Balanço Final - Liga NOS 18/ 19

A análise detalhada ao campeonato em que houve um antes e um depois de Bruno Lage. Em 2018/ 2019 houve Reconquista.

Prémios BPF Liga NOS 2018/ 19

Portugal viu um médio carregar sozinho o Sporting, assistiu ao nascer de um prodígio, ao renascer de um suiço, sagrando-se campeão quem teve um maestro e um velocista.

Balanço Final - Premier League 18/ 19

Na melhor Liga do mundo, foram 98 contra 97 pontos. Entre citizens e reds, entre Bernardo Silva e van Dijk, ninguém merecia perder.

Os Filmes mais Aguardados de 2019

Em 2019, Scorsese reúne a velha guarda toda, Brad Pitt será duplo de Leonardo DiCaprio, Greta Gerwig comanda um elenco feminino de luxo, Waititi será Hitler, e Joaquin Phoenix enlouquecerá debaixo da maquilhagem já usada por Nicholson ou Ledger.

21 Novas Séries a Não Perder em 2019

Renasce The Twilight Zone, Ryan Murphy muda-se para a Netflix, o Disney+ arranca com uma série Star Wars e há ainda projectos de topo na HBO e no FX.

31 de janeiro de 2016

Dicas Fantasy Premier League - Jornada 24

Foi difícil um fim-de-semana sem Premier League, nós sabemos. Depois da Capital One Cup ter os seus finalistas definidos (Manchester City e Liverpool) e da FA Cup ter tido mais uma eliminatória, o campeonato está de volta terça e quarta-feira.
    Oito dos 10 jogos disputam-se dia 2 de Fevereiro, com especial destaque para o Leicester-Liverpool e Arsenal-Southampton. Tarefa mais simples têm, à partida, Manchester City e West Ham, esperando-se algum suor por parte do Tottenham (visita o Norwich) e do Manchester United (recebe o Stoke) na procura dos 3 pontos.
    O mercado de Inverno está prestes a fechar e, dos jogadores já apresentados pelos emblemas ingleses, alguns deles poderão ser importantes adições no Fantasy. As contratações do Sunderland - Khazri e N'Doye -, Townsend como novo activo do Newcastle, Naismith no Norwich, e os avançados Charlie Austin (Southampton) e Afobe (Bournemouth) funcionarão quase de certeza nas suas equipas no que resta da temporada, tendo inclusive alguns, como Austin, Afobe e Naismith, já deixado a sua marca. Falar de elementos como Iturbe ou Alexandre Pato é falar de jogadores de talento inegável mas regularidade questionável, pelo que necessitarão de ser acompanhados com algumas reservas.
    Olhando para a jornada 23, Roberto Firmino foi o grande destaque ao totalizar 18 pontos no 5-4 do Liverpool. Dele Alli, Drinkwater, Ayew e Enner Valencia foram outros jogadores que fizeram por merecer o seu destaque, sem esquecer os matadores Agüero e Ighalo e, na defesa, Ivanovic, Cathcart e van Aanholt (4 jogos consecutivos a marcar).
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Nesta 24.ª jornada, sugerimos:

Kun Agüero - Manchester City - 13.5
    Com uma média de 2 golos e 14 pontos nas últimas duas jornadas, tudo parece correr a favor de Sergio Agüero. Nas últimas 'Dicas' já tínhamos referido que o avançado argentino irradiava confiança, energia e dava sinais que a lesão está bem lá atrás; e quando assim é, não há ninguém na Premier como ele. Contra o Crystal Palace bisou e deu um golo ao amigo David Silva, contra o West Ham voltou a bisar, e esta jornada desloca-se ao campo do Sunderland, equipa que costuma sofrer com o poço de força e qualidade técnica que é Kun.
    Considerando outros indicadores, depois da visita ao Stadium of Light seguem-se 2 jogos em casa (são difíceis, Leicester e Tottenham, mas em forma Kun é quase uma garantia de golos, sobretudo no Etihad), e veremos que impacto tem na equipa a lesão de De Bruyne - diz a lógica que, com Yaya no duplo pivô, Navas ou Iheanacho ganharão um lugar ao Sol, e sem KDB aumenta a probabilidade de Agüero ter golos uma vez que um jogador como Navas viverá para ele, e a força do City nas próximas semanas será o casamento Silva-Agüero. 
  


Dele Alli - Tottenham - 5.7
    Por cá vamos tendo miúdos como Renato Sanches, Rúben Neves e Diogo Jota, em Inglaterra há Dele Alli. O médio do Tottenham (que golaço ao Crystal Palace!) está a ter uma ascensão fulminante, e quem o tinha no plantel do Fantasy com o estatuto de 5.º médio tem que começar a ponderar uma promoção - Alli rende nas costas de Kane, sabe explorar o espaço entre linhas, tem uma boa relação com a baliza adversária (6 golos marcados) e o mais assustador é aquilo que ainda tem para crescer.
    Esta época leva 6 golos e 6 assistências (99 pontos) mas não será chocante se a médio-prazo Alli for menino para marcar 15 golos/ época no campeonato. Algo que deve colocar Ross Barkley em alerta uma vez que ambos rendem mais na mesma zona do campo, híbridos 8/ 10, e competirão no futuro pela titularidade na selecção inglesa, mas Alli está a evoluir à velocidade da luz.


Enner Valencia - West Ham - 5.8
    No Mundial 2014, entre os jogadores eliminados na fase de grupos, nenhum deixou uma marca na competição como Enner Valencia. O equatoriano foi uma revelação, e transferiu-se depois do Pachuca para o West Ham. Com altos e baixos (mais baixos do que altos, certamente), e algumas lesões, o caminho de afirmação de Valencia em Londres não tem sido fácil.
    No arranque da temporada os mais optimistas estariam convictos de que era em 2015/ 16 que Enner Valencia iria mudar esse estigma, mas uma lesão atirou-o de novo ao tapete. Agora recuperado, e com Payet igualmente de regresso, este pode ser o período em que Valencia dispara em definitivo. Marcou 4 golos (tantos como marcara no total da época passada) nos últimos 3 jogos da BPL e esta jornada recebe um Aston Villa combalido. Com Payet em campo, todos os colegas de equipa aumentam 20% o seu rendimento. Enner Valencia, o marcador de serviço, bem pode agradecer aos deuses a qualidade do francês. E esperam-se estragos se Bilic apostar no trio frenético Payet, Antonio e Valencia.
    Nas próximas quatro jornadas, é possível o West Ham conseguir cerca de 9 pontos. Para tal será importante perceber se os hammers contarão com o equatoriano irregular e apagado de 2014/ 15 ou com o jogador que encantou o Mundo em 2014, e se fartou de marcar no México.   


