12 de janeiro de 2015

1, 2, 3, Cristiano Ronaldo é Bola de Ouro outra vez

"SIIIIIIIM!" 
Não havia outra forma de introduzir o tópico. Cristiano Ronaldo ganhou hoje a 3.ª Bola de Ouro da carreira, atribuída pela FIFA. 
    Não havia margem para dúvidas sobre quem merecia vencer a distinção individual mais importante para um futebolista, mas como com a FIFA nunca se sabe, tivemos que esperar até à última para confirmar que depois de 2008 e 2013, Ronaldo renovou hoje o estatuto de detentor da Ballon d'Or. Foi a 5.ª vez que tivemos um português a ganhar, sendo que dessas 5, três delas pertencem a Ronaldo.
    No seu discurso, rematado de forma.. diferente.. o extremo/ avançado do Real Madrid agradeceu à família, ao Real Madrid, aos companheiros de equipa e aos portugueses, prometendo continuar a máquina de trabalho e dedicação que tem sido até aqui na sua carreira, e definindo como meta no próximo ano "apanhar o Messi".


  • O 7 do Real Madrid e de Portugal reuniu 37,66% dos votos, mais do que Lionel Messi (15,76) e Manuel Neuer (15,72) juntos;
  • Podia-se argumentar que Arjen Robben, Philipp Lahm ou Ángel Di María mereciam integrar o lote final de nomeados mas em todos os raciocínios lógicos Cristiano Ronaldo tinha que constar não só entre os 3 finalistas como também com o estatuto de Melhor Jogador do Mundo em 2014. Pode-se discutir quem é o Melhor do Mundo na actualidade mas o prémio visa destacar o Melhor Jogador do Mundo no decorrer do ano civil, e isso era inquestionável;
  • Continuamos a defender que a atribuição da Bola de Ouro devia ser feita no término do ano desportivo e não no início do novo ano civil. Uma medida que serviria para "descomplicar" muita coisa;
  • O ano de 2014 foi de muitos recordes para Cristiano Ronaldo (impressionante não só o número de golos que apontou na Champions - que ganhou - 2013/14, como também a marca de 26 golos em 17 jogos que já tem nesta Liga BBVA). 2014 foi ainda o ano da Taça do Rei, da Supertaça Europeia e do Campeonato do Mundo de Clubes. E de golos, golos e mais golos do Bota de Ouro europeu;
  • É certo que a prestação de Ronaldo no Mundial 2014 foi péssima, mas muitas vezes não damos o devido valor primeiro ao facto de termos a sorte viver num período em que vemos duas lendas vivas (Ronaldo e Messi) todos os fins-de-semana, e em segundo lugar como já nos habituámos aos números astronómicos e à media superior a 1 golo/ jogo, tomamos por adquirido algo que é verdadeiramente especial e impressionante.
    A gala da FIFA distinguiu ainda James Rodríguez com o prémio Puskas pelo seu golo marcado ao Uruguai nos oitavos-de-final do Mundial 2014 e no futebol feminino Nadine Kessler e o seu treinador Ralf Kellermann, ambos do Wolfsburgo, foram os vencedores.
    Joachim Löw foi considerado o treinador do Ano, sucedendo a Jupp Heynckes. Uma vitória injusta primeiro porque, como figuras como Nuno Madureira e Tomaz Morais já defenderam, os papéis de seleccionador e treinador são completamente distintos; em segundo porque Löw nem foi o melhor técnico do Mundial 2014, e tanto sobretudo Diego Simeone como mesmo Carlo Ancelotti mereciam muito mais ganhar.
    No 11 do ano, elementos como Manuel Neuer, Philipp Lahm, Sergio Ramos, Toni Kroos, Ángel Di María, Arjen Robben, Cristiano Ronaldo, Lionel Messi e Arjen Robben foram todos eles compreensíveis mas houve escolhas irracionais. Embora admiremos Andrés Iniesta daqui até à China Luka Modric, por exemplo, teve um ano muito superior. Na defesa David Luiz e Thiago Silva, dupla do Brasil e actualmente do PSG também figurou no 11 embora nenhum merecesse. David Luiz é um jogador especial para nós mas sabemos reconhecer que Godín, Garay, Miranda ou Hummels tiveram todos eles um 2014 superior.

0 comentários:

Enviar um comentário