Balanço Final - Liga NOS 18/ 19

A análise detalhada ao campeonato em que houve um antes e um depois de Bruno Lage. Em 2018/ 2019 houve Reconquista.

Prémios BPF Liga NOS 2018/ 19

Portugal viu um médio carregar sozinho o Sporting, assistiu ao nascer de um prodígio, ao renascer de um suiço, sagrando-se campeão quem teve um maestro e um velocista.

Balanço Final - Premier League 18/ 19

Na melhor Liga do mundo, foram 98 contra 97 pontos. Entre citizens e reds, entre Bernardo Silva e van Dijk, ninguém merecia perder.

Os Filmes mais Aguardados de 2019

Em 2019, Scorsese reúne a velha guarda toda, Brad Pitt será duplo de Leonardo DiCaprio, Greta Gerwig comanda um elenco feminino de luxo, Waititi será Hitler, e Joaquin Phoenix enlouquecerá debaixo da maquilhagem já usada por Nicholson ou Ledger.

21 Novas Séries a Não Perder em 2019

Renasce The Twilight Zone, Ryan Murphy muda-se para a Netflix, o Disney+ arranca com uma série Star Wars e há ainda projectos de topo na HBO e no FX.

30 de maio de 2012

Rock in Rio 2012: Dia 26

Rock in Rio 2012: Dia 26
Relativamente ao 2º dia do festival (26 de Maio) podemos falar mais e pormenorizar mais uma vez que estivemos in loco. Este artigo passa portanto não só pela análise musical do dia mas também pelo relato de histórias de tristeza, azar mas também cómicas e por alguns conselhos para quem ainda irá nos 3 dias que faltam do evento ao Parque da Bela Vista escutar outras vozes afinadas.
    O primeiro desafio é estacionar o veículo de transporte, mas com vontade e dedicação a coisa consegue-se. Para quem ainda não tiver bilhete, é garantido que não terá que se deslocar exactamente até à bilheteira porque, escassos metros antes, surgem “outras oportunidades de negócio”. É certo que ao comprarem o bilhete mais barato a alguém é provável que sintam que estão a comprar droga. Pelo menos nós sentimos isso. Passa-se então para uma fase de algum engarrafamento humano supervisionado pelos habitantes da Bela Vista que, do alto dos seus prédios, orgulhosos pela moldura humana que vislumbram, ou são apenas estranhos e ficam a olhar longos minutos ou então estão a tentar contar o número de pessoas. O que faz deles ainda mais estranhos. Entrando no Rock in Rio, nós pelo menos temos sempre a necessidade de fazer um reconhecimento e então iniciámos, ainda que de forma meia desligada e nada desesperada – a caça ao brinde.

    Deslocámo-nos ao Millenium e coleccionámos uns óculos gigantescos. Pensámos, todos fanfarrões, “hm, isto hoje vai ser canja conseguir os brindes todos”. Mal sabíamos nós. Observando em nosso redor, e desvalorizando as perucas cor-de-rosa em forma de crista que toda a gente parecia querer, definimos como brinde-alvo os chapéus de palha da Fnac. 
    Há um brinde que está acima de todos os outros – os sofás da Vodafone – mas relativamente a esse aquilo que se pode dizer é que, quando a fila do Rock in Rio se começa a formar, as pessoas que ocupam os primeiros lugares têm 1 de 2 objectivos: conseguirem fixar-se junto do palco ou conseguirem garantir um sofá da Vodafone. Um amigo nosso conseguiu 2 sofás da Vodafone, mas isso é porque ele é um chico-esperto. Nós não. Somos relativamente inocentes e bem educados e um pouco amadores na caça ao brinde, confessamos. Não temos a ginga necessária para penetrar na fila à "papo-seco".
    Fomos então perto da banca da Fnac e dissemos “Vamos apostar então, já que ainda falta algum tempo para os Limp Bizkit, em conseguir cada um 1 chapéu!”. Nós somos assim, estranhos. E lá ficamos na fila. 10 Minutos. 20 Minutos. 30 Minutos. 40 Minutos. 50 Minutos. 1 Hora. A dada altura, quando estávamos a 1 metro de entrar na cabana da Fnac, comunicaram que os chapéus tinham acabado. Foi um pouco chato, mas não reagimos com violência, acalmámo-nos, pensando no ditado popular “Chapéus há muitos” e deslocámo-nos para a banca ao lado na qual se tinha que comprar algo da Fnac para conseguir um chapéu. Aonde o desespero e a frustração de não conseguirmos o Rei dos Brindes nos levou… Estávamos a ver quanto custavam umas pilhas só para comprar algo e ter um chapéu (constatámos que as pilhas eram mais caras que um CD dos Coldplay... "normal..."), chegámos à caixa e a mulher diz “Acabaram os chapéus”. Achámos que o nosso azar não poderia ir mais longe, mas foi. 
    Esfomeados e a querer procurar algum consolo na comida, vimos várias pessoas com grandes caixas da Telepizza todas cheias de satisfação a deitar a caixa no lixo... Como a nível gastronómico deixamo-nos corromper facilmente pela inveja, também tínhamos que conseguir uma pizza. Nós no fundo somos uns guaxinins glutões, atraídos por comidas sistematicamente. Chegámos à Telepizza e dissemos “Queremos uma Carbonara grande”. Porém, não havia. Só há dois tipos de pizzas na Telepizza do Rock in Rio “Chouriço e Queijo” ou “Fiambre e Queijo” e, meus caros amigos, por 22€ conseguem nada mais nada menos do que a pior pizza de sempre. E 3 bebidas, já agora. Uma pizza má demais para se conseguir comer toda que nos deixou a olhar em lágrimas para a Portugália, o KFC ou os sítios onde se vendem hambúrgueres e cachorros – podíamos ter comido em todos pagando menos do que pagámos. Depois disto percebemos o porquê da felicidade dos seres que deitavam a caixa para o lixo... Não era por estarem satisfeitos com o que comeram, mas sim por se terem livrado dum enorme fardo. O azar ficou completo quando, após o concerto dos Linkin Park, um de nós foi pedir cerveja a um dos distribuidores da Heineken e eis que, no preciso momento em que chegou a nossa vez, a cerveja acabou. Há dias assim…

Conteúdos musicais (e pormenores):

    Se havia algo que nos fez escolher o dia 26 de Maio foi o facto do cartaz ser homogéneo, nenhuma das 4 bandas nos desagradava à priori e não queríamos perder a oportunidade de ver os Smashing Pumpkins pela 1ª vez.

