Balanço Final - Liga NOS 18/ 19

A análise detalhada ao campeonato em que houve um antes e um depois de Bruno Lage. Em 2018/ 2019 houve Reconquista.

Prémios BPF Liga NOS 2018/ 19

Portugal viu um médio carregar sozinho o Sporting, assistiu ao nascer de um prodígio, ao renascer de um suiço, sagrando-se campeão quem teve um maestro e um velocista.

Balanço Final - Premier League 18/ 19

Na melhor Liga do mundo, foram 98 contra 97 pontos. Entre citizens e reds, entre Bernardo Silva e van Dijk, ninguém merecia perder.

Os Filmes mais Aguardados de 2019

Em 2019, Scorsese reúne a velha guarda toda, Brad Pitt será duplo de Leonardo DiCaprio, Greta Gerwig comanda um elenco feminino de luxo, Waititi será Hitler, e Joaquin Phoenix enlouquecerá debaixo da maquilhagem já usada por Nicholson ou Ledger.

21 Novas Séries a Não Perder em 2019

Renasce The Twilight Zone, Ryan Murphy muda-se para a Netflix, o Disney+ arranca com uma série Star Wars e há ainda projectos de topo na HBO e no FX.

23 de novembro de 2013

Everton e Liverpool empatam 3-3 num Merseyside derby frenético

Everton  3 - 3  Liverpool (Mirallas 8, Lukaku 72' 82'; Coutinho 5', Suárez 19', Sturridge 89')

    A 12.ª jornada da Premier League abriu com um dos melhores duelos de Liverpool dos últimos anos. Roberto Martínez e Brendan Rodgers tiveram muito tempo para preparar as suas equipas e o resultado foi um dos mais imprevisíveis e emocionantes jogos desta época (para ser melhor, só mesmo se tivesse havido mais golos de bola corrida e não de bola parada). Martínez lançou o seu melhor onze - McCarthy no lugar de Osman, que era a única dúvida - e no Liverpool Daniel Sturridge ficou no banco por não estar a 100% (factor que ajudou o Liverpool a ser superior no primeiro tempo, com um meio-campo mais recheado capaz de lutar com o do Everton) e a grande surpresa foi a inclusão do jovem Flanagan a lateral-esquerdo, fora da sua posição mais confortável.
    O início do jogo foi uma boa demonstração do que seria o jogo no seu todo. Entrou melhor o Liverpool e, num canto de Steven Gerrard, Coutinho fugiu inteligentemente (qual Saviola) ao bloco defensivo do Everton e depois de um desvio de Suárez a bola sobrou para ele, que abriu o activo em casa do grande rival. O empate, no entanto, chegou 3 minutos depois! Leighton Baines marcou exemplarmente um livre indirecto, o jovem Ross Barkley ganhou de cabeça e a bola ficou à mercê de Kevin Mirallas que rematou sem hipóteses para o suiço Mignolet. A primeira parte mostrou no restante tempo um Everton muito perigoso e determinado em busca do golo valendo Simon Mignolet a negar o golo a Lukaku e a Ross Barkley num remate bastante traiçoeiro. Pelo meio, Luis Suárez fez de livre directo o golo que levou o Liverpool em vantagem para o intervalo. Execução irrepreensível do uruguaio - provavelmente o jogador mais com maior impacto individual actualmente na Premier League.
    Martínez retirou aos 49 minutos Leighton Baines (que com Jordi Alba, Coentrão e Marcelo a alternarem entre lesões e um nível menor, disputa neste momento o estatuto de melhor lateral esquerdo com Alaba) e colocou Deulofeu, adaptando Gareth Barry. O jovem da cantera do Barça podia ter começado da melhor maneira quando foi magnificamente lançado por Mirallas e na cara de Mignolet, deixou o suiço levar a melhor. A resposta dos reds foi quase imediata: jogada de génio de Suárez e Joe Allen com tudo para fazer o golo... desperdiçou. E quem não marca, sofre. Lukaku voltou a encontrar Mignolet no seu caminho, mas depois fez a diferença e de que maneira. O jovem belga (como é que o emprestaste, Mourinho?) empatou o jogo num remate seco na sequência de um livre seu e logo a seguir foi Suárez quase a marcar de cabeça. Valeu Howard.
    Deulofeu, que entrara a medo, ia soltando a magia do seu futebol e por volta dos 80 minutos testou Mignolet por duas vezes e ganhou um canto. Kevin Mirallas assumiu a marcação do canto e cruzou tenso para Romelu Lukaku, num grande cabeceamento, operar a reviravolta no marcador e bisar na partida.
    Para quem achava que o 3-2 era o resultado final, o Liverpool tratou de repôr alguma justiça no marcador (embora, a haver um vencedor, devesse ser o Everton tal a carga de trabalhos que Mignolet teve). Aos 89 minutos Gerrard de livre assistiu Daniel Sturridge - que tinha entrado 10 minutos antes - com o avançado inglês a fazer o resultado final. Com Gerrard a marcar livres indirectos assim, é tudo mais fácil.

