Balanço Final - Liga NOS 18/ 19

A análise detalhada ao campeonato em que houve um antes e um depois de Bruno Lage. Em 2018/ 2019 houve Reconquista.

Prémios BPF Liga NOS 2018/ 19

Portugal viu um médio carregar sozinho o Sporting, assistiu ao nascer de um prodígio, ao renascer de um suiço, sagrando-se campeão quem teve um maestro e um velocista.

Balanço Final - Premier League 18/ 19

Na melhor Liga do mundo, foram 98 contra 97 pontos. Entre citizens e reds, entre Bernardo Silva e van Dijk, ninguém merecia perder.

Os Filmes mais Aguardados de 2019

Em 2019, Scorsese reúne a velha guarda toda, Brad Pitt será duplo de Leonardo DiCaprio, Greta Gerwig comanda um elenco feminino de luxo, Waititi será Hitler, e Joaquin Phoenix enlouquecerá debaixo da maquilhagem já usada por Nicholson ou Ledger.

21 Novas Séries a Não Perder em 2019

Renasce The Twilight Zone, Ryan Murphy muda-se para a Netflix, o Disney+ arranca com uma série Star Wars e há ainda projectos de topo na HBO e no FX.

11 de dezembro de 2013

Imagine Dragons a 10 de Julho no Optimus Alive'14

Hoje a organização do Optimus Alive'14 confirmou o primeiro nome para o palco secundário - Heineken. Os norte-americanos Imagine Dragons virão ao Passeio Marítimo de Algés no dia 10 de Julho, dia onde no palco principal actuarão os Arctic Monkeys e The Lumineers.
    Os Imagine Dragons vieram em 2012 a Portugal, dando um concerto no Coliseu dos Recreios. Presença habitual nas rádios, os norte-americanos originários de Nevada surgiram nas bocas do mundo musical com "It's Time", agarrando os seus fãs com "Demons" e "Radioactive". A música da Vodafone, "On Top of the World" colocou os Imagine Dragons noutro patamar junto do público português e, por isso mesmo, surpreende de certa forma a sua presença no palco secundário, quando seria expectável que integrassem o palco principal. O facto dos norte-americanos terem apenas um álbum até agora (o badalado Night Visions) poderia ser um dos argumentos a 'atirar' a banda para o palco Heineken, mas não seria estranho ver The Lumineers a abrir o dia, ou como 2.ª banda, uma vez que são claramente banda para tocar ao pôr do sol, com os Imagine Dragons a aquecer o público para os Arctic Monkeys. Isto embora os fãs destas 2 bandas não pertencerem exactamente à mesma família musical.

    Recordamos que os bilhetes diários custam 53€ e o passe de três dias custa 105€. Abaixo fica o cartaz até ao momento. O dia 12 de Julho ainda não tem nomes confirmados.
Optimus Alive '14

10 de Julho
Palco Optimus
Arctic Monkeys
The Lumineers

Palco Heineken
Imagine Dragons

11 de Julho
Palco Optimus
Black Keys

12 de Julho
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Champions League: Saviola "trai" Benfica, CR7 bate recorde e City vinga-se em Munique

  Champions League - Terminou hoje a 1.ª noite da última jornada da fase de grupos da prova milionária do futebol europeu. Sabemos neste momento já 7 dos 8 qualificados dos Grupos A a D (tudo porque Galatasaray e Juventus viram o seu jogo adiado e disputarão amanhã o 2.º lugar do Grupo B). Hoje assistimos a El Conejo Saviola revelar-se decisivo na passagem do Olympiakos - e consequentemente no afastar do Benfica -, tendo Ronaldo batido o recorde de golos na fase de grupos da competição. O Manchester City tinha perdido com o Bayern em sua casa, e hoje vingou-se, ganhando na Baviera.

Olympiakos 3 - 1 Anderlecht: Na Grécia viveu-se hoje um jogo bem emocionante e acidentado. Javier Saviola - parece destino.. - foi a figura do jogo e inaugurou o marcador aos 33' deixando a massa adepta grega efervescente e confiante no acesso aos oitavos. O empate chegou no entanto 6 minutos depois num bom contra-ataque no qual Gillet decidiu bem e ofereceu o golo a Kljestan. Aos 49 minutos Kouyaté foi expulso por 2.º amarelo, provocou um penalty mas Saviola viu Proto negar-lhe o golo. No entanto, era mesmo a noite de Saviola. O ex-camisola 30 do Benfica fez mesmo o 2-1 num desvio inteligente e oportuno. As expulsões continuaram mas antes houve uma grande penalidade desnecessária, cometida por N'Sakala, mas Proto defendeu novamente o penalty, desta vez de Weiss. N'Sakala foi expulso aos 88' e depois foi Proto a fazer penalty e ser expulso aos 90'. Sim, o Anderlecht acabou o jogo com 8 jogadores e na conversão, Dominguez fez o 3-1 final. Nota para o facto de hoje Mitroglou e Maniatis, importantes jogadores gregos, não terem jogado.
Barba Por Fazer do Jogo: Javier Saviola (Olympiakos)

Bayern 2 - 3 Manchester City:
Era o jogo da noite. E correspondeu às expectativas de cabeça de cartaz. O Bayern tinha ganho 3-1 em Manchester e hoje começou também a vencer. Logo aos 5 minutos Dante fez um grande passe, Müller surgiu isolado (pareceu ligeiramente fora-de-jogo) e marcou com a eficácia que costuma ter. Um grande jogador, normalmente menos valorizado do que merecia. Seis minutos depois surgiu o 2-0 com Götze, depois de um canto, ficou com a bola e, posto em linha por Demichelis (embora os citizens tenham protestado), bateu Joe Hart. O City começou a sua resposta ainda na 1.ª parte com David Silva, regressado de lesão, a reduzir. Pellegrini, que descansou Yaya Touré e Agüero (escolhas inteligentes para ter a 100% no sábado frente ao Arsenal) viu a sua equipa chegar ao 2-2 com um penalty de Kolarov, consumando a reviravolta final com um bom remate de James Milner. O Bayern seguiu em frente no 1.º lugar, ainda que ambas as equipas tenham acabado com 15 pontos. Garantidamente teremos um excelente jogo nos oitavos, que irá opôr Manchester City a um dos primeiros classificados.
Barba Por Fazer do Jogo: James Milner (Manchester City)

Plzen 2 - 1 CSKA Moscovo:
Parabéns ao Plzen pelos primeiros pontos nesta edição da Champions. E logo três. Num jogo com duas equipas a defenderem mal, mas emotivo e entusiasmante, os golos só apareceram na 2.ª parte. Os moscovitas inauguraram o marcador por Musa, após centro de Honda, mas a reviravolta começou a consumar-se depois da expulsão de Dzagoev. Kolar empatou o jogo de cabeça e Wagner fez o 2-1. Wernbloom foi também expulso em cima do apito final. O Plzen segue para a Liga Europa.
Barba Por Fazer do Jogo: Tomas Horava (Plzen)

Copenhaga 0 - 2 Real Madrid:
Na Escandinávia o Real Madrid chegou aos 16 pontos (número que só o rival Atlético poderá igualar, caso ganhe ao Porto) coroando uma fase de grupos excelente, onde os merengues só perderam pontos em Turim (2-2 com a Juventus). O marcador hoje foi inaugurado por Modric num grande golo do croata à entrada da área, com a bola a entrar no ângulo superior direito da baliza. O 2-0 chegou só no segundo tempo com Pepe a assistir Cristiano Ronaldo, que chegou aos 9 golos nesta fase de grupos (recorde absoluto de golos nesta fase). Ronaldo ainda acertou no poste, ganhou um penalty e viu Wiland defender o mesmo penalty, rematado com força para o meio da baliza, onde Wiland se deixou ficar.
Barba Por Fazer do Jogo: Luka Modric (Real Madrid)

