17 de novembro de 2013

Factor X: Top 8 Adultos

Senhoras e senhores, eis mais um artigo dedicado a mais um programa do Factor X português. No domingo passado o Bootcamp continuou e chegámos a uma fase determinante - a definição do Top 8 de cada jurado por via do "jogo das cadeiras". Começámos com os "Adultos" (concorrentes com mais de 25 anos), categoria de Sónia Tavares. O funcionamento era simples: cada um ia cantar e a Sónia no final tinha que ter as suas oito cadeiras ocupadas. Quem ela não quisesse, não se sentava e seguia para casa. Quem ela quisesse - definitivamente ou apenas momentaneamente - sentava-se e logo veria se aguentava até ao fim sem dar o lugar a ninguém. Nesta fase os restantes elementos do júri também comentam as actuações, mas a responsabilidade de decisão é do mentor de cada categoria. Vimos boas actuações e uma valente injustiça. (As 3 actuações - interessantes - dos três primeiros grupos de Paulo Ventura, tratá-las-emos juntamente com os seus pares nos Grupos, inseridos no próximo programa/ artigo).

TOP 8 Adultos: Sara Ribeiro, Berg, Jair Neves, Daduh King, José Freitas, Nuno Rainha, Tânia Cardoso, Filipa Portugal

    Em suma houve 5 boas actuações - Berg, Sara Ribeiro, Daniel Fontoura, Daduh King e Jair Neves. No entanto, nas oito cadeiras finais só vimos quatro destes concorrentes sentados.


    Teófilo Sonnemberg, ou Berg, é o alvo a abater, embora mantenha sempre a sua postura "boa onda", com humildade e respeito pelos adversários/ colegas. Berg escolheu cantar "Happy" de Pharrell Williams e foi uma escolha bastante inteligente. Mal abriu a boca e recordou a Sónia o seu timbre inconfundível pô-la a olhar para as 8 cadeiras ocupadas a pensar quem iria dali retirar, mas com "Happy" Berg conseguiu uma música actual, fácil de agarrar a plateia, sendo mais que suficiente para garantir a sua passagem, não sendo uma música com potencial para deslumbrar. Berg conseguiu assim não elevar muito a fasquia, para comparativamente o poder fazer na fase da casa dos júris e nas galas.
    A concorrente Sara Ribeiro já tinha mostrado qualidade - tínhamos dito que ela teria que subir o nível para se manter como opção válida - e foi provavelmente neste "Jogo das Cadeiras" a concorrente que mais melhorou. Cantou "Ouvi Dizer" de Ornatos Violeta, não apagou a performance da banda de Manel Cruz ou a versão de Filipe Pinto, mas a total entrega na música e a novidade de ouvirmos uma mulher a cantá-la fê-la ser a concorrente feminina mais forte no último programa.


    Jair Neves é, de facto, um 'diamante por lapidar' como foi intitulado pelo júri. Enquanto que Berg é o concorrente mais forte e o verdadeiro Factor X neste momento, embora um artista 100% feito, Jair tem ainda muita margem de progressão. Cantou "Jura" de Rui Veloso e o seu timbre e uma actuação harmoniosa e sentida foi suficiente para o levar para a próxima fase - esperemos que Sónia Tavares não decida optar por Jair ou Berg para, estupidamente, preterir um concorrente forte logo à priori. Em todo o caso, veremos se não opta por passar apenas um entre Jair Neves e Daduh King.
    Daduh King cantou bem, continua a evidenciar-se como uma das agradáveis surpresas deste programa, embora não justifique o rótulo "tu só não ganhas isto se não quiseres". De facto houve algumas falhas a nível de Inglês (ao ouvir-se a 1.ª vez talvez não se repare, mas com mais atenção é evidente) mas era uma das escolhas incontornáveis de Sónia para o Top 8.


    A injustiça desta fase deu pelo nome de Daniel Fontoura. O locutor da MegaHits conseguiu um feito impressionante - fazer-me dizer "Essa música do George Michael foi uma excelente escolha". Só isto já devia chegar para o fazer passar, mas aliado a isto Fontoura conseguiu com "One More Try" a actuação mais emocionante desta fase e, estava eu a pensar que a "Daniel" de Elton John, na versão dos Fuel, ficaria bem na voz dele, quando Sónia Tavares decidiu não o sentar, quando ainda tinha várias cadeiras vagas. Tinha lugar cativo num Top 8 normal, podia em todo o caso ter ido 'aquecer' a cadeira, mas acabou por aqui o bom caminho do Fontoura, infelizmente para todos nós.
    Foi também com bastante pena que vimos Ruben Silva abandonar o Factor X. O homem do Reggae talvez não chegasse às galas, mas precisamente a boa e diferente onda que transporta consigo fazia-o merecer um lugar nas oito cadeiras finais. Ter um caminho e um registo não é uma coisa má. "Posso esperar sentado" foi um bom momento.

    As duas grandes desilusões desta fase foram femininas e traídas pelo sistema nervoso. Inês David era clara favorita a conseguir um lugar no top 8, tendo até condições para lutar posteriormente por um lugar nas galas, mas bloqueou em cima do palco por 2 vezes consecutivas, não conseguindo cantar Jessie J. Já Nina Pereira vacilou também, falhando o timing de entrada em mais uma música angelical, embora desta vez mais comercial, admitindo que "as letras são o pior". Nas restantes actuações, Ângela Godinho podia muito bem ter ficado sentada até à próxima fase e José Freitas, embora longe do nível da audição (às vezes é esse o problema de entrar a matar e a deslumbrar) justificou evidentemente a passagem, embora não pareça tão absolutamente certa a sua presença nas galas como já pareceu.

Nota: Falaremos dos grupos Bring Us Tomorrow, Golden Soul e Helis & Ela no próximo artigo, juntamente com os outros grupos que veremos actuar neste domingo (17 de Novembro). Em todo o caso os 3 primeiros grupos deixaram uma excelente imagem, com algum mérito para Paulo Ventura/ produção no caso dos dois primeiros, pela junção de vários "talentos perdidos".

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