Roberto Firmino - Liverpool - 8.0
    Nem Benteke, nem Sturridge. Neste preciso momento, o Liverpool está construído para Roberto Firmino. A equipa de Klopp ocupa actualmente o 7.º lugar na tabela mas - imaginando que Manchester City, Arsenal e Tottenham terão estofo para perdurar no Top-4 até ao final - os reds integram aquele lote de 4 equipas (Liverpool, Leicester, Manchester United e West Ham) das quais só uma terá bilhete para a Champions.
    Depois de uma vitória por 5-4 no terreno do Norwich (jogo de grandes emoções mas no qual as defesas e os guarda-redes praticamente não compareceram em campo) a moral do Liverpool está em alta, e o criativo brasileiro - com 13 e 18 pontos entre os seus últimos três registos individuais -, a jogar a "falso 9", é um dos jogadores a ter em conta no momento. O Leicester não guarda boas memórias da 1.ª volta, dado que o Liverpool foi uma das poucas equipas a ser capaz de derrotar as raposas azuis (1-0, golo de Benteke), e também por isso o jogo no King Power Stadium promete bastante.
    Especialmente enquanto não há Coutinho, e uma vez que o regresso de Sturridge é uma incógnita, Firmino é o jogador que têm que ter caso queiram acompanhar Klopp e os seus pupilos.


Alexis Sánchez - Arsenal - 10.9
    Saúdem o regresso do camisola 17 do Arsenal! Os gunners estão no pódio, mas ocupariam provavelmente outra posição se Alexis e Cazorla nunca se tivessem lesionado. O espanhol será um reforço de peso quando voltar à competição, mas para já Özil e companhia dão graças por voltarem a contar com aquele que é o jogador mais desequilibrador e com mais golo no plantel.
    Alexis voltou, cumpriu alguns minutos no derby londrino com o Chelsea, e já teve impacto - na FA Cup marcou e assistiu na vitória do Arsenal contra o Burnley por 2-1. Para já é um jogador para monitorizar (pode até nem ser titular diante do Southampton, embora devesse ser), mas os mais ousados podem pensar já em passar de Özil para ele, algo que se pode tornar uma tendência dentro de poucas jornadas.    


Outras Opções:
- Guarda-Redes: Entre os postes há, para esta jornada, 3 nomes acima da concorrência. David De Gea (5.6) é normalmente garantia de clean sheet em Old Trafford, e ultrapassá-lo não será fácil para o Stoke, mas também Adrián (5.0) e Ben Foster (4.9) podem ter uma noite sem golos sofridos. Atenção ao guardião do WBA, porque poderá ser Myhill a ocupar a baliza.
    Cech joga em casa, embora o Southampton possa ser um adversário atrevido, e uma vez que o Everton-Newcastle é bastante imprevisível, e o Leicester-Liverpool tanto pode ser um jogo incrivelmente apertado como aberto, Hennessey é o 4.º guarda-redes a equacionar.

- Defesas: No sector defensivo a nossa prioridade é, desta vez, Aaron Cresswell (5.6). O lateral-esquerdo dos hammers defronta um Aston Villa que contabiliza apenas 13 pontos até à data, e tem sempre o bónus de se poder aventurar, e assistir um colega. Curiosamente, o resultado da 1.ª volta foi 1-1 e foi Cresswell quem marcou o golo do West Ham enquanto visitante.
    Scott Dann (5.8) é uma aposta relativamente segura, embora o Crystal Palace tenha várias baixas e o Bournemouth possa usar isso a seu favor; e veremos se Laurent Koscielny (6.2) consegue esquivar-se de van Dijk e Fonte nos cantos do Arsenal-Southampton. Alderweireld (perigoso defrontar um Norwich que estará desiludido com o desfecho da última jornada, mas que marcou 4 golos), Dawson e Baines são também jogadores para os quais devem olhar. Também Ashley Williams é bem capaz de conseguir uma clean sheet no campo do WBA e, se assim for, é forte candidato a Bónus 3.

- Médios: Acima referimos Alli, Firmino e Sánchez, mas só consideramos os primeiros dois na potencial equipa da jornada, visto que o craque chileno pode até começar no banco. Embora possa ter mais uma excelente jornada, Mahrez não está entre as nossas prioridades desta vez, mas Mesut Özil (10.0) pode ser determinante. E bem que o alemão precisa de pontuar para evitar que o troquem por Alexis Sánchez ou David Silva a curto-prazo no universo Fantasy.
    O britânico Ross Barkley (7.3) marcou na taça da liga, marcou na taça de Inglaterra, e defronta uma equipa em relação à qual guarda um belo momento (quem se lembra daquele golaço no campo do Newcastle, em que Barkley passou por meio mundo?). De resto, atenção às exibições de Dimitri Payet (8.2), Oscar (8.1), sem esquecer nomes como Sigurdsson, Willian, Milner e David Silva (9.9).

- Avançados: No ataque, Agüero e Enner Valencia já foram analisados, mas Romelu Lukaku (9.1) não merece que o vendam, mesmo depois de 4 jornadas sem marcar. Kane, Naismith, Afobe, Rooney e Odion Ighalo (6.4) têm boas hipóteses de fazer o gosto ao pé.


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11 (3-4-3): De Gea; Cresswell, Dann, Koscielny; Payet, Alli, Firmino, Barkley; Valencia, Agüero, Lukaku

Atenção a (Clássico; Diferencial):
Arsenal v Southampton - Mesut Özil; Alexis Sánchez
Leicester City v Liverpool - Roberto Firmino; James Milner
Norwich v Tottenham - Dele Alli; Steven Naismith
Sunderland v Manchester City - Kun Agüero; David Silva
West Ham v Aston Villa - Dimitri Payet; Enner Valencia
Crystal Palace v Bournemouth - Scott Dann; Benik Afobe
Manchester United v Stoke - David De Gea; Anthony Martial
West Brom v Swansea - Craig Dawson; Gylfi Sigurdsson
Everton v Newcastle - Romelu Lukaku; Ross Barkley
Watford v Chelsea - Odion Ighalo; Oscar

30 de janeiro de 2016

100 Melhores Personagens de Séries - Nº 66



Série: New Girl
Actor: Max Greenfield

por Lorena Wildering


    Judeu, sagitário, conhecido por um só nome… who’s that boooooy?… é Schmidt.
   “New Girl” é daquelas comédias ligeiras americanas em que vinte minutos rapidamente se transformam num dia a ver uma temporada completa. Depois de se separar do namorado de longa data, a jovem Jessica Day muda-se para um apartamento que divide com três tipos: Nick (Jake Johnson), Winston (Lamorne Morris) e Schmidt (Max Greenfield).

