30 de novembro de 2011

Tenho a Barba Por Fazer, e estes Filmes Deves Ver

Esta semana as nossas sugestões passam por um envolvente e marcante filme que estreará esta quinta-feira nas salas de cinema portuguesas, Warrior, e um filme diferente, Scott Pilgrim vs. the World, que em 2010 merecia mais crédito do que aquele que teve. Aqui não há espaço para injustiças e fundamentalismos. Quando um filme é bom, é bom. E pronto.  

Warrior

Realizador:
Gavin O’Connor
Argumento:
Gavin O’ Connor, Anthony Tambakis e Cliff Dorfman
Elenco:
Tom Hardy, Joel Edgerton, Nick Nolte, Jennifer Morrison
Classificação IMDb:
8.3

Ponto prévio: Não via um filme tão bom como “Warrior” há muito tempo. Diferentes filmes marcam-nos por diferentes motivos. Este marcou-me. Na sequência de no ano passado a Academia ter eleito “The Fighter”, um filme desportivo e de pugilismo, como nomeado para Melhor Filme (o que apenas aconteceu por serem 10 nomeados e quase 100% graças à interpretação de Christian Bale), este ano surge um filme com algumas semelhanças. Desde logo, os dois temas fundamentais: a família e, se em “The Fighter” o recinto de combate era um ringue de boxe, em “Warrior” é uma jaula de luta livre/ artes marciais mistas (género UFC). Como qualquer filme do género, como “The Fighter” ou o antigo “Rocky”, há sempre uma certa previsibilidade no decorrer da acção, que não nos detém de torcer pela personagem principal. Em “Warrior”, no entanto, o fim não é tão previsível porque acompanha o caminho de dois irmãos (Tom Hardy e Joel Edgerton na pele de Tommy e Brendan Conlon) rumo à conquista dum torneio individual. Tommy Riordan Conlon (Tom Hardy) é um ex-lutador (na altura treinado pelo pai), desertor de guerra, magoado com o pai e irmão e com muitas memórias tanto da família como da guerra por recalcar. Brendan Conlon é um ex-lutador ao qual nunca ninguém atribuiu crédito, professor de Física e que, para manter a sua família (mulher e filhos) com um tecto, vê-se obrigado a ter que voltar a lutar. Entre ambos têm em comum um passado não resolvido, um pai (Nick Nolte) que fora alcoólico e uma mãe já falecida. “Warrior” é um filme longo que nos agarra à medida que decorre, que nos divide no apoio a cada um dos irmãos e que tem o seu apogeu na última cena, ao som de “About Today” dos The National. Deduzo que o filme irá escapar às nomeações para os Óscares (até por “The Fighter” ter sido nomeado no ano passado) mas julgo que seria justo pensar em Tom Hardy (percurso cada vez mais interessante e consistente como actor) para melhor actor principal e Nick Nolte para melhor actor secundário. Naturalmente ainda não vi todos os filmes que poderão ir a Óscar, mas tenho alguma dificuldade em achar que irei ver algum que bata “Warrior”. Assim, se fosse eu a nomear claramente estaria na disputa para o título de melhor filme do ano. O filme promove no seu poster a frase que o resume à sua essência: “Family is worth fighting for”. MP



Scott Pilgrim vs. the World
 

Realizador: Edgar Wright
Argumento: 
Michael Bacall, Edgar Wright, Bryan Lee O'Malley
Elenco: 
Michael Cera, Mary Elizabeth Winstead
Classificação IMDb: 
7.6


Scott Pilgrim vs. the World não é um filme do outro mundo, mas vale a pena ser visionado. A história é baseada numa banda desenhada criada por Bryan Lee O'Malley, como tal, não passa de uma alusão à vida de um comum adolescente. Todo o enredo é repleto de efeitos e bastante fiel ao mundo dos videojogos. Tudo se passa em Toronto onde Michael Cera interpreta Scott Pilgrim, baixista da banda "Sex Bob-omb". Scott começa a namorar com uma rapariga do liceu de nome Knives. Porquê? Nem ele sabe. Só começou a andar com ela porque não tinha ninguém e tinham um pouco em comum. Porém, pouco tempo depois tem um sonho com uma rapariga. Rapariga essa que ele mais tarde vê na sua cidade. Scott esquece tudo o que se passa à sua volta e apenas pensa na rapariga de cabelos cor-de-rosa dos seus sonhos: Ramona Flowers. Acaba por investigar sobre a sua vida e posteriormente conhece-a. Pilgrim fica nas nuvens e até se esquece que tem namorada. Sim, ele começa a namorar com Ramona mesmo tendo Knives. Só que ele fica com dois problemas: Knives, em que ele resolve rápido e acaba com ela, deixando-a revoltada e os sete ex-namorados de Ramona. Scott terá que derrotar todos os 7 ex-namorados de Ramona para poder ficar com ela. E sem vos querer adiantar mais sobre o filme, é este o objectivo. O filme conta ainda com uma boa banda sonora (nada do outro mundo) e com boas interpretações, tendo em conta que não é um filme sério. TM

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