    O cartaz abriu com Fred Durst e os Limp Bizkit. Uma daquelas bandas que já não pensávamos poder ver em Portugal e que, com a energia contagiante de Fred Durst acabou por ser, a par com os Linkin Park, a banda que melhor soube interagir com o público. Vimos a actuação dos Limp Bizkit ao longe porque tínhamos medo do guitarrista deles e, não menos importante, porque estávamos desanimados e enjoados com a pizza de chouriço e queijo, pior que as pizzas pré-congeladas do mini-preço. Só para verem bem, demos por nós a comer só a parte exterior da pizza e o chouriço porque eram as partes toleráveis e porque continuávamos com imensa fome. E tristeza. Afinal de contas, os brindes que sistematicamente quase conseguimos, ainda estavam a ser recalcados. Voltando aos Limp Bizkit, abriram com um “My Generation”, tocaram a “Nookie” e “Rollin’” mas o momento alto deles, e um dos momentos altos do dia foi claramente “Behind Blue Eyes”. Valeu bem a pena. Foi bom ver Fred Durst “babado” com o público português. “You have a beautiful voice” disse ele, nada que não soubéssemos. Mas fica-lhe sempre bem. Também pudemos reparar que o público português é muito patriota e, por cada intervalo sem sonoridade, começa a gritar "Portugal allez, Portugal allez". Somos assim nós, como o Fred nos chamou, uns "strange motherfuckers". Na verdade, chamou-nos "motherfuckers" bastantes vezes que nem um Stifler. Mas era um "motherfuckers" nada ofensivo. No fundo, era com o mesmo intuito que os pais chamam, por vezes, aos filhos pequeninos "este sacana, pá...". O Fred, e o seu carinho.


    Depois, os The Offspring. Liderados por Dexter Holland (com um ar mais jovem e com o ar cuidado a que nos acostumou e não com o ar de Denis o Pimentinha muuito velho que apresentou em 2008 na Bela Vista) não desiludiram, estiveram ao seu nível, não descurando os seus mais conhecidos temas (vários deles propícios para os “moches”) como “Why Don’t You Get a Job?”, “The Kids Aren’t Alright” e “Self Esteem”, todos estes deixados para a fase final da actuação, dando-nos a conhecer ainda uma música mais calma que desconhecíamos – “Kristy, Are You Doing Okay”. Um concerto sólido, os The Offspring nunca primam propriamente pela interacção com o público mas sim pelo que conseguem provocar no público (nuns concertos com um funcionamento parecido com os dos Xutos e Pontapés) cativando e contagiando tudo e todos com os temas de sempre. Nós estávamos situados perto de um moche e sentíamos algum receio. Não nos julguem mariquinhas pede salsa. Não era o moche que nos assustava. Era o facto de estarmos ao lado de um gordalhão extremamente suado e com sua boca algo suja. Não conseguimos decifrar do que se tratava a sujidade, mas coisa boa não era. E o facto de estarmos ao pé deste indivíduo que parecia ser um esquilo obeso e estarmos situados ao pé do moche, alertou-nos. Tentámo-nos desviar pouco a pouco e lá conseguimos sair da área de perigo.

    A 3ª banda a actuar era a mais esperada pela maioria das pessoas presentes no Parque da Bela Vista. Muitos consideraram que deviam ter sido cabeças de cartaz. O que nós achamos é o seguinte: a carreira dos Smashing Pumpkins, a influência que já foram para muita gente e o Historial que já têm fazem deles os justos cabeças de cartaz musicalmente. No entanto, considerando a receptividade do público, mais habituados a uma banda mais massificada como LP, poderia ter feito com que as coisas fossem conjugadas doutra forma. Os Linkin Park acabaram por dar, no nosso entender, o concerto da noite. Foram quem tocou mais, conciliando músicas mais recentes como “Waiting for the End” ou “The Catalyst” com as indissociáveis e sempre grandes “In the End”, “Numb”, “Crawling”, tendo ainda um momento mais acústico num medley de “Leave Out All the Rest”, “Shadow of the Day” e “Iridescent”. Faltou apenas uma “Pushing Me Away” acústica. Chester Bennington é sem dúvida uma grande voz, Mike Shinoda está ao nível, não tendo a mesma voz claro. Boa interacção com o público, alinhamento muito bem escolhido e um momento curioso envolvendo um cachecol do Futebol Clube do Porto. Shinoda perguntou o que Chester tinha ao pescoço porque sabia que não era coisa boa, Chester mostrou o cachecol, o público vaiou, e Chester atirou para o chão. Foi um momento cómico.

