18 de junho de 2012

Euro 2012: Portugal-Holanda | Dinamarca-Alemanha

Oxalá o filho do Ronaldo fizesse anos todos os dias. Portugal foi enorme em campo e teve em Ronaldo o seu goleador e a Holanda, como já é hábito, caiu aos nossos pés. A nossa selecção não vacilou, teve a postura correcta e garantiu 6 pontos no "Grupo da morte", ficando em 2º lugar. Já a Alemanha, venceu a Dinamarca e consegue o pleno de pontos (única selecção a consegui-lo neste Euro 2012) e já se sabe: nos quartos-de-final há Portugal-Rep.Checa (dia 21) e Alemanha-Grécia (dia 22).

Portugal 2 - 1 Holanda

     Ronaldo, és uma máquina de golos! Ronaldo, és o melhor do mundo! Ronaldo, és o melhor pai do mundo! Ronaldo, tu não vacilas! E é assim, é assim que os portugueses se expressam depois de Cristiano Ronaldo, embebido em Linic for Men ter assumido o jogo, marcado 2 golos e colocado a nossa selecção nos quartos-de-final do Euro 2012. Obrigado Ronaldo, continua assim, e parabéns ao Júnior, já agora.
    Portugal entrou no jogo com o mesmo onze dos últimos jogos, enquanto que a Holanda decidiu pôr a carne toda no assador. Saíram Heitinga, van Bommel (o genro do seleccionador) e Afellay e entraram Vlaar e sobretudo a dupla Van der Vaart e Huntelaar, que eram sinónimo de mais jogadores no último terço do campo. E nos primeiros minutos, verdade seja dita, só houve Holanda. Os holandeses assumiram o jogo, não tinham nada a perder e sabiam que tinham que marcar mais que um golo, e aos 11 minutos Van der Vaart encheu o pé e rematou meio em força meio em jeito, fazendo um grande golo sem hipóteses para o nosso Rui. Um lance no qual faltou maior pressão ao hoje capitão holandês, ou por parte de Veloso ou por parte de Meireles. Mas, felizmente, foi também um lance que acordou a nossa selecção. Portugal, que parecia inicialmente apostado em atacar em transições, assumiu gradualmente o jogo e começou a criar perigo, sobretudo por Ronaldo. Ronaldo atirou ao poste e depois cabeceou forte para boa defesa de Stekelenburg. Por essa altura, o nosso Lukas Podolski marcava à Dinamarca e punha-nos nos quartos. Podolski, o nosso polaco alemão e hoje português emprestado. Até que aos 28 minutos, Portugal marcou mesmo. Um enorme passe de João Pereira desmarcou Ronaldo e este fez aquilo que melhor sabe - golos. Desta vez não houve pressão que o afectasse. Já agora, acrescento que gosto do facto do Ronaldo vacilar mais por Portugal do que pelo Real. Apenas e só pelo facto de que fica claro que se preocupa e gosta mais do país do que do Real Madrid. Até ao intervalo, só deu Portugal. A Holanda não sabia sair a jogar, muito pela excelente pressão portuguesa a meio-campo, onde Moutinho foi gigante, e pelo bom jogo que Veloso hoje finalmente fez. Nani e sobretudo Ronaldo foram ameaçando, mas Stekelenburg não deixava a bola entrar.