    Sem dúvida um dos grandes jogos desta Premier League 2013/ 2014. O Everton poderá ser ultrapassado pelas equipas de Manchester mas mantém-se como uma das equipas mais personalizadas e com potencial em Inglaterra. Já o Liverpool poderá deixar o Arsenal fugir-lhe 2 pontos, mas considerando todas as incidências foi 1 ponto ganho em casa do rival.
    Romelu Lukaku dividiu protagonismo com um duo do Liverpool - Luis Suárez e Simon Mignolet. Suárez foi igual a ele mesmo - trabalhador, imprevisível, uma dor de cabeça para o Everton e, por ele, o Liverpool merecia ganhar. Mignolet tirou pelo menos 4 ou 5 golos ao Everton e Lukaku acabou por ser o mais determinante ao bisar e mostrar que o seu futuro será grandioso. Assim também pode pensar Ross Barkley, que não deixa dúvidas que vai ser um dos grandes médios ingleses da próxima década.

Barba Por Fazer do Jogo: Romelu Lukaku (Everton)
Outros Destaques: Barkley, Kevin Mirallas; Mignolet, Flanagan, Gerrard, Luis Suárez, Sturridge
Resumo:

The National na MEO Arena (Reportagem 21/11/2013)

Foi ontem no outrora Pavilhão Atlântico, actual MEO Arena, que os The National deram o seu 11.º concerto em Portugal, funcionando Lisboa como um ponto final na tour europeia. A banda norte-americana de Matt Berninger veio apresentar Trouble Will Find Me e a equipa do Barba Por Fazer esteve lá.

    Antes do intimismo contagiante, acolhedor e hipnotizador da banda que colocou a MEO Arena com uma assistência "decente", surgiram os This is The Kit - banda de Bristol (Reino Unido) que tem feito a abertura dos concertos dos The National nesta digressão. É sempre bom quando conhecemos uma banda pela 1.ª vez ao vivo. Embora já com 10 anos de existência (só mais quatro que a banda da noite), o folk dos This is the Kit avança a medo, enquanto a plateia vai chegando e Kate Stables - vocalista e epicentro do palco - vai-se também ela soltando, entre banjos e guitarras, com uma voz que podia bem ter integrado a banda sonora do filme "Brave". O acolhimento que os This is The Kit fazem aos fãs de The National é bom, adequado e o momento alto é uma "Two Wooden Spoons", que se percebe ao 1.º ouvir que é a música mais forte da banda, com Kate Stables a assobiar como ninguém e a embalar qualquer um.

    Passa algum tempo e chegam os The National. Os gémeos Dessner assumem as guitarras, os Devendorf a bateria e o baixo e Matt Berninger chega e reforça aquele estatuto de herói invulgar. Qual Walter White (Breaking Bad) vemo-lo e pensamos eis aquele homem comum, que podia ser nosso vizinho debaixo, e se torna de microfone na mão numa personagem marcante da actualidade musical. De copo de vinho na mão, óculos e roupa preta, Berninger chega ao microfone e abre - como em Madrid, no dia anterior - com "Don't Swallow the Cap" e "I Should Live in Salt" do novo álbum. O concerto segue com a plateia a galvanizar-se e sobe de tom e vibração quando surge uma das músicas de Trouble Will Find Me que melhor resulta ao vivo: "Sea of Love". O ritmo baixa quando Berninger ecoa If I stay here trouble will find me / If I stay here I'll never leave / If I stay here trouble will find me / I believe. E é essa a sensação que passa para o público - cada um de nós nunca vai dali sair, porque cada um se sente em casa ao ouvir o role de músicas de 14 anos de sucessos, com uma evolução progressiva e uma banda 100% madura neste momento.
    O bom alinhamento (escolhido como é apanágio pelo guitarrista Aaron Dessner) perdura com "Hard to Find", também do novo álbum e que integrou já a 3.ª temporada de Suits, e Berninger mantém-se delicadamente agarrado ao microfone, numa simbiose que nos dá uma desejada "Afraid of Everyone" (a evidenciar no final que a acústica da MEO Arena podia ser melhor, embora ontem as queixas não tenham sido muitas comparativamente com o habitual) e depois "I Need My Girl", outra das calmas deste novo álbum. Pelo meio ouve-se uma "Lean" que integrará a banda sonora do segundo The Hunger Games... "Já viram o The Hunger Games? É bom? Eu ainda não vi", confessa Berninger, entre um copo e outro e a preparar o público para a galopante intensidade que aí vem.