    Por fim foram os Smashing Pumpkins. Os episódios que tivéramos com os brindes (ou a ausência deles) e com a pizza deixaram-nos mentalmente num “All In” – se os Smashing tocassem a “Disarm” e a “Tonight, Tonight” compensava. Se não o fizessem, lamuriávamo-nos para a eternidade. O Billy (Corgan) chegou, sem avisar ninguém e começou a tocar. Notava-se que o público não conhecia assim tão bem uma banda que, estando longe do seu auge, terá sempre um lugar especial na música. Acompanhado, entre outros elementos, pela “interessante” baixista Nicole Fiorentino, o Billy lá foi fazendo a cena dele. Nas primeiras músicas parecia um menino autista, sem contactar com o público, mas mostrando que o tempo o fez dominar a guitarra como poucos. O "tio careca" Billy foi-se libertando e mostrando temas como “Today”, “Tonight, Tonight”, “1979”, convencendo-nos com uma “Starla” que desconhecíamos e deixando-nos interessados em ouvir o álbum que sai no próximo mês depois de ouvir “Oceania”. Em todo o caso, o auge foi, ao iniciar o Encore, a “Disarm”. Foi aquele momento em que não termos conseguido nenhum brinde deixou de importar. 
    No meio de todo este último concerto houve um momento curioso – estava próximo de nós um ser que tinha a fisionomia dum porco-da-índia com uma cara muito parecida com o André (da banda pimba Miguel e André). Este ser, para além de ser muito esquisito foi o ser que nos fez chorar no Rock in Rio. Porquê? Porque, a meio do concerto dos Smashing Pumpkins optou a dada altura por parar no tempo e ficar a olhar fixamente para algures ou para o vazio. Mas não foi uma paragem de 5 ou 10 segundos. Foi cerca de 1 minuto, com pausas. Sem exageros. Tempo esse que deu para olharmos para ele, repararmos que ele estava parado no tempo. Comentarmos. Rir. Olhar para ele, vermos que continuava parado. Rir. Olhar para ele. Constatarmos que continuava tudo igual. Começar a chorar a rir. Ao fim de cerca de 35 segundos ele “veio ao mundo”, mas isso durou cerca de 2 segundos, olhou para o Billy e voltou a parar no tempo. E a fazer-nos desmanchar a rir. As coisas com que nós nos rimos… Porcos da India com cara dum do Miguel e André que ficam parados no tempo durante um minuto. Assim somos nós…

    E este foi o nosso resumo detalhado do dia 26 de Maio do Rock in Rio. Nenhum será tão detalhado porque só a este é que pudemos assistir na 1ª pessoa. Os restantes serão sempre na 3ª pessoa. Já sabem, não se fiem no “chapéus há muitos” porque não são assim tantos e não vão à telepizza. E agora num momento extremamente gay dizemos: para nós o verdadeiro brinde foi a música.

MP. TM.

Rock in Rio 2012: Dia 25

Rock in Rio 2012: Dia 25
    Conta a lenda que estiveram 42 mil pessoas para ouvir uns arrotos, alguns falsetes e os senhores do metal. Não vamos afirmar que toda a gente estava pelos Metallica. Contudo, é impossível negar que a grande maioria estava para ver esta banda que conseguiu tornar o metal em algo mais mainstream.

    As bandas que actuaram neste dia estão muito longe do nosso agrado. Contudo, nutrimos algum respeito pelos Metallica. Quanto aos outros... apesar de sermos bastante eclécticos, não gostamos da cena.

    Os Sepultura abriram as hostes. E quando lá em cima falámos em arrotos, era a eles que nos referíamos. Não nos levem a mal... Mas nós tínhamos um amigo que arrotava à bruta de uma forma bastante parecida à do canto do vocalista da banda brasileira. Os brasileiros actuaram em conjunto com os Tambours du Bronx. E estes franceses são peritos em tocar... tambor, lá está. Provavelmente tambores comprados ou originários... do Bronx, lá está. Cheira-nos que podem vir daí. Perguntamos a nós próprios se faz sentido e respondemos que sim. Portanto, foi um concerto que envolveu guitarras, baixos, arrotos e tambores. Ficámos mais impressionados com os franceses do que com os brasileiros, confessamos. Da próxima vez vêm só os franceses e os brazucas ficam em terras cariocas. Normalmente, brasileiro que é brasileiro (tirando a Ivete Sangalo) actua no palco Sunset do Rock in Rio. Mas os Sepultura não, porque são "metálicos" o que, a nosso ver, não combina com o facto de serem brasileiros. Automaticamente imaginamos os elementos da banda, vestidos de negro, arrotando à medida que dançam o seu samba. Não conjuga.

Um Viking muito espantado
    Seguiram-se os norte-americanos Mastodon. E olhando para eles, só podemos interpretar que são vikings que se adaptaram ao mundo actual. São mesmo... Não há outra interpretação possível. O que vimos foi uma banda que sabia usar o enorme espaço do Palco Mundo. Embora não tenhamos propriamente gostado do que produziam musicalmente, admitimos que tocaram muito bem. Tecnicamente foram muito bons. E, apesar de não terem interagido quase nada com o público, estes estarão gratos pela sua actuação. Pelo menos abanavam suas cabeças e longos cabelos para trás e para a frente como que dizendo "Eia, muita bem! Muita bem! Estou a curtir bué!". E também se os Mastodon perguntassem se o público queria ouvir mais, a movimentação das cabeças metaleiras do público seria em jeito de afirmação certamente. A forma como os metaleiros sentem a música intriga-nos. Primeiro dá sempre a ideia de que eles, nos seus desejos mais recônditos, queriam ser uma gaja que sai duma mota, tira o capacete e faz o seu cabelo esvoaçar. Depois, achamos que o mais provável é que eles sejam muita bons a jogar à cabra cega. Considerando a forma como aguentam tanta movimentação na cabeça, se os rodarmos umas 10 voltas, para eles não é nada.

O Metal é coisa doutro planeta
    O sol pôs-se e Amy Lee saiu de sua toca. A primeira coisa que reparámos foi que a cantora já esteve mais magra. Aquele "Bring me to life" podia muito bem ser agora um "Bring me more food". Em alguns momentos parecia a irmã de Cristiano Ronaldo mas com feições femininas. A banda de Amy Lee não esteve a altura do público e só conseguiu cativar com alguns temas antigos. Foi uma actuação mediana. Não foi má porque Amy não sabe cantar mal e ela é que praticamente carrega os Evanescense às costas. Cantou, cantou, cantou até que se despediu e disse que também estava ansiosa para ver o concerto dos Metallica. Afinal, não era só o público que os esperava. Não nos podemos esquecer que, para um metaleiro, a Amy Lee e a vocalista dos Whitin Temptation são o expoente da sensualidade que uma mulher pode atingir.