    A segunda parte começou novamente com Portugal por cima e, aos 51 minutos, Willems devia ter sido expulso. Uma entrada por trás e violenta sobre Moutinho, mas o tagliatelle Rizzoli achou que era merecedora de apenas cartão amarelo. A Holanda começou então a crescer no jogo, mas não durou muito e nem a produção ofensiva deles era muita. Até que Portugal marcou, por Postiga, só que estava fora-de-jogo. É um velho problema do Postiga, está quase sempre fora-de-jogo. Arrisco até que se o Postiga marcasse tantos golos como metade do nº de vezes que é apanhado em fora-de-jogo, o Messi não seria bota de ouro. Aos 65 minutos, naquela altura em que se sabe que o Paulo mexe sempre no jogo, lá entrou o Nélson. E quando ele entra, por muito que acuse a pressão querendo-se mostrar perto da baliza, é outra coisa. O rapaz é um cavalo a correr e o trio Ronaldo-NélsonOliveira-Nani tem um potencial enorme. Os minutos a seguir, revelaram a nossa selecção fortíssima nas transições. Coentrão quase marcava após jogada de Ronaldo, na qual o papel de Nélson Oliveira foi essencial a arrastar um defesa consigo, mas Stekelenburg defendeu. Depois Ronaldo deu um golo a Nani, mas este optou por rematar contra o guarda-redes holandês. E aos 74 minutos, o contra-ataque perfeito. Pepe recuperou a bola, Moutinho lançou Nani, este fez um grande passe para Ronaldo e o capitão português, teve serenidade e tempo para tirar um adversário da frente e escolher o melhor lado para colocar Portugal nos quartos. Até ao final Van der Vaart e Ronaldo ainda acertaram nos ferros da baliza, mas foi Portugal a seguir em frente, até porque no outro jogo, após o chato  Krohn-Dehli empatar para a Dinamarca, o alemão Bender tinha já posto a Alemanha a vencer.
    Portugal fez um jogo enorme, defensivamente muito forte, com um meio-campo que nunca parou e um ataque onde Ronaldo hoje fez o que todos queremos dele. Os laterais estiveram bem, Pepe jogou como joga sempre, Veloso e Moutinho garantiram que o sector ofensivo pudesse funcionar e, na frente, Nani e Ronaldo desequilibraram. Paulo, contra a República Checa podias pôr o Nélson de início. Era simpático e inteligente.
    E é isso mesmo. Seguimos em frente para os quartos-de-final onde iremos defrontar a República Checa, que ficou em 1º no Grupo A. Temos todas as condições para seguir até às meias, mas não podemos dar aso a facilitismos. Foi importante Ronaldo ter recuperado hoje a sua confiança e foi importante toda a equipa à volta dele voltar a fazer o seu papel. Contra a Dinamarca ele falhou, mas os outros 10 estiveram lá por ele. Hoje fomos 11. "11 por todos e todos por 11". Ok, não vou voltar a dizer isto na vida, porque não costumo dizer frases que o Nuno Eiró já disse. Dia 21 já sabem, o país pára de novo e sabem que mais?! Nem com o Poborsky eles nos ganham desta vez!