    É provavelmente com "Abel", do longínquo Alligator, que o público começa a mexer mais. Talvez pelo público saber que o concerto se vai encaminhando para o fim e a 11.ª visita está a valer a pena, talvez pelo saudosismo desse mesmo álbum, embora o mais completo álbum da banda seja provavelmente High Violet de 2010. O ambiente enche-se com luzes rosa quando Berninger canta "Pink Rabbits" e tudo o que vem a seguir parece uma música só perfeita e interminável de tanta qualidade seguida. "England" e a sua composição envolvente, um must para quem os ouve pela 1.ª vez, convence em larga escala e "Graceless" é a última música do novo álbum a figurar no alinhamento. Talvez uma troca com "Sea of Love" e a presença de "Exile Vilify" seriam as duas únicas alterações para tudo ficar lendário.
    Surge um silêncio duradouro e, num ambiente roxo e azulado em palco, começam-se a ouvir as primeiras batidas de algo. Muitos não reconhecem, mas quem a conhece como a palma da mão sabe que é "About Today" na sua génese. As guitarras entram e os minutos são uma viagem a um dos mais incríveis temas dos The National, do EP Cherry Tree, e que imortalizou a cena final do filme Warrior. Curiosamente uma música que nós (BPF) ajudámos a difundir, disponibilizando o vídeo mais visto online de "About Today". Ouvi-la era indispensável. Obrigado The National. "Fake Empire" fecha a primeira estadia dos The National em palco e no intervalo de minutos seguinte, enquanto a multidão desespera pelo regresso, é inevitável pensar-se que Bryan Dessner foi uma das figuras do concerto, com a sua enorme energia com a guitarra.

    O encore chega então e a primeira preocupação que surge é o facto de Berninger se ter esquecido da garrafa de vinho nos bastidores. O assunto lá se resolve e é procedido pelo discurso sobre como a equipa que tem andado com eles nesta digressão tem sido incansável. "Sorrow" é a música que abre o encore, dedicada então à equipa, não pela letra (naturalmente) mas por ser mais um dos êxitos incontornáveis de High Violet. Segue-se "Mr. November", a última faixa do tal Alligator que já lá vai há oito anos com Berninger a conviver bem de perto com a plateia no seio desta e depois, muito provavelmente, o momento alto da noite. Embora numa perspectiva pessoal tenha sido "About Today" a encher as medidas e a materializar algo apenas até então imaginado, numa perspectiva geral foi com "Terrible Love" que a MEO Arena atingiu o clímax. Tudo começa naquele tom calmo mas à medida que avança é não só a plateia de pé mas também todo o Balcão 1 em sentido. Foi, na realidade, a verdadeira música de despedida, mas o adeus final (soa mais a "até já" tal o apreço dos The National pelo público português - "um dos que já gostava e acreditava em nós no início quando poucos nos apoiavam") é - magnificamente bem escolhido e a repetir Madrid - com "Vanderlyle Crybaby Geeks". Toda a banda concentra-se no centro do balco, num agradecimento em forma de hino cantado a uma só voz por toda a MEO Arena, com pouco instrumental.
    Equilibrado, íntimo, apaixonante e completo. É praticamente meia-noite quando o último verso de todos (I'll explain everything to the geeks) se difunde e esmorece pela noite, mas toda a gente sai de barriga cheia e "coração musical" satisfeito.

