30 de agosto de 2013

Crítica: We're the Millers

Realizador: Rawson Marshall Turber
Argumento: Bob Fisher, Steve Faber, Sean Anders, John Morris
Elenco: Jason Sudeikis, Jennifer Aninston, Emma Roberts, Will Poulter, Ed Helms
Classificação IMDb: 7.0 | Metascore: 44 | RottenTomatoes: 47%
Classificação Barba Por Fazer: 60

Aviso: Para quem sempre quis ver a Jennifer Aninston a fazer um strip, podem ir agora ver o filme. Os outros que continuem a ler esta crítica. 1.. 2.. ok, ainda mantive dois leitores à frente do ecrã, nada mau.

    Numa entrevista recente pós-We're the Millers, o realizador Rawson Marshall Turber dizia que as comédias são subvalorizadas porque nunca conseguem tornar-se filmes marcantes para as audiências, embora sejam o único género que agrada transversalmente a gregos e troianos. Verdade seja dita, nos últimos anos tivemos alguns filmes que conseguiram reconhecimento e boas receitas de bilheteira: desde A Ressaca (a 1.ª e única verdadeiramente épica) que surpreendeu tudo e todos com Zach Galifianakis, Bradley Cooper, Ed Helms e Ken Jeong em destaque, até Crazy Stupid Love, passando por outros filmes como Bridesmaids, Ted ou 21 Jump Street. De resto, temos bastante curiosidade de ver "This Is the End" e "Don Jon" num futuro próximo. We're the Millers é mais uma destas comédias, um filme bom, mas só para entreter num final de tarde quando se quer um filme leve e com alguns momentos engraçados.
    A história é mais ou menos simples. Recuperando o estilo trip pelas estradas norte-americanas de Due Date (outra boa comédia, grande dupla de Galifianakis com o inconfundível Downey Jr.), Jason Sudeikis desempenha o papel da personagem principal - um traficante de droga que se vê na necessidade de ir buscar droga (espero que os narcóticos não achem este artigo suspeito pela quantidade de vezes que estou a dizer droga na mesma frase, e neste parênteses já foi mais uma) ao México, precisando de um disfarce. David Cark (Sudeikis) pensa então em convidar uma stripper sua vizinha (Jennifer Aninston), um vizinho estranho (Will Poulter) e uma rapariga desorientada (Emma Roberts) para juntos fingirem ser uma família.
    Claro está que depois há uma série de volte-faces e momentos cómicos, uns mais previsíveis que outros, uns humoristicamente mais inteligentes que outros. O filme reserva alguns momentos que foram abordados pelos actores nas entrevistas que deram - o strip de Aninston, ao qual os colegas se referiram como um acto corajoso em frente de toda a equipa. Ah, Jennifer, afinal não foi só em frente a toda a equipa, já viste? Amplificou-se um bocadinho a tua audiência. Há também a vez em que Will Poulter canta uma música das TLC, que foi a cena que mais vezes teve que ser repetida. Já agora, eu não sabia que a música era das TLC, tive que investigar.

    Bons desempenhos enquanto actores de comédia de Jason Sudeikis e Will Poulter (é daqueles actores que tem a "vantagem" de ter uma cara estranha e cómica), sobretudo e um bom entrosamento e muita naturalidade na dinâmica entre os 4 protagonistas, afinal de contas, a Família. Já agora, Will Poulter consegue neste filme a proeza de alternar uma sequência infinita de beijos com Jennifer Aninston e Emma Roberts. E assim há pessoas que decidem ser actores.
    Uma palavra final para o protagonista: Jason Sudeikis. É presença assídua no Saturday Night Live; rosto integrante de "Hopeless Wanderer", vídeoclip dos Mumford & Sons, juntamente com Ed Helms, Jason Bateman e Will Forte, mas é no campo feminino que se destaca. Não, Sudeikis não é uma boa mulher. Mas faz-se acompanhar bem - namorou com January Jones (Mad Men, X-Men: First Class) e actualmente é noivo de Olivia Wilde (Dr.House). E este foi o momento TVGuia do dia.

    Em suma, um filme que dispõe bem, com alguns momentos que tornam o filme ligeiramente acima de uma comédia normal. É uma boa comédia, mas talvez não o suficiente para valer um bilhete de cinema - até porque tem daqueles momentos em que um homem na sala de cinema se vai rir muito alto e vai irritar-vos e depois esse homem vai-se rir mais vezes da mesma maneira incómoda, e vão memorizar mais o homem do que o filme.

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