Manchester United 1 - 0 Shakhtar: Hoje esperava-se um jogo complicado para o United - ainda para mais dado o actual momento do campeão inglês na Premier - mas Phil Jones descansou David Moyes. O primeiro a deixar Old Trafford com o coração nas mãos foi Alex Teixeira, num perigoso remate cruzado, mas a partir daí viu-se United na 1.ª parte - Januzaj e Ashley Young tiveram bons momentos, faltou outra calma ou altruísmo. Na segunda parte o Shakhtar atirou uma bola ao poste da baliza de De Gea, mas foram mesmo os ingleses a marcar: Phil Jones rematou forte na sequência de um canto. O Manchester United segue para os oitavos - onde o ano passado foi injustamente ultrapassado pelo Real Madrid. Phil Jones, tantas vezes utilizado a médio de contenção/ todo-o-terreno, no ingénuo esquema do United, já deveria ter iniciado a sua maturação a central.
Barba Por Fazer do Jogo: Phil Jones (Manchester United)

Real Sociedad 0 - 1 Bayer Leverkusen:
O Leverkusen precisava esta noite de uma vitória, desejando que os ucranianos do Shakhtar não conseguissem ganhar em Old Trafford. E conseguiu. Foi genericamente um jogo muito aberto, mas sempre com o Leverkusen a revelar-se superior. No 1.º tempo Castro (de livre directo) e Rolfes ficaram perto do golo, e os guarda-redes Leno e Zubikarai estiveram em bom plano. O golo do Leverkusen chegou num canto, com Ömer Toprak a conseguir ficar com a bola no meio da confusão. Não fosse o desacerto de Kiessling, as defesas de Zubikarai e o dia pouco inspirado de Son Heung-Min e o volume do marcador teria sido outro. Esta Real Sociedad foi uma das desilusões da Champions, esperava-se que conseguisse bater o pé doutra maneira às equipas do seu grupo, e hoje exceptuando o inconformado Griezmann pouco mais se viu.
Barba Por Fazer do Jogo: Ömer Toprak (Leverkusen)

Incluiremos a análise ao Galatasaray-Juventus no conjunto de jogos amanhã. O jogo foi hoje interrompido ao minuto 34 pelo árbitro português Pedro Proença devido à queda de neve.

10 de dezembro de 2013

Benfica cumpre frente a PSG sem algumas estrelas e com 10 pontos sai da Champions (Roberto, Saviola e os erros dos encarnados ditaram este fim)

Benfica  2 - 1  PSG (Lima (pen.) 45', Gaitán 58'; Cavani 37')

    O Benfica venceu esta noite na Luz o PSG - sem Ibrahimovic, Thiago Silva, Van der Wiel e Verratti (e com Matuidi e Lavezzi a entrarem apenas no decorrer do jogo) - conseguindo perfazer um total de 10 pontos, mas sendo relegado para a Liga Europa. Em condições normais 10 pontos chegariam (9 chegam, normalmente) mas o Benfica deve atribuir única e exclusivamente esta qualificação falhada para os oitavos. Jorge Jesus, do ponto de vista do discurso (e não só), não encarou jogos anteriores como decisivos e a águia chegou à derradeira jornada a depender de um difícil falhanço do Olympiakos, que Javier Saviola não deixou que acontecesse. A super-exibição de Roberto na Grécia ficará irremediavelmente ligada a esta Champions do Benfica, que pode naturalmente ter maiores ambições na Liga Europa, e que não podia ter feito apenas 1 ponto nos dois jogos com a equipa grega - automaticamente um outsider nos oitavos.
    Na Luz hoje o Benfica entrou bem, em ritmo alto, e foi Enzo Pérez o 1.º a testar Sirigu, valendo os reflexos do guarda-redes italiano. Nos minutos iniciais viu-se Sílvio bastante interventivo (pela faixa esquerda, que é onde se torna um jogador decente) e o PSG procurou em transições lançadas por Rabiot/ Pastore, a velocidade desconcertante e os desequilíbrios do seu trio da frente - Cavani, Lucas e Menez. O jogo baixou de ritmo até voltar a ser o Benfica a cheirar o golo: primeiro Gaitán num remate desde o lado direito e depois Matic num cabeceamento ligeiramente ao lado. Mas foi então que marcou o PSG. Castigando (mais) uma deficiente e displicente abordagem da defesa encarnada, Menez conseguiu depois de alguma confusão oferecer um golo cantado a Cavani. Não era um resultado justo para o Benfica, mas antes do intervalo o lateral direito Kalifa Traoré tratou de colocar justiça no marcador. Em vez de cabecear a bola, optou por cabecear o Sílvio. Grande penalidade marcada e Lima - à Simão Sabrosa - converteu.
    O 2.º tempo começou novamente com um Benfica a querer agarrar o jogo. Enzo Pérez sistematicamente a ser o motor do Benfica, magnificamente apoiado nas suas costas por Fejsa (que intensidade até ao último minuto!) e Matic, ainda que o 21 surgisse muitas vezes lado a lado com Enzo; Markovic a querer soltar um pouco do seu desaparecido talento e Lima a vacilar na hora H uma e outra vez. Até que finalmente, com Enzo novamente envolvido na jogada, Maxi Pereira fugiu pelo flanco direito e, depois de um corte, Gaitán fez o 2-1. Até ao final muitas das energias na Luz conduziram-se para a Grécia, rumo aos cada vez menos jogadores do Anderlecht no decorrer do jogo, enquanto que no relvado da nossa capital Lavezzi ainda pregou um valente susto, Lima continuou muito mal e Ivan Cavaleiro entrou em alta rotação.

    O Benfica não merecia seguir em frente nesta Champions, pelo que (não) fez, pelo que falhou e pela forma como abordou alguns jogos. Naturalmente custa ver uma equipa portuguesa a ser eliminada com 10 pontos, ainda para mais com Roberto e Saviola (jogadores dos quais os benfiquistas guardam memórias bem diferentes) a serem determinantes.

    Hoje Enzo Pérez voltou a carregar a equipa. Recuperou bolas, criou oportunidades de golo, movimentou-se como outros o deviam fazer, etc. Sempre com Matic e Fejsa a disputarem com ele o estatuto de melhor em campo. Maxi Pereira fez o seu melhor jogo desta época, Gaitán surgiu ocasionalmente mas podia ter feito mais e Markovic tem que ser arriscar mais, procurar o 1 para 1, cair em cima dos adversários e castigá-los. Ser quem ele pode ser. Cavaleiro mostrou mais uma vez que, neste momento, poderia muito bem encostar o sérvio, tal como - jogando só com 1 referência - essa deve ser Rodrigo agora e não Lima. No PSG, faltaram muitas estrelas, mas a melhor exibição foi do jovem Rabiot - incrível maturidade, posicionamento, primeiro toque e capacidade de ler o jogo. É dos que não engana. Uma palavra ainda para a arbitragem de Mark Clattenburg - árbitro inglês que por vezes até tem umas travadinhas, mas que hoje manteve o critério, deixou jogar, esteve bem.
    Em Fevereiro haverá Liga Europa. E lá se foi o sonho de - pelo menos chegar mais longe, havia óbvias obrigações disso - lutar pela edição da Champions com final na Luz.

Barba Por Fazer do Jogo: Enzo Pérez (Benfica)
Outros Destaques: Maxi Pereira, Fejsa, Matic; Rabiot, Pastore, Cavani
Resumo:

9 de dezembro de 2013

FIFA anuncia os finalistas para a Bola de Ouro (jogadores e treinadores) e prémio Puskas (melhor golo)

  Bola de Ouro - A FIFA anunciou hoje o Top-3 final com os finalistas candidatos a vencer a Bola de Ouro da FIFA e France Football. Sem grandes surpresas, Cristiano Ronaldo, Franck Ribéry e Lionel Messi são os 3 jogadores que podem ambicionar tal distinção.
    BPF - Já demos a nossa opinião aqui no Barba Por Fazer e Cristiano Ronaldo seria o justo vencedor deste prémio pelo seu ano de 2013. CR7 foi neste ano superior comparativamente com o ano (ao serviço do Manchester United) em que ganhou a sua única Bola de Ouro, com um registo astronómico de golos, crescimento com a camisola de Portugal (conseguindo nomeadamente a sua melhor exibição de sempre pelo seu país - em solo sueco), podendo-se dizer que o capitão português e referência do Real Madrid, está no ponto. Ribéry surge em representação do incrível ano do Bayern, mas não se está a nomear a equipa do ano ou jogador mais titulado, mas sim o Melhor Jogador do ano. Ribéry cresceu muito no último ano, mas por exemplo Philipp Lahm foi mais regular e influente no jogo (defensiva e ofensivamente) da equipa da Baviera.  Quanto a Lionel Messi, é importante percebermos que não se está a votar para quem é - geneticamente ou normalmente - o melhor jogador do mundo mas sim o melhor no ano de 2013. E aí, Lionel, não foste tu. "Ah, mas eu estive lesionado no fim, quando o Ronaldo disparou!" - não interessa, Lionel, temos pena. Tiveste azar e o azar faz parte do futebol, tal como a sorte que tantas vezes tiveste e que, por exemplo, te deu uma Bola de Ouro quando o Iniesta merecia, Sr. Não pago os Impostos.

