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No jogo grande da jornada - Manchester United-Tottenham - Eriksen e companhia estiveram em grande ao ganhar 3 pontos em Old Trafford (já no ano passado os spurs, na altura com Bale em grande, tinham vencido). O Manchester City bateu o Swansea mas acordou Wilfried Bony para um 2014 prometedor do costa-marfinense. Suárez e o entusiasmante Liverpool voltaram a recuperar um lugar de Champions, enquanto o Arsenal segurou a sua liderança com um final de nervos frente ao Cardiff. José Mourinho tem razões para sorrir, ganhou em casa do Southampton e tem dois talentos incríveis cada vez mais à sua imagem: Óscar e Eden Hazard.
No Teatro dos Sonhos, encontraram-se duas equipas com vários pontos em comum. Manchester United e Tottenham partiram para o jogo de hoje com 34 pontos, ambos a fazerem um campeonato infeliz, mas com algumas boas indicações deixadas nos últimos jogos. David Moyes fez alinhar Adnan Januzaj e o jovem jogador foi o principal destaque da 1.ª parte, com um entusiasmo e uma acutilância contagiantes. A defesa do Tottenham - Dawson e Chiriches estiveram impecáveis todo o jogo - foi cumprindo, e aos 34' Adebayor (o jogador ressuscitado por Sherwood) cabeceou sem hipóteses para De Gea, depois de uma boa transição na qual Eriksen, de cabeça levantada, cruzou de forma perfeita para o togolês. O United voltou para a 2.ª parte com bastante vontade de mudar o rumo dos acontecimentos, mas continuou a encontrar uma defesa intransponível e, noutro contra-ataque bem desenhado e simples, o Tottenham ampliou. Coube a Lennon o cruzamento ao qual Eriksen correspondeu com um golo de cabeça para êxtase dos spurs. O Manchester United respondeu no minuto seguinte, com Januzaj a fazer um grande passe para o golo de Welbeck (incrível compostura à saída de Lloris). Até ao final o United bem tentou, mas Lloris e a sua defesa seguraram o 2-1 com unhas e dentes, sendo que Vidic esteve perto do golo por 3 vezes no final do jogo.
O Arsenal passou a entrada no novo ano na liderança e hoje foi tarde para sofrer e ter um herói improvável. O Cardiff - bom jogo do capitão Caulker e do guardião David Marshall - aguentou até aos 88 minutos quando o dinamarquês Bendtner desfez o nulo com um remate de insistência na ressaca de uma tentativa de Sagna. Já no período de compensação Wilshere fez um passe com classe e Walcott picou a bola sobre Marshall. Uma justa vitória de um Arsenal sem Özil, Ramsey e Giroud, mas com muita vontade de segurar o seu 1.º lugar.
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O Liverpool recuperou um lugar de Champions (o 4.º, roubando-o ao Everton) depois de uma exibição imaculada. Frente ao Hull, que vinha da maior vitória da sua História no principal escalão, os reds viram Steven Gerrard regressar à competição, na 2.ª parte, mas antes disso já tinham resolvido o jogo. Agger marcou na 1.ª parte depois de um bom canto de Coutinho e o inevitável Luis Suárez fez o golo do jogo num livre sem qualquer hipótese de defesa. O uruguaio tornou-se hoje o jogador de sempre da Premier League a atingir mais rapidamente os 20 golos.
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Nos outros jogos, o Everton empatou em casa do Stoke: Leighton Baines empatou bem perto do fim de penalty, depois de Assaidi pôr o Stoke na frente; Crystal Palace e Norwich empataram 1-1, o Aston Villa venceu em casa do Sunderland com um golo de Agbonlahor e o Fulham ganhou 2-1 ao West Ham (golos de Sidwell, Berbatov e Diamé). Por fim, o WBA venceu o Newcastle com um golo solitário marcado já no fim. Debuchy foi expulso depois de uma entrada merecedora de vermelho e Berahino voltou a deixar boas impressões, não vacilando no penalty que decidiu o jogo.