1 de janeiro de 2014

Tottenham volta a ganhar em Old Trafford, Arsenal salva-se no fim e Chelsea continua a crescer

  Premier League - 2014 começou hoje e em Inglaterra não há directas nem grandes celebrações à meia-noite para os jogadores. Três ou 4 dias (dependendo dos casos) depois do último jogo, os festejos fizeram-se em campo, na 20.ª jornada do campeonato inglês.

    No jogo grande da jornada - Manchester United-Tottenham - Eriksen e companhia estiveram em grande ao ganhar 3 pontos em Old Trafford (já no ano passado os spurs, na altura com Bale em grande, tinham vencido). O Manchester City bateu o Swansea mas acordou Wilfried Bony para um 2014 prometedor do costa-marfinense. Suárez e o entusiasmante Liverpool voltaram a recuperar um lugar de Champions, enquanto o Arsenal segurou a sua liderança com um final de nervos frente ao Cardiff. José Mourinho tem razões para sorrir, ganhou em casa do Southampton e tem dois talentos incríveis cada vez mais à sua imagem: Óscar e Eden Hazard.

    No Teatro dos Sonhos, encontraram-se duas equipas com vários pontos em comum. Manchester United e Tottenham partiram para o jogo de hoje com 34 pontos, ambos a fazerem um campeonato infeliz, mas com algumas boas indicações deixadas nos últimos jogos. David Moyes fez alinhar Adnan Januzaj e o jovem jogador foi o principal destaque da 1.ª parte, com um entusiasmo e uma acutilância contagiantes. A defesa do Tottenham - Dawson e Chiriches estiveram impecáveis todo o jogo - foi cumprindo, e aos 34' Adebayor (o jogador ressuscitado por Sherwood) cabeceou sem hipóteses para De Gea, depois de uma boa transição na qual Eriksen, de cabeça levantada, cruzou de forma perfeita para o togolês. O United voltou para a 2.ª parte com bastante vontade de mudar o rumo dos acontecimentos, mas continuou a encontrar uma defesa intransponível e, noutro contra-ataque bem desenhado e simples, o Tottenham ampliou. Coube a Lennon o cruzamento ao qual Eriksen correspondeu com um golo de cabeça para êxtase dos spurs. O Manchester United respondeu no minuto seguinte, com Januzaj a fazer um grande passe para o golo de Welbeck (incrível compostura à saída de Lloris). Até ao final o United bem tentou, mas Lloris e a sua defesa seguraram o 2-1 com unhas e dentes, sendo que Vidic esteve perto do golo por 3 vezes no final do jogo.

    O Arsenal passou a entrada no novo ano na liderança e hoje foi tarde para sofrer e ter um herói improvável. O Cardiff - bom jogo do capitão Caulker e do guardião David Marshall - aguentou até aos 88 minutos quando o dinamarquês Bendtner desfez o nulo com um remate de insistência na ressaca de uma tentativa de Sagna. Já no período de compensação Wilshere fez um passe com classe e Walcott picou a bola sobre Marshall. Uma justa vitória de um Arsenal sem Özil, Ramsey e Giroud, mas com muita vontade de segurar o seu 1.º lugar.
    O rival Chelsea deslocou-se a casa do Southampton e Mourinho - sem Lampard, Ivanovic e David Luiz - colocou na frente de ataque Hazard, Mata e Schürrle, com Torres como referência ofensiva. A primeira parte foi incrivelmente dividida, com várias oportunidades para ambas as equipas. O Southampton chegou a atravessar alguns períodos de jogo com 70% de posse de bola e Adam Lallana ficou perto do golo por 3 ocasiões. Na 2.ª parte Mourinho (o treinador que mais golos e pontos consegue vindos do banco) trocou Mata e Schürrle por Óscar e Willian e o Chelsea resolveu o jogo. Óscar entrou endiabrado e decidiu o jogo praticamente sozinho. O médio brasileiro, entre vários lances interessantes, esteve na origem do 1.º golo. Óscar cruzou uma bola que acabou por bater no poste, encontrando Fernando Torres imediatamente e seguindo para as redes. Óscar voltou a destacar-se depois de brincar um pouco antes de dar um golo a Willian, e fechou ele as contas assistido por Hazard. Mourinho tem um grande plantel, está a começar a afinar a márquina, perdeu 1 único jogo (Stoke) nos últimos dez e a dupla Hazard-Óscar vai dar muito que falar nos próximos anos com Mourinho no comando dos blues.

    O Liverpool recuperou um lugar de Champions (o 4.º, roubando-o ao Everton) depois de uma exibição imaculada. Frente ao Hull, que vinha da maior vitória da sua História no principal escalão, os reds viram Steven Gerrard regressar à competição, na 2.ª parte, mas antes disso já tinham resolvido o jogo. Agger marcou na 1.ª parte depois de um bom canto de Coutinho e o inevitável Luis Suárez fez o golo do jogo num livre sem qualquer hipótese de defesa. O uruguaio tornou-se hoje o jogador de sempre da Premier League a atingir mais rapidamente os 20 golos.

    O Manchester City segue em 2.º a 1 ponto do Arsenal e com 1 ponto de vantagem para o Chelsea e hoje venceu em casa da equipa da Premier League que tem maior percentagem de posse de bola, em média - o Swansea. Fernandinho abriu o marcador na sequência de um canto, mas Bony (em ligeiro fora-de-jogo) empatou o jogo em cima do descanso. O City decidiu o jogo com Yaya Touré e Kolarov a atirarem o resultado para 3-1 em dois remates fortes, antes de Wilfried Bony bisar com o golo do jogo. O avançado do Swansea vai muito provavelmente começar a tornar-se finalmente um marcador de golos regular e destaque ainda para Yaya Touré que, nesta sua época incrível, chegou já aos 10 golos. Um jogador que era usado a trinco/ defesa em Barcelona e que agora marca 1 golo a cada 2 jogos na liga inglesa. Tem havido grandes jogadores nesta Premier (Suárez, sem margem para dúvidas, o melhor até ao momento) mas Yaya vai-se colocando como o jogador mais consistente ao longo das 20 jornadas jogadas.

    Nos outros jogos, o Everton empatou em casa do Stoke: Leighton Baines empatou bem perto do fim de penalty, depois de Assaidi pôr o Stoke na frente; Crystal Palace e Norwich empataram 1-1, o Aston Villa venceu em casa do Sunderland com um golo de Agbonlahor e o Fulham ganhou 2-1 ao West Ham (golos de Sidwell, Berbatov e Diamé). Por fim, o WBA venceu o Newcastle com um golo solitário marcado já no fim. Debuchy foi expulso depois de uma entrada merecedora de vermelho e Berahino voltou a deixar boas impressões, não vacilando no penalty que decidiu o jogo.

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