    Schmidt deve ser das poucas personagens que consegue ofuscar o protagonista de uma série. É o exemplo perfeito de um homem metrossexual: decora e limpa o apartamento porque quer tudo consoante os seus padrões; é muito vaidoso e até mantém uma pasta de fotografias a modelar os seus próprios fatos; e tem uma vasta colecção de produtos para cabelo.
    Contudo, nem sempre foi assim. Nos tempos de faculdade, onde conheceu Nick, Schmidt tinha excesso de peso. Embora agora seja charmoso e elegante, ainda guarda algumas cicatrizes emocionais sobre este período da sua vida. Apesar desta atitude narcisista, Schmidt conseguiu conquistar a mulher dos seus sonhos, Cece (Hannah Simone), modelo e amiga de infância de Jess. Embora agora estejam noivos, esta relação continua com altos e baixos pela mãe de Cece não aceitar o casamento. Em todo o caso, Schmidt sempre a defendeu com unhas e dentes, especialmente numa cena particular que ainda hoje considero ser o melhor momento da série até agora e que deixa transparecer a sua frontalidade “Long Island-iana”.

    Apesar do sentimento de previsibilidade que esta série nos faz sentir, a melhor parte é que não existe previsibilidade sobre o que pode sair da boca de Schmidt, como foi o caso do exemplo acima. Sim, é a típica série fofinha do “felizes para sempre”, dos discursos melosos, dos clichês exaustivos e dos momentos de parvalheira. Mas todos eles são tão bem interpretados por um elenco tão bom, que não podia ser de outra maneira. Venha o casamento e, de preferência, com mais momentos Bollywood.
                                                                     
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Nota Editorial: A compilação/ organização e ordem das personagens deste Top é responsabilidade de Miguel Pontares e Tiago Moreira. Os textos tiveram a colaboração de Lorena Wildering, Nuno Cunha, Cê e SWP.
Foram tidos em consideração séries com pelo menos 1 temporada, concluída a 1 de Outubro de 2015. Mais informamos que poderão existir spoilers relativos às personagens e/ ou às séries que elas integram, passíveis de constar na defesa e caracterização de cada uma das 100 personagens.

27 de janeiro de 2016

100 Melhores Personagens de Séries - Nº 67



Série: Modern Family
Actriz: Sofia Vergara

por Lorena Wildering

    ¡Hola! Voltamos a “Modern Family”, desta vez com uma personagem mais caliente que mostra mais uma faceta da família moderna americana: os imigrantes da América Latina. Neste caso, señoras e señores, este lugar do Top pertence a Gloria Delgado-Pritchett, interpretada pela cougar colombiana Sofia Vergara.
    Gloria nasceu e cresceu numa pequena aldeia na Colômbia, conhecida por ser palco de inúmeros assassinatos. Emigra para os EUA (mais tarde descobrimos que foi uma oportunidade roubada à irmã Sonia) e tem o seu filho Manny com o ex-marido Javier. Conhece Jay (Ed O’Neill), um pai de família divorciado e muito mais velho do que ela. Acabam por casar.
    Além de ter roubado a oportunidade de emigrar para os EUA à irmã, também viemos a descobrir que a tarte que Jay ofereceu a Gloria no dia em que se conheceram num restaurante era intencionado para Sonia e não para ela. Em todo o caso, por muita troca de acusações e arranca-cabelos que tenha havido entre as duas, Gloria é uma mulher e mãe devota, tanto para Manny como para Fulgencio Joseph, filho que tem com Jay.

    Gloria é conhecida por dizer a primeira coisa que lhe vem à cabeça, a maioria das vezes num inglês trapalhão e sempre com um sotaque colombiano bem carregado. Muitas confusões decorrem dos seus erros de pronúncia — como oferecer um telefone sexy (sexy phone) a Jay quando este lhe tinha pedido um saxofone — e tem dificuldade em perceber ao certo algumas expressões idiomáticas.
    O bom de ter Gloria na série é o facto de contrastar tanto com todas as outras personagens. Por um lado, temos americanos calmos e discretos. Por outro, temos uma personalidade latina e extravagante que choca e perturba o normal. Ao mesmo tempo que é sensível e tenta que os sentimentos de Jay amoleçam, o seu lado violento e sua personalidade street smart transparece de vez em quando, especialmente quando se vê com uma arma na mão, uma habilidade certamente vinda do seu passado colombiano, ainda um pouco desconhecido.

    A sua voz alta nunca deixa com que passe despercebida e a cada dez peças de roupa, nove são com padrão tigresa — e todas com um decote um tanto ou quanto acentuado, o que enfeitiça a próxima personagem de “Modern Family” de quem vamos falar… mas isso é mais lá para a frente.                             
                                                                                                                    
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Nota Editorial: A compilação/ organização e ordem das personagens deste Top é responsabilidade de Miguel Pontares e Tiago Moreira. Os textos tiveram a colaboração de Lorena Wildering, Nuno Cunha, Cê e SWP.
Foram tidos em consideração séries com pelo menos 1 temporada, concluída a 1 de Outubro de 2015. Mais informamos que poderão existir spoilers relativos às personagens e/ ou às séries que elas integram, passíveis de constar na defesa e caracterização de cada uma das 100 personagens.

25 de janeiro de 2016

100 Melhores Personagens de Séries - Nº 68



Série: Mad Men
Actriz: Elisabeth Moss

por Lorena Wildering


    Chegámos a Madison Avenue dos anos 60. Não há ninguém sem chapéu na cabeça, nenhum homem sem fato e nenhuma secretária sem a bainha da saia demasiado curta. O pequeno-almoço de whisky com gelo inaugura o dia e a presença de “Mad Men” no nosso Top.
    Ignorando, para já, o primeiro nome que nos vem à cabeça quando pensamos nesta série, vamos ao segundo. O primeiro episódio centra-se em Peggy Olson (Elisabeth Moss), a nova secretária da agência de publicidade Sterling Cooper. O primeiro conselho que ouve é de Joan Holloway (Christina Hendricks): as secretárias devem andar algures entre uma mãe, uma empregada de mesa, e o resto… bem, o resto demonstra o que uma mulher dos anos 60 representava aos olhos de um homem e da sociedade.

