11 de abril de 2011

Más escolhas pagam-se caro

    Este tema podia ter muito por onde se pegar. Aplica-se a variadíssimas coisas. Mas eu vou pegar na parte desportiva. Como sabem, Fernando Torres transferiu-se do Liverpool (clube ao qual tenho grande estima) para o rival Chelsea. No clube da cidade dos Beatles, “El Niño” era dos mais amados e, assim sendo, é algo em que se deveria sentir orgulhoso porque está entre nomes como o de Steven Gerrard, um ícone do clube.

    Tudo começou com uns rumores vindos de Londres, mas Torres negava a saída e dizia que não faria isso aos adeptos dos Reds. Assim, podemos verificar o quanto as palavras valem nos tempos que correm: nada. Num dia diz-se uma coisa, no outro já é o inverso.

    Enquanto os adeptos do Liverpool queimavam camisolas, Fernando não tecia nenhuns comentários sobre a razão que o levou a mudar-se para os Blues. Mas esse dia chegou e ele argumentou dizendo que queria ganhar títulos, coisa que não conseguia fazer em Liverpool. Pois bem… O que tenho a dizer? Hmm… Deixa cá ver... O Chelsea tem uma excelente equipa. Juntando a uma excelente equipa Fernando Torres, pedem-se golos! É quase tão fácil concluir isto como concluir que 19+1 são 20… Ok… se calhar este último não é um bom exemplo, não é Paulo Futre? Voltando ao assunto: quantos golos leva o niño? Leva um exorbitante e redondinho… zero. Até o David Luiz (jogador que veio daquele grande clube que é o Sport Lisboa e Benfica e também aquele em que os anti-Benfica afirmavam “Esse só em Portugal é que se safa! Sarrafeiro! Vai para uma grande liga europeia e é expulso em quase todos os jogos! O Bruno Alves também é sarrafeiro e é melhor!” – pois muito bem. A diferença é que um está no grande Zenit da Rússia, uma liga muito bem cotada na europa, e o outro está no Chelsea onde foi o melhor jogador da Premier League, no primeiro mês) marcou 2 e contra adversários directos, ajudando a equipa a vencer. Mais… o primeiro jogo de Torres foi contra, precisamente, o Liverpool. Prometeu não festejar se marcasse (por amor de Deus, Fernando. Marcar? Onde estás tu com a cabeça?), mas acabou derrotado em casa. Um autêntico balde de água fria.

    Bem há pouco tempo, Fernando Torres dizia que a vida não lhe corria bem. Que em Liverpool era tudo melhor. Actualmente surgiu o rumor de que os Blues queriam vendê-lo. De facto, parecem existir factores externos que fazem ver às pessoas que cometeram um erro. Pena ser demasiado tarde.

    Mas este não é o único jogador a agir desta maneira. Não há muito tempo, Cristian Rodriguez (ao qual perdi o respeito e lhe chamo apenas Rodrigues. Para ser mais banal), trocou o Benfica pelo eterno rival FC Porto. Foi campeão no primeiro ano, fez uma época razoável, mas chegou à segunda temporada e deixou de ser opção. Agora está na lista de transferências e arrependido, penso eu.

    Concluindo, acho que se notou que não sou a favor de trocas entre clubes rivais. Não fica bem ao indivíduo. Respeito um jogador, não só por ser profissional, mas sobretudo por dar tudo pela camisola. Defendendo-a até não poder mais. O futebol não é só uma profissão. É paixão.

    Indo além do futebol, repudio ainda mais pensamentos/afirmações díspares num curto espaço de tempo. Não lido muito bem com a bipolaridade, essa é a verdade. Prezo muito as palavras dos outros. Pensem bem quando dizem algo. Isso poderá ficar gravado na mente do público-alvo e, se mudarem de opinião, não ficam bem na “fotografia”. TM

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