Ficha de jogo
Portugal: Rui Patrício; João Pereira, Pepe, Bruno Alves, Fábio Coentrão; M.Veloso, Moutinho, Meireles (Custódio); Nani (Rolando), Cristiano Ronaldo, Postiga (Nélson Oliveira).
Holanda: Stekelenburg; Van der Wiel, Vlaar, Mathijsen, Willems (Afellay); N.De Jong, Van der Vaart, Sneijder, Robben, Van Persie; Huntelaar.
Golos: 0-1 11' Van der Vaart; 1-1 28' Cristiano Ronaldo; 2-1 74' Cristiano Ronaldo.
Destaques: João Pereira, Pepe, Fábio Coentrão, M.Veloso, Moutinho, Nani, Cristiano Ronaldo; Stekelenburg, Van der Vaart.
"Barba Por Fazer" do Jogo: Cristiano Ronaldo (Portugal)




Dinamarca 1 – 2 Alemanha


    Não. Não vimos o Dinamarca-Alemanha. Quando Portugal joga, só nos focamos no nosso jogo. Só o Pedro Ribeiro nos ia dando indicações do que se passava no outro campo. E bem que se aguentaram os dinamarqueses para fazerem sofrer o coração português... Esta análise vai ser extremamente mais curta por não termos acompanhado o jogo e apenas nos basearmos em resumos com poucos lances de golo.
    Todos os 90 minutos foram equilibrados. A Dinamarca já que tinha feito um brilharete na primeira jornada, não queria deitar tudo a perder. O Joaquim Low decidiu fazer uma alteração. Tirou Boateng e colocou Lars Bender. Na nossa opinião, Bender tem condições para ser o titular indiscutível. Muito melhor que Boateng sobretudo na profundidade que dá ao flanco. Ser lateral não é só defender. A primeira parte foi bem disputada e Podolski inaugurou o marcador aos 19 minutos. Bom trabalho de Müller na direita descobrindo Gomez que com classe fez um passe de calcanhar para trás descobrindo o alemão nascido na Polónia (é estranho escrever isto). Podolski fuzilou autenticamente Andersen. Contudo, a Dinamarca decidiu causar "miaúfa" aos tugas e igualou a partida. Canto estudado por parte dos dinamarqueses. A bola foi batida quase para fora de área descobrindo a cabeça de Bendtner. O gigantone fez uma assistência perfeita para Krohn-Dehli  empatar o jogo também de cabeça. E na altura, este golo colocava Portugal em último lugar do grupo... Que mereça destaque, nesta primeira parte, só mais o falhanço de Khedira. Tabelou bem com Mario Gomez, mas não conseguiu dar o melhor seguimento à jogada apesar da oferta do jogador dinamarquês. Khedira tinha tudo para fazer o golo e atirou ao lado.
    Na segunda parte a Alemanha entrou a meio gás dando a entender que não pretendia correr muito. Os dinamarqueses lá iam devagar devagarinho tentando a sua sorte. A verdade é que quase surpreenderam os alemães. J. Poulsen rematou ao poste da baliza do Manel Neuer. E foi aí que a equipa germânica acordou. Não querendo perder o jogo, os alemães lançaram-se para o ataque. O primeiro a assustar Andersen foi Schürrle que após uma excelente desmarcação, rematou colocado para uma grande defesa de Andersen. Depois, o gigantone queixou-se de grande penalidade. E a verdade é que era. Badstuber puxou a camisola do gigantone impedindo-o de rematar como queria. Mas olha... é assim a vida, gigantone... E logo a seguir surgiu o golo germânico. Grande passe de Özil e grande desmarcação de Bender. O lateral subiu até ao ataque e fez mesmo o golo da vitória da Alemanha. Após o golo, a equipa dinamarquesa praticamente se rendeu e não causou mais perigo.
    Um resultado com sabor amargo para os vikings que acabaram por ser eliminados do Euro após terem começado da melhor forma contra a congénere da Holanda. Na parte dos destaques é praticamente impossível avaliarmos. Contudo, achamos que Bendtner e Krohn-Dehli (pelo golo) merecem nota positiva. No lado alemão, Bender, Özil e Podolski são os destaques.
    A Alemanha acabou por garantir o primeiro lugar do grupo e vai jogar com os gregos de Fernando Santos. Os gregos devem estar loucos para esfregarem a vitória na cara da senhora dona Merkel... E até era engraçado de ver isso. Nós gostamos de surpresas e tudo! O certo é que depois deste grupo, Portugal e Alemanha são livres de sonhar com a final. No fundo, no fundo... Não gostávamos que a surpresa acontecesse. Queríamos que Portugal e Alemanha se encontrassem de novo na final para uma desforra final. Mas para isso ambas as selecções têm que dar tudo nos próximos encontros.

Ficha de jogo
Dinamarca: Andersen; Jacobsen, Kjaer, Agger, S.Poulsen; Kvist, Zimling (C.Poulsen), J.Poulsen (Mikkelsen), Eriksen, Krohn-Dehli; Bendtner.
Alemanha: Neuer; L.Bender, Hummels, Badstuber, Lahm; Khedira, Schweinsteiger, Özil; T.Müller (Kroos), Podolski (Schürrle), Gomez (Klose). 
Golos: 0-1 19' Podolski; 1-1 24' Krohn-Dehli; 1-2 80' L.Bender.
Destaques: Bendtner; Özil, Podolski, Bender.
"Barba Por Fazer" do Jogo: Mesut Özil (Alemanha).


MP. TM.

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