    A FIFA anunciou também os 3 treinadores finalistas de 2013: Jupp Heynckes, Jürgen Klopp e Sir Alex Ferguson. Heynckes certamente vai "limpar" a concorrência, tendo sido totalmente justa a nomeação de Klopp e a de Sir Alex Ferguson ser apenas uma nomeação em jeito de tributo à sua carreira, por ter abandonado o futebol no decorrer deste ano. Nomes como Scolari, ou Simeone que nem no leque amplificado de finalistas estava (a FIFA não deve ter visto a época do Atlético porque Courtois também não constava dos candidatos a melhor guarda-redes), fariam sentido.

    Por fim, o Prémio Puskas - destinado a distinguir o Melhor Golo da época - será disputado por Zlatan Ibrahimovic (golo de bicicleta frente à Inglaterra, marcado... em 2012), Nemanja Matic (golo ao Porto) e Neymar (primeiro golo na Taça das Confederações). Golos como o de Neymar encontram-se todos os dias e portanto a disputa deverá ser entre o benfiquista Matic e o senhor-grandes-golos Ibrahimovic. Num dos casos um excelente golo colectivo, no outro um lance de mais difícil execução mas com a baliza deserta. Em todo o caso é pena não se terem visto outros golos no lote anterior - a super-jogada do Arsenal culminada no golo de Wilshere, o golo de Ibrahimovic ao Anderlecht, etc.
    Abaixo ficam os 3 golos que poderão ganhar (por ser conteúdo da FIFA terão que carregar na opção 'Ver no Youtube'):





8 de dezembro de 2013

Montero dá liderança isolada ao 'Rei Leão' e Jackson Martínez vence Braga

Depois do inesperado empate do Benfica na Luz frente ao Arouca, os seus rivais não vacilaram e venceram ambos os seus jogos (de dificuldade bastante maior). Os goleadores de serviço - Montero e Jackson Martínez - corresponderam ao apelo dos seus adeptos e bisaram ambos, atirando o Benfica para o 3.º lugar. O Sporting tornou-se assim líder isolado, algo que não acontecia desde Janeiro de 2005.

Gil Vicente  0 - 2  Sporting (Montero 19', 74')

    Os leões entraram em Barcelos com a liderança isolada em vista, mas nem por isso se revelaram ansiosos ou nervosos. O empate do rival Benfica só ajudou certamente a motivar ainda mais a equipa de Leonardo Jardim, que se apresentou na máxima força. Do outro lado estava o Gil Vicente, tal como o Sporting a fazer um campeonato de excelência, tendo ambas os 2 melhores treinadores desta Liga ZON Sagres 13/ 14: João de Deus e Leonardo Jardim. O Sporting entrou melhor com André Martins em destaque e chegou ao golo aos 19 minutos quando o "rato de área" Fredy Montero aproveitou um mau corte de Gabriel, a tentar resolver um cruzamento de Cédric, e com muita calma finalizou na cara de Adriano. A 1.ª parte seguiu com William Carvalho a manter o seu elevado nível de simplificação de processos e omnipresença e André Martins a ficar perto do golo por várias ocasiões.
    Na segunda parte o Sporting entrou novamente melhor mas devagar, devagarinho o Gil Vicente foi começando a subir no terreno e parecia que poderia a qualquer momento com Diogo Viana, Paulinho ou Luan criar perigo. No entanto, nesta boa fase do Gil, acabou por ser o central Pecks a deitar tudo a perder. O central cabo-verdiano entrou de forma dura, "varrendo" William Carvalho e viu justamente o cartão vermelho directo. João de Deus até teve "mão" a partir do banco e soube colocar o endiabrado Brito em campo, mas foi Montero novamente a fazer das suas, matando o jogo. Num lance em que ficaram algumas dúvidas de fora-de-jogo de Diego Capel no decorrer da jogada, o espanhol acabou por rematar, a bola desviou num defesa mas Adriano defendeu. No entanto, na recarga, Montero reagiu mais rápido que toda a gente e sentenciou o jogo. O Gil ainda teve bons momentos com Brito e Simy - cartas que João de Deus tirou do banco - tendo Brito feito a bola bater no poste esquerdo de Rui Patrício.
    O Sporting venceu com Montero em destaque, tornou-se líder isolado como já não era desde Janeiro de 2005, aproveitou a escorregadela inqualificável do Benfica (quando é que perceberão que Jesus tem que sair?!) e conquistou 3 pontos difíceis, com justiça, num campo onde o Gil esta época nunca tinha sofrido mais que 1 golo por jogo. Pecks deu uma ajuda, expulsando-se quando pôs em risco a integridade de William Carvalho.
    Neste momento, o cenário mais provável é os leões festejarem a passagem de ano na liderança.

Barba Por Fazer do Jogo: Fredy Montero (Sporting)
Outros Destaques: César Peixoto, Brito; Cédric, André Martins, William Carvalho


Porto  2 - 0  Braga (Jackson Martínez 48', 79')

    No Dragão jogaram ontem à noite duas equipas que têm feito uma equipa bem longe do futebol do seu passado recente. O Porto de Paulo Fonseca e o Braga de Jesualdo Ferreira têm desiludido e ontem pode-se dizer que houve duas partes diferentes. Num jogo que parecia tresandar ao talento de Quintero este não saiu sequer do banco e Fonseca acabou por lançar Herrera, Defour e Lucho, com Josué e Varela mais próximos de Jackson. Na ausência do polvo Fernando, houve a necessidade clara de povoar quem ocupa naturalmente a faixa central. Jesualdo colocou a sua equipa no seu 4-3-3 intocável, com Pardo a ser a principal surpresa no onze inicial. Na 1.ª parte o jogo esteve "amarrado" por mérito do Braga. O meio-campo bracarense esteve em bom nível - Luiz Carlos, sobretudo - e o Porto não teve criatividade suficiente para contrariar o rumo do jogo. Houve poucos lances, alguns desequilíbrios de Rafa e Pardo, com Josué a ter também um bom momento ao fazer a bola bater na trave.
    A segunda parte foi bem diferente. A palestra ao intervalo (?), o simples facto de o Porto nunca desperdiçar quando os rivais lhe dão estas oportunidades e a entrada de Carlos Eduardo (jogador que merecia mais minutos neste Porto) ajudaram a mudar o jogo. Herrera cresceu muito dos primeiros para os segundos 45, Lucho saiu e Jackson acordou. Alex Sandro esteve na origem do 1.º golo de Jackson Martínez - o brasileiro cruzou e Cha Cha Cha rematou, contou com um desvio de um defesa, e bateu Eduardo. O Porto manteve a pressão alta, encostou o Braga e o 2-0 chegou num grande trabalho de Varela antes de picar a bola para o cabeceamento de Jackson.
    O Braga não teve armas para responder, o Porto recuperou a diferença que na jornada anterior oferecera ao Benfica. Jackson manteve-se assim na perseguição a Montero, o Herrera da 2.ª parte e Carlos Eduardo ajudaram a mudar o jogo e Silvestre Varela merece uma palavra final: é por ter jogadores como o extremo português que o Porto cumpre na hora H.
    O 1.º jogo de 2014 será um Benfica-Porto.
Barba Por Fazer do Jogo: Jackson Martínez (Porto)
Outros Destaques: Herrera, Carlos Eduardo, Varela; Pardo

