. But inevitably, the further you run from your sins, the more exhausted you are when they catch up to you. And they do. Certain. It will not fail.”
 
You're not gonna tell me how you're planning to get out of here, are you?
  I'm gonna walk right out the front door. Anything else?


Get Him to the Greek (2010)

Realizador: Nicholas Stoller
Elenco: Jonah Hill, Russel Brand, Elisabeth Moss.
Classificação IMDb: 6.6 

    Chegou a hora da primeira comédia "pura". Sem romantismos envolvidos. É aquilo a que se chama um filme... vá lá... parvo. Mas a sua parvoíce é tanta que até se torna um filme bastante agradável de se ver.
    O filme trata de Aaron Green, um rapaz muito empenhado e dedicado ao seu trabalho que tem a missão de trazer para o Greek Theatre uma estrela de rock (Aldous Snow) que, embora esteja numa fase descendente da sua carreira devido a álcool e drogas, é sempre um nome sonante e que atrai imensas pessoas. Contudo, como qualquer grande estrela, tem as suas extravagâncias... O problema é que Aldous tem em demasia e ao saber que a sua grande paixão está em Los Angeles, não pensa duas vezes e voa para lá. E assim Aaron tem que satisfazer todos os desejos de Aldous para que ele aceite voltar aos palcos no Greek Theatre e consequentemente agradar ao seu patrão Sergio Roma (P. Diddy).
    Um excelente papel de Russel Brand que já tinha feito desta mesma personagem em Forgetting Sarah Marshall. Grande destaque também para Jonah Hill que continua o seu brilhante caminho como actor humorístico e também uma especial atenção para o papel de P. Diddy que interpreta a personagem de Sergio nesta ficção, mas que é uma espécie de caricatura do seu carácter na realidade... Tudo isto torna o filme bastante atractivo do início ao fim. TM

Citações do filme:

"Sergio Roma: You've been mind-fucked before?
Aaron Green: I don't think so.
Sergio Roma: I'm mind-fucking you right now.
Aaron Green: You are?
Sergio Roma: Can't you feel my dick fucking your mind?
Aaron Green: No, I can't really feek anything.
Sergio Roma:  See? That's it! That's the art of it! I'm mind-fucking the shit out of you.
Aaron Green: Well I hope you're wearing a condom cause I have a dirt mind."