- É a primeira vez que aqui no Barba Por Fazer fazemos a cobertura a um concerto de uma banda só - já o tínhamos feito em dias de edições de alguns festivais de Verão - mas sempre que estivermos presentes em algum assim o faremos.

19 de novembro de 2013

Alô, Brasil? Estamos a caminho!

Suécia    2 - 3   Portugal (Ibrahimovic 68', 72'; Cristiano Ronaldo 50', 77', 79')

    Portugal conseguiu a tão almejada qualificação para o Mundial do Brasil batendo a Suécia por 3-2 numa segunda parte sofrida porque do outro lado houve Ibrahimovic. A Selecção das Quinas controlou o jogo como quis e apenas vacilou cerca de 7 a 10 minutos em todo o jogo que permitiram ao sueco assustar os portugueses. Só que nós temos o melhor jogador do mundo e um dos melhores atletas do mundo - Cristiano Ronaldo. Moutinho foi o servidor de serviço com dois passes perfeitos e letais isolando o grande capitão.
    O desrespeito sueco começou nos hinos ao assobiarem "A Portuguesa", o que não aconteceu no Estádio da Luz. São valores fulcrais numa sociedade e - ao que parece - os suecos que são tão elogiados, não os têm. Previa-se que caíssem em cima de Portugal, mas isso não aconteceu. Bruno Alves foi o primeiro a obrigar Isaksson a uma grande defesa com um grande cabeceamento. As ocasiões de golo pecaram por escassas no primeiro tempo, mas era a turma lusa quem ditava as regras em campo. Por diversas vezes Ronaldo quase chegou ao golo, mas foi da cabeça de Hugo Almeida que saiu a ocasião mais flagrante. Cristiano olhou para Hugo Almeida e entregou-lhe de bandeja o golo... Porém, o avançado luso não teve pontaria para atirar para dentro da baliza com a mesma praticamente deserta.
    A segunda metade começou com uma gigante defesa de Rui Patrício a um remate à queima roupa de Larsson. Logo a seguir surgiu uma explosão de alegria neste pequeno país cheio de gente boa! Raúl Meireles levanta a bola para o meio campo, Nani amortece para João Moutinho e o médio do Mónaco faz um passe genial(!) a rasgar todo o meio campo e defesa sueca isolando Ronaldo que fez o mais fácil. Portugal dominava por completo o jogo e a eliminatória, mas a Suécia a partir dos 60 e poucos minutos começou a carregar a defesa portuguesa (que esteve sempre imperial todo o jogo) e lá marcou dois golos de rajada... Ou melhor - Ibrahimovic sentiu necessidade de dizer que ali estava. No primeiro, voou mais alto que Bruno Alves e cabeceou para o fundo das redes deixando Rui Patrício pregado ao relvado. O segundo surgiu duma falta infantil de Miguel Veloso à entrada da área em que Ibrahimovic levou tudo à frente com um valente tiro! Estava consumada a reviravolta no marcador e estava relançado o jogo. Foram uns minutos de sufoco que Cristiano Ronaldo respondeu também ele com dois golos de rajada! Num lance de contra-ataque, a bola sobra para Hugo Almeida que desmarca Cristiano Ronaldo pela esquerda com um passe picado tendo o capitão finalizado de forma fria e eficaz. Cristiano tirou o tapete aos suecos e gritou "Eu 'tou aqui!" para todo o mundo ouvir! Para não haver dúvidas, Moutinho volta a fazer um passe de génio jogando com a grande desmarcação de Cristiano Ronaldo entre os centrais em que o melhor jogador do mundo finalizou quase sem ângulo após contornar Isaksson. O terceiro tento acabou com o jogo e lançou a euforia entre os jogadores portugueses. Ronaldo ainda tentou por três vezes o poker, mas o resultado não se alterou.

    Mais uma vez passamos aos grandes campeonatos através do Play-Off e esperemos que tudo nos corra pelo melhor como é hábito. Cristiano Ronaldo foi a grande estrela do jogo de hoje onde Moutinho ficou logo atrás. Toda a defensiva lusa esteve a bom nível e destacamos ainda a estreia de William Carvalho que, apesar de não ter tido muitas vezes a bola nos pés, mostrou a sua calma inerente no seu futebol. 
    Nos outros jogos a França arregaçou as mangas e dizimou a Ucrânia numa brilhante(!) primeira parte tendo apenas se encostado um pouco na segunda parte mesmo com a expulsão de Khacheridi. Os franceses confiaram que - com 2-0 - a eliminatória se iria resolver com naturalidade e foi isso mesmo que aconteceu. Grande recuperação da Selecção francesa a erguer-se de uma derrota de dois golos de desvantagem consumada na Ucrânia. Já a Grécia e a Croácia carimbaram o passaporte mais tranquilamente tendo os croatas vencido a Islândia por dois golos e a Grécia a empatar 1-1 na Roménia com uma exibição q.b.