Premier League elege Tim Krul e Alan Pardew como os melhores de Novembro

  Premier League - Foram anunciados os vencedores dos prémios do mês de Novembro. A Premier League voltou a eleger um duo de um clube, depois de já ter atribuído a Sturridge/ Rodgers e Ramsey/ Wenger os prémios de outros meses. Alan Pardew, treinador do Newcastle e Tim Krul, guarda-redes dos magpies, foram os vencedores. Uma prenda de Natal antecipada para dois elementos de uma equipa que ganhou os seus 4 jogos de Novembro.
    O Newcastle venceu em Novembro o Chelsea por 2-0, viajou até White Hart Lane e derrotou o Tottenham por 1-0 e depois ganhou, em sua casa, a Norwich e West Brom, em ambos os casos por 2-1. A estrondosa exibição de Tim Krul em casa do Tottenham - sem dúvida uma das melhores da História da Premier League - terá pesado na sua eleição como jogador do mês. No caso de Alan Pardew era indubitável nomeá-lo como Treinador do Mês (Roberto Martínez poderia também ter ganho), quanto ao lugar de Krul havia vários candidatos provavelmente a justificarem melhor o estatuto de Jogador do Mês.
    Sergio Agüero foi o jogador de Outubro, mas em Novembro esteve incrível (brilhou frente ao Norwich com 1 golo e 3 assistências e bisou frente ao Tottenham, onde também acumulou uma assistência); Suárez podia já ter ganho o prémio no mês anterior e em Novembro esteve em grande frente a Fulham e Everton; Seamus Coleman poderia também ser candidato a ser eleito com 3 jogos do seu Everton sem sofrer, sistemático envolvimento no ataque e um golo ao Stoke; Ramsey poderia também ter sido considerado depois do seu grande golo ao Liverpool e do seu bis em Cardiff. Steven Gerrard, Romelu Lukaku, Tim Howard, Phil Jagielka e Wayne Rooney também estiveram bem neste mês, mas acabou por ser Krul e as suas luvas a segurar o troféu.

    Por esta altura Suárez está muitíssimo bem encaminhado para (finalmente) ser eleito jogador do mês, no final de Dezembro.

Premier League: Arsenal e Everton empatam em grande jogo, Newcastle afunda United

  Premier League - Depois de uma jornada a meio da semana marcada pela super-exibição de Suárez, pelo frenético Sunderland-Chelsea e pela derrota do United em Old Trafford frente ao Everton, este fim-de-semana tivemos mais espectáculo, mais emoções, mais surpresas. Suárez voltou a estar em bom nível frente ao West Ham, o Chelsea de Mourinho perdeu em casa do Stoke e o Manchester United voltou a desiludir em Old Trafford e perdeu novamente 1-0, desta feita com o Newcastle. Por fim, Arsenal e Everton encontraram-se num grande jogo em Emirates que terminou com um justo 1-1.
    Era o jogo da jornada e, embora com poucos golos, fez jus às expectativas. No Emirates Stadium, Arsenal e Everton alinharam com os seus melhores onzes e a 1.ª parte ficou marcada por um Everton fisica e tacticamente fortíssimo, com a sua defesa irrepreensível e mais posse de bola que o Arsenal. A equipa de Wenger era obrigada a aprimorar o seu futebol com jogadas de encher o olho para desbloquear a defensiva do Everton, enquanto que a equipa de Martínez (que grande treinador!) só criou perigo quando conseguiu transitar, com Ross Barkley a conduzir bem o jogo em posse - quando soltou a bola em zona de construção, falhou diversos passes - e Lukaku a ser o alvo dos seus colegas.
    Só no segundo tempo surgiram os golos. Tim Howard e Szczesny foram dizendo presente. Wenger decidiu mexer com o jogo e fez uma tripla substituição - retirou Cazorla, Wilshere e Ramsey e colocou Walcott, Flamini e Rosicky. Martínez respondeu com inteligência, trocando espaçadamente Pienaar e Mirallas por Osman e Deulofeu. Mas o golo chegou então para o Arsenal - Rosicky cruzou a partir da direita, Walcott ganhou de cabeça assistindo Giroud. O avançado francês falhou na bola mas Mesut Özil não e deixou os adeptos ao rubro. No entanto a festa durou pouco porque 4 minutos depois chegou o empate. A jogada começou num bom trabalho de Ross Barkley, o médio inglês soltou para Oviedo que cruzou para Lukaku. O avançado belga só conseguiu dar um ligeiro toque, num momento acrobático, e a bola sobrou para o jovem espanhol Deulofeu - o extremo driblou, enquadrou-se com a baliza e disparou fazendo um grande golo. Até ao final destaque para um último remate de Olivier Giroud em cheio na barra que seria certamente um dos golos da vida do avançado francês.
    Resultado bom para Chelsea e City que podiam ter visto o Arsenal a castigá-los, afastando-se, e mais uma evidência de que este Everton é uma equipa talhada para jogar com os grandes (ganhou ao Chelsea e ao United, empatou com Liverpool e Tottenham, só perdeu com o City). Muito possivelmente veremos o Everton a passar para o ano de 2014 no Top-4 e seria bom para Lukaku e Deulofeu ficarem emprestados mais um ano ao clube de Liverpool.

    O Newcastle viajou a Old Trafford e penitenciou ainda mais o já magoado e desorientado Manchester United. O campeão inglês voltou a ter Van Persie, não teve Rooney (castigado) e fez uma má exibição, sem chama nem ideias, acabando mesmo por perder quando Sissoko assistiu Cabaye para o golo que decidiu o jogo. Grande exibição do médio francês, de Debuchy, Santon e Tim Krul a voltar a não sofrer golos contra um grande (à imagem dos jogo com Chelsea e da estrondosa exibição do holandês frente ao Tottenham).
    Em Anfield era muita a expectativa para ver como seria a exibição de Suárez frente ao West Ham e o uruguaio não desiludiu. O jogo, que terminou com a vitória dos reds por 4-1, ficou marcado pelos auto-golos: O'Brien, Demel e Skrtel marcaram na própria baliza. Suárez marcou um (grande cabeceamento depois de um bom centro de Glen Johnson), esteve na origem dos auto-golos dos visitantes e o outro golo do Liverpool foi de Sakho na sequência de um livre de Steven Gerrard. Suárez não pára, é o melhor jogador neste momento desta Premier League 2013/ 2014 e, pelo segundo jogo consecutivo, Mignolet saiu de campo com 1 golo sofrido sem ter tido quaisquer culpas. A fase difícil da 1.ª volta do Liverpool começa na próxima jornada, com 3 deslocações complicadas nos últimos 4 jogos de 2013 (sobretudo as últimas duas, Chelsea e Manchester City).
    José Mourinho deslocou-se ao terreno do Stoke - equipa que normalmente defende muito bem - mas o jogo teve cinco golos. O Stoke de Mark Hughes venceu inesperadamente por 3-2, com Schürrle a ser o homem do jogo ao bisar pelo Chelsea e Assaidi a decidir o jogo com o tento final. Com Óscar a 100% parece certo que neste momento a melhor opção para o Chelsea seria jogar com Ramires-Lampard no duplo pivô, Hazard Mata e Óscar no meio-campo e Schürrle "solto" na frente.

    O Manchester City empatou em casa do Southampton por 1-1. Os saints têm andado com menor fulgor nos últimos jogos e logo aos 10 minutos Agüero marcou e deu a ideia de que o City poderia partir para uma confortável vitória. No entanto, o Southampton foi guerreiro, soube lutar a meio-campo, Ward-Prowse e Luke Shaw voltaram a reforçar que valerá a pena acompanhar o seu futuro e Pablo Osvaldo empatou tudo no seu melhor momento desde que chegou a Inglaterra. Um golaço.
    O Tottenham conseguiu ganhar em casa do Sunderland por 2-1. AVB começou a perder com um golo de Adam Johnson (Lloris novamente mal na fotografia), Paulinho empatou o jogo e acabou por ser O'Shea a decidir tudo com um auto-golo. Noutro campo o WBA era favorito mas viu o Norwich ganhar em sua casa com uma excelente exibição - Leroy Fer foi a figura do jogo com um golo e uma assistência, Hooper marcou. O Crystal Palace continua a ressuscitar e a exibir-se bem defensivamente com Tony Pulis no comando e ganhou 2-0 ao Cardiff. Chamakh marcou (e podem-se esperar mais golos do marroquino se se mantiver como a referência de ataque da equipa) e Jerome fez o outro golo. O Fulham recebeu o Aston Villa e não deu hipóteses ganhando também por 2-0, com Sidwell e Dimitar Berbatov a fazerem os golos.

    Amanhã termina a jornada com a recepção do Swansea ao Hull City. A próxima jornada abre com um incrível Manchester City-Arsenal no Sábado e fechará no domingo à tarde com um também muito esperado Tottenham-Liverpool. É assim a Premier League.