    E pronto, a loucura começava com a entrada dos Metallica. Todos saltavam e cantavam com todos os pulmões que nem grandes malucos. A verdade é que a plateia só chegou às 42 mil pessoas... A banda norte-americana tem vindo cá, comparativamente com a maioria das bandas internacionais, regularmente. E a verdade é que os fãs sentiam que os espectáculos podiam ser melhores, daí alguma relutância em ir a este. Para pagarem no máximo 61 euros por um espectáculo que já viram e que quase sempre não lhes encheu as medidas, mais vale verem em casa. Concordamos com esta posição. Mas o que é certo é que os Metallica assumiram uma posição para com os fãs que não compareceram de "Espera aí que já te lixas!" e decidiram tocar praticamente tudo o que o povo queria e muito bem! Calculamos que muitos estiveram atentos à Sic Radical a derramar lágrimas e quiçá um pouco de muco. Alguns pulsos cortados e muitas cabeçadas na parede, conta-se ainda que vários metaleiros caseiros acabaram mesmo por simular moches em suas camas com seus peluches. Sim, todo o metaleiro tem um peluche. É senso comum, achamos. Normalmente um urso de peluche. Ou, como se dizia nos jogos Sims, um urso de pelúcia.
    Nós cá não sabemos quais são as músicas mais "cena" dos fãs de Metallica. Pessoalmente, gostamos bastante da "One", "Nothing Else Matters", "Fade to Black" e "The Unforgiven". Tirando a "Fade to Black" que não tocaram, o que é certo é que tocaram as outras 3.
    A banda acabou o espectáculo inevitavelmente sob um grande sentimento de euforia e numa chuva de aplausos. James Hetfield estava visivelmente emocionado e soltou mesmo um «Metallica loves you, Lisboa» - o que leva sempre o público à loucura. Também, considerando o dinheiro que Portugal dá aos Metallica, não admira que nos amem.
   Emocionado estava também um fã dos Metallica que pediu a bebida do baterista Lars. E o que é que o Lars fez? Dar a bebida não é nada metal. O que é que é ser metal, conta lá Lars. Ser metal é pedir ao rapaz que abrisse a boca para que ele do palco cuspisse bebida para a boca do fã. E não é que o garoto abriu mesmo? Lars foi cuspindo sua bebida para a cara do eufórico fã até que lhe deu a bebida. Ou Lars entende que os copos são caros ou então entende que, para que um fã mereça o seu drink, tem que fazer por isso. Como? Coleccionado líquido proveniente da boca do Lars. Pepsi que é Pepsi só é boa depois de degustada pelo Lars, toda a gente sabe isso. A produção fez um plano do moço "sortudo" que estava com cara de: «Eia man, o baterista dos Metallica cuspiu-me na cara... É o melhor momento da minha vida... Deus existe! Deus existe, porra!!» - pelo menos foi o que nós decifrámos de sua expressão facial comovida. (Todo este momento estará representado na banda desenhada no final da crónica)
    Mas Lars continuou seu caminho para distribuir as suas baquetas. Entregou gentilmente? Entregou. Mas primeiro brincou com os humanos como se fossem cães fazendo com que eles saltassem para apanhar a baqueta. Porém, quando os humanos chegavam perto da baqueta com suas pequenas mãos, Lars levantava sua baqueta. Nós costumamos fazer isso com paus e cães. É mais a nossa cena. Ainda houve também o elemento dos Metallica que é um indígena, mas sobre ele não falaremos porque não queremos problemas com os apaches e o tempo está bom como está, solinho, sem precisarmos que alguém ande para aí a fazer danças da chuva com penas na cabeça.

    E assim acabou o dia metaleiro... em grande. Cheio de explosões e cenas... Certamente que foi um dia bastante agradável para as 42 mil pessoas presentes e um dia de recriminação para os que ficaram em casa e gostam da banda de James e companhia. Um dia em que Heavy foi a Amy Lee e em que o Metal ganhou um novo ícone - Lars, o super cuspos.


   MP. TM.

26 de maio de 2012

Músicas que Andam Por Aí

O último "Musicas que Andam Por Aí" teve bastantes visualizações, por isso pareceu-nos por bem deixar mais umas quantas porções de música enquanto estivermos a comer cacaouettes a ver os Limp Bizkit. "O quê? Mas vocês conseguem estar na Bela Vista e a activar post's do Barba Por Fazer ao mesmo tempo?" - Sim, somos omnipresentes...
    Começamos com um instrumental de Will Hanson intitulado "Home" e que acompanha o final do trailer do filme On the Road; depois uma música dos iLiKETRAiNS, confirmados para o festival Paredes de Coura - "Sea of Regrets". Destaca-se sobretudo pelo excelente instrumental; mas a qualidade mantém-se e por isso porque não mais um nome confirmado para um festival? Desta vez, para o Super Bock Super Rock. É verdade... Quem olha para os cartazes pensa "Mas que cartazes tão paupérrimos!", mas enganem-se. Tem boa música. E para prová-lo lançamos a "September" dos The Shins; com 4º trecho musical fica aqui uma conjugação banda/ nome de música que não atrai muito - "Demons" dos Imagine Dragons. Mas a música é boa e dura só 2:55 portanto podem ouvir duas vezes como se fosse só uma; até que como que caído vindo de terras de britânicas, The Smiths deixam a sua boa música curta de nome longo "Please, Please, Please, Let Me Get What I Want"; e porque felizmente os trailers que andam a rebentar por aí estão a trazer várias boas músicas, no trailer de "The Great Gatsby" pode-se ouvir a música que aqui deixamos "Love is Blindness", original dos U2, mas aqui numa versão de Jack White; continuamos a acompanhar o The Voice britânico (deviam fazer o mesmo) e continuamos aqui a deixar o que Max Milner vai fazendo - desta vez com "Black Horse and The Cherry Tree". E só assim para acabar com isto duma vez por todas, deixamos um clássico de Lou Reed. A "Perfect Day".
    Agora vamos continuar a desfrutar do festival no Parque da Bela Vista após ter-mos estado imenso tempo a guerrilhar por imensos brindes. Se está a ler isto no Rock in Rio através de sua maquinaria móvel e seguidamente olhar para cima e ver dois rapazes extremamente elegantes e bem parecidos, há 96% de probabilidade de sermos nós.
Adeus, criaturas humanas esbeltas.

