22 de julho de 2011

Vermelho por Palavras


Quarta-feira passada, à noite, podiam-me encontrar numa cadeira vermelha junto duma relva bem tratada a ver a apresentação do Benfica versão 2011/2012. Não compreendi a presença de um vasto número de africanos vestidos de nativos a dançarem em redor do tapete vermelho no qual iam surgindo os jogadores. Eu sei que o Benfica tem bastantes investidores angolanos mas… podiam integrar-se duma forma mais lógica. É que quem entrava no estádio sentia que estava a ver o jogo de inauguração do mundial 2010, na África do Sul. Mas pronto, foi uma festa bonitinha até. O jogo não. Foi bastante entediante. Na 1ª parte o Nolito e o Urreta animaram a coisa, mas não o suficiente. Na 2ª apareceu o Enzo Pérez, e o Saviola esteve bem, para além do Witsel (que não sabe jogar mal). Não percebi a lógica de, como vi em muitos sítios, considerarem o golo do Benfica um “golo de sorte”. Se eu tivesse os meus olhos fechados durante todo o jogo e apenas os abrisse quando o Jardel “rematou” a bola, aí sim considerava um golo de sorte. No entanto, eu mantive os meus olhos abertos. E pude constatar que o livre indirecto que deu o golo teve por base uma jogada ensaiada que o Benfica já tinha tentado fazer por 2 vezes nesse jogo, e uma vez no torneio do Guadiana - Livre de Aimar, Javi Garcia a aparecer ao 2º poste a cabecear para a pequena área, pedindo um desvio para a baliza. No golo encarnado ainda houve após o cabeceamento de Javi Garcia, um passe de Saviola para a zona onde estava Jardel. O remate foi atabalhoado, mas não foi um golo de sorte.. Tantas vezes o canteiro vai à fonte... E, também, a sorte procura-se.

                Na apresentação gostei de ver Garay (que até cabeceou uma bola ao poste na 2ª parte), no qual deposito bastantes expectativas, ao contrário do que pensava há 1 mês atrás. E gostei de não ver o Capdevila, porque fiquei com uma réstia de esperança relativamente à possibilidade de ele não assinar pelo Benfica. Mas assinou. E agora só nos resta apoiar o defesa esquerdo titular da selecção campeã do mundo e da europa. Ele podia era lavar o cabelo. Não lhe ficava nada mal um banho. Por falar em selecções, o Benfica agora passa a contar no seu plantel com o guarda-redes titular da selecção (Eduardo) e um dos 3 médios titulares (Carlos Martins). Porém, no Benfica, não se antevê que sejam titulares. Eduardo será um suplente provavelmente mais utilizado do que Moreira, Júlio César ou Roberto seriam se ficassem e Carlos Martins será 3ª opção, se ficar. O que apenas demonstra a qualidade do Benfica. Nós temos titulares da selecção que ocupa o 7º lugar do ranking FIFA, mas eles estão no nosso banco.

No último “Remate à Benfica”, TM disse que Danilo seria a contratação mais cara do futebol português. Disse-o, em parte, porque ambos achávamos isso, mas o primeiro a dizer “O Danilo é a contratação mais cara de sempre do futebol português” até fui eu, portanto fica aqui um pedido de desculpas. De qualquer forma, TM, ponderado e precavido disse “Se não estou em erro” o que o salva de quaisquer culpas, que até seriam minhas. Soubemos que não era Danilo porque um amigo nosso corrigiu-nos. A contratação mais cara de sempre do futebol português foi Hulk: o Porto pagou inicialmente 5,5 milhões por 40% do passe de Hulk e mais recentemente pagou 13,5 milhões por mais 45% do passe. Conclusão: o Porto pagou 19 milhões por Hulk e ainda nem o tem todo. E fala-se que Danilo poderá custar mais 3 milhões do que os 13 que foram comunicados à CMVM. E depois fala toda a gente dos imensos jogadores que o Benfica contrata e do dinheiro que gasta. O Benfica ao menos consegue contratar vários não gastando tanto dinheiro. O Porto prefere ir comprando a vaca aos bocados ou a garoupa posta a posta. Assim não se presta tanta atenção àquilo que eles gastam.

Fonte: Henricartoon - SAPO
O Sporting está a apostar em fazer a sua pré-época para se sentir capaz de defrontar, na Taça de Portugal, o poderoso Tondela. Parece-me que jogar com Alta de Lisboa, Presikhaaf, Telstar e Ankaragücü foi a forma que o Sporting arranjou de conseguir assimilar uma cultura de vitória na pré-época. O Benfica prefere preparar-se um bocadinho mais a sério, com PSG, Anderlecht e Toulouse. São formas de olhar para o futebol.
Há poucos dias estava na MegaStore do Benfica, junto ao Estádio. Bastava ser do Benfica para ser Mega, mas quem a criou teve o cuidado de ressalvar esse pormenor permanentemente. Estava lá com TM e dois jovens benfiquistas e estivemos a apreciar a nova camisola do Benfica. Ao olhar para o tamanho S (small), TM disse “O Vukcevic é que usa sempre o S” e isso deixou-me a pensar sobre o funcionamento da “casa” sportinguista. Ora, concluí que o Sporting tem apenas uma camisola S no balneário da equipa principal. Vukcevic usa o S para que o seu corpo não respire e pareça muito musculado, mas havia alguém há tempos que também usava o S, porque o seu pequeno corpo assim o pedia – João Moutinho. E daí na Era Paulo Bento, Vukcevic estar sempre de castigo. É que, se bem se lembram, Moutinho jogava sempre. E isso fazia com que a camisola S estivesse sempre ocupada. Com a saída de Moutinho, Vukcevic começou a jogar mais. Esta época, ao perceberem que iam dispensar Vukcevic, os dirigentes leoninos perceberam também que a camisola S ficaria sem dono. E assim se explica a chamada do pequeno Pereirinha quando já nada o fazia prever. MP

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