   Ainda e logo neste primeiro episódio, vemos Peggy a submeter-se a este terceiro factor, encarado como normal e inevitável, ao dormir com o executivo de contas, Pete Campbell. Sem que ele saiba, Peggy acaba por engravidar e só se aperceber no momento do parto, em estado de choque e negação. Escolhe dar a criança para adopção e seguir com a sua vida — uma em que a carreira é mais importante do que ser mãe.
    Acompanhamos o princípio da sua carreira em 1960 com “basket of kisses”, o seu primeiro insight criativo que desperta o interesse do director criativo, Don Draper (Jon Hamm). Graças à sua capacidade de encarar as mulheres como mais do que uma entre muitas, dá-lhe a oportunidade de uma vida. Peggy quebra barreiras ao passar de secretária a copywriter, um caso verdadeiramente raro num mundo e negócio dominado por homens. Enquanto sobe as fileiras criativas por mérito próprio, continua a ter de suportar o sexismo e constrangimentos sociais verbalizados pelos seus colegas e clientes. Apesar desta descriminação, Peggy responde sempre da melhor forma: exige reconhecimento com determinação, força de vontade e sem medo de ir contra o status quo. É esta atitude que faz com que Don a respeite ao longo de toda a série. Primeiro, torna-se quase como um mentor para Peggy, que o idolatra. No final da série, é a Peggy que Don escolhe telefonar num dos piores momentos da sua vida.

    Passadas sete temporadas, depois de ter passado por agências rivais, vêmo-la como uma intransigente copywriter sénior depois de anos de luta constante contra os preconceitos daquilo que uma mulher deveria ser. Num mundo ditado por homens, a maior evolução que vemos nesta série são quase sempre das personagens femininas. O criador Matthew Weiner trouxe-nos papéis de mulheres complexas e corajosas e não as habituais girls next door. A evolução de Peggy é a mais evidente e a que mais se destaca: da década de 60 como secretária de olhos pestanejantes até à década seguinte como uma cobiçada criativa e profissional realizada. O melhor exemplo daquilo que uma mulher se podia tornar numa altura regulada pelo machismo.                                                                                                  
                                                 
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23 de janeiro de 2016

100 Melhores Personagens de Séries - Nº 69



Série: Misfits
Actor: Iwan Rheon


por Miguel Pontares

    E se eu vos dissesse que, antes de ser o maléfico, sádico e enervante Ramsay Bolton (Game of Thrones), Iwan Rheon teve um dos gestos mais românticos nas narrativas da televisão britânica?!
    O contexto: 'Misfits'. A série do E4, da qual só vi 3 das 5 temporadas (por razões que explicarei abaixo), outro underdog desconhecido para muita gente, partiu da seguinte ideia - cinco jovens a cumprir serviço comunitário ganham super-poderes depois de serem vítimas de uma tempestade eléctrica. Nesta mistura de sci-fi e comédia, mas com personagens bem construídas e episódios bem escritos, Kelly ganha poderes telepáticos, Curtis pode recuar no tempo, Alisha (Antonia Thomas) deixa qualquer um excitado só por lhe tocar na pele, e Simon passa a conseguir ficar invisível quando quer. O 5.º elemento, Nathan (Robert Sheehan), grande destaque das duas primeiras temporadas, fica aparentemente igual e sem qualquer poder.
    O nervoso, tímido, geek e renegado Simon, de pele muito branca e olhos claros, não tem o carisma e humor de Nathan - incapaz de memorizar o nome de Simon, 'Save me Barry!' - mas é a personagem melhor trabalhada e com o arco mais improvável neste universo de super-heróis-à-força com uniformes laranjas.
    Ah, uma coisa, esta é uma daquelas personagens em que os spoilers que aí vêm estragam tudo. De rapaz gozado e renegado, determinado em ser aceite e em não ser visto como o bizarro do grupo, a herói carismático que saca a miúda mais gira e sexy da série. A viagem de Simon é... uma viagem no tempo. O momento a partir do qual Simon se torna verdadeiramente interessante é indiscutível: o instante em que percebemos que é ele o encapuçado vestido de preto que anda a salvar Nathan, Curtis e especialmente Alisha, mais do que uma vez.
    A interligação do Simon que até aí conhecíamos com o Simon do Futuro, e a relação de ambos (que são um só) com Alisha, numa história de amor daquelas que leva as fãs a fazer vídeos com compilações de momentos no Youtube, é o que dá a Simon Bellamy um lugar nos nossos 100. Alisha apaixona-se pelo Simon do futuro (dono de um apartamento cheio de temporizadores e fotografias, e imune ao poder de Alisha, sendo assim o único cujas intenções ela sabe que são reais), morrendo este a sacrificar-se por ela. E a morte dela na finale da 3.ª Temporada fá-lo compreender que aquele é o momento em que ele se torna o Simon do Futuro, recuando ao passado e abdicando de tudo para viver, ciclicamente, com Alisha. Para isso, e ignorando timelines contestáveis, Simon compra a um vendedor de poderes a capacidade de recuar no tempo sem retorno e, no passado, encontra esse mesmo vendedor comprando-lhe imunidade a todos os poderes (aquilo que o aproximara/ aproximará de Alisha). Aplica-se o slogan de 'Edge of Tomorrow': Live. Die. Repeat.
    Os momentos ao som de Spanish Sahara dos Foals ou Paradise Circus dos Massive Attack - 'Misfits' tem uma boa banda sonora - só reforçaram o percurso do rapaz que nos disse adeus com um I'm going to make a girl fall in love with me. E, tendo eu já tido dificuldade em aceitar a vida de 'Misfits' pós-Nathan, quando saíram Simon e Alisha, saí eu também.                                                     


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Nota Editorial: A compilação/ organização e ordem das personagens deste Top é responsabilidade de Miguel Pontares e Tiago Moreira. Os textos tiveram a colaboração de Lorena Wildering, Nuno Cunha, Cê e SWP.
Foram tidos em consideração séries com pelo menos 1 temporada, concluída a 1 de Outubro de 2015. Mais informamos que poderão existir spoilers relativos às personagens e/ ou às séries que elas integram, passíveis de constar na defesa e caracterização de cada uma das 100 personagens.