Will Hanson - Home

iLiKETRAiNS - Sea of Regrets


The Shins - September

Imagine Dragons - Demons


The Smiths - Please, Please, Please Let Me Get What I Want

Jack White - Love is Blindness (Cover)

Max Milner - Black Horse and The Cherry Tree

Lou Reed - Perfect Day



MP. TM.

25 de maio de 2012

Trailers com Potencial: On the Road

"On the Road" é baseado na obra (de 1957) de Jack Kerouac e é realizado por Walter Salles. 
    No elenco, Garrett Hedlund e Sam Riley juntam-se a Kristen Stewart, Viggo Mortensen, Steve Buscemi, Terrence Howard, Amy Adams e Elisabeth Moss. Um filme com potencial sobre a chamada "Beat Generation" que influenciou a juventude dos anos 60 nos E.U.A., na qual muitos jovens faziam-se ao desconhecido, tentando compreender quem eram e o que os rodeava, vivendo intensamente, com uma mochila às costas.
   
    Sim, vamos começar a mostrar trailers que nos pareçam interessantes.





A frase no final do trailer é retirada da obra original:

"I shambled after as usual as I've been doing all my life after people that interest me, because the only people that interest me are the mad ones, the ones who are mad to live, mad to talk, desirous of everything at the same time, the ones that never yawn or say a commonplace thing.. but burn, burn, burn like roman candles across the night"

Quando o Paulo Pires é o Fernando Pessoa, e o Diogo Amaral é o Van Gogh

Num trabalho pouco divulgado mas curioso que nos passou pelos olhos entre as milhares de coisas que são partilhadas nas redes sociais, vários actores bem nossos conhecidos recriaram famosos quadros. Um projecto de Luís Silvestre, com as fotografias finais a ficarem à responsabilidade de Carlos Ramos e toda a caracterização coordenada por Sérgio Alxeredo.
    São José Correia recriou "A Grande Odalisca" de Dominique Ingres; Paula Lobo Antunes posou como "Mona Lisa", de Da Vinci; Diogo Amaral resultou num dos melhores quadros no auto-retrato que "Van Gogh" fez de si; João Lagarto deu a cara e o corpo enquanto "Rembrandt"; Paulo Pires recriou "Fernando Pessoa" de Almada Negreiros, Joana Seixas recriou "Frida Kahlo" e a sua prolongada sobrancelha e, por fim, Catarina Wallenstein foi uma nova "Rapariga com Brinco de Pérola", de Vermeer.
    Deixamos aqui 4 dos vários quadros, aqueles que achámos que resultaram melhor. Em todo o caso podem consultar toda a reportagem no site da Sábado, aqui.








MP

Festivais à Lupa: Rock in Rio 2012

Olá Rock in Rio, estás bom?
Espera, não te incomodes, nós respondemos por ti. Já estiveste melhor de saúde. 

    O cartaz não deslumbra, a publicidade até já nem precisa de ser a mesma porque o Rock in Rio tornou-se quase uma tradição. Porém, considerando os tempos difíceis a nível económico, ficava bem à Roberta Medina e ao pai dela organizar melhor a coisa. As infra-estruturas e todas as condições que o festival reúne são sem dúvida as melhores de qualquer um dos festivais em Portugal, o Parque da Bela Vista é o melhor local possível e imaginário, só que o senhor Medina andou a esbanjar tudo no festival no Brasil e nós cá ficamos com artistas/ bandas que não sendo maus, não cativam por aí além. O que mais nos chateia é até o facto de, considerando o que alguns artistas ou bandas presentes irão cobrar, bem que se podia fazer um evento mais em conta, com maior lucro e maior qualidade musical. Para o Brasil, o Roberto Medina leva, ora vejam só: Elton John, Rihanna e Katy Perry, tudo num dia (não é que gostemos por aí além delas, mas era um bom dia para estar no backstage. Quando dizemos elas não estamos a incluir o Elton John, que é um grande cantor), um dia dispendioso e com nomes muito pesados na indústria musical; no dia seguinte, Red Hot Chili Peppers, Snow Patrol e Stone Sour (um dia interessante, bem que os Stone Sour podiam ter vindo cá); no 3º dia os Slipknot (não bastava o Roberto ter o Corey Taylor uma vez no Brasil, quis tê-lo duas vezes no mesmo festival. Em Portugal, zeros). Nos restantes dias, nomes como Coldplay, Guns N' Roses, Jay-Z, System of a Down ou Shakira achamos que mostram bem quanto Roberto investiu para fazer os seus amigos zucas felizes.


Agora sim, a análise a este Rock in Rio 2012:

25 Junho
Não somos pessoas muito dadas ao metal, mas muito sinceramente, já chega de Metallica. Eles são bons, mas é assim... Lasanha é muito bom, mas se comermos lasanha todos os dias fica toda a gente a perder. A lasanha não sabe tão bem, e às tantas temos que deixar de comer lasanha. Sim, agora o leitor quer comer lasanha. É normal, um de nós também. Isto para dizer que os Metallica não deviam cá vir tanto. Evanescence é um nome diferente e que o Roberto manteve da versão brasileira de 2011, não é nada do outro mundo mas a Amy Lee tem uma voz engraçada e encaixaria bem num dia, por exemplo com Slipknot e Avenged Sevenfold. Relativamente aos Mastodon e aos Sepultura, confessamos que mais rapidamente nos apanham na sepultura do que a ouvir as músicas deles...

26 Junho
Sem estarmos com meias palavras, é o melhor dia. No nosso entender. Para um de nós, Linkin Park (oxalá se lembrem da "Pushing Me Away" em acústico) e The Offspring serão reencontros, Limp Bizkit é uma banda que talvez algumas pessoas já não pensassem que ainda ouviriam em Portugal e o destaque maior são mesmo os Smashing Pumpkins. Quanto mais músicas antigas Billy Corgan, sua brilhante careca e os seus compadres tocarem, melhor decorrerá o concerto - músicas como "Disarm", "Tonight, Tonight" (sobretudo estas duas), "Today" ou "1979" é o que se espera. Bem sabemos que eles não gostam muito de tocar músicas que os relacione ao passado... Mas é isto que o povo quer, co'a porra! Basicamente, é um dia consistente, rock. Podia ser melhor? Podia. Mas não está mau.

