11 de janeiro de 2014

Premier League: Chelsea líder provisório; Adam Johnson brilha e Defoe despede-se com golo

  Premier League - Depois de uma pausa mais prolongada que o normal - devido aos jogos da Taça, não havia Premier League desde 1 de Janeiro - o espectáculo voltou este Sábado. O Chelsea de Mourinho e com Hazard a fazer a diferença subiu provisoriamente à liderança (Manchester City e Arsenal jogam amanhã e 2.ª, respectivamente); Everton e Tottenham conseguiram exibições seguras nas suas vitórias; o Southampton sofreu mas garantiu 3 pontos graças ao seu capitão Adam Lallana. O nome deste dia foi no entanto o de um jogador do Sunderland: Adam Johnson.

    O Chelsea de José Mourinho inaugurou a jornada 21 da Premier League no KC Stadium (nome que o presidente do Hull City pretende alterar por achar pouco apelativo) com uma vitória por duas bolas a zero.
    Os Tigers até começaram melhor e na primeira meia hora exibiram um futebol solto obtendo maior posse de bola. Assim sendo, as grandes oportunidades no primeiro tempo pertenceram à equipa da casa. Livermore foi o primeiro a aquecer as luvas de Petr Cech com um remate potente a meia altura com o guardião checo a aliviar para canto com dificuldade. De seguida, Sagbo podia ter inaugurado o marcador após uma desatenção de John Terry. O central britânico aliviou a bola contra um adversário e Sagbo com Cech pela frente rematou de primeira ao lado. O Chelsea apenas carregou nos 15 minutos finais e Oscar esteve mesmo com o golo nos pés. Após brilhante trabalho de Eden Hazard, o médio brasileiro ficou sem marcação perto da área de grande penalidade e atirou para a baliza com McGregor a brilhar fazendo uma tremenda defesa! Mesmo a terminar, David Luiz colocou de novo McGregor à prova com um livre exemplarmente batido.
    Os Blues aproveitaram o balanço dos 15 minutos finais da primeira metade e continuaram dominadores. O segundo tempo começou como o primeiro acabou - com novo livre de David Luiz. O central brasileiro voltou a colocar à prova o guardião escocês, desta vez a fazer com que o mesmo fosse ao chão defender com bastante dificuldade. A pressão era tanta que o golo enfim surgiu. Tudo começou em David Luiz com o ex-benfiquista a dar para Ashley Cole que por sua vez devolveu a Eden Hazard de calcanhar. O belga foi flectindo para dentro com algumas ameaças de remate e quando se colocou em posição frontal com a baliza atirou uma verdadeira bomba para o fundo das redes. A meia hora seguinte não teve grandes oportunidades de golo com o Hull City a ressentir-se do golo e a não conseguir construir qualquer ataque. O Chelsea ia jogando o quanto baste para controlar o jogo e no fim sentenciou o jogo por Fernando Torres num contra-ataque iniciado em Willian. 
    O Chelsea sobe assim provisoriamente ao primeiro lugar com mais um ponto e mais um jogo que o Arsenal numa partida marcada pelas grandes exibições de Hazard e David Luiz e ainda pela boa exibição de Willian.

    Até onde vai o Everton? É a pergunta que muitos podemos e devemos fazer. A equipa de Roberto Martínez recebeu hoje em Goodison Park o Norwich e não vacilou. A equipa mais antiga de Liverpool marcou o 1.º através de um grande remate de Gareth Barry e dilatou a vantagem no segundo tempo com Kevin Mirallas a não dar hipótese num livre directo. John Ruddy ainda voou com a sua mão direita esticada, mas nada podia fazer. Os toffees passaram a somar 41 pontos e colocaram-se novamente no Top-4, embora seja previsível que amanhã o Liverpool de Suárez e Gerrard retome o seu justificado lugar de Champions. É notícia em Goodison Park a saída de Jelavic para o Hull City e o ingresso de Aiden McGeady, extremo irlandês do Spartak Moscovo, que muito útil será nesta 2.ª metade do campeonato. O futuro próximo reserva jogos fáceis em casa e complicados fora de portas. Hoje o jovem John Stones fez um bom jogo, fruto de uma academia da qual Ross Barkley (hoje não jogou) é a mais recente coqueluche e donde poderão dar o salto nos próximos anos jogadores como Ryan Ledson, George Green ou Chris Long, entre outros.
    Já o Tottenham recebeu o Crystal Palace e apanhou um susto logo no início. Dembélé derrubou Chamakh na grande área, provocando uma grande penalidade. A sorte dos spurs foi que Puncheon, chamado a converter, imitou Sergio Ramos e o seu célebre penalty na meia-final com o Bayern. Na 1.ª parte o único aviso da equipa de Sherwood foi dado pelo jovem Bentaleb e os golos surgiram na segunda parte. Eriksen fez um bom golo, depois de Adebayor ganhar uma bola nas alturas e Defoe - numa bonita despedida, visto que vai rumar à MLS - fechou o marcador.

    No St. Mary's Southampton e West Brom fizeram o jogo perdurar sem golos até aos 66', altura em que o recém-entrado Gaston Ramírez colocou a bola no capitão Adam Lallana, com o jogador inglês a rematar rasteiro e a decidir o jogo. O Southampton sofreu até ao final - o WBA melhorou com a entrada de Berahino - e valeu Boruc e a boa defesa dos saints a segurar o 1-0. A lesão de Walcott pode ter reforçado a eminente chamada de Lallana ao Mundial 2014 - o jogador do Southampton é actualmente um dos jogadores ingleses com melhor jogo de pés, técnica, capacidade de proteger a bola e de decisão.
    No Fulham-Sunderland esperava-se equilíbrio, com ligeiro ascendente do Fulham, mas não foi o que aconteceu. Porquê? Porque Adam Johnson assim o quis. O extremo inglês fez 3 golos e uma assistência, numa das melhores exibições individuais desta Premier League. Johnson fez o primeiro de livre directo, assistiu de livre indirecto o coreano Ki para o segundo da tarde, viu Sidwell reduzir e depois fez mais 2 golos pelo Sunderland - um após bom passe de Ki, completando o hat-trick de penalty.
    Por fim, o West Ham surpreendeu e ganhou em casa do Cardiff (terreno complicado) por 2-0. Carlton Cole fez o primeiro e Noble fechou as contas bem perto do final, para delírio de Allardyce no banco. A vitória teve outro significado por vir na sequência da pesada derrota por 6-0 com o City na Carling Cup.

    O Hull City (10.º) dista neste momento 6 pontos do 20.º e último classificado Crystal Palace. Muita coisa vai ainda mudar na Premier League, mas é altamente improvável que nos primeiros 9 lugares se intrometa alguma equipa que não uma das actuais: Chelsea, Arsenal, Manchester City, Everton, Tottenham, Liverpool, Manchester United, Newcastle, Southampton. São as 9 melhores equipas, às quais se poderia juntar eventualmente um Swansea sem a maré de lesões que flagelou esta temporada.

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