21 de janeiro de 2016

Crítica: Trumbo

A CAMINHO DOS ÓSCARES 2016
Realizador: Jay Roach
Argumento: John McNamara, Bruce Cook
Elenco: Bryan Cranston, Diane Lane, Helen Mirren, Michael Stuhlbarg, Louis C. K., Elle Fanning, John Goodman
Classificação IMDb: 7.5 | Metascore: 60 | RottenTomatoes: 74%
Classificação Barba Por Fazer: 74


    29 de Setembro de 2013. Diz-vos alguma coisa? Foi o dia em que 'Breaking Bad' teve o seu derradeiro episódio Felina, da quinta temporada. Dois anos e qualquer coisa, Bryan Cranston - vencedor de 4 Emmys e de 1 Globo de Ouro como Walter White - consegue a sua primeira nomeação para um óscar.

    'Trumbo', mais valorizado pelos Screen Actor Guild Awards e pelos Globos do que pela Academia, pareceu desde a nascença um projecto com selo de óscares. A seu favor: o Cinema estar mortinho por abraçar um actor que marcou a televisão entre 2008 e 2013 (e para sempre), e a personalidade em si - Dalton Trumbo.
    Um argumentista que, por ser associado ao comunismo, viu-se obrigado a assumir um pseudónimo ou a dar crédito a outros argumentistas, na escrita dos seus Argumentos, dois deles - 'The Brave One' e 'Roman Holiday' - vencedores de óscares.

    O conceito, uma hipótese da Academia e Hollywood fazerem justiça indirectamente em relação a uma figura altamente prejudicada, e o facto de ter Cranston como protagonista, chegava e sobrava à priori para 'Trumbo' orbitar as conversas sobre Óscares. É justo e genuíno o que 'Trumbo' faz pelos argumentistas, glorificando alguém que preferiu tornar-se um fantasma a abandonar a sua paixão e vocação, e é bom conhecer o homem que levava a máquina de escrever para o banho. Alguém que esteve numa lista negra (Hollywood Blacklist), fortemente oprimido por figuras incontornáveis da época como John Wayne e Hedda Hopper (Helen Mirren), com a sua liberdade roubada e punida (cumpriu inclusive pena de prisão) por ter uma ideologia política que muitos entendiam como errada.

    Sem ser um filme incrível, 'Trumbo' tem o mérito de fazer justiça. Embora com menor qualidade neste caso, procura alcançar o que 'The Imitation Game' conseguiu há um ano atrás, e é um daqueles bocadinhos de História e Cultura que, como 'Bridge of Spies', é sempre bom ter presente.
    Bryan Cranston está entre os 5 nomeados para Melhor Actor, naquele que vai ser O Ano de Leonardo DiCaprio, graças a um papel exigente mas alicerçado numa personagem forte por si só, com um discurso final "à oscares". Para nós, fãs incondicionais de 'Breaking Bad' e de Walter White, é muito difícil que qualquer outra coisa não pareça um passo atrás; a seu tempo, em vésperas dos Óscares, diremos de nossa justiça no que toca aos actores que nomearíamos - a Academia optou por DiCaprio, Fassbender, Redmayne, Damon e Cranston, mas é importante não ignorar grandes prestações como as de Michael B. Jordan, o pequeno Abraham Attah ou Michael Caine. E ainda não víamos tudo o que queríamos.

Dicas Fantasy Premier League - Jornada 23

Como sempre, prevê-se um fim-de-semana com bom futebol e câmaras a abanar com os festejos dos adeptos em Inglaterra.
    A jornada 23 de 38 tem como jogo grande o derby londrino - Arsenal contra Chelsea. O actual 1.º classificado enfrenta o campeão em título, que ocupa presentemente o 14.º lugar, num jogo que não contará com a crispada rivalidade Wenger/ Mourinho, e que poderá servir como vingança para os gunners depois de perderem por 2-0 em Stamford Bridge num jogo com "dedo" de Diego Costa. De resto, o West Ham-Manchester City, o Crystal Palace-Tottenham, o Leicester-Stoke e o próprio Manchester United-Southampton são garantias de que a jornada terá vários pontos de interesse.
    A conjugação destes jogos faz com que o 2.º (Leicester) receba o 7.º (Stoke), o 3.º (City) visite o 6.º (West Ham), o 4.º (Spurs) visite o 8.º (Palace), garantindo ainda tarefa difícil para os actuais 1.º e 5.º classificados. O Top-8 mantém os embates praticamente entre si, o que deve promover algumas alterações nos primeiros lugares no final desta jornada.
    Recuando até à jornada 22, Charlie Daniels foi o grande destaque em termos de Fantasy. O lateral-esquerdo do Bournemouth não sofreu golos, marcou de grande penalidade e ofereceu o primeiro golo pelos cherries a Afobe; Agüero (2 golos e uma assistência, demonstrando grande altruísmo ao preferir dar o golo a Silva do que procurar o hat-trick) foi igualmente destaque, bem como Ward-Prowse (bis de bolas paradas), Ashley Williams (deu a vitória, e conseguiu Bónus 3 pela 4.ª vez nos últimos seis jogos), Eriksen, Wijnaldum, Fàbregas, Silva e Kane. De uma forma geral, Rooney e De Gea escreveram a vitória do United em Anfield; Cech e Butland, principalmente o checo, mantiveram o 0-0 entre Arsenal e Stoke num jogo bem disputado; e o Chelsea conseguiu 1 ponto, para lá dos 5 minutos de compensação e em fora-de-jogo, numa partida que o Everton merecia ter ganho.
    O tempo passa e o Leicester City é 2.º classificado, em igualdade pontual (44 pts) com o líder, e enfrenta agora uma sequência complicada (Stoke e Liverpool em casa, City e Arsenal fora) numa altura em que o ataque tem rendido substancialmente menos (apenas 2 golos marcados nos últimos cinco jogos, para desgosto dos jogadores de Fantasy que mantêm Mahrez e Vardy nos seus plantéis).
(Podem-se juntar à Liga Barba Por Fazer: Código - 114493-481221)

Nesta 23.ª jornada, sugerimos:

Odion Ighalo - Watford - 6.4
    O facto do nigeriano não ter marcado nos últimos três jogos não é motivo de drama. Com 14 golos marcados, Ighalo mantém-se o 3.º melhor marcador da Premier League, apenas atrás de Lukaku e Vardy, e o trajecto, tanto o seu a nível individual como o do Watford de Quique Flores, tem sido incrível e acima das expectativas.
    Tendo marcado 7 golos em 6 jogos seguidos, os últimos jogos terão deixado desiludidos aqueles que o contrataram durante o seu melhor período, mas os golos devem voltar em breve.

