22 de julho de 2011

Garganta Cinéfila

American History X (1998)
 

Realizador: Tony Kaye 
Elenco: Edward Norton, Edward Furlong 
Classificação IMDb: 8.6 
             
            Hoje falo-vos dum filme pesado em alguns momentos, mas com uma moral a retirar e um excelente desempenho de um dos actores que mais respeito e que infelizmente não tem feito muitos filmes recentemente – Edward Norton.
            Em “American History X” ou, em português, “América Proibida” Edward Norton é Derek Vinyard. Derek é um jovem skinhead (defendendo ideais como o nazismo e o neo-nazismo) em parte motivado pela morte do seu pai – um bombeiro que morrera baleado por marginais ao tentar apagar um incêndio num bairro de negros. A raiva e o radicalismo em si presentes fazem-no criar um grupo extremista e violento, funcionando como líder de pensamento para muitos outros jovens, inclusive o seu irmão Danny (Edward Furlong). Derek Vinyard acaba por ser detido por matar um negro que estava a assaltar o seu carro e, é precisamente no tempo passado na prisão que incide parte do filme, mostrando a mudança na mente de Derek, e uma nova forma de olhar para o mundo, compreendo que todas as raças têm direitos iguais e não nenhuma mais pura. O seu grande objectivo ao sair da prisão passa por mudar a forma de pensar do seu irmão Danny (muito influenciado pelo idealismo que Derek defendera) e cujo ódio foi crescendo durante o tempo em que o irmão esteve na prisão. A questão é: conseguirá Derek mudar o irmão a tempo e remediar o mal que originou?
Com este filme, Edward Norton foi nomeado para o óscar de melhor actor principal, mas acabou por ganhar Roberto Benigni em “A Vida é Bela”.         
Um dos grandes segredos de Tony Kaye para o sucesso deste filme é precisamente o jogo de cores que usa mostrando a visão pré-prisão de Derek a preto e branco, evidenciando que na sua mente a distinção era feita dessa forma simplista, e a visão pós-prisão de Derek, 100% cromática, passando a ver o mundo com todas as cores que o compõem e aceitando a existência dessas mesmas cores. Não é o pormenor de génio de Steven Spielberg com a rapariga de vestido vermelho em “A Lista de Schindler” mas não se pode dizer que ande muito longe. Se só pudesse rever 10 filmes dos que já vi, este seria um deles. Vale a pena ver. MP

Citações do filme:

Bob Sweeney: There was a moment, when I used to blame everything and everyone for all the pain and suffering and vile things that happened to me, that I saw happen to my people. Used to blame everybody. Blamed white people, blamed society, blamed God. I didn't get no answers 'cause I was asking the wrong questions. You have to ask the right questions.
Derek Vinyard:
Like what?
Bob Sweeney:
Has anything you've done made your life better?”

Danny Vinyard: People look at me and see my brother.”

Danny Vinyard: So I guess this is where I tell you what I learned - my conclusion, right? Well, my conclusion is: Hate is baggage. Life's too short to be pissed off all the time. It's just not worth it. Derek says it's always good to end a paper with a quote. He says someone else has already said it best. So if you can't top it, steal from them and go out strong. So I picked a guy I thought you'd like. 'We are not enemies, but friends. We must not be enemies. Though passion may have strained, it must not break our bonds of affection. The mystic chords of memory will swell when again touched, as surely they will be, by the better angels of our nature.'”


Spread (2009)


Realizador: David Mackenzie
Elenco: Ashton Kutcher, Anne Heche, Margarita Levieva.
Classificação IMDb: 6.0

                Um filme modesto, mas com uma boa moral. É isto que vos recomendo esta semana. O típico filme de Domingo à tarde. A estrela central é Ashton Kutcher e o filme não foge muito àquilo que são os filmes em que o actor tem entrado. Integra-se nas comédias românticas.
                Nikki é um playboy que vive nas maiores luxúrias através de outras mulheres. Não tem onde viver. A sua casa vai mudando consoante a rapariga com quem ele está (o que faz com que não esteja muito tempo na mesma casa). Nikki vai a todas as festas in e é aí que conhece estas mulheres com grandes posses. Nunca se preocupa com os sentimentos das mulheres e nunca se afeiçoa a elas. Quando fica um tempo sem “namorada”, refugia-se em casa do melhor amigo Harry.
                A sua vida muda quando conhece uma empregada de restaurante. Ele apaixona-se e tenta tudo para conquistar a empregada Heather. Os dois acabam por se envolver. O que Nikki não sabe é que Heather joga o mesmo jogo que ele. Têm os dois o mesmo estilo de vida. Terão então que optar por uma vida luxuosa ou pelo amor.
                Este é um filme que muitas mulheres dizem que os homens deviam ver. Não é nada do outro mundo mas é agradável de se ver e tem uma boa moral no fim. Como no início referi, é um filme de Domingo à tarde. TM

Citações do filme:
"Nikki: When you're a kid, it's LA that teaches you how to dream. Tell me that you didn't learn more from the movies than you did from school, more from TV than you did from your parents. And what do we learn? We learn to believe in fairy tales."

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