7 de dezembro de 2013

Tudo isto existiu. Tudo isto foi triste. Tudo isto foi o Benfica 2-2 Arouca

Benfica  2 - 2  Arouca (Rodrigo 40', Lima (pen.) 83'; D. Simão 18', Serginho 74')

    Uma jornada depois de ter conquistado a liderança (em igualdade mas atrás do Sporting) e ter ganho uma folga de 2 pontos de vantagem para o Porto, o Benfica hipotecou na Luz a chance de colocar pressão sobre os seus rivais e, com um futebol mal jogado - sem fio de jogo - e um anti-jogo (totalmente consentido pelo árbitro) por parte do Arouca, escorregou desperdiçando 2 pontos. Mau futebol, más decisões a partir do banco/ bancada e uma arbitragem típica da liga portuguesa e a anos-luz da fluidez e respeito (por parte de todos os intervenientes) que se sente ao ver qualquer jogo da Premier League.
    O Benfica iniciou o jogo com um problema: Bruno Cortez titular. À parte disso, Raul José/ Jesus lançou o onze que seria expectável, com a dupla Rodrigo e Lima na frente, Markovic e Gaitán nos flancos e Fejsa a fazer parelha com Enzo no meio-campo. Teria sido um bom jogo para testar inúmeras variantes: Rodrigo preferencialmente na esquerda, Gaitán ou Markovic nas costas do avançado, Cavaleiro a titular e Cortez com bilhete para São Paulo. O jogo começou melhor para o Benfica: com bola, alguma acutilância, os encarnados procuraram sistematicamente Lima e instalaram-se no meio-campo do Arouca no 1.º quarto de hora. O golo, no entanto, surgiu do outro lado do campo. David Simão bateu um livre (um "canto de mangas arregaçadas") e contou com a passividade de Artur que ficou a ver a bola entrar. O jogador formado no Benfica pediu desculpa, não festejou. Afinal, foram 10 anos de águia ao peito.
    O jogo manteve sentido único, com o Benfica a ter esmagadora posse de bola (variou entre 66% e 70%), sendo que Cássio fez então a defesa da noite ao tirar um golo a Lima. O Benfica manteve-se em cima do adversário - que apenas queria não deixar o Benfica jogar em vez de querer jogar também - e o golo lá chegou. Numa boa jogada, Enzo deu para Gaitán, este serviu Maxi que cruzou tenso para o desvio certeiro de Rodrigo. Até ao intervalo Roberto ainda pregou um susto, desperdiçando uma enorme oportunidade isolado ao tentar um chapéu. Chegava o intervalo e o estado de alma benfiquista era um misto, um "estamos a jogar tão mal, mas mesmo assim merecíamos estar a ganhar". A 1.ª parte ficou marcada por vários maus momentos de Cortez e muito anti-jogo (tanto tempo perdido nos pontapés de baliza de Cássio ou qualquer bola parada) com Rui Costa a não exercer qualquer pressão em contrário.
    Dos balneários chegou Sulejmani para o lugar de Cortez, acabando muitas vezes por ser Gaitán o lateral esquerdo. Porque não entrar André Almeida? A toada manteve-se com o Benfica a jogar mal, mas a ter muita bola e poucas ideias e o Arouca a queimar tempo. O cúmulo aconteceu quando Ceballos ia ser substituído e decidiu realizar o caminho inverso para perder mais tempo, acabando por ser Rodrigo a empurrá-lo para a zona de substituição. Noutra liga seria o árbitro a pressionar o jogador para o espectáculo não perder qualidade, por cá foi Rodrigo o admoestado. O Benfica parecia mais "fresco", com Sulejmani a entrar bem, Rodrigo cheio de ganas e Enzo Pérez a demonstrar que o Benfica é ele+10 neste momento (hoje não havia Matic em campo), quando Jesus estragou tacticamente a equipa. Numa péssima abordagem, não percebendo que a equipa estava a assentar o seu futebol e o golo chegaria, retirou Markovic e colocou em campo Funes Mori. A saída de Markovic até se aceitaria, mas entrando nesse caso Ivan Cavaleiro, e deveria ter acontecido mais tarde. A entrada de Funes Mori destruiu o modelo e as rotinas que o Benfica estava a instaurar, apagando do jogo Rodrigo e Enzo. Chegou então novo golo do Arouca: lançamento longo, Pintassilgo deu a bola para junto da baliza onde surgiu Serginho a encostar. Balde de água fria na Luz.
    Até terminar a partida Sulejmani ganhou uma grande penalidade que Lima converteu (mesmo com Rodrigo a pedir-lhe as honras), Ivan Cavaleiro rematou uma bola ao poste e Luisão desperdiçou um lance que levou os benfiquistas ao desespero.

    O Benfica está mal e a situação deve arrastar-se. Hoje Rodrigo esteve novamente bem, Sulejmani entrou bem no jogo e Enzo Pérez fez tudo o que pôde: impressionante como concilia a sua raça com movimentos inteligentes, toques simples. O médio mais completo da liga neste momento. Pena que as opções do banco tenham destruído o que os jogadores vinham criando em campo aos poucos. O Arouca teve 2 grandes exibições de ex-benfiquistas: David Simão e Nuno Coelho; e Pintassilgo continua a deixar bons pormenores nos jogos do Arouca.
    
    Este campeonato está a ser marcado pela falta de qualidade generalizada. Enquanto na Premier League temos visto uma liga equilibrada mas nivelada por cima, por cá tem-se jogado muito mau futebol. Benfica, Porto (atenção que Quaresma terá impacto), Braga, Paços, todos estão incrivelmente piores. O próprio Estoril está inferior e talvez só mesmo o Nacional tenha mantido o nível, isto tudo conciliado com o enorme acrescento de qualidade de Sporting e Gil Vicente - bom jogo em perspectiva no Domingo.
    Nota: O anti-jogo que se permite nos relvados portugueses só será combatido e deixará de existir quando partir tanto de jogadores como das equipas de arbitragem. O futebol é espectáculo e uma coisa é "saber sofrer", respeitando os momentos do jogo que cada equipa tem e outra é não querer jogar. Ainda 4.ª feira vimos o Sunderland (último classificado em Inglaterra) a perder em sua casa 3-4 com o Chelsea. Por vezes pode parecer inocente ou genuíno querermos jogar olhos nos olhos, mas ganhamos uma história para contar. Não é assim que se fazem jogadores. Não é assim que se fazem heróis. Porque tudo isto tem apenas uma coisa na sua base: o respeito.

Barba Por Fazer do Jogo: Enzo Pérez (Benfica)
Outros Destaques: Sulejmani, Rodrigo; Nuno Coelho, David Simão, Pintassilgo
Resumo:

6 de dezembro de 2013

Black Keys vêm ao Optimus Alive 2014

A organização do festival do Passeio Marítimo de Algés confirmou esta manhã mais um nome para o cartaz edição 2014: os Black Keys. A dupla Patrick Carney e Dan Auerbach dará o seu segundo de sempre concerto em Portugal (já estiveram no Pavilhão Atlântico, em Novembro de 2012) e tem presença agendada para o dia 11 de Julho.
    Serão cabeças de cartaz do mesmo dia, juntando-se aos outros 2 nomes já confirmados - esses para dia 10 - os Arctic Monkeys e os The Lumineers. O álbum mais recente da banda data de 2011, "El Camino". O cartaz do Alive ainda está curto, mantém-se consistente e dentro do espírito habitual, mas carece ainda de vários nomes que permitam defender a ideia vendida de "o melhor cartaz de sempre", tanto menos badalados para o palco Heineken (uma das forças do evento) como nomes que mediatizem e elevem esta edição para outro nível (veremos se o Rock in Rio não os rouba, ou se não roubou já, caso dos Arcade Fire).

Optimus Alive '14

10 de Julho
Arctic Monkeys
The Lumineers

11 de Julho
Black Keys

4 de dezembro de 2013

Premier League: Suárez faz História, Everton cala Old Trafford e Chelsea vence jogo louco

  Premier League - Enquanto em terras lusitanas os futebolistas estão a descansar (a verdade é que temos menos 8 jornadas que o escalão principal inglês), em Inglaterra jogou-se esta noite a 14.ª jornada da Premier League e, certamente, uma das mais emocionantes dos últimos tempos.