Barba Por Fazer do Jogo: Cristiano Ronaldo (Portugal)
Outros Destaques: Ibrahimovic, Martin Olsson; Moutinho, João Pereira, Bruno Alves, Pepe.
Resumo:

Arcade Fire confirmados no Rock in Rio 2014

Depois de ontem a Blitz ter lançado a hipótese de que os Arcade Fire deveriam anunciar um concerto/ presença num festival hoje às 9.30 (depois de terem recebido um teaser com data, hora e o nome do último álbum "Reflektor") hoje temos a confirmação.
    Nem Alive, nem Primavera. A organização do Rock in Rio anunciou assim hoje de manhã os Arcade Fire como o 2.º nome do cartaz, depois de Justin Timberlake, considerando-os "uma das grandes surpresas da festa dos 10 anos". Será a primeira vez que a banda canadiana de Rock alternativo integra o Rock in Rio, considerando Roberta Medina que se tratam de "uma das bandas mais pedidas pelo público português" actualmente.
    Os Arcade Fire serão os cabeças de cartaz no Palco Mundo no 4.º dia do Rock in Rio - 31 de Maio. É um regresso a Portugal depois da presença nos festivais Paredes de Coura em 2005 e Super Bock Super Rock em 2007 e 2011 (pelo meio houve ainda um concerto no Pavilhão Atlântico, actual MEO Arena, cancelado).

    O Rock in Rio 2014 realiza-se nos dias 23, 25, 30, 31 de Maio e 1 de Junho no Parque da Bela Vista. Os bilhetes diários custam 61 euros e a organização colocará amanhã à venda um "kit de Natal". Até agora o cartaz está apenas composto por dois nomes:

Rock in Rio 2014

31 de Maio
Arcade Fire

1 de Junho
Justin Timberlake

17 de novembro de 2013

Crítica: Prisoners

Realizador: Denis Villeneuve
Argumento: Aaron Guzikowski
Elenco: Hugh Jackman, Jake Gyllenhaal, Viola Davis, Terrence Howard, Paul Dano, Maria Bello, Melissa Leo
Classificação IMDb: 8.1 | Metascore: 74 | RottenTomatoes: 81%
Classificação Barba Por Fazer: 81

     'Prisoners' ou Raptadas, nome nas salas de cinema portuguesas, leva-nos irremediavelmente a comparações com Zodiac, filme de David Fincher em 2007.  Ambos são policiais, em ambos o caso arrasta-se por mais de 150 minutos de filme e em ambos Jake Gyllenhaal é uma das pessoas que tenta averiguar e desvendar todo o mistério.
    Em 'Prisoners', de Villeneuve e num argumento escrito por Aaron Guzikowski, vemos duas famílias que se juntam na casa de uma para celebrar o dia de Acção de Graças - Hugh Jackman, Maria Bello e os seus filhos; Viola Davis, Terrence Howard e os seus filhos. O thriller ganha forma quando as filhas mais novas de cada casal desaparecem para desespero das famílias. As suspeitas vão dar a Alex Jones (Paul Dano), um rapaz pouco desenvolvido cognitivamente que é detido mas solto após falta de provas. Keller Dover (Hugh Jackman), perante o passar do tempo sem respostas por parte da polícia (investigação conduzida pelo Detective Loki, personagem de Jake Gyllenhaal) decide ele mesmo enclausurar Alex Dones e torturá-lo até obter respostas, por estar convicto de que é ele o culpado do desaparecimento da filha. Conta para isso com a ajuda do vizinho Franklin Birch (Terrence Howard), enquanto que a sua mulher (Maria Bello) cai num estado depressivo.
    É um filme longo, mas um thriller policial na senda de 'Zodiac' ou 'The Girl with the Dragon Tattoo'. Inevitavelmente vamos nós também entrando na "trama" e procurando respostas, envolvidos pelas boas performances de todos os actores, com especial destaque para Hugh Jackman. Há quem diga que desde 1999, no australiano Erskineville Kings, Hugh Jackman não se expunha tanto emocionalmente no grande ecrã e a verdade é que um ano depois da sua nomeação por 'Les Misérables', Jackman volta a demonstrar nível de óscar. No entanto, com McConaughey, Hanks, Ejiofer, Dern, Redford bem posicionados, Hugh Jackman não parece nesta altura favorito à nomeação, até por alguns outros nomes como DiCaprio, Christian Bale, Phoenix, Oscar Isaac ou Forest Whitaker estarem também eles com aspirações mais legítimas que o Wolverine.
    Não adormeçam, não desistam do filme porque é até ver um dos thrillers decentes deste ano, com Jackman em destaque e Gyllenhaal satisfatório em segundo plano, conjugado com nomes que não desiludem como Viola Davis, Paul Dano ou Melissa Leo. Para os fãs de Radiohead podem esperar o filme tudo para ouvir um bocadinho de "Codex" no final, antes de um bom pormenor do filme, com o apito que fecha toda a acção.

