14 de novembro de 2011

A Caminho dos Óscares 2012

                Os Óscares de 2012 realizam-se no dia 26 de Fevereiro. A cerimónia gera grandes expectativas podendo neste ano reunir nos nomeados nomes fortes como George Clooney, Leonardo DiCaprio, Brad Pitt ou Gary Oldman, Viola Davis, Meryl Streep, Steven Spielberg, Woody Allen, Christopher Plummer e Max von Sydow, conjugados com realizadores e actores/ actrizes emergentes, uns com mais aspirações que outros, como a dupla realizador/ actor do favorito “The Artist” - Michel Hazanavicius/ Jean Dujardin -, Alexander Payne, Stephen Daldry, Michael Fassbender, Michelle Williams e Octavia Spencer, entre tantos outros. Havendo ainda incógnitas totais como Thomas Horn, Jeremy Irvine ou Elizabeth Olsen. Assim sendo, até à semana dos Óscares iremos fazer a nossa análise daqueles que nos parecem os possíveis candidatos às principais categorias, à medida que tivermos possibilidade de ir vendo os filmes. De qualquer modo, continuaremos a recomendar a todo o instante outros filmes (que podem não cair nas graças da Academia mas cair nas nossas e nas de muita gente).

Midnight in Paris

Realizador: Woody Allen
Argumento: Woody Allen
Elenco: Owen Wilson, Rachel McAdams, Marion Cotillard, Corey Stoll, Michael Sheen
Classificação IMDb: 7.9

Woody Allen realizou apenas um filme em 2011. E fez bem em concentrar-se apenas num. “Midnight in Paris” é fruto da genialidade do realizador que, como habitualmente, não deixou o argumento para cabeças alheias, tendo absoluto controlo do ponto de vista da escrita e realização do filme. O filme, que estreou em Portugal no dia 15 de Setembro, pode ser classificado como um misto de comédia, romance e fantasia funcionando, de certa forma, como uma aula de História de Arte dada pela mestria de Woody Allen. O filme agarra-nos, ensina-nos, transporta-nos para outra geração e dá-nos uma lição de como viver. Com Owen Wilson como protagonista, o elenco conta ainda com Marion Cotillard, Rachel McAdams, Michael Sheen, Corey Stoll, Kathy Bates, Adrien Brody, Léa Seydoux e até Carla Bruni. Levando-nos ao tempo de Hemingway, dos Fitzgeralds, de Picasso e de Salvador Dalí, Woody Allen parece reunir condições para que o seu filme figure nos 10 nomeados para melhor filme e ainda mais provável (diria até, garantidamente certa) será a nomeação para melhor argumento original. Apesar de menos provável, não é ainda de afastar a possibilidade de Woody Allen ver o seu nome na lista de 5 nomeados para melhor realizador. Mais do que um filme, é uma viagem no tempo que vale a pena.

The Adventures of Tin Tin: The Secret of the Unicorn

Realizador: Steven Spielberg
Argumento: Steven Moffat, Edgar Wright, Joe Cornish & Hergé
Elenco: Jamie Bell, Andy Serkis, Simon Pegg, Nick Frost, Daniel Craig
Classificação IMDb: 7.8

Ponto prévio: importa compreender, e julgo que ainda não está 100% definido pela Academia se “The Adventures of Tin Tin” será encarado como filme de animação ou não. Spielberg usou neste filme a tecnologia que James Cameron adoptou em Avatar e, como tal, fica a dúvida se o filme será encarado como animação (como me parece justo que seja entendido) e não como um filme normal, como Avatar foi. Spielberg conseguiu, de facto, utilizar a tecnologia que está tão na moda para criar um filme em que as personagens estão algures entre Shrek e Avatar, mas consegue claramente destacar-se por apresentar o universo criado por Hergé (a prioridade para o realizador e argumentistas era introduzir a quem não estava familiarizado com a obra as personagens de base: Tin Tin, Milu, Dupond e Dupont e o capitão Haddock), garantindo uma história que prende tanto graúdos como miúdos e que terá supostamente mais 2 filmes, estando Peter Jackson (que ajudou a produzir este filme) garantido como realizador do próximo filme (“The Adventures of Tin Tin: Prisioners of the Sun”, com estreia para 2013). Podemos esperar, assim, mais aventuras do repórter de poupa levantada. Para já, a 26 de Fevereiro de 2012, Tin Tin pode posicionar-se como o maior favorito para vencer o óscar de melhor filme de animação (caso, volto a dizer, se entenda que pode ser encarado como um filme do género), correndo, ainda que de forma não tão garantida, para alcançar alguns óscares técnicos como: melhor banda sonora, melhor edição de som e melhor mistura de som. MP

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