9 de fevereiro de 2012

Nacional 1-3 Sporting

    "Quem não chora, não mama", já dizia o povo. O Sporting tanto chorou que acabou por mamar.

    Durante os primeiros minutos assistiu-se à tentativa de ambas as equipas de terem mais posse de bola. O Sporting acabou por ter o seu ascendente nessa fase do jogo, embora a forte pressão de parte a parte e a enorme preocupação em não cometer erros tenha feito com o jogo se arrastasse nos primeiros minutos, a bom ritmo e com intensidade, mas sem grandes momentos de perigo. Muita disputa e raça mas que dava um ligeiro soninho. Sono que desapareceu quando João Pereira fez um estrondoso remate à barra... da baliza de Rui Patrício. Acabou por ser o primeiro lance de real perigo no jogo. Depois, com Moreno fora de campo por se ter lesionado, e sem ainda se ter realizado a substituição (nada de ilegal, são coisas que acontecem), o Sporting chegou à vantagem num grande pontapé de meia distância do regressado Fito Rinaudo.
    
    Na segunda parte, o Nacional não baixou os braços e continuou a disputar o jogo de igual para igual até Pedro Proença aparecer no jogo e expulsar Mario Rondón que fez um grande corte. Proença entendeu que foi falta e deu ainda amarelo ao pobre venezuelano que nem falta fez.

    Mesmo com dez... o Nacional não baixou os braços e marcou mesmo por intermédio de Diego Barcellos. Cruzamento longo de Claudemir e Diego a cabecear para o ângulo superior esquerdo perante a imensa apatia da defesa leonina.

    Eis que... Proença surge de novo. Lance de ataque na área do Nacional, Insua disputa a bola com Claudemir e o jogador do Sporting acaba por perder posição para o brasileiro, atirando-se para o chão. Conclusão: Proença, no seu entender, achou que era grande penalidade. Chamado à conversão, Van Wolfswinkel não falhou.

    A partir do golo da equipa verde e branca, os jogadores do Nacional ficaram extremamente nervosos e entravam grande parte das vezes à queima. Houve ainda um lance em que Mateus podia ter feito o 2-2, mas Xandão fez um grande corte que deu... pontapé de baliza.

    Pedro Caixinha pedia à equipa para subir toda e para procurarem o golo, mas foi num contra-golpe que o Sporting acabou por dilatar a vantagem num bom trabalho de João Pereira a tirar vários jogadores do Nacional da frente e a finalizar picando a bola por cima de Marcelo Valverde.

    O Sporting garantiu assim a ida ao Jamor em que defrontará a Académica de Pedro Emanuel.

    Um destaque ainda para Pedro Caixinha. O treinador do Nacional sabe exprimir-se muito bem, como tal, a sua conferência de imprensa só teve quatro perguntas. Três de resposta breve, e uma que respondeu a todas as que os jornalistas tinham na cabeça, literalmente, calando-os. Caixinha apenas referiu o óbvio, mas que os jornalistas teimam em perguntar no fim do jogo. Pergunto-me se os jornalistas procuram detectar hipócritas ou se são mesmo... um pouco... palermas. TM

Nacional 1 - 3 Sporting

Nacional: Vladan (Marcelo); Claudemir, Neto, Danielson, Marçal; Moreno (Skolnik), Todorovic (Keita), Candeias, Diego Barcellos, Mateus, Mário Rondón.
Treinador: Pedro Caixinha

Sporting: Rui Patrício; João Pereira, A. Polga, Xandão, Insúa; Rinaudo (Seba Ribas), Elias, Matías Fernández; Diego Capel (Evaldo), Carrillo, Wolswinkel (Carriço).
Treinador: Domingos Paciência

Golos: 0-1 18’ Fito Rinaudo; 1-1 63’ Diego Barcellos; 1-2 75’ Wolswinkel (pen.); 1-3 90’ João Pereira.

Melhor em campo "Barba Por Fazer": Fito Rinaudo.

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