Factor X: Top 8 Adultos

Senhoras e senhores, eis mais um artigo dedicado a mais um programa do Factor X português. No domingo passado o Bootcamp continuou e chegámos a uma fase determinante - a definição do Top 8 de cada jurado por via do "jogo das cadeiras". Começámos com os "Adultos" (concorrentes com mais de 25 anos), categoria de Sónia Tavares. O funcionamento era simples: cada um ia cantar e a Sónia no final tinha que ter as suas oito cadeiras ocupadas. Quem ela não quisesse, não se sentava e seguia para casa. Quem ela quisesse - definitivamente ou apenas momentaneamente - sentava-se e logo veria se aguentava até ao fim sem dar o lugar a ninguém. Nesta fase os restantes elementos do júri também comentam as actuações, mas a responsabilidade de decisão é do mentor de cada categoria. Vimos boas actuações e uma valente injustiça. (As 3 actuações - interessantes - dos três primeiros grupos de Paulo Ventura, tratá-las-emos juntamente com os seus pares nos Grupos, inseridos no próximo programa/ artigo).

TOP 8 Adultos: Sara Ribeiro, Berg, Jair Neves, Daduh King, José Freitas, Nuno Rainha, Tânia Cardoso, Filipa Portugal

    Em suma houve 5 boas actuações - Berg, Sara Ribeiro, Daniel Fontoura, Daduh King e Jair Neves. No entanto, nas oito cadeiras finais só vimos quatro destes concorrentes sentados.


    Teófilo Sonnemberg, ou Berg, é o alvo a abater, embora mantenha sempre a sua postura "boa onda", com humildade e respeito pelos adversários/ colegas. Berg escolheu cantar "Happy" de Pharrell Williams e foi uma escolha bastante inteligente. Mal abriu a boca e recordou a Sónia o seu timbre inconfundível pô-la a olhar para as 8 cadeiras ocupadas a pensar quem iria dali retirar, mas com "Happy" Berg conseguiu uma música actual, fácil de agarrar a plateia, sendo mais que suficiente para garantir a sua passagem, não sendo uma música com potencial para deslumbrar. Berg conseguiu assim não elevar muito a fasquia, para comparativamente o poder fazer na fase da casa dos júris e nas galas.
    A concorrente Sara Ribeiro já tinha mostrado qualidade - tínhamos dito que ela teria que subir o nível para se manter como opção válida - e foi provavelmente neste "Jogo das Cadeiras" a concorrente que mais melhorou. Cantou "Ouvi Dizer" de Ornatos Violeta, não apagou a performance da banda de Manel Cruz ou a versão de Filipe Pinto, mas a total entrega na música e a novidade de ouvirmos uma mulher a cantá-la fê-la ser a concorrente feminina mais forte no último programa.