1 Junho
Chega-se ao dia da Criança e quem é que se vê? O Justin Bieber? Os One Direction? A Miley Cyrus?... não a Miley Cyrus agora já faz o sexo, e se ela o diz é claramente porque não quer cantar para pessoas imberbes. O dia da Criança é afinal de contas o dia Comercial. Para este dia o Roberto decidiu juntar: o Lenny Kravitz, que foi fazer uma perninha aos "Hunger Games" e que agora volta ao seu modo cantor; os Maroon 5 que são mais um daqueles nomes que não nos convence a 100% mas parcialmente sim. Normalmente gozaríamos com a voz do Adam Levine, só que olhando para as raparigas que o rapaz consegue, ficamos de pé atrás. Os Expensive Soul vão lá aquecer o pessoal e gritar "É Má-gi-co!" e depois chega a rainha do Rock in Rio - a Ivete Sangalo. E como nós estamos fartos da Ivete Sangalo. Não sabemos como é convosco, mas a Ivete para nós levanta poeira a mais e simboliza aquilo que não gostamos - "Nova edição, mesmos artistas". A Ivete é um João Baião cantante que vem ao Parque da Bela Vista cantar praticamente sempre a mesma coisa e, sempre que pode, junta-se a Alejandro Sanz para juntos cantarem o coração partido.

2 Junho
Não vamos ver este dia. Mas o Stevie Wonder também não.

Eia, os Barba Por Fazer são tão porcos. Sim, gozámos com um cego. E o leitor riu-se. Vamos dividir as culpas, e seguir em frente. O Stevie é um senhor da música e um dos nomes que valem claramente a pena nesta edição do Rock in Rio. Com o maior respeito, temos pena de não poder assistir ao seu concerto, mas o dinheiro não estica. No dia dele, actuará ainda o Bryan Adams, que trará tantas músicas do amor, a Joss Stone, que é um nome que também vale a pena como complemento dum dia, distribuirá suas rosas pelo público espectacularmente feliz e os The Gift. Um saltinho do festival da EDP no Rio Douro para o Palco Mundo no Rock in Rio han? Quem os viu e quem os vê... Contudo, julgamos que é consensual, esperemos que eles não cantem a "Gaivota".

3 Junho
Pela lógica, neste dia a média de idades dos espectadores vão subir. Vamos lá usar o acordo ortográfico, dizer espetadores como mandam agora as regras e ter uma piada fácil feita. Bruce Springsteen, acompanhado pela The E Street Band, acaba por ser invariavelmente um dos destaques do cartaz e faz-se acompanhar pelos sempre titulares Xutos e Pontapés (claramente a banda portuguesa com maior reputação e que, tocando sempre as mesmas coisas, consegue sempre ter sucesso e pôr o público português contente e saltitante), pelos James (que são também um nome diferente e que vale a pena) e os Kaiser Chiefs, que se calhar fazia sentido gritarem "Ruby, Ruby, Ruby, Ruby!" num dia mais... jovem. Contudo, gente mais velha, não se acanhem e contagiem-se com a energia do vocalista Ricky Wilson. Os Kaiser são sem dúvida uma das bandas que melhor interage com o público. Disfrutem!

    Um dia nós faremos um exercício que será criar e partilhar aqui como post cartazes hipotéticos mas realistas consoante o tipo de música e artistas que cada festival português acaba por escolher. Até lá, vão ao parque da Bela Vista, coleccionem todos os brindes (o tuga adora o grátis), andem nas diversões e no fundo pensem que se a vida começasse agora e o mundo fosse nosso outra vez, e a gente não parasse mais de cantar, de sonhar... Ok, já chega, estamos apenas a incluir o jingle do Rock in Rio num texto. Provavelmente estariam a pensar uma de duas coisas: "Que coisa tão rabiças" ou "Mas, mas, mas eu conheço isto...".

E já sabem, dia 26, os Barba Por Fazer passearão seus corpos pelo parque da Bela Vista. Sim, também vamos encher os bolsos do Roberto Medina. Porquê? Porque é tradição fazê-lo. E porque gostamos de brindes.

Atenciosamente,
MP. TM.

Garganta Afinada. Top 20 ( nº 78 )

Não é o nosso festival de eleição, mas é sem dúvida o festival em Portugal que mexe com mais pessoas e cuja organização é melhor. Como mais logo faremos um texto de antevisão a todo este Rock in Rio, procedimento que inicíamos na antevisão do Vodafone Mexefest em Lisboa, não nos vamos alongar muito agora. Basicamente este ano o senhor Medina, que se fartou de gastar cachet para o RIR no seu país, aplicou uma ligeira austeridade ao RIR Lisboa e o cartaz não deslumbra. Nomes mediáticos, alguns cromos repetidos, mas a verdade é que o tipo de música no geral não é aquela com que mais nos identifiquemos. Em todo o caso, Rock in Rio que é Rock in Rio merece a comparência de qualquer português. Não digo que paguem o bilhete de 61€, mas oxalá todos abasteçam na BP. Basicamente, com os cachet's que pagam a alguns artistas ou bandas que por lá passarão, podiam muito bem empregar o dinheiro em algo com maior qualidade. Confessamos que fazer o Top20 do Optimus Alive'12 ou do SW2012 motivar-nos-á mais. E pronto, sem mais demoras, deixamos aqui aquele que é no nosso entender o top 20 de músicas que irão passar pelo grande Parque da Bela Vista, nos próximos dias.
PS: Se virem dois indivíduos extremamente bem parecidos no dia em que a banda em 1º lugar do Top actua, sim, seremos nós.

