23 de novembro de 2011

Tenho a Barba Por Fazer, e estes Filmes Deves Ver

Mais uma vez aqui deixamos 2 sugestões de filmes que temos visto recentemente e que, justa ou injustamente, serão à partida menos badalados quer a nível de publicidade quer a nível de Óscares. Se um dos filmes (Drive) mostra um novo realizador, inovador, e com tiques de Tarantino, reunindo os ingredientes para daqui a uns anos se tornar um filme de culto; o outro (Like Crazy) está na onda "500 Days of Summer" - simples e intimista.

Drive

Realizador: Nicolas Winding Refn
Argumento: Hossein Amini, James Sallis
Elenco: Ryan Gosling, Carey Mulligan, Albert Brooks
Classificação IMDb:  8.2

“Drive”, um filme realizado pelo dinamarquês Nicolas Winding Refn e que, a meu ver, merecia ser um dos mais nomeados nos Óscares 2012. O filme conta com Ryan Gosling como protagonista em que encarna um duplo de cinema especializado em condução que também utiliza as suas habilidades participando em assaltos, conduzindo os assaltantes em fuga. Porém, ao conhecer Irene e o seu filho, um dos seus serviços ilegais não corre tão bem. A banda sonora do filme é de extrema qualidade e merecia sem dúvida estar entre as nomeadas para os Óscares 2012. O jogo entre imagem e som está muito bem explorado e contém algumas cenas marcantes que fizeram vibrar a plateia do Festival de Cannes 2011. Em Cannes, Nicolas Winding Refn foi distinguido como melhor realizador e Carey Mulligan foi considerada melhor actriz secundária no Hollywood Film Festival. Porém, só Albert Brooks deverá ser nomeado pela Academia. TM

 
Like Crazy

Realizador: Drake Doremus
Argumento: Drake Doremus, Bem York Jones
Elenco: Felicity Jones, Anton Yelchin, Jennifer Lawrence
Classificação IMDb: 6.8

“Like Crazy” não é nenhum “500 Days of Summer” mas se todos os filmes do mundo estivessem numa árvore genealógica, seriam definitivamente da mesma família. Que comentário geek. Adiante. Bem recebido no Sundance Film Festival e no Hollywood Film Festival (onde foi dado destaque à realização de Drake Doremus mas, sobretudo à interpretação de Felicity Jones), o filme foca-se na relação entre Anna (Felicity Jones) e Jacob (Anton Yelchin), ela britânica e ele americano, que se apaixonam, vivem os primeiros tempos sempre mais intensos e irracionais e são separados pelo término do período durante o qual ela dispunha para estar nos E.U.A. enquanto estudante. Doremus explora ainda a tentativa do duo em tentar resistir a uma relação à distância, na procura de caminhos diferentes e as discussões (já não via uma discussão tão realista duma relação num filme há algum tempo). O filme tem um tom intimista e vive da boa química conseguida entre os dois actores. Felicity Jones (talvez tenha engraçado mais com a rapariga por algumas semelhanças com uma rapariga que conheço) apresenta-se neste filme como uma das revelações do ano e, não devendo ser este ano a nomeada menos provável das 5 para melhor actriz (admitindo que Viola Davis, Meryl Streep, Glenn Close e Michelle Williams serão presenças garantidas, o último lugar vago será para uma de 3, sendo que Elizabeth Olsen e a já conceituada Charlize Theron parecem reunir mais consenso que F. Jones). Será uma actriz para seguir nos próximos anos. Tal como o russo Anton Yelchin que também já viu o seu trabalho reconhecido e depois dos seus desempenhos em Star Trek, como Charlie Bartlett e num episódio das Mentes Criminosas, tem neste filme o seu melhor papel. Voltando ao filme, que tendo em conta a boa recepção da Crítica até agora, pode aspirar a mais reconhecimentos oficiais, podemos dizer que vive de momentos, momentos típicos de uma relação, dos olhares e da cumplicidade dos protagonistas e da sinceridade que todo o elenco deposita nas suas interpretações. A banda sonora, essencialmente formada por músicas de piano, resulta bem no filme.
Na vida, tudo é efémero. Menos as coisas que realmente queremos. MP

0 comentários:

Enviar um comentário