2 de agosto de 2015

Arsenal 1-0 Chelsea: Gunners erguem a Supertaça

Arsenal  1 - 0  Chelsea (Oxlade-Chamberlain 24')

    A época em Inglaterra arrancou em tons de vermelho e branco. O Arsenal, vencedor da última FA Cup, derrotou o campeão inglês Chelsea pela margem mínima. Alex Oxlade-Chamberlain decidiu o encontro, naquela que foi a 1.ª vitória de Wenger frente a Mourinho (ao 14.º embate) e o primeiro jogo oficial de Petr Cech pelo Arsenal. Contra a sua ex-equipa, e sem sofrer golos.
    Gunners e blues apresentaram algumas baixas (Alexis Sánchez, Wilshere e Diego Costa não contaram para este jogo), acabando o Arsenal por jogar com Walcott a "falso 9", assumindo-se Rémy como a referência ofensiva do Chelsea. Num sempre extraordinário Wembley, a primeira parte e o próprio jogo como um todo teve sempre mais Arsenal. A equipa de Wenger apresentou-se sempre mais confortável com a bola, mas apresentou uma competitividade, mentalidade e "fome" de quem quer títulos. A primeira parte da Community Shield contou com o momento que decidiu o jogo - num contra-ataque, o Arsenal fez a bola circular com qualidade do flanco esquerdo até ao direito, com Oxlade-Chamberlain a flectir para dentro e a bater Courtois com um excelente remate de pé esquerdo. Uma excelente movimentação ofensiva do Arsenal, facilitada por uma desmarcação de Bellerín que arrastou Matic, embora no lance também John Terry tenha errado na sua leitura posicional. Nos primeiros 45' só Ramires (presença crónica nos "jogos grandes" do Chelsea) conseguiu estar perto do golo, Willian foi o único capaz de agitar, enquanto que a equipa de azul nunca soube combinar com Rémy, ressentindo-se também de um Hazard pouco ou nada inspirado.
    Ao intervalo, Mourinho trocou Rémy por Falcao, mas os jogadores de Mourinho continuaram a produzir pouco. O avançado colombiano deu algum trabalho aos centrais do Arsenal, mas nunca se revelou uma dor de cabeça séria, com Koscielny a "limpar" a área em diversas ocasiões, com especial atenção a Hazard. O belga dispôs de uma excelente oportunidade, assistido por Fàbregas, mas desperdiçou; Oscar também viu Petr Cech voar para defender um livre directo seu. Até ao final do jogo, bastante combativo mas pouco fantástico, os melhores lances pertenceram a Giroud e Gibbs.

    A vitória do Arsenal foi justa, castigando um Chelsea que praticamente nada construiu esta tarde, sentindo a falta de Diego Costa e acusando o pouco impacto de Hazard, que pouco desequilibrou. Wenger sentou Giroud, mas a frente de ataque, mesmo sem Alexis Sánchez, esteve móvel e incisiva - Özil, Cazorla, Walcott, Ramsey e Oxlade-Chamberlain souberam quase sempre o que fazer, com Coquelin a proteger a retaguarda.
    De uma forma geral, o Arsenal reforçou o seu estatuto de candidato (com os actuais plantéis é capaz de ser potencialmente apontado ao 2.º lugar), sendo a equipa que dispõe de um maior conjunto de opções de qualidade a meio-campo (caso as lesões não atinjam Wilshere, Walcott e Ramsey a época promete e muito) e faltando principalmente um avançado de topo (conseguir alguém entre Benzema, Ibrahimovic ou Lewandowski, embora pareça utópica, faria toda a diferença). É inequívoco que a contratação de Petr Cech deixa este Arsenal noutro patamar, com o checo a transmitir segurança e maturidade aos colegas. Foi um jogo bastante fraco para o Chelsea, que parece precisar de ter mais opções em algumas posições, e Mourinho deve-se interrogar se Rémy e Falcao servem caso Diego Costa esteja pontualmente lesionado, e deve procurar criar alternativas para uma equipa super-dependente do melhor jogador da última Premier League, Eden Hazard.


Barba Por Fazer do Jogo:
 Laurent Koscielny (Arsenal)
Outros Destaques: Cech, Coquelin, Cazorla, Oxlade-Chamberlain; Matic, Willian

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