    O homem da noite foi, sem margem para dúvidas, Luis Suárez. O avançado uruguaio fez nada mais nada menos do que 4 golos e 1 assistência na vitória do Liverpool frente ao Norwich, em Anfield. O Norwich já é cliente habitual de Suárez (nos últimos 3 jogos em dois deles fizera hat-trick e no outro tinha marcado também, mas apenas um golo) e hoje a conta começou aos 15 minutos - Ruddy pontapeou a bola, Gerrard ganhou de cabeça no meio-campo e Suárez, de muito longe, fez um golo do outro mundo. Perto dos 30' foi a vez de Coutinho bater um pontapé de canto e Suárez - quem mais! - surgiu na área a rematar sem hipóteses. Técnica, inteligência, imprevisibilidade, irreverência, um talento incrível este uruguaio que é a par de Agüero o jogador que maior impacto tem na actual Premier League. Mas a noite de Suárez ainda estava longe de terminar - aos 35 minutos Suárez recebeu a bola no meio-campo do Norwich, picou a bola por cima de um adversário, dominou-a novamente e desferiu uma bomba para a baliza do pobre Ruddy. O hat-trick estava consumado e Suárez tornava-se assim o 1.º jogador da História da Premier League a conseguir 3 hat-tricks contra a mesma equipa. O jogo decorreu com Gerrard com o seu brilho invisível, a fazer a equipa jogar com passes espectaculares e que vão deixar saudades quando ele um dia se retirar, e aos 75' o capitão ganhou um livre em posição frontal e Suárez selou o seu "póker". Livre sem hipóteses e o 4.º golo de Suárez no jogo - mesmo sem ter jogado as primeiras 5 jornadas da liga, o uruguaio é já o melhor marcador (13 golos). O Norwich teve o seu golo de consolação quando Redmond encontrou a cabeça de Bradley Johnson (Mignolet nada podia fazer) e Suárez fechou a noite com uma boa assistência para Sterling fazer o 5-1 final. Rodgers retirou de campo Suárez praticamente com o jogo a terminar, oferecendo-lhe um aplauso de pé de Anfield Road. Mereceu-o. Esperemos que lá continue depois do mercado de Inverno.

    Em Old Trafford decorreu o jogo mais esperado da jornada - o Manchester United vs Everton. O nulo manteve-se durante muito tempo com Howard e os seus postes a tirarem o golo a Rooney e companhia, e o Everton a desperdiçar várias oportunidades de golo em transições mal decididas no último terço - Lukaku a demorar muito ou Barkley a servir mal a dupla belga (Lukaku e Mirallas). David Moyes acabou mesmo por ser derrotado pela sua ex-equipa quando Lukaku cruzou uma bola e Oviedo surgiu sozinho "matando" o jogo aos 86 minutos. Mais um jogo incrível de um Everton magnificamente bem comandado por Roberto Martínez, com um plantel rico e equilibrado, e uma defesa que tem apresentado enorme qualidade. O campeão Manchester United está cada vez mais longe, dista já 12 pontos do líder Arsenal e viu esta jornada Chelsea, Manchester City, Everton, Liverpool e Tottenham ganharem-lhe pontos.

    O Arsenal recebeu o Hull City e manteve o seu bom nível. O jogo deu para Wenger gerir plantel e começou bem com um golo logo aos 2 minutos - Jenkinson cruzou e Bendtner (com o seu visual Pablo Osvaldo) cabeceou para o 1-0. O Arsenal soube gerir o jogo e marcou também no início da 2.ª parte quando Ramsey fez um grande passe e descobriu Mesut Özil, que de pé esquerdo não perdoou. Os próximos 3 jogos do Arsenal serão o derradeiro teste: receberá o Everton, viajará até ao campo do Manchester City e depois receberá o rival Chelsea. De uma maneira ou doutra, já não há dúvidas que temos candidato.
    Quem hoje terá tido o coração a bater forte foi José Mourinho. O Chelsea viajou ao reduto do último classificado - o Sunderland - e muito sofreu para conquistar os 3 pontos. Começou por ser o Sunderland a marcar, por intermédio do norte-americano Altidore, a trabalhar bem o golo dentro da área, mas depois apareceu o homem que decidiu o jogo: Eden Hazard. O belga ofereceu o empate a Lampard com um excelente cruzamento e depois fez ele mesmo o golo numa diagonal mortífera. Mourinho assustou-se quando O'Shea voltou a empatar o jogo - péssima abordagem defensiva dos blues - mas Hazard estava lá para recordar que o jogo era dele e do seu Chelsea. Hazard combinou com Lampard, tirou do seu caminho quem nele se intrometeu e disparou para o seu bis. Os minutos finais foram emocionantes porque Bardsley fez questão de marcar um auto-golo aos 84 e redimir-se marcando na baliza certa 2 minutos depois. Até ao final, esteve melhor o Sunderland a ameaçar uma nervosa defesa do Chelsea.

    As emoções estiveram também ao rubro nos terrenos do Southampton e do Fulham. O sensacional Southampton perdeu em casa com o Aston Villa por 3-2. Agbonlahor inaugurou o marcador (grande arrancada), mas Jay Rodriguez (está em boa forma) empatou. Na 2.ª parte foi a vez do checo Kozak colocar o Villa de novo na frente, mas minutos depois Pablo Osvaldo deixou tudo empatado novamente. Aos 80' Delph - está ali um pequeno grande jogador - com um golo espectacular fez o 3-2 final para os visitantes.
    Villas-Boas viu o seu lugar mais em risco quando o Fulham marcou através de Dejagah mas festejou a reviravolta dos spurs. Chiriches (remate rasteiro de longe) e um bom golo de Holtby deram ao Tottenham razões para sorrir em tempos que têm sido difíceis.
    O City começa a tornar-se regular e a conseguir pontos fora de portas esta época e esta noite venceu sem dificuldades (o resultado fez parecer o oposto) num campo que se esperava mais complicado. Agüero destruiu a muralha do West Brom bem assistido por Zabaleta e Yaya Touré fez o 2.º num bom remate assistido por Kolarov. O 3-0 chegou no segundo tempo com Yaya Touré a marcar de penalty, tendo o WBA reduzido para 3-1 num momento infeliz - azarado, sobretudo - de Pantilimon. Por fim, e bem perto do apito final, foi a vez de Anichebe fazer o 3-2 e deixar a equipa de Steve Clarke sonhar durante uns segundos.
    Noutros jogos o Swansea (mesmo sem Bony e Michu) venceu no País de Gales o Newcastle por 3-0, com golos de Dyer, Shelvey e um auto-golo de Debuchy. O Stoke empatou a zeros com o Cardiff. Ontem foi a vez do Crystal Palace vencer o West Ham, numa vitória importante por 1-0 garantida por Chamakh.

Crítica: The Hunger Games - Catching Fire

Realizador: Francis Lawrence
Argumento: Simon Beaufoy, Michael Arndt, Suzanne Collins
Elenco: Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth, Woody Harrelson, Lenny Kravitz, Elizabeth Banks, Donald Sutherland, Stanley Tucci, Sam Claflin, Philip Seymour Hoffman, Jena Malone
Classificação IMDb: 7.6 | Metascore: 76 | RottenTomatoes: 89%
Classificação Barba Por Fazer: 78


