19 de agosto de 2013

Crítica: Before Midnight

Realizador: Richard Linklater
Argumento: Richard Linklater, Julie Delpy, Ethan Hawke, Kim Krizan
Elenco: Ethan Hawke, Julie Delpy
Classificação IMDb: 7.9 | Metascore: 94 | RottenTomatoes: 98%
Classificação Barba Por Fazer: 85

Ponto prévio: Quem nunca viu Before Sunrise e Before Sunset, veja-os antes de ver este filme. Só através da evolução as personagens e a história ganham sentido.

    Os “Before” são como estrelas cadentes que passam com 9 anos de diferença. Começámos em 1995 com Before Sunrise, continuámos em 2004 com Before Sunset e aqui chegamos a 2013 com mais um. Before Midnight, tal como os anteriores, acaba de forma a que aceitaríamos que aquilo fosse o fim, mas fazendo-nos esperar que daqui a nove anos haja continuação. 
    Tal como no segundo filme, os protagonistas Hawke e Julie Delpy integram a escrita do argumento – e, claro está, ninguém conhece tão bem Jesse e Celine como eles que os construíram e cuja sintonia e perfeita ligação na tela faz com que todos os filmes, todos os diálogos e os espaços entre eles, soem reais e verdadeiros. Transparentes.

    Eles já se conheceram no comboio e pararam em Viena. Eles já se encontraram em França nove anos depois. Desta vez, o palco é a Grécia. Before Midnight dá-nos um olhar mais amadurecido das personagens, com outras preocupações (decorrentes da idade) e os diálogos mais uma vez fluem fruto da inteligência de quem os escreveu, conseguindo como nos anteriores filmes tirar uma fotografia à geração, à faixa etária. Acima de tudo, e tal como nos 2 capítulos anteriores, há uma naturalidade que impressiona em tudo – desde as cidades europeias bem escolhidas a cada linha do argumento.

    Não há o encanto da primeira vez como em Before Sunrise, não há o constante controlo descontrolado de Jesse e Celine em Before Sunset mas há como em todos os anteriores o elemento imprevisibilidade (interessante a evolução galopante e a última meia hora do filme). Ethan Hawke e Julie Delpy mantêm uma consonância total entre as suas personagens dignas de um casal que evoluiu com o tempo, e Before Midnight seria uma boa opção de óscar a nível de Argumento. 
    É melhor que o filme anterior – e bate-se, embora explore espectros diferentes da sociedade, da vida, de uma relação, com o primeiro filme. 

    2022 pode-nos dar novo filme, mas aceitaríamos se tudo terminasse assim (tal como nos dois filmes anteriores).

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