11 de março de 2012

Paços de Ferreira 1 - 2 Benfica

    O Benfica conseguiu hoje uma vitória suada contra o Paços de Ferreira. Tudo parecia dar a entender que o Benfica não iria ganhar pontos ao seu rival directo, mas os jogadores encarnados decidiram provar o contrário na última meia hora.

    O Benfica assumiu o controlo do jogo nos primeiros minutos e até podia ter marcado por intermédio de Nolito e de Cardozo. Pelo meio ainda houve um amarelo a Javi Garcia numa falta normal (não se percebeu bem o critério do árbitro tendo em conta o jogo que Luisinho iria fazer) e uma bomba de Michel que incomodou Artur.


    Eis que a dupla Luisinho e Melgarejo começava a fazer estragos. A velocidade que impunham no contra-ataque pacense causava dificuldades à defesa do Benfica e de que maneira. Pouco depois surge o golo. Nova combinação na ala esquerda do Paços, Luisinho centra para Manuel José fazer o remate correspondido por uma enorme defesa de Artur. Porém, a bola sobra para Michel que sem oposição de nenhum defesa do Benfica rematou para o fundo das redes.

    E se todos os benfiquistas pensavam que iriam ter uma grande resposta do Benfica, enganaram-se. Melgarejo decidiu trocar as voltas à defesa encarnada e pôr à prova os reflexos de Artur com um grande remate em arco. O Benfica tentava acelerar por intermédio de Bruno César e conseguiu mesmo. O jogador brasileiro é atropelado por Luiz Carlos, mas o árbitro Bruno Esteves viu uma simulação. É um senhor que quando vê jogos de Rugby não vê contacto entre jogadores, certamente. O Benfica ia assim para o intervalo a perder por uma bola a zero e, apesar de uma grande penalidade não assinalada, o resultado ajustava-se para o que tinha sido a primeira parte.



    Para a segunda metade Jorge Jesus lançou Nélson Oliveira e Nico Gaitán e retirou Saviola e Nolito. O Benfica precisava de reagir, mas os primeiros lances foram do Paços. Primeiro Melgarejo (de novo) atira ao poste e, num lance posterior, o paraguaio corre pela esquerda, assiste Arturo que remata para uma grande defesa de Artur e na recarga surge Michel que desperdiça a oportunidade de dilatar o resultado rematando para fora. E como lá dizia o povo «Quem não marca, sofre» - o Benfica marcou mesmo. Uma grande arrancada pela direita de Nélson Oliveira e Gaitán encosta sem hipóteses para Cássio. Um golo de Jorge Jesus.

    Os jogadores do Paços sentiram o golo e começaram a dar trolitada nos jogadores encarnados. O primeiro foi Luiz Carlos que fez um carrinho à entrada da área a Maxi Pereira. Livre para o Benfica e Bruno César marca um grande golo. Cássio parecia estar à espera que Tacuara se mexesse, mas foi o "Chuta-chuta" a marcar um golo de bandeira. O estádio da Mata Real repleto de benfiquistas ganhava um novo ambiente de euforia.

    O Benfica caía em cima do Paços de Ferreira e obrigava os jogadores pacenses a fazerem faltas despropositadas. Michel entrou feio, viu o segundo amarelo e foi para a rua. O Benfica acordou na última meia hora e não deixava o adversário respirar. Nélson Oliveira foi carregado em falta dentro da área adversária, mas Bruno Esteves viu nova simulação e deu cartão amarelo ao jogador do Benfica. O Bruno é assim... Confesso que não percebi porque é que Jorge Jesus não colocava Rodrigo no lugar do apagado Cardozo, tendo em conta a inferioridade numérica do adversário e a velocidade que este poderia impor ao ataque encarnado. Mas a agressividade dos pacenses não tinha limites e Ricardo fez uma entrada... muito feia, vá... sobre Bruno César. O assistente de Bruno Esteves dá ordem de expulsão (porque o Bruno nunca vê nada). Jesus colocou assim Rodrigo ao minuto noventa acabando por não acrescentar nada ao jogo devido ao escasso tempo. O Benfica retirou da Mata Real uma vitória a ferros, merecida pelos últimos 30 minutos à Benfica.



    De salientar o grande jogo de Artur, que salvou o Benfica em alguns momentos; Maxi Pereira, que mostrou a mesma raça e dedicação de sempre; Nélson Oliveira, que imprimiu velocidade e objectividade ao jogo do Benfica; E claro, Bruno César, que foi o benfiquista mais "indignado", sendo assim o homem do jogo para o "Barba Por Fazer". Também quero comentar as declarações do treinador Gepeto (Henrique Calisto) que disse: «Tal como o Benfica argumentou que perdeu com o FC Porto por factores estranhos, também agora digo o mesmo» - Ok, Gepeto. Podes dizê-lo. Mas não tens razão... Ficaram por marcar dois penaltis contra os teus filhos pinóquios e as expulsões foram justas. Mas tens razão. A dualidade de critérios foi "gritante". O Javi Garcia viu amarelo por uma falta normal aos dez minutos enquanto que Luisinho saiu do jogo sem um amarelo e Luiz Carlos saiu apenas com um amarelo. Ah... e obrigado por não teres colocado o Caetano no início da segunda parte. Melgarejo, Caetano e Michel era chato para o Jardel e Capdevila. TM


Paços de Ferreira 1 - 2 Benfica

Paços de Ferreira: Cássio; Nuno Santos, F. Anunciação, Ricardo, Luisinho; Vitor Emanuel(Christian), André Leão, Luiz Carlos(Ozéia); Manuel José(A. Alvarez), Michel, Melgarejo.
Treinador: Henrique Calisto.

Benfica: Artur; Maxi, Luisão, Jardel, Capdevila; Javi, Witsel, Bruno César, Nolito(Gaitán); Saviola(N. Oliveira), Cardozo(Rodrigo).
Treinador: Jorge Jesus.

Golos: 1-0 28' Michel; 1-1 64' Gaitán; 1-2 69' Bruno César.

Melhor em campo "Barba Por Fazer": Bruno César.

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