14 de julho de 2015

Crítica: Jurassic World

Realizador: Colin Trevorrow
Argumento: Rick Jaffa, Amanda Silver, Colin Trevorrow, Derek Connolly, Michael Crichton
Elenco: Chris Pratt, Bryce Dallas Howard, Nick Robinson, Irrfan Khan, Ty Simpkins, Vincent D'Onofrio, Omar Sy
Classificação IMDb: 7.0 | Metascore: 59 | RottenTomatoes: 71%
Classificação Barba Por Fazer: 64

    Num raciocínio que muita gente já fez, quem acorde de um coma muito prolongado duvidará que estamos efectivamente em 2015. Em Hollywood virou moda o reboot, ou em vários dos casos uma segunda vida ou sequência para blockbusters que têm histórias de sucesso para contar. 'Jurassic World', 'Mad Max', 'Terminator' e 'Star Wars' são ao mesmo tempo a confirmação do saudosismo, a assunção de que por vezes falta imaginação para inventar algo de raíz, mas sempre com uma pesada responsabilidade trazida pelo passado. Essa responsabilidade existe nos franchises 'Mad Max' e 'Terminator' e mais do que em qualquer outro no VII episódio de 'Star Wars'. No mundo jurássico, não tanto.
    Foi em 1993 que Spielberg, com Sam Neill, Laura Dern e Jeff Goldblum no elenco, deu início ao parque temático. O filme marcou indiscutivelmente o cinema, mas foi piorando progressivamente nas versões de 1997 e 2001. Pois bem, 'Jurassic World' não consegue superar o "efeito novidade" da primeira vez, mas no meio de tudo isto é bem capaz de ser o 2.º melhor dos quatro. Spielberg, realizador dos 2 primeiros, volta a figurar apenas enquanto produtor, com a realização entregue a Colin Trevorrow (circulam rumores que terá a missão de realizar o Star Wars XI).
    Em 'Jurassic World' a acção regressa à Ilha Nublar, do 1.º filme, e decorre 22 anos depois num parque temático renovado e gerido por Simon Masrani (Irrfan Khan). Para combater o decréscimo de visitantes, é "cozinhada" uma nova atracção, um dinossauro - Indominus rex - geneticamente alterado, que acaba por fugir e espalhar o terror. Ou não fosse a história dar mais ou menos sempre ao mesmo. Para além da premissa-base, a manager do parque, Claire (Bryce Dallas Howard), procura garantir que nada acontece aos seus sobrinhos, Zach e Gray, e conta para isso com a ajuda de um ex-militar convertido em treinador de velociraptors, Owen Grady (Chris Pratt).

    O filme entretém, é certo, mas não tem a mesma aura de antes. O facto de ultrapassar as 2 horas de duração é também um exagero e um ponto em desfavor, mas do ponto de vista positivo há um casting bem feito. O peso da marca atraiu Vincent D'Onofrio e Irrfan Khan, Omar Sy dá mais um passo ligeiro na sua adaptação a Hollywood, e Bryce Dallas Howard (sim, toda a gente já mencionou o pormenor de correr todo o filme com sapatos de salto alto) faz sentido no contexto. No entanto, é sobre dois outros actores que importa falar. O jovem Nick Robinson tem em 'Jurassic World' a sua primeira montra, não para o seu talento, é certo, mas em termos mediáticos; ele, que revelou potencial no indie de 2013 'The Kings of Summer'.
    E por fim, Chris Pratt. A temporada de 2014/ 2015 mudou em definitivo a vida do actor de 36 anos. O facto de ter dado voz ao pequeno Lego Emmet não chocou ninguém, mas ninguém adivinharia a sua súbita ascensão - transformou-se, tornou-se o rosto de 'Guardians of the Galaxy' e agora 'Jurassic World'. Resta apenas dizer que em 2016 contracenará com Jennifer Lawrence, e se há algo que este Owen Grady provou é que suceder a Harrison Ford como Indy não ficaria nada mal ao homem que tornou viral o momento de acalmar 4 dinossauros.
    O melhor seria o franchise parar por aqui, mas o inevitável (?) bom Box Office é um prenúncio de um regresso daqui a uns anos.

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