    O adversário desta jornada é o Newcastle, equipa que tem crescido e que se está a reforçar (Shelvey e Saivet parecem boas contratações) mas que se agiganta em jogos contra equipas grandes, e que é bastante mais forte em casa do que fora. Por tudo isto, Ighalo poderá regressar ao seu melhor nível e, importa não esquecer, na primeira volta o Watford venceu fora por 2-1 e Ighalo marcou.. os dois golos do Watford.    


Ross Barkley - Everton - 7.3
    Faz sentido vender Barkley como mais de 30,000 utilizadores estão a fazer nesta ronda? Parece-nos que não. O médio britânico soma 6 golos e 8 assistências, números melhores do que os seus melhores totais de época, e tem 3 jogos em casa nas próximas 4 jornadas.
    É certo que Barkley, tal como Wijnaldum ou Ayew, tem sido um daqueles jogadores que tem tido mais pontos no Fantasy do que o seu rendimento real indica (mais números, menos futebol), mas é impossível ignorar a fome que apresenta, especialmente junto dos seus adeptos em Goodison Park, e com um Euro-2016 no horizonte a coisa não há-de ficar por aqui. Juntam-se ainda ao raciocínio 2 pontos a favor: primeiro, a frescura e confiança de Agüero (Kun e Sturridge são, provavelmente, os jogadores que interessa acompanhar durante algumas jornadas para ter a certeza se a aposta é segura) levarão muitos jogadores a comprar o argentino, e Barkley pode ser uma boa opção para quem queira "economizar" no meio-campo; depois os toffees estarão mais do que determinados a garantir 3 pontos nestes jogos em casa depois de perder dois injustamente em casa do Chelsea; e, por fim, com Baines a subir de forma e a possibilidade de Martínez colocar Mirallas e Deulofeu nas alas, Barkley pode ser o 2.º grande beneficiado, a seguir ao evidente Romelu Lukaku.


Patrick van Aanholt - Sunderland - 4.6
    É bastante provável o Bournemouth marcar no terreno do Sunderland, e pode até ganhar o jogo, e quem nos tem acompanhado deduzirá que o estilo de jogo dos cherries nos atrai e entusiasma bem mais do que a proposta dos black cats. No entanto, não se pode ignorar o momento do holandês van Aanholt.
    Quando um defesa marca em 3 jogos consecutivos, é aconselhável considerá-lo uma boa opção. O lateral do Sunderland, quer jogue como lateral ou como ala esquerdo, menos preso graças à estrutura de 3 centrais, é um dos dinamizadores de jogo do penúltimo classificado, e apresenta-se incrivelmente confiante (9-11-6 nos últimos 3 jogos em termos de pontos).
    O Sunderland-Bournemouth é jogo de manutenção, e os black cats têm-se apresentado intensos e determinados nos jogos recentes com esse perfil (Aston Villa e Swansea). Conseguirá van Aanholt dar seguimento ao seu momento?


Wayne Rooney - Manchester United - 10.0
    Longe vai 2015, no novo ano temos tido um novo Rooney. Melhor dizendo, o "velho" decisivo Rooney. Deu a vitória, de grande penalidade contra o Swansea, fez 2 golos e uma assistência no empate a três bolas com o Newcastle, e agradeceu as defesas de De Gea com o golo solitário que decidiu o Liverpool-Manchester United.
    Louis van Gaal agradece o renascimento de Rooney e o capitão dos red devils tem agora dois excelentes testes - ambos em Old Trafford, mas contra uma defesa que se reencontrou com Forster na baliza (Southampton) e outra que é das cinco melhores (Stoke).
    O Fantasy faz-se de mudança, e de saber quando comprar e quando vender. Vardy, Ighalo, Mahrez e Lukaku parecem ter "secado" nos últimos jogos, em sentido inverso ao reaparecimento de clássicos como Agüero e Rooney. Não vale a pena abdicar já de Lukaku nem Ighalo, assim como, ao contrário de comprar Agüero, ainda é muito cedo para Rooney ser obrigatório. É certamente um daqueles jogadores que dá gosto ter, por tudo o que representa para o clube, mas o clube precisa de crescer ofensivamente para que Rooney minimize o seu estatuto enquanto risco.     


Jordan Veretout - Aston Villa - 5.6
    O Aston Villa de Remi Garde está a dez pontos do Swansea, primeira equipa acima da linha de água. Tudo aponta para que a equipa de Birmingham, um dos históricos da Premier, acabe mesmo por descer, mas - tal como os "amigos" Sunderland e Newcastle - os últimos jogos têm mostrado melhorias e uma equipa que não vai atirar ainda a toalha ao chão.
    Uma vitória incontestável frente ao Crystal Palace (é certo que Hennessey ofereceu o golo, mas o Aston Villa dominou e pressionou o Palace o jogo todo) e um empate diante do sensacional Leicester deixam o Aston Villa com alguma esperança - nos próximos quatro jogos, seria positivo conseguir 6 pontos. O guardião Bunn tem aproveitado e justificado a titularidade (6-10 nas duas vezes em que lhe foi confiada a baliza), mas quem se tem destacado silenciosamente, principalmente desde que Garde chegou, é o francês Veretout. O ex-Nantes já fez 4 assistências e tem potencial para ser muito mais preponderante, assumindo-se como peça-chave. Precisa, indiscutivelmente, de alguns companheiros novos (leia-se reforços).
    Teremos um WBA 0-0 Aston Villa, ou uma boa surpresa? Contamos com o médio francês para desbloquear a teia do mestre Pulis.


Outras Opções:
- Guarda-Redes: Na baliza, a dúvida é perceber se David De Gea (5.6) volta a demonstrar porque é que começa a beliscar o estatuto de Neuer enquanto melhor do mundo na posição, sendo o espanhol o guarda-redes com maior preponderância nos resultados da equipa entre as grandes equipas da Europa. Um dos pontos de interesse da jornada é ver a exibição de Cech (que conjunto de defesas contra o Stoke!) frente ao Chelsea, e acreditamos que eventualmente Kasper Schmeichel (4.5) e o jovem Jordan Pickford (4.0) possam ser opções interessantes.

- Defesas: No sector defensivo já mencionámos van Aanholt, mas há outro lateral esquerdo que se destacou na última jornada - Leighton Baines (6.1). O lateral do Everton é caro, mas o seu passado no Fantasy (Bónus, golos e assistências) não engana. O momento do Crystal Palace (5 jogos consecutivos sem marcar qualquer golo) reforça a ideia de que Toby Alderweireld (6.2), o defesa com mais pontos em prova, possa somar uma clean sheet; os defesas do WBA e do Leicester são, teoricamente, opções a considerar.

