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O Liverpool voltou a ganhar e a encurtar a distância para os rivais londrinos (Chelsea e Arsenal) em 2 pontos. Um jogo de emoções fortes onde Kolo Touré voltou a ser figura de destaque. O Fulham entrou bem mais atrevido e logo nos primeiros segundos fizeram com que Mignolet se aplicasse. Depois surgiu o golo. Richardson cruzou da esquerda e Kolo Toure tratou de marcar na própia baliza com um suposto alivio. Novamente o central costa-marfinense a dar - em bom português - "barraca" e depois a queixar-se sabe-se lá do quê. Talvez dos seus pés, seria o mais sensato. Suarez apareceu no jogo para dar a resposta e após grande trabalho individual atira para uma grande defesa por instinto de Stekelenburg. Não resultou o uruguaio, surgiu Steven Gerrard. Aos 40 minutos, o experiente jogador faz um passe monstruoso de trivela isolando por completo Daniel Sturridge... Com a maior das calmas, o britânico atirou para fora do alcance do guardião adversário e empatou a partida.
Para a segunda metade, o Liverpool quis mandar ainda mais no jogo e as incursões ofensivas passavam muito pelos pés de Daniel Sturridge. Numa das incursões, o inglês trabalhou bem fora da área, picou para o companheiro Suarez que após ajeitar a bola de peito atirou uns centímetros ao lado do poste. Centímetros esses que no lance seguinte foram inexistentes tendo a bola mesmo embatido contra o poste com alguma violência. O golo dos Reds parecia estar próximo, mas foi o Fulham a marcar... Centro da direita, Skrtel amortece com uma bicicleta e Richardson agradeceu atirando para o fundo das redes sem qualquer oposição. Um golo que poderia ter quebrado o jogo dos visitantes - que estavam em bom plano -, mas isso foi algo que não aconteceu. O Liverpool continuou por cima e Coutinho acabou por relançar o resultado empatando a partida. O brasileiro foi puxando a bola para o centro - até se encontrar em boa posição - e depois disparou para o fundo da baliza contando com a ajuda preciosa do adversário Heitinga para enganar Stekelenburg. Brendan Rodgers estava decidido em levar os 3 pontos e lançou mesmo no jogo o jovem português João Teixeira de 21 anos. O miúdo não se intimidou com a responsabilidade da camisola e do momento e por algumas vezes tentou o golo. Contudo, foi novamente nos pés de Sturridge que esteve o quebra-cabeças da defesa. O inglês partiu sem se despedir de Riether e o alemão - confuso - acabou por reagir com um corte atrasado atingindo por completo Daniel Sturridge. 90 minutos, bola na marca de grande penalidade e Steven Gerrard atrás dela. O golo era inevitável e o capitão fê-lo mesmo sem qualquer hipótese para a apoteose total nas bancadas onde estavam os adeptos do Liverpool.
Os pupilos de Brendan Rodgers subiram mais uns "degraus" encurtando a distância para Arsenal e Chelsea e ficam assim a 4 pontos da liderança - seja ela de quem for (Chelsea ou City).
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A segunda parte trouxe-nos um Arsenal um pouco mais atrevido e a produzir uma troca de bola um pouco mais semelhante ao que outrora produzira. A meio do segundo tempo os Gunners começaram a ameaçar a baliza do espanhol David De Gea. Primeiro Konscielny, de cabeça, a ver o seu remate negado por Valência em cima da linha e depois Giroud a falhar um desvio a centro vindo da direita de Sagna. Ataques do gigante adormecido só em contra-ataque. Boa combinação entre Van Persie e Rooney com o primeiro a cabecear forte para grande defesa do guardião polaco que teve a barra como aliada. Na resposta, uma grande jogada de ataque arsenalista quase resultou em golo. Cazorla rematou para a defesa de noite de De Gea após fantástico entendimento com Mesut Özil. Para caracterizar a filosofia de David Moyes, nos minutos finais, os jogadores do United preferiram queimar tempo a arriscar num ataque.
Duas equipas abatidas - Arsenal depois de ter sido atropelado na semana transacta e United por perder constantemente pontos - em que o 0-0 espelha bem o que foi o jogo.
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Ontem jogaram-se apenas 4 jogos e o principal destaque foi o empate do Chelsea. A equipa de José Mourinho estava em "altas" e, depois da vitória em Manchester e da super-exibição de Hazard frente ao Newcastle, era de esperar uma vitória em casa do WBA. A 1.ª parte acabou da melhor maneira para os blues com Ivanovic - continua num grande momento de forma - a marcar depois de uma assistência de David Luiz de calcanhar. O Chelsea vacilou nas tentativas de "matar" o jogo (ou, como dizem os comentadores ingleses, put the game to bed) e aos 87' Anichebe, assistido pelo jovem Berahino, tirou 2 pontos a Mourinho. Foi a 2.ª vez que Chelsea e WBA empatarm neste campeonato. Mourinho ainda é líder mas poderá passar a ter a companhia do Manchester City quando os citizens jogarem o jogo que foi hoje adiado frente ao Sunderland.
Outro destaque de ontem foi a vitória do West Ham. Os hammers têm neste momento uma defesa impressionante e bateram o Norwich por 2-0 com dois golos nos minutos finais. O experiente central Collins inaugurou o marcador e o resultado final foi fixado por Diamé depois de correr meio campo. A verdade é que o suposto "futebol de século XIX" do West Ham (palavras de Mourinho) já equivale neste momento a um 11.º lugar. O Southampton aproveitou a jornada para se afastar do Newcastle e aproximar do Manchester United. José Fonte (o tal central que deveria ser chamado "de caras" para o Mundial 2014, mas ao qual Paulo Bento nunca deu uma oportunidade) decidiu o jogo numa jogada de insistência junto à área do Hull City. Na Premier League só Seamus Coleman e Skrtel têm mais golos do que Fonte. Cardiff e Aston Villa empataram 0-0 num jogo em que os ataques tiveram com pouca inspiração e os centrais imperiais.