11 de fevereiro de 2012

Benfica 4 - 1 Nacional

Noite de barriga cheia.
O Benfica venceu o Nacional da Madeira por 4-1, chega aos 47 golos e aos 48 pontos, estando neste momento 8 pontos (à condição) à frente do Porto.

        O jogo na Luz (grande casa) começou com uma surpresa. Já se sabia que Maxi Pereira não poderia jogar, mas pensava-se que seria Miguel Vítor ou até André Almeida. Jorge Jesus decidiu experimentar o belga Axel Witsel, que trouxe consigo umas tranças em vez da habitual “afro”. Não deslumbrou, mas não comprometeu enquanto esteve a lateral. A capacidade de não perder a bola e de passe que tem, tem-nas em qualquer zona do campo.

    O jogo começou com um Benfica enérgico, pressionante e a querer chegar cedo ao golo. Envoltos num excelente ambiente, os jogadores começaram a ensaiar algumas jogadas, tendo como Pablo Aimar o organizador óbvio. E foi aos 9 minutos que o Benfica acabou por chegar ao golo. Livre indirecto de Aimar bem marcado e Garay surge isolado da confusão, perto da marca da grande penalidade, cabeceando para a baliza. O Benfica contou com alguma sorte no lance, porque a bola acabou por desviar nas costas/ rabo de Matic, traindo o guarda-redes do Nacional. A verdade é que o golo galvanizou a equipa do Benfica por completo, inibindo também a do Nacional. Os minutos seguintes foram os chamados “minutos à Benfica” – pressão forte e colectiva, troca de bola rápida e bons pormenores individuais, tentando sufocar o Nacional. Durante esses minutos Marcelo fez uma grande defesa a remate de Nolito e Cardozo rematou ao poste. Até que, de repente, Gaitán (que já não “aparecia” num jogo há algum tempo) decidiu descobrir um caminho entre 4 jogadores do Nacional e dar o 2-0 a Cardozo, que só teve que encostar. O Benfica parecia caminhar para um “barrete dos antigos” mas o Super Dragão Jorge Sousa fez questão de pôr água na fervura. Emerson não cometeu falta sobre Diego Barcellos, mas Jorge Sousa achou que sim. Claudemir na conversão, não falhou. A partir daí o Nacional cresceu e teve 2 bons lances que acabaram com o avançado Keita a rematar ao lado. Até que Rodrigo pegou na bola, soltou em Gaitán, este viu Nolito, que por sua vez devolveu a Rodrigo. Rodrigo fintou o guarda-redes com uma mudança de velocidade e rematou para o 3-1, que espelhava muito mais o jogo do que um 2-1. Mesmo a acabar a 1ª parte, ainda houve tempo para um bocadinho de futebol de praia. Nolito picou para Gaitán, este levantou para Aimar, que acabou por rematar à figura.

       Ao intervalo, o Nacional mexeu bem na equipa, colocando o irrequieto Candeias e Juliano. Nos primeiros minutos, Emerson ficou feito num 8 com as arrancadas de Candeias. Ao fim de uns 2 lances de perigo e de mais umas arrancadas, Emerson lá acertou na marcação. Do outro lado, Marcelo ia fazendo umas defesas e o central Neto ia mostrando que merece a atenção de todos nós. O Benfica ia ensaiando algumas jogadas inconsequentes, na retaguarda Garay estava em todas e Jorge Jesus acabou por trocar Aimar por Miguel Vítor (colocando o jovem formado no clube a defesa direito, e deixando Witsel onde ele tanto gosta). E foi precisamente Witsel que começou a jogada do último golo do jogo. Witsel fez um passe a rasgar, Rodrigo deixou passar para Nolito, desmarcou-se, Nolito deu-lhe a bola e o avançado hispânico-brasileiro rematou quando já se pensava não ter ângulo. Até ao fim, Rodrigo ainda ameaçou o 3º golo e Cardozo esteve muito perto por duas vezes, para além do penalty que acabou por falhar (mais uma vez).

    Do jogo deve-se destacar, do lado do Nacional, o central Neto. Claramente um dos melhores centrais portugueses neste momento, com um bom futuro pela frente. Antecipa-se bem, lê bem o jogo, não é limitado tecnicamente e tem bom jogo de cabeça. Do lado do Benfica, de saudar o regresso de Gaitán às exibições a que nos habituou (o Manchester United tinha alguém no estádio a ver o jogo), o impressionante Garay e, como não podia deixar de ser, Rodrigo. Olho para Rodrigo e vejo um esboço semelhante ao que era o Ronaldo brasileiro – “O Fenómeno” – quando apareceu. Técnica, força, muita velocidade e frieza na hora de rematar. Vejo-o como avançado mais promissor do futebol actual, num grupo onde estão Danny Welbeck, Nélson Oliveira, Samed Yesil, Souleymane Coulibaly e Álvaro Morata.

O Benfica está a jogar muito à bola e, continuando assim, cheira-me que em Maio terei uma madrugada interessante no Marquês. Em suma, este foi um resultado muito importante porque vem aí Champions e os dois próximos jogos da Liga são fora (com Guimarães e Académica). Este foi o último jogo para a Liga na Luz antes... de receber o Porto. MP

Observações:
- Obrigado por renovares Aimar. Agora convence o Rodrigo, o Javi e os outros a fazerem o mesmo, se faz favor.
- Jorge Sousa, demoras imenso a escrever os nomes dos jogadores a que dás cartões amarelos. Hoje vi vários jogos da Premier League e, para não falar na diferença comportamental a nível de lealdade, carácter e respeito (por parte de jogadores, adeptos e árbitro) os jogos lá obviamente param muito menos e não há decisões quase nenhumas com que discorde, mas pronto, nem peço que seja igual porque sei que não dá para ser. Agora, parar jogadas porque estás a escrever “Claudemir” durante 30 segundos? Eu fiz agora a experiência de demoro 2 segundos a escrever Claudemir. Está bem que tu estás a escrever de pé e tal, mas quer dizer, no máximo 10 segundos Jorge. És um Super Dragão muito limitado, Jorge.

Benfica 4 - 1 Nacional

Benfica: Artur; Witsel, Luisão, Garay, Emerson; Matic, Aimar (Miguel Vítor), Gaitán (Bruno César), Nolito; Rodrigo (Nélson Oliveira), Óscar Cardozo.
Treinador: Jorge Jesus

Nacional: Marcelo Valverde; Claudemir, Neto, Claudemir, Marçal; Todorovic (Juliano), Elizeu, Skolnik (Candeias), Diego Barcellos; Oliver (Mateus), Keita.
Treinador: Pedro Caixinha

Golos: 1-0 9’ Garay; 2-0 21’ Óscar Cardozo; 2-1 28’ Claudemir (pen.); 3-1 39’ Rodrigo; 4-1 61’ Rodrigo.

Melhor em campo "Barba Por Fazer": Rodrigo.

1 comentários:

  1. Mas o Jorge Sousa estava a escrever "Claudemir" com letra desenhada e não é como tu que escreves a despachar. Por isso, compreende-se que leve 30 segs.
    JP

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