- Médios: Acima abordámos Barkley e Veretout, dois casos distintos uma vez que se o primeiro é um jogador para ter, o segundo é apenas um diferencial para ter em conta. Embora apresentem tendências recentes inversas, tanto Georginio Wijnaldum (6.9) como Riyad Mahrez (7.2) parecem opções atractivas nesta ronda - é importante terem presente, no entanto, que o holandês só costuma aparecer em St. James Park, e que Mahrez deve deixar de marcar as grandes penalidades do Leicester.
    O brasileiro Roberto Firmino (7.8) vem demonstrando aquilo que pode dar ao ataque de Klopp, e a apetência de Dimitri Payet (8.0) e do West Ham para os jogos grandes prometem vida difícil do Manchester City, embora David Silva - e não De Bruyne, desta vez - tenha uma palavra a dizer no apoio a Agüero. Mirallas, Özil (se apto) e Eriksen poderão também destacar-se neste fim-de-semana.

- Avançados: No ataque, e tal como falámos nos médios, Ighalo é uma aposta a sério, Rooney alguém (ainda) arriscado e cuja aposta não se justifica considerando que existem Romelu Lukaku (9.2) e Kun Agüero (13.3). Mas atenção a Vardy e atenção a Kane. Num patamar abaixo, Afobe, Martial e Deeney.


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11 (3-4-3): De Gea; Baines, Alderweireld, v. Aanholt; Mahrez, Wijnaldum, Barkley, Firmino; Ighalo, Agüero, Lukaku

Atenção a (Clássico; Diferencial):
Norwich v Liverpool - Roberto Firmino; Jordan Henderson
Crystal Palace v Tottenham - Toby Alderweireld; Christian Eriksen
Leicester City v Stoke - Jamie Vardy; Robert Huth
Manchester United v Southampton - Wayne Rooney; Anthony Martial
Sunderland v Bournemouth - Jermain Defoe; Patrick van Aanholt
Watford v Newcastle - Odion Ighalo; Troy Deeney
West Brom v Aston Villa - Gareth McAuley; Jordan Veretout
West Ham v Manchester City - Kun Agüero; David Silva
Everton v Swansea - Romelu Lukaku; Leighton Baines
Arsenal v Chelsea - Mesut Özil; Laurent Koscielny

20 de janeiro de 2016

Crítica: Joy

A CAMINHO DOS ÓSCARES 2016
Realizador: David O. Russell
Argumento: David O. Russell, Annie Mumolo 
Elenco: Jennifer Lawrence, Bradley Cooper, Robert De Niro, Édgar Ramírez, Diane Ladd, Isabella Rossellini, Elisabeth Röhm
Classificação IMDb: 6.6 | Metascore: 56 | RottenTomatoes: 60%
Classificação Barba Por Fazer: 63

    Desde o sucesso 'Silver Linings Playbook' (nomeado para 8 óscares, com Jennifer Lawrence a ganhar) que parece que David O. Russell insiste na mesma fórmula em busca de semelhante resultado. A musa Lawrence, o catalisador de JLaw, Bradley Cooper, e De Niro foram os 3 denominadores comuns a que O. Russell se agarrou em 2012, procurando baralhar o naipe utilizando praticamente as mesmas cartas em 2013 (American Hustle) e agora, com 'Joy'.
    O feitio problemático e desrespeitoso do realizador, capaz de humilhar qualquer um durante as gravações, deve também ser uma das razões que o limita a estes actores, com os quais se deve dar genuinamente bem. Jennifer Lawrence, sobretudo, quererá que esta parelha dure eternamente. O mesmo não pode ser dito em relação a George Clooney, Lily Tomlin, Christian Bale e Amy Adams (os últimos dois já fizeram o bis com O. Russell, mas Bale quase agrediu o realizador em 'American Hustle' para proteger Amy Adams).
    Antes de abordar o filme, interessa olhar para números: 'Silver Linings Playbook' 8 nomeações, 'American Hustle' 10 nomeações, 'Joy' uma nomeação. A colecção recente de David O. Russell representa 3 das 4 nomeações da carreira de Jennifer Lawrence, sempre nomeada em qualquer um dos três filmes, mas se as 8 nomeações de 'Silver Linings Playbook' eram justas, as 10 de 'American Hustle' eram um valor que em nada se adequava ao filme, decente sem dúvida mas que em anos mais lotados nem seria merecedor de grandes menções. E, com isto, chegámos a 'Joy', o pior dos três.
    'Joy' retrata de forma semi-biográfica a ascensão de Joy Mangano (Jennifer Lawrence), uma mulher divorciada, que vivia numa casa com os 2 filhos, a mãe, a avó e o ex-marido, e que inventou uma esfregona, miracle mop. A invenção viria a revelar-se um sucesso graças ao teleshopping, um mundo no qual lhe é dada uma oportunidade pelo executivo Neil Walker (Bradley Cooper). O filme, uma catadupa de obstáculos para uma mulher determinada e ambiciosa, acaba por ter pouco impacto no espectador. Desaponta inclusive, mesmo os maiores fãs de Jennifer Lawrence (o destaque do filme, incapaz de o salvar como um todo ainda assim), com personagens secundárias pouco desenvolvidas e uma realização/ argumento que não soube estar ao nível do potencial do filme e da qualidade dos actores envolvidos.
    Lawrence é uma força da natureza, sobre-valorizada para muitos com certeza, mas sofre com o facto de 'Joy' não conseguir ser globalmente o que por exemplo 'Erin Brockovich' foi no início do século.

    Aqui no BPF optamos por falar dos filmes que merecem ser falados por bons motivos. Mas costumamos abordar todos os filmes que contenham nomeados para as principais 6 categorias. Jennifer Lawrence está nomeada pela 4.ª vez em 6 anos, num ano que deve ser de Brie Larson mas no qual várias actrizes estiveram incríveis - Saoirse Ronan (Brooklyn), Cate Blanchett (Carol), Charlotte Rampling (45 Years) foram as restantes actrizes nomeadas, mas não nos podemos esquecer de Charlize Theron, Sarah Silverman, Emily Blunt e dos desempenhos menos mediáticos da novata Bel Powley (The Diary of a Teenage Girl) e de Olivia Wilde (Meadowland).

