27 de abril de 2015

Benfica 0-0 Porto: Luta até ao fim

Benfica  0 - 0    Porto

    Dia de clássico. Tudo parou para ver o jogo do ano. Até a chuva fez uma pausa para não estragar o duelo entre Benfica e Porto. Os dragões necessitavam da vitória para poderem chegar a uma igualdade pontual com os actuais campeões e de vencer por duas ou mais bolas para passar a ser o líder do campeonato, enquanto que o Benfica arrumava praticamente o título com a vitória. Contudo, a vitória não pendeu para nenhum dos lados e o nulo manteve-se até ao fim dos 90 minutos.
    Jorge Jesus, na ausência de uma das suas asas (Salvio), voltou a apostar em Talisca. Não correu bem da última vez e tinha tudo para não correr novamente. É uma posição onde Talisca não consegue de todo impor o seu futebol. Não querendo optar por Ola John (sempre muito displicente defensivamente), nem por Sulejmani (por não ter ritmo), talvez o melhor fosse arriscar em Rúben Amorim - recuperando uma estratégia que remonta à época de 2009/10. Gonçalo Guedes era outra das opções que talvez fizesse sentido. Um jogador da casa - que sente o clube - e que mostra uma maturidade fora do normal. Lopetegui acabou por montar um onze surpreendente. Se Helton já era de se esperar depois da catástrofe de Munique, a aposta em Evandro em detrimento de Quaresma e de Rúben Neves em vez de Herrera já eram surpresas do espanhol. Oliver acabou por jogar a extremo, enquanto que Rúben, Casemiro e Evandro tinham o dever de parar todas as ofensivas encarnadas.
    O jogo iniciou-se com as duas equipas a apresentarem-se extremamente bem organizadas defensivamente, mas quer Benfica, quer Porto não conseguiam criar jogadas de ataque. Muitas faltas de parte a parte com a melhor oportunidade do primeiro tempo a pertencer a Jackson Martinez. Numa falha defensiva do Benfica - três(!) jogadores do Benfica a cobrirem Brahimi -, Danilo teve todo o tempo do mundo para cruzar para dentro da área. Jackson acabaria por aproveitar um mau alívio de Maxi Pereira e - completamente solto e em posição frontal - rematar muito por cima da baliza de Júlio César. O colombiano estava perto da marca de grande penalidade e acabaria por desperdiçar tamanha oportunidade. Do lado dos encarnados, o melhor que houve foi um lançamento longo de Maxi Pereira que Gaitán deixou escapar mesmo em frente a Helton.
    A segunda parte foi mais do mesmo. Muita luta e pouco jogo corrido. O Benfica tentava aproveitar os erros atacantes do Porto em contra-ataques, mas os mesmos nunca resultavam. Perdiam-se sempre na construção. A melhor oportunidade da segunda parte pertenceu a Fejsa. O sérvio que fazia dupla com Samaris no centro do terreno, teve uma oportunidade de golo muito idêntica à de Jackson Martinez. Depois de um mau alívio portista a um livre de Nico Gaitán, Fejsa atirou muito por cima na ressaca. Não estava em posição frontal, mas pedia-se mais ao sérvio.
    O jogo acabaria mesmo sem golos e é claro que o resultado sorriu mais para os encarnados. Lopetegui acabou por provocar Jorge Jesus no final do jogo no meio da sua frustração enquanto que os jogadores davam o exemplo cumprimentando-se entre si. Os dragões necessitam que o Benfica escorregue duas vezes sendo que o calendário é de dificuldade bastante parecida. Os encarnados deslocam-se agora a Barcelos, recebem o Penafiel, vão a Guimarães e recebem o Marítimo. Já o Porto desloca-se de novo ao sul para defrontar o Vitória de Setúbal, recebe o Gil Vicente, volta a Lisboa para defrontar o Belenenses e acaba em casa com o Penafiel. Os três últimos vão querer certamente jogar na Primeira Liga na próxima época e de tudo farão para ganhar os jogos que faltam. Pelo que tanto Benfica, como Porto terão pela frente jogos que não serão favas contadas.
    A Liga vai decidir-se até à última e ainda pode pender para qualquer um dos lados.


Barba Por Fazer do Jogo:
 Jardel (Benfica)
Outros Destaques: Samaris, Luisão, Fejsa; Jackson, Casemiro, Oliver.

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