                                              TEMA : ROCK IN RIO 2012                                            




1. Smashing Pumpkins - Disarm
2. Stevie Wonder - Lately
3. Linkin Park - Pushing Me Away 
4. Smashing Pumpkins - Tonight, Tonight 
5. Bruce Springsteen - Streets of Philadelphia 
6. Limp Bizkit - Behind Blue Eyes 
7. Metallica - Nothing Else Matters 
8. Xutos e Pontapés - Homem do Leme 
9. James - Sometimes 
10. Linkin Park - Numb 
11. Evanescence - My Immortal 
12. Linkin Park - In the End 
13. Xutos e Pontapés - Para Sempre 
14. Kaiser Chiefs - Ruby 
15. Joss Stone - Right to Be Wrong 
16. Maroon 5 - She Will Be Loved 
17. Lenny Kravitz - Again 
18. Bryan Adams - Summer of 69 
19. The Offspring - The Kids Aren't Allright 
20. The Gift - Primavera 

24 de maio de 2012

Garganta Afinada. Top 20 ( nº 77 )

E assim se acabam os Tops temáticos exclusivamente de bandas. É verdade, humanos... Contudo, acabamos em grande. Acabamos com a nossa banda preferida - Pearl Jam. A banda de Seattle formada em 1990, surgiu essencialmente devido à morte de Andrew Wood e consequente separação dos Mother Love Bone. A voz escolhida para a banda foi a voz inigualável do surfista  Eddie Vedder. Perdemos a oportunidade de os vermos em 2010 no Optimus Alive e desde então chicoteamo-nos com cavalos marinhos diariamente. Não poderia haver melhor banda para fecharmos esta fornada de Tops temáticos de bandas e, para quem ainda não viu, sugerimos o filme "Pearl Jam Twenty" de Cameron Crowe, sobre o qual podem ler aqui.
Eles não querem prémios pela arte que fazem, mas a verdade é que a música deles é um prémio para toda uma geração com influências grunge. Apesar dos álbuns "Ten" e "Vitalogy" serem inesquecíveis, no ano de 2009 "Backspacer" mostrou-nos que Eddie e companhia ainda têm muito para nos dar.


TEMA : PEARL JAM






1. Pearl Jam - Black
2. Pearl Jam - The End
3. Pearl Jam - Nothingman 
4. Pearl Jam - Just Breathe 
5. Pearl Jam - Better Man 
6. Pearl Jam - Yellow Ledbetter 
7. Pearl Jam - Immortality 
8. Pearl Jam - Alive 
9. Pearl Jam - Daughter 
10. Pearl Jam - Thumbing My Way 
11. Pearl Jam - Indifference 
12. Pearl Jam - Jeremy 
13. Pearl Jam - Release 
14. Pearl Jam - Unthought Known 
15. Pearl Jam - Given to Fly 
16. Pearl Jam - Man of the Hour 
17. Pearl Jam - Crown of Thorns 
18. Pearl Jam - Even Flow 
19. Pearl Jam - I Am Mine 
20. Pearl Jam - Nothing As It Seems 

21 de maio de 2012

Músicas que Andam Por aí

Estava um de nós no outro dia sentado no sofá e eis que uma fada muito luminosa entra pela sala adentro e diz "Então pá, nunca mais sugerem mais músicas? F***-se!". Sim, também não diríamos, mas esta é a linguagem das fadas. Assim sendo, nós, sucumbidos pela brutidão e apresentando algum medo da fada, limitamo-nos a responder ao pedido dela. E pronto, lá vão 8 músicas.
    Começamos com uma música disco mas que tem musicalidade por onde se pegue e até uma letra interessante (obrigado desde já às pessoas que nos fazem ouvir estas coisas), trata-se de "Alone" dos Liquideep mas na versão Robert S Extended Mix. Depois chega a vez de Kanye West juntar o seu talento a uma orquestra e a ainda John Legend para que todos juntos interpretem a "Heard Em' Say", muito bom resultado. A 3ª música que sugerimos, como poderão ver, foi colocada no Youtube por nós. Não, nós não somos agentes dos M83. Apenas gostámos da música e como ainda não existia no Youtube sem ser a versão ao vivo, zumba na caneca e os Barba Por Fazer em 4 dias já tiveram mais de 2000 visualizações no vídeo. Já agora, importa dizer que a música se chama "My Tears are Becoming a Sea" (que nome melodramático) e integra um anúncio do Red Bull que passa durante os intervalos da NBA nos Estados Unidos. Até que de súbito aterram entre nós os Best Coast, uma das últimas bandas confirmadas para o Sudoeste, com a bela cantiga "Our Deal" que, apesar da banda se ter formado apenas em 2009, o estilo de música quase nos teletransporta para umas boas décadas atrás. Mas não vêm sozinhos, com eles vêm também os The Vaccines... E chegam não só ao «Músicas que Andam Por aí», como também ao Sudoeste. É verdade... Diz que o cartaz está a ficar com boa música o que está a irritar os assaltantes e violadores do país. A cantiga que aqui veio parar foi a "Wetsuit". Caída de pára-quedas, de repente, e a pedido da fada agressiva, a Lana do Rei, ou vá, a Lana del Rey, com o êxito "Blue Jeans". Um vídeo que mete crocodilos, vários crocodilos. Mas porque importa a marca nacional, vamos acalmar a fada. Como? Com o Angel-O, claro. Esse talento imenso. Calma, calma, nós vimos a gala dos Globos de Ouro mas não vamos mostrar coisas desse ser que dorme com a Iva Domingues. Vamos antes mostrar o dueto de Márcia com JP Simões, intitulado "A Pele que Há em Mim". E só assim para fechar, uma música do caraças... só assim para calar fadas e afins lançamos a música do falecido Jeff Buckley "Lover, You Sould've Come Over"... Han?! Muita bem...
E vamos lá ver se conseguimos arranjar um tempinho para escrever mais e dizer mais parvoíces porque consta que rir é o melhor remédio e conta a lenda que já fizemos rir 2 ou 3 pessoas. Mitos, mitos..



Liquideep (Robert S Extended Mix) - Alone

Kanye West ft. John Legend @ Late Orchestration - Heard Em' Say


M83 - My Tears Are Becoming a Sea


Best Coast - Our Deal

The Vaccines - Wetsuit

Lana Del Rey - Blue Jeans

Márcia ft. JP Simões - A Pele Que Há Em Mim


Jeff Buckley - Lover, You Shoul've Come Over




MP. TM.

