Crítica: This Is the End

Realizador: Seth Rogen, Evan Goldberg

Argumento: Seth Rogen, Evan Goldberg, Jason Stone

Elenco: James Franco, Jonah Hill, Seth Rogen, Jay Baruchel, Craig Robinson, Danny McBride, Michael Cera, Emma Watson, Christopher Mintz-Plasse, Rihanna, Channing Tatum, Kevin Hart, Jason Segel 

Classificação IMDb: 6.7 | Metascore: 67 | RottenTomatoes: 83%

Classificação Barba Por Fazer: 70

Há duas formas de eu me rir num filme. Somente duas. Ou o filme é uma comédia genial. Ou é muito estúpido. This is the End é… estupidamente genial. Ah, há outra forma de eu me rir – é quando o filme está cotado como filme de terror, mas quando se começa a ver é afinal uma comédia mentirosa e mascarada. Ok, afinal isso encaixa-se dentro do espectro do estúpido.

    Da mente de Seth Rogen e Evan Goldberg (e usei o singular pela aproximação humorística entre os dois) chega-nos uma das comédias do ano. This is the End explora o fim do mundo – o apocalipse – sendo que James Franco, Jonah Hill, Seth Rogen, Jay Baruchel, e todos os outros, fazem… deles mesmos.

    O argumento é simples. O Jay Baruchel viaja até Los Angeles para passar o fim-de-semana com o Seth Rogen, mas acabam por ir parar a uma festa em casa do James Franco onde está “toda a gente”. Isto dos actores fazerem deles mesmos dá muito jeito ao não ter que referir com parênteses quem é o actor que desempenha a personagem X.

    Quando nos primeiros 5 minutos de um filme conseguimos assistir ao famoso riso do Seth Rogen e a uma cena ao som de Backstreet Boys sabemos que aquilo ou dá algo muito bom ou muito mau. O filme à medida que avança torna-se ligeiramente parvo, mas não deixa de ir tendo momentos estranhos e cómicos que vão aguentando o espectador. E desculpa, Michael Cera, ri-me bastante quando morreste. E ainda não sei bem porquê.

    Pode-se dizer que This is the End é um “Último a Sair” com um orçamento bem maior e com actores de Hollywood. Estilos de humor diferentes mas todos eles invulgares e brutais. É impossível uma pessoa ficar indiferente a Jonah Hill (de regresso ao seu registo original, não-Óscar) e todos os diálogos que envolvem Seth Rogen, James Franco, Jay Baruchel e Craig Robinson valem a pena. Já agora, Danny McBride tem neste filme, mais ou menos, o efeito Tino de Rans no Último a Sair.

    O filme, pelo conceito e pelos actores envolvidos, podia ter dado algo épico em termos de comédia. Mas ficou num nível Bom-, digamos. Vejam que vale a pena, embora seja do género de filme que gera 2 pólos distintos entre aqueles que entram na onda e riem-se e os que desde o início não ficam convencidos com aquele humor tão bizarro e imprevisível. Ainda há os outros que vão começar o filme sérios e a dada altura libertam um riso no momento mais estúpido e depois é sempre a aviar (colocar o verbo aviar e Rihanna no mesmo texto: Mission accomplished). Em todo o caso, obrigado "This Is the End" porque agora já há algumas coisas que posso picar na minha checklist:

✓  Ver o Michael Cera a dar uma palmada no rabo da Rihanna

✓  Ver o Jonah Hill possuído (em 2 sentidos)

✓  Assistir a uma conversa entre o Jason Segel e o Kevin Hart, na qual o nível de alturas é… diferente

✓  Testemunhar a queda da Rihanna num buraco gigante rumo ao centro da Terra