    É indiscutível que David O. Russell consegue tirar o melhor de Jennifer Lawrence, e temos todos que lhe estar gratos por isso, mas não há nada de mal em dizer que 'Joy' podia ter corrido melhor. Uma oportunidade para O. Russell se reinventar, enquanto que Jennifer Lawrence tem colaborações já agendadas com Steven Spielberg, Morten Tyldum e Darren Aronofsky nos próximos anos. A nova melhor amiga de Amy Schumer vai andar pela guerra, entrar num filme de ficção científica, mas a maior curiosidade é mesmo ver o que Aronofsky tem preparado para ela.

100 Melhores Personagens de Séries - Nº 70



Série: The Wire
Actor: Tristan Wilds


por Miguel Pontares

    Naquela que ainda é, a meu ver, a série da História da Televisão com maior número de personagens bem construídas, a quarta temporada de 5 de 'The Wire' é referida muitas vezes como a melhor. E a razão é simples: no pós-Stringer Bell (Idris Elba), David Simon explorou uma realidade nova, a rua vista e vivida por quatro miúdos.
    Acompanhar o dia-a-dia e crescimento em Baltimore de Michael, Randy, Dukie e Namond, os quatro amigos inseparáveis, deu a 'The Wire' um impacto emocional diferente. A presença de Michael neste Top é, de certa forma, uma forma de ter o quarteto aqui presente.
    Namond era o bad boy que acaba debaixo da asa do Major Colvin, Dukie o rapaz que se destacava na escola, ajudado por Prez, mas com um fim trágico e angustiante; e Randy, com as suas trancinhas, grande sorriso e mil ideias e esquemas, acaba entregue à assistência social, mesmo depois de Carver o tentar ajudar.
    O actor Tristan Wilds foi visto por milhões no "Hello" de Adele, antes entrou em '90210', mas para mim ele é e será sempre Michael. Uma espécie de líder entre os quatro jovens, Michael protegeu sempre o meio-irmão mais novo, Bug, tomando conta dele e educando-o, enquanto a mãe passava todo o tempo sob o efeito de drogas. No início, se há alguém que ficamos a achar que poderá fugir à rua e a uma má vida, esse alguém é Michael, graças ao seu carácter, à capacidade de dizer não (o momento em que rejeita dinheiro de drug dealers agarra-nos imediatamente), revelando maturidade, lealdade e coragem.
    O jovem pugilista treinado por "Cutty" acaba por renunciar aos seus princípios, tornando-se soldado de Marlo Stanfield e tendo a sua própria esquina, depois de recorrer a este por ser o único capaz de retirar o padrasto abusivo da vida dele. Como consequência de vários problemas, acaba por ter que abdicar de estar com Bug, deixando o irmão seguro e ao cuidado da tia, e no fim é arrepiante quando, a falar com Dukie, Michael já não se lembra de algo que aconteceu no começo da quarta temporada, quando todos eram mais inocentes e livres de problemas sérios. Aquele "I Don't", para além de ser um murro no estômago dos espectadores, funciona como prova da viagem brutal que Michael, Dukie, Randy e Ramond fazem durante as duas temporadas finais da série.
    Ao contrário de Dukie, que acaba como sem-abrigo e a drogar-se, a última vez que vemos Michael, vemo-lo como herdeiro do papel social de Omar Little. E a mais ninguém ficaria tão bem a caçadeira, e aquele final.    
                                                                                                                                     

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Nota Editorial: A compilação/ organização e ordem das personagens deste Top é responsabilidade de Miguel Pontares e Tiago Moreira. Os textos tiveram a colaboração de Lorena Wildering, Nuno Cunha, Cê e SWP.
Foram tidos em consideração séries com pelo menos 1 temporada, concluída a 1 de Outubro de 2015. Mais informamos que poderão existir spoilers relativos às personagens e/ ou às séries que elas integram, passíveis de constar na defesa e caracterização de cada uma das 100 personagens.

18 de janeiro de 2016

100 Melhores Personagens de Séries - Nº 71



Série: Modern Family
Actor: Eric Stonestreet

por Lorena Wildering

    Está na altura de chegarmos à comédia mais querida dos Emmys dos últimos anos: “Modern Family”. Já conta com 67 nomeações, 21 das quais saíram vencedoras, incluindo 5 para “Outstanding Comedy Series” (partilha o recorde com “Fraiser”) e 2 para os actores que interpretam Claire (Julie Bowen) e Phil Dunphy (Ty Burrell) e o ocupante deste lugar, Cameron ‘Cam’ Tucker (Eric Stonestreet).
     “Modern Family” acompanha (passo a redundância) uma família moderna composta por uma grande e confusa árvore genealógica de 12 miúdos e graúdos. Um deles é Cam, marido de Mitchell e pai adoptivo de Lily (lá está o moderno). Por um lado, é o esterótipo do homem gay: sempre vestido com uma camisa berrante e colorida, amante de musicais como Billy Elliot e um eterno drama queen. Por outro, cresceu numa quinta no Missouri e é um excelente jogador de futebol americano e adepto de desporto em geral.

    Quando era adolescente, cresceu o interesse em se mascarar de palhaço quando descobriu que eram pessoas normais com maquilhagem — eis que nasce Fizbo, uma persona recorrente em festas de aniversário, muito para o desespero de Phil. Fizbo, aliás, foi criado pelo próprio actor aos 11 anos, e foi o episódio que apresentou esta persona que lhe valeu um dos seus Emmys.
    A personalidade extrovertida de Cam e o facto de querer ser sempre o centro das atenções choca com o caráter tenso, ansioso e discreto de Mitchell, o que resulta sempre em desacordos hilariantes entre os dois. “Modern Family” é, sem qualquer sombra de dúvida, uma grande série de comédia. Na minha opinião, apenas comparável a “Friends”, no sentido em que há sempre — sempre — pelo menos um momento em que é justificável atirarmos a cabeça para trás a rir em voz alta.

    Já são seis anos a acompanhar esta família, já conhecemos as suas manias, as confusas conexões familiares, os tiques, a frequência das respostas afiadas de cada um, os sotaques… mas estes últimos ficam para depois.                                                                                                                                    

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Nota Editorial: A compilação/ organização e ordem das personagens deste Top é responsabilidade de Miguel Pontares e Tiago Moreira. Os textos tiveram a colaboração de Lorena Wildering, Nuno Cunha, Cê e SWP.
Foram tidos em consideração séries com pelo menos 1 temporada, concluída a 1 de Outubro de 2015. Mais informamos que poderão existir spoilers relativos às personagens e/ ou às séries que elas integram, passíveis de constar na defesa e caracterização de cada uma das 100 personagens.