10 de dezembro de 2013

Benfica cumpre frente a PSG sem algumas estrelas e com 10 pontos sai da Champions (Roberto, Saviola e os erros dos encarnados ditaram este fim)

Benfica  2 - 1  PSG (Lima (pen.) 45', Gaitán 58'; Cavani 37')

    O Benfica venceu esta noite na Luz o PSG - sem Ibrahimovic, Thiago Silva, Van der Wiel e Verratti (e com Matuidi e Lavezzi a entrarem apenas no decorrer do jogo) - conseguindo perfazer um total de 10 pontos, mas sendo relegado para a Liga Europa. Em condições normais 10 pontos chegariam (9 chegam, normalmente) mas o Benfica deve atribuir única e exclusivamente esta qualificação falhada para os oitavos. Jorge Jesus, do ponto de vista do discurso (e não só), não encarou jogos anteriores como decisivos e a águia chegou à derradeira jornada a depender de um difícil falhanço do Olympiakos, que Javier Saviola não deixou que acontecesse. A super-exibição de Roberto na Grécia ficará irremediavelmente ligada a esta Champions do Benfica, que pode naturalmente ter maiores ambições na Liga Europa, e que não podia ter feito apenas 1 ponto nos dois jogos com a equipa grega - automaticamente um outsider nos oitavos.
    Na Luz hoje o Benfica entrou bem, em ritmo alto, e foi Enzo Pérez o 1.º a testar Sirigu, valendo os reflexos do guarda-redes italiano. Nos minutos iniciais viu-se Sílvio bastante interventivo (pela faixa esquerda, que é onde se torna um jogador decente) e o PSG procurou em transições lançadas por Rabiot/ Pastore, a velocidade desconcertante e os desequilíbrios do seu trio da frente - Cavani, Lucas e Menez. O jogo baixou de ritmo até voltar a ser o Benfica a cheirar o golo: primeiro Gaitán num remate desde o lado direito e depois Matic num cabeceamento ligeiramente ao lado. Mas foi então que marcou o PSG. Castigando (mais) uma deficiente e displicente abordagem da defesa encarnada, Menez conseguiu depois de alguma confusão oferecer um golo cantado a Cavani. Não era um resultado justo para o Benfica, mas antes do intervalo o lateral direito Kalifa Traoré tratou de colocar justiça no marcador. Em vez de cabecear a bola, optou por cabecear o Sílvio. Grande penalidade marcada e Lima - à Simão Sabrosa - converteu.
    O 2.º tempo começou novamente com um Benfica a querer agarrar o jogo. Enzo Pérez sistematicamente a ser o motor do Benfica, magnificamente apoiado nas suas costas por Fejsa (que intensidade até ao último minuto!) e Matic, ainda que o 21 surgisse muitas vezes lado a lado com Enzo; Markovic a querer soltar um pouco do seu desaparecido talento e Lima a vacilar na hora H uma e outra vez. Até que finalmente, com Enzo novamente envolvido na jogada, Maxi Pereira fugiu pelo flanco direito e, depois de um corte, Gaitán fez o 2-1. Até ao final muitas das energias na Luz conduziram-se para a Grécia, rumo aos cada vez menos jogadores do Anderlecht no decorrer do jogo, enquanto que no relvado da nossa capital Lavezzi ainda pregou um valente susto, Lima continuou muito mal e Ivan Cavaleiro entrou em alta rotação.

    O Benfica não merecia seguir em frente nesta Champions, pelo que (não) fez, pelo que falhou e pela forma como abordou alguns jogos. Naturalmente custa ver uma equipa portuguesa a ser eliminada com 10 pontos, ainda para mais com Roberto e Saviola (jogadores dos quais os benfiquistas guardam memórias bem diferentes) a serem determinantes.

    Hoje Enzo Pérez voltou a carregar a equipa. Recuperou bolas, criou oportunidades de golo, movimentou-se como outros o deviam fazer, etc. Sempre com Matic e Fejsa a disputarem com ele o estatuto de melhor em campo. Maxi Pereira fez o seu melhor jogo desta época, Gaitán surgiu ocasionalmente mas podia ter feito mais e Markovic tem que ser arriscar mais, procurar o 1 para 1, cair em cima dos adversários e castigá-los. Ser quem ele pode ser. Cavaleiro mostrou mais uma vez que, neste momento, poderia muito bem encostar o sérvio, tal como - jogando só com 1 referência - essa deve ser Rodrigo agora e não Lima. No PSG, faltaram muitas estrelas, mas a melhor exibição foi do jovem Rabiot - incrível maturidade, posicionamento, primeiro toque e capacidade de ler o jogo. É dos que não engana. Uma palavra ainda para a arbitragem de Mark Clattenburg - árbitro inglês que por vezes até tem umas travadinhas, mas que hoje manteve o critério, deixou jogar, esteve bem.
    Em Fevereiro haverá Liga Europa. E lá se foi o sonho de - pelo menos chegar mais longe, havia óbvias obrigações disso - lutar pela edição da Champions com final na Luz.

Barba Por Fazer do Jogo: Enzo Pérez (Benfica)
Outros Destaques: Maxi Pereira, Fejsa, Matic; Rabiot, Pastore, Cavani
Resumo:

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