    Finalmente chegou aos cinemas a tão aguardada 2.ª parte da saga de 'The Hunger Games' de Suzanne Collins. Mais de 1 ano e meio depois da estreia do primeiro filme - que convenceu fãs dos livros e cinéfilos viciados - Katniss Everdeen voltou em grande. O 1.º filme "acordou" muita gente para a obra de Collins, entretanto Jennifer Lawrence tornou-se uma actriz galardoada com o Óscar de Melhor Actriz Principal (em 'Silver Linings Playbook') e tudo isto é ajudado pelo facto deste "Catching Fire" ser considerado por alguns dos fãs da obra literária o melhor dos 3 livros ou, pelo menos, indubitavelmente superior ao primeiro.
    O filme começa com Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) e Peeta Mellark (Josh Hutcherson) no pós-vitória dos seus Jogos, regressando ao decadente ambiente dos seus Distritos, com o Capitólio (na pessoa do presidente Snow) a engendrar forma de destruir e transformar um símbolo de esperança - Katniss -, impedindo uma revolta. Entre Peeta e Gale, Everdeen volta a ter que marcar presença nuns novos Jogos da Fome, mas desta vez contra os vencedores anteriores, na comemoração da 75.ª edição dos mesmos Jogos.
    'Lord of The Rings' (uma relíquia à parte e fora de comparações)', 'Harry Potter' e 'Twilight' foram algumas das paixões literárias juvenis - embora longe de apenas para esta faixa etária - dos últimos anos e 'The Hunger Games' junta-se claramente a este lote mas destaca-se pelo seu conceito: Collins conseguiu um conceito diferenciador, marcante e incrivelmente mensurável. O mundo de Collins parece um mundo não muito distante e é isso que ajuda e muito cada espectador a viver os Jogos. O filme é superior ao primeiro, bem realizado por Francis Lawrence e com o acrescento de qualidade dada por Philip Seymour Hoffman (na pele de um intrigante "novo" produtor dos Jogos), Jena Malone ou Sam Claflin (a desempenhar a interessante personagem Finnick Odair).
    Vale a ida ao cinema e deixa apenas uma grande vontade que as partes de 2013 e 2014 ('A Revolta' será dividida em 2 partes) mantenham o mesmo nível. Os desempenhos dos actores não deixam em nada a desejar, o conceito vence por si, Peeta Mellark (boa personagem que Collins adicionou ao mundo ficcional) e Katniss Everdeen vêem Finnick Odair juntar-se a eles como personagens interessantes, e o espectador é ainda impactado por momentos marcantes com Cinna ou Mags.
    Os últimos dois filmes serão igualmente realizados por Francis Lawrence e contarão também com Julianne Moore, Lily Rabe (American Horror Story) ou Natalie Dormer (Game of Thrones). Para quem quiser manter-se atento à carreira de Jennifer Lawrence - e ela reúne motivos mais do que suficientes para o fazerem - em breve figurará em 'American Hustle' com Christian Bale, Bradley Cooper, Amy Adams e Jeremy Renner e depois aparecerá no muito esperado 'X-Men: Days of Future Past'.
    O melhor elogio que se pode fazer a 'The Hunger Games: Catching Fire' é relatar que no meu caso saí da sala de cinema passava das 3 da manhã e a reacção da sala, embora genericamente houvesse sinais de saudades das almofadas, foi claramente a sede de mais minutos/ horas da história quando o filme terminou com um grande plano do olhar compenetrado de Katniss Everdeen, adiando A Revolta para os próximos dois anos.
    E não, o Francis Lawrence não tem qualquer grau de parentesco para com a Jennifer Lawrence.

3 de dezembro de 2013

Crítica: Captain Phillips

A CAMINHO DOS ÓSCARES 2014
Realizador: Paul Greengrass
Argumento: Billy Ray, Richard Phillips, Stephan Talty
Elenco: Tom Hanks, Barkhad Abdi, Barkhad Abdirahman, Mahat M. Ali, Faysal Ahmed, Catherine Keener
Classificação IMDb: 7.8 | Metascore: 83 | RottenTomatoes: 93%
Classificação Barba Por Fazer: 78


    Bem-vindo de volta ao mundo do Cinema, Tom Hanks. Goste-se ou não dele, Hanks foi provavelmente o actor (ou pelo menos um dos) mais marcante dos anos 90 em Hollywood. Dois óscares consecutivos em 'Philadelphia' e 'Forrest Gump', para além de tantos outros papéis de um Náufrago que se desdobrou a resgatar o soldado Ryan, no 'Apollo 13', 'Green Mile' ou a dar a voz a Woody no Toy Story. Desde 2004 (altura em que fez de Viktor Navorski no 'Terminal de Aeroporto') que Hanks saiu da ribalta, preferiu produzir boas séries com Spielberg e quando apareceu no grande ecrã esteve sempre muito longe do seu nível - quer como Langdon na saga de Dan Brown, quer nos mais recentes 'Cloud Atlas' ou 'Extremely Loud & Incredibly Close', injustamente nomeado para Melhor Filme. Mas finalmente, ele voltou.

    Num ano em que também fará - como actor secundário - de Walt Disney em 'Saving Mr. Banks', Captain Phillips, num suspense ao melhor nível, levará Tom Hanks de volta às nomeações para Melhor Actor nos próximos Óscares (será a 6.ª nomeação). Captain Phillips retrata a história real do capitão Richard Phillips, responsável máximo do Maersk Alabama, navio com o objectivo de transportar mercadorias de Omã até ao Quénia. Em águas internacionais, o navio é sequestrado por piratas da Somália e Phillips zela pela segurança da sua tripulação até ao limite, acabando ele como refém dos piratas. Qualquer detalhe adicional que seja dado retira posteriormente qualidade a quem veja o filme. Abduwali Muse (interpretado pelo desconhecido Barkhad Abdi) é o líder pirata e líder também num conjunto de 4 desempenhos interessantes e adequados, sendo que Barkhad Abdi acaba mesmo por ser uma muito agradável surpresa e uma entrada em Hollywood pela porta grande. Tudo isto conjugado com uma galopante interpretação de Tom Hanks. O filme é genericamente real, tendo algumas particularidades fictícias, mas mostra-nos um 'Captain Phillips' inteligente, desenrascado e com nervos de aço até à cena final, numa personagem que embora tenha "ajudado" o desempenho de Tom Hanks é sem dúvida elevada por este para outro nível sobretudo na parte final do filme.
    É um dos filmes do ano até agora, prende o espectador até ao fim como 'Prisoners' (talvez até mais) e apresenta um nível qualitativo - embora sejam filmes completamente diferentes - próximo do de 'Blue Jasmine'. Está bem lançado para as nomeações às estatuetas douradas, sendo por esta altura expectável que acumule 4 ou 5 nomeações em várias das mais fortes categorias: Melhor Filme, Melhor Realizador (Paul Greengrass), Melhor Actor Principal (Tom Hanks), Melhor Argumento Adaptado e nas últimas semanas o nome de Barkhad Abdi tem começado a emergir - justamente - na categoria de Melhor Actor Secundário.

Pixies no Optimus Primavera Sound 2014

    A organização do Optimus Primavera Sound, no Porto, confirmou a presença dos Pixies - banda que este ano actuou no Coliseu dos Recreios no passado mês de Novembro - no cartaz. Sendo um festival que tem vindo a crescer e dado a conjuntura de 2014 (Rock in Rio terá cartaz fortíssimo para celebrar os 10 anos, SBSR festeja também o seu 20.º aniversário) espera-se que os "meninos" da Optimus, ou seja o Primavera e o Alive, se apliquem em conseguir bons cartazes para se manterem vivos. Verdade seja dita o Primavera Sound é um festival relativamente alternativo e que consegue atrair nomes bastante interessantes.

    Os Pixies são um cabeça-de-cartaz relativamente forte e levarão ao Porto temas como "Where is My Mind" (icónico e indissociável do final de FightClub), "Hey", "Debaser" ou "Here Comes Your Man". Black Francis actuarão no dia 6 de Junho. Recordamos que o Optimus Primavera Sound decorrerá nos dias 5, 6 e 7 de Junho.
    A banda norte-americana junta-se aos Neutral Milk Hotel no evento que acontecerá no Parque da Cidade do Porto. Na edição do ano passado o festival contou com nomes como: James Blake, Nick Cave & The Bad Seeds, Explosions in the Sky, PAUS, My Bloody Valentine, Blur, Grizzly Bear ou Dinosaur Jr.

