31 de agosto de 2013

Crítica: A Gaiola Dourada

Realizador: Ruben Alves
Argumento: Ruben Alves, Hugo Gélin, Jean-André Yerles
Elenco: Rita Blanco, Joaquim de Almeida, Barbara Cabrita, Roland Giraud, Maria Vieira
Classificação IMDb: 7.3 | RottenTomatoes: 88%
Classificação Barba Por Fazer: 68

    Olha quem é ele… o Joaquim de Almeida. Vejam bem de quem é que o Joaquim faz na Gaiola Dourada?! De português, vejam só. O Joaquim de Almeida a fazer de português... já nem me lembrava que ele tinha outra língua para além do seu inglês à mafioso usado no Velocidade Furiosa 5 ou na sua aparição no CSI.
    A ‘Gaiola Dourada’ é um filme de Ruben Alves, realizador filho de emigrantes, que fez um enorme sucesso em França arrecadando 7,8 milhões de euros e facturando muito bem em Portugal, considerando ainda para mais a relativa relutância do público nacional no que toca a filmes portugueses. Se bem que o filme é bilingue – meio tuga, meio francês. Mas tem a Maria Vieira, que como é gordinha, pesa um bocado e faz com que o filme seja mais português.
   
    O filme conta a história de um casal de emigrantes, a Maria Ribeiro (Rita Blanco) e o José Ribeiro (Joaquim de Almeida), com 2 filhos bem integrados na sociedade francesa. A Maria é porteira e o José trabalha na construção civil. Gosto de ter escrito esta última frase, faz-me sentir que estou a fazer uma composição na primária. E, ora bem, o que acontece no filme é que a família Ribeiro – que subiu na vida a pulso, com esforço, muito trabalho e sempre com muita disponibilidade para a vizinhança – recebe uma Herança e tem finalmente a hipótese de regressar a Portugal com a vida resolvida.
    É mais ou menos o que aconteceu com o pai da Fanny, só que ele teve que fazer presenças em discotecas.

    A novidade da herança dos Ribeiro espalha-se e toda a vizinhança tenta agradar e manter os Ribeiro entre si, sem eles saberem que toda a gente sabe. O filme é engraçado, é uma boa caricatura do povo português e sobretudo dos emigrantes portugueses em França (ou não fosse Ruben Alves filho de emigrantes) e tem alguns momentos que valem a pena. Interessantes os momentos entre a família Ribeiro e a família Cailaux, ah e aviso já que aparece um jogador de futebol português: o que andava pelos prados açorianos a correr atrás de um queijo.

    Por fim, e num tom mais sério: destaque para Rita Blanco, a actriz portuguesa esteve presente no ano passado no filme nomeado para os Óscares – ‘Amour’ – e pese embora na televisão vá aparecendo em coisas como a Família Mata ou na próxima telenovela da SIC, é uma grande actriz, cujo trabalho vem sendo reconhecido e tem aqui nesta ‘Gaiola Dourada’ mais um bom projecto. E acabo com o slogan promocional do filme: Et voilá… uma família portuguesa, com certeza!

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