22 de fevereiro de 2012

Man. City 4 - 0 Porto

    O Porto precisava de ganhar, jogou bem e perdeu. Injusto? Não. Talvez fique um sentimento de frustração.

    O Porto precisava de marcar dois golos e não sofrer para passar a eliminatória e não começou da melhor maneira. A equipa lusa segue a bola, roda-a pela defesa e eis que Otamendi faz um passe direito para De Jong, Yaya pega no esférico e desmarca Kun Aguero para fazer o primeiro aos dezanove segundos. Erros destes são agradecidos pelo ataque da equipa inglesa.

    Depois do golo sofrido, o Porto pegou na bola e assumiu o jogo. Na minha opinião, foi estratégia de Mancini. Entregar a posse de bola ao adversário para depois apostar no contra-ataque. O Porto jogava bem, mas com demasiado coração e pouca cabeça. A verdade é que os azuis e brancos encostavam os ingleses à defesa mas raramente criavam perigo à baliza de Joe Hart, exceptuando alguns remates de Silvestre Varela. Na primeira parte, apesar do domínio portista, o Manchester City podia ter matado o jogo com mais dois golos de Aguero. O primeiro de chapéu que acabou por embater na barra e o segundo após grande jogada, Yaya dá para o solto Aguero rematar para fora.

    Na segunda parte nada se alterou. Porto ao ataque e City organizado à espera do erro do adversário. O Porto teimava em usar Hulk e James, mas na área não havia uma referência. Assim sendo, tornava-se fácil para o City defender. Os portugueses ainda festejaram golo de James Rodríguez, mas Hulk estava fora-de-jogo e, mesmo não tocando na bola, teve influência na jogada o que torna correcta a decisão do árbitro. Tudo se complicou quando Maicon decide pôr em prática as suas qualidades de kickboxer na cara de Otamendi. O argentino tentou cortar a bola com a cabeça e Maicon não pede licença para lhe espetar uma valente bujarda em sua face. Ficou mal tratado o defesa do Porto e Vitor Pereira lançou Sapunaru aproveitando ainda para retirar Varela e colocar Cristian Rodriguez.

    Depois de alguns ataques do Porto, um corte de Maicon vai parar a Aguero que apenas teve que esperar que Dzeko se desmarcasse e fizesse assim o segundo. Rolando protesta um fora-de-jogo, mas Maicon coloca o Bósnio em linha. Rolando continuou a protestar e foi tomar banho mais cedo vendo o segundo amarelo no jogo.

    A coisa complicava-se para o Porto e Vitor Pereira, não podendo colocar mais um defesa (porque não o tinha), acabou por lançar Defour no jogo em detrimento de James. Conclusão: mais dois golos do City. Um de Silva a passe de Pizarro e outro de Pizarro a passe de Sapunaru. Terminava assim o jogo e ficava consumada a eliminação do Porto na Liga Europa por um total de 6-1.

    Vitor Pereira afirmou na conferência de imprensa que o resultado era uma mentira e que o City não merecia ganhar. Eu não sei se é loucura ou frustração pós-jogo, mas estas afirmações roçam o ridículo. O Porto jogou melhor no sentido em que teve mais bola e atacou mais, mas o City marcou. E não marcou uma vez. Marcou quatro vezes e podia muito bem ter marcado mais na primeira parte. O Porto atacou muito, mas faltava mais objectividade. O City foi "rato" e aproveitou quase todas as ocasiões para marcar. Resultado justo perante um Porto esforçado mas com demasiado coração. TM


Man. City 4 - 0 Porto

Man. City: Joe Hart; Richards, Kompany, Lescott, Clichy; Barry(Milner), De Jong, Yaya, Nasri(Dzeko), Aguero(Pizarro), Silva.
Treinador: Roberto Mancini

Porto: Helton; Maicon, Rolando, Otamendi(Sapunaru), Alex Sandro; Fernando, Moutinho, Lucho, Varela(Rodriguez), Hulk, James(Defour).
Treinador: Vitor Pereira

Golos: 1-0 1' Aguero; 2-0 76' Dzeko; 3-0 84' Silva; 4-0 86' Pizarro.

Melhor em campo "Barba Por Fazer": David Silva.

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