Académica 1 - 0 Sporting

    Depois de ter sonhado com a final da Liga Europa, com o 3º lugar da liga e com a conquista da Taça de Portugal, pode-se dizer que a época 2011/12 do Sporting teve um fim negro... É a minha piadola sem envolver melões.

    O jogo começou e nem esperou que eu acabasse de recrutar a minha comida... É que podia começar mas sem haver grandes lances, mas não... A Académica marcou logo aos 3 minutos o que me fez largar a comida e correr rapidamente para o televisor. Conclusão: ajavardei aquilo tudo. Não se faz, Marinho. Não se faz. Primeiro porque com a minha comida não se brinca e depois porque havia muita boa pessoa a ir ao Jamor matar a fome e saiu apenas com um melão. Pumba! Mais uma piadola... Prometo que vou tentar não fazer mais.

    Logo a seguir ao golo, a Académica voltou a aproveitar as facilidades da defesa leonina e Edinho cabeceou para a defesa de Rui Patrício. O Sporting raramente criava perigo. Na primeira parte só houve um lance de Wolfswinkel ao lado e um livre de Matias Fernandes também ele ao lado. Ricardo fez uma primeira parte extremamente tranquila. De relevar ainda um fora-de-jogo muito mal assinalado a Diogo Valente que ficava em boa posição e que poderia resultar num lance de perigo.

    Dava a sensação que os jogadores estavam com excesso de confiança e que sentiam que mais minuto, menos minuto, acabariam por dar a volta ao resultado naturalmente. Mal a equipa do Sporting. Faltou raça e querer aos jogadores. Bem a equipa de Pedro Emanuel. Solidária e a defender muito bem.

    No início da segunda parte houve reacção do Sporting? Não. Houve reacção da Académica, mas não especialmente de Edinho. O avançado português apareceu isolado logo nos primeiros segundos a passe de Adrien e falhou no um-para-um com Rui Patrício. Pouco depois, Cedric lança Marinho na direita, o extremo português cruza para o isolado Edinho e, mais uma vez, o avançado falhou. Desta vez falhou mesmo na bola, porque se acertasse, Rui Patrício dificilmente chegava lá. Na resposta, bola longa para Capel, o espanhol surge isolado, tenta dar um ligeiro toque para desviar a bola do guarda-redes, mas Ricardo estava atento e defendeu com o pé. Excelentes reflexos do guardião da Académica.

    Passados alguns minutos, novo erro da arbitragem ao assinalar fora-de-jogo a Edinho. Contudo, Edinho chutou para fora antes de Paulo Baptista apitar. O Sporting voltou à carga e Wolfswinkel em boa posição mas pressionado por um jogador da briosa, remata para grande defesa de Ricardo. Na recarga, o holandês cabeceou muito mal. O Sporting parecia mostrar finalmente alguma vontade de mudar o resultado e após bom trabalho de Insúa na equerda, novamente Wolfswinkel a falhar o alvo de cabeça. Logo a seguir, Polga empurra Edinho pelas costas dentro da área e Paulo Baptista nada assinalou. É uma questão de intensidade que um espectador não tem bem a noção. Contudo, foi uma investida de Polga completamente escusada e que poderia mesmo resultar numa grande penalidade contra o Sporting.

    Os minutos passavam e o desespero dos jogadores leoninos aumentava. Os jogadores do Sporting já não pensavam muito no jogo e iam tentando a sorte em remates de longa distância e em bolas paradas. Nada que assustasse imenso Ricardo.

    Por fim... um lance que todos os sportinguistas contestaram efusivamente sem razão. Pediram penalti num lance em que entre cabeças, peito e costas, a bola foi ainda resvalar na mão de Cedric. Gritou-se penalti de todos os lados, mas não o era. Bateu na mão, certo. No entanto, não cortou nenhum remate ou jogada perigosa, nem foi intencional. Foi uma mão casual o que faz com que a decisão de Paulo Baptista seja acertada.

    O último fôlego ainda surgiu dos pés de Jeffren que surgiu isolado rematando para nova boa defesa de Ricardo. Contudo, o espanhol estava fora-de-jogo juntamente com Onyewu e o fiscal de linha estava atento.

    Assim sendo, o Sporting perdeu uma boa oportunidade de salvar a época com a Taça de Portugal e de dar uma alegria aos seus adeptos. Por falar em adeptos, enquanto uns se iam embora soltando valentes "Isto é uma bergonha!" e abalroando repórteres da SIC dando o argumento que eram todos do Benfica, outros juntavam-se ao caminho por onde iam passar os jogadores para dar calduços e atirar papéis de cachorro quente aos árbitros e ao treinador/jogadores da Académica. É triste quando não se sabe controlar a frustração e quando não se sabe perder.

    Parabéns à Académica que, para mim, foi uma grande surpresa. Esperava um Sporting aguerrido e com fome de golos. Enganei-me. Parabéns a Adrien pelo grande jogo que fez. Parabéns também às grandes intervenções de Ricardo. Dou ainda os meus parabéns a toda a equipa que sempre se entreajudou imenso, sobretudo defensivamente. E finalmente, os meus parabéns a Pedro Emanuel que esteve incansável a dar indicações posicionais aos seus jogadores. TM

Académica 1 - 0 Sporting

Académica: Ricardo; Cedric, João Real, Abdoulaye, Hélder Cabral; Adrien, Diogo Melo (Danilo), David Simão (Flávio Ferreira); Marinho (Rui Miguel), Diogo Valente, Edinho.
Treinador: Pedro Emanuel

Sporting: Rui Patrício; João Pereira, Onyewu, Anderson Polga, Insúa (André Martins); Elias (Izmailov), Schaars, Matias Fernandez (Jeffren); Carrillo, Diego Capel, Wolfswinkel.
Treinador: Ricardo Sá Pinto

Golos: 1-0 4' Marinho.

Melhor em campo "Barba Por Fazer": Adrien Silva.