1 de dezembro de 2013

Leões goleiam Paços e sobem ao 1.º lugar; Liderança lisboeta na Liga ZON Sagres

Sporting  4 - 0  Paços Ferreira (William Carvalho 16, Montero 52' (pen.) 72', André Martins 89')

    O Sporting entrou esta noite em campo consciente da tremenda falha do Porto nesta jornada (total desacerto culminado em derrota em Coimbra) e da vitória do Benfica. Um cenário no qual noutros anos o Sporting vacilaria, esta época assim já não o é. Os leões não desperdiçaram a oportunidade de ultrapassar o Porto e subiram ao 1.º lugar depois de um merecido 4-0. Lideram agora a tabela em igualdade pontual com o Benfica - tendo vantagem pela maior diferença de golos. Há quanto tempo não víamos Sporting e Benfica a partilharem a liderança?!
    Entrou melhor em campo a equipa verde e branca esta noite, com o seu onze habitual (os centrais foram Rojo e Maurício e nos flancos ficaram Capel e Carrillo - posições onde Jardim roda mais) e André Martins a assumir a batuta do jogo. O camisola 8 esteve bastante activo nos primeiros minutos, tal como Cédric que, à imagem do que fez todo o jogo, deu muita profundidade a partir do flanco direito. Os adeptos leoninos tiveram que esperar 16 minutos até festejar gritar golo. Jefferson bateu o canto do lado direito e ao 2.º poste, mesmo depois de um toque de Tony, surgiu William Carvalho a cabecear para o primeiro da noite. A continuar assim, o Mundial no Brasil será uma certeza no futuro de William Carvalho. A equipa de Calisto reagiu bem no entanto e foi-se aproximando da área do Sporting, ganhando várias oportunidades de bola parada em zona perigosa, embora sem as conseguir materializar em nada.
    Ao intervalo ficava a ideia de que o Sporting, embora justo vencedor teria que ter cuidado no segundo tempo com o Paços, e faria sentido na altura que Calisto tivesse introduzido elementos como Bebé (deveria inclusive ter sido titular), Hurtado ou Caetano para garantir velocidade e imprevisibilidade ao ataque pacense. Henrique Calisto optou por Caetano, mas a 2.ª parte começou com o Sporting a aumentar a vantagem - Montero combinou com Carrillo que soube esperar e servir Montero que, mesmo atrapalhado pela pressão, conseguiu voltar aos golos. O Sporting soube amarrar o jogo a seu favor, teve o contratempo de Adrien ser obrigado a ser substituído mas aos 72 minutos o jogo ficou sentenciado: Filipe Anunciação viu um vermelho directo indiscutível ao provocar uma grande penalidade e Fredy Montero fez o seu bis. 11 golos para Montero em 11 jogos de liga portuguesa. Na recta final os treinadores lançaram Bebé e Wilson Eduardo e ambos entraram bem no jogo, com o 1.º a estar na origem de um lance em que Caetano esteve perto do golo e W. Eduardo cruzou uma bola fazendo-a bater na trave e originando na recarga o 4-0 por André Martins, que se limitou a fuzilar António Filipe.
    Com Calisto este Paços tem legítimas ambições de se manter no escalão principal - ao contrário de com Costinha - mas hoje não foi um bom jogo dos "castores", também por mérito do Sporting. Ricardo muito trabalhou para evitar males maiores e Bebé deveria ter entrado muito antes. No Sporting Montero voltou aos golos, os laterais estiveram ambos em bom nível; William Carvalho e André Martins foram também das figuras principais do jogo pelos golos e pela qualidade que emprestaram ao miolo do Sporting.
    Assim sendo temos à 11.ª jornada o Sporting líder, +7 que o Benfica no saldo do goal average, aproveitando os rivais de Lisboa a escorregadela (mais uma!) do Porto. Jogadas onze jornadas já tivemos mais volte-faces do que certamente esperaríamos, numa liga muito equilibrada, na qual Benfica (a riqueza do plantel e a qualidade técnica dos activos é tão determinante que salva Jesus, deixando-o numa liderança partilhada, embora sendo timoneiro de uma equipa - ainda - com futebol pobre) e Porto têm estado muito abaixo do seu exponencial valor e na qual o Sporting é neste momento justo líder, perante o bom futebol, regularidade e incríveis melhorias que Leonardo Jardim introduziu a este plantel. Certamente que Leonardo Jardim e João de Deus disputariam neste momento o estatuto de melhor treinador do campeonato.

Barba Por Fazer do Jogo: Fredy Montero (Sporting)
Outros Destaques: Cédric, Jefferson, W. Carvalho, André Martins; Ricardo
Resumo:

Benfica bate vila-condenses e ultrapassa Porto perdulário

Académica    1 - 0    FC Porto

    O Porto sofreu a sua primeira derrota para o campeonato no terreno da Académica. Um jogo muito pouco conseguido dos dragões que vem dando seguimento à má forma que teima em desaparecer. 
    O jogo começou com alguma controvérsia. Ivanildo é carregado por Josué dentro da área, logo no primeiro minuto, mas o árbitro da partida nada assinalou. O Porto respondeu com um grande cruzamento de Varela que Jackson não conseguiu concretizar muito por culpa da grande defesa de Ricardo. Os estudantes só respondiam em contra-ataque e Abdi esteve muito perto de fazer golo quando surgiu isolado aos 28 minutos, mas Helton negou o golo. As oportunidades escasseavam e os campeões nacionais pareciam não ter ideias para mudar o rumo do jogo. Em contrapartida, a Académica respondeu mortiferamente. Marcelo Goiano tentou o chapéu a Helton, mas Mangala atirou para canto mesmo em cima da linha. No pontapé de canto, Makelele desviou ao primeiro poste, a bola resvala no corpo de Fernando em cima da linha e Fernando Alexandre fuzila na ressaca fazendo o primeiro golo da partida. A turma negra foi assim para a segunda parte a vencer o FC Porto.
    Os azuis e brancos entraram com tudo para o segundo tempo com Jackson a atirar ao ferro após bom cabeceamento. Depois veio a trapalhada total. Grande confusão na área, Jackson atira forte para a boa defesa de Ricardo, Varela recupera, atrapalha-se, remata fraco tendo Fernando Alexandre conseguido desviar e, por fim, Mangala com toda a rede ao seu dispor... atira por cima. Mas não acabou por aqui. Jackson consegue cruzar tenso e forte, a bola acaba por passar por todos e Licá - com a baliza toda aberta - cabeceou muito por cima. Para culminar, os portistas beneficiaram ainda de uma grande penalidade aos 83 minutos. É verdade... Danilo colocou a cereja no topo do bolo de Ricardo tendo disferido um remate muito denunciado tendo o guarda-redes português defendido segurando assim os 3 pontos.
    O Porto soma assim 7 pontos perdidos na liga e perde assim a liderança para os rivais de Lisboa. Paulo Fonseca é o nome mais contestado pelos adeptos tendo recebido bastantes insultos à chegada à cidade invicta.

Barba Por Fazer do Jogo: Ricardo (Académica)
Outros Destaques: Fernando Alexandre.

Rio Ave    1 - 3    SL Benfica

    O eterno rival Benfica foi competente em Vila do Conde onde bateu o Rio Ave por 3-1 com Lima e Rodrigo a ressuscitarem para os golos.
    A verdade é que a primeira parte foi particularmente boa para passar os olhos pelas brasas e bater uma valente soneca. Só o golo de Rodrigo despertou uma primeira parte tão pobre de oportunidades de golo. O tento inaugural teve a colaboração do guarda-redes Ederson. O brasileiro tentou agarrar um cruzamento forte de Lima tendo acabado por deixar fugir a bola para Rodrigo. O espanhol agradeceu e apenas teve que encostar com toda a tranquilidade. 
    Para a segunda parte, os vila-condenses tentaram contrariar a posse de bola dos encarnados tentando criar mais ataques. E num desses ataques surgiu o empate. Hassan fez um passe longo para o lado direito, André Almeida cortou, mas serviu na perfeição Ukra. O extremo apenas teve que dominar e fuzilar Artur perfazendo o empate. Contudo, a euforia dos da casa não durou muito. Logo a seguir, Lima bate um livre de forma exemplar deixando Ricardo sem qualquer hipótese e fazendo esquecer os livres de Tacuara. Um grande golo do brasileiro no regresso aos golos. O Rio Ave lutou para voltar a entrar na discussão do resultado, mas Wakaso deitou tudo por terra. O ganês parou Fejsa em falta num contra-ataque dos encarnados e viu assim o segundo amarelo na partida. O Benfica aproveitou a desvantagem numérica para trocar a bola com mais tranquilidade e devagar devagarinho foi apertando a turma de Nuno Espírito Santo até dilatar para 2 golos de diferença. Bom esforço de Enzo a conseguir colocar a bola na esquerda para Rodrigo, o espanhol trabalhou bem e centrou rasteiro e forte para Lima fazer o segundo na sua conta pessoal e assim matar o jogo. 
    O Benfica passou assim o rival Porto e espera assim pelo resultado do Sporting para ver se fica isolado na tabela ou acompanhado. 

Barba Por Fazer do Jogo: Rodrigo (SL Benfica)
Outros Destaques: Ukra; Lima, Enzo, Gaitán.