    Jair Neves é, de facto, um 'diamante por lapidar' como foi intitulado pelo júri. Enquanto que Berg é o concorrente mais forte e o verdadeiro Factor X neste momento, embora um artista 100% feito, Jair tem ainda muita margem de progressão. Cantou "Jura" de Rui Veloso e o seu timbre e uma actuação harmoniosa e sentida foi suficiente para o levar para a próxima fase - esperemos que Sónia Tavares não decida optar por Jair ou Berg para, estupidamente, preterir um concorrente forte logo à priori. Em todo o caso, veremos se não opta por passar apenas um entre Jair Neves e Daduh King.
    Daduh King cantou bem, continua a evidenciar-se como uma das agradáveis surpresas deste programa, embora não justifique o rótulo "tu só não ganhas isto se não quiseres". De facto houve algumas falhas a nível de Inglês (ao ouvir-se a 1.ª vez talvez não se repare, mas com mais atenção é evidente) mas era uma das escolhas incontornáveis de Sónia para o Top 8.


    A injustiça desta fase deu pelo nome de Daniel Fontoura. O locutor da MegaHits conseguiu um feito impressionante - fazer-me dizer "Essa música do George Michael foi uma excelente escolha". Só isto já devia chegar para o fazer passar, mas aliado a isto Fontoura conseguiu com "One More Try" a actuação mais emocionante desta fase e, estava eu a pensar que a "Daniel" de Elton John, na versão dos Fuel, ficaria bem na voz dele, quando Sónia Tavares decidiu não o sentar, quando ainda tinha várias cadeiras vagas. Tinha lugar cativo num Top 8 normal, podia em todo o caso ter ido 'aquecer' a cadeira, mas acabou por aqui o bom caminho do Fontoura, infelizmente para todos nós.
    Foi também com bastante pena que vimos Ruben Silva abandonar o Factor X. O homem do Reggae talvez não chegasse às galas, mas precisamente a boa e diferente onda que transporta consigo fazia-o merecer um lugar nas oito cadeiras finais. Ter um caminho e um registo não é uma coisa má. "Posso esperar sentado" foi um bom momento.

    As duas grandes desilusões desta fase foram femininas e traídas pelo sistema nervoso. Inês David era clara favorita a conseguir um lugar no top 8, tendo até condições para lutar posteriormente por um lugar nas galas, mas bloqueou em cima do palco por 2 vezes consecutivas, não conseguindo cantar Jessie J. Já Nina Pereira vacilou também, falhando o timing de entrada em mais uma música angelical, embora desta vez mais comercial, admitindo que "as letras são o pior". Nas restantes actuações, Ângela Godinho podia muito bem ter ficado sentada até à próxima fase e José Freitas, embora longe do nível da audição (às vezes é esse o problema de entrar a matar e a deslumbrar) justificou evidentemente a passagem, embora não pareça tão absolutamente certa a sua presença nas galas como já pareceu.

Nota: Falaremos dos grupos Bring Us Tomorrow, Golden Soul e Helis & Ela no próximo artigo, juntamente com os outros grupos que veremos actuar neste domingo (17 de Novembro). Em todo o caso os 3 primeiros grupos deixaram uma excelente imagem, com algum mérito para Paulo Ventura/ produção no caso dos dois primeiros, pela junção de vários "talentos perdidos".

16 de novembro de 2013

Ronaldo põe Portugal mais perto do Brasil

Portugal  1 - 0  Suécia (Cristiano Ronaldo 82')

    Num estádio da Luz com lotação esgotada e uma bonita moldura humana que resultou numa espectacular bandeira humana, Portugal conseguiu uma vitória curta mas importante na 1.ª mão do play-off de acesso ao Mundial 2014 no Brasil. Cristiano Ronaldo venceu o duelo com Zlatan Ibrahimovic e deu a vitória à Selecção portuguesa perto do final.

    Portugal entrou em campo com o onze previsto. Patrício voltou ao palco onde foi infeliz dias antes, João Pereira manteve-se a lateral direito mesmo tendo em conta as boas exibições de André Almeida quando foi chamado ao lugar e o trio de meio-campo Veloso, Meireles, Moutinho foi também intocável para Paulo Bento, deixando no banco opções em bom momento de forma como William Carvalho ou Josué (para não falar do não convocado Adrien). Os suecos apresentaram o onze que também era previsível, com Elmander e Ibrahimovic na frente, um meio-campo com qualidade de passe e uma dupla de centrais de menor qualidade mas de elevada estatura. A Selecção das Quinas entrou bem melhor na partida, galvanizada pelo bom ambiente e foi João Moutinho, após um bom passe de Meireles, a criar o primeiro momento de perigo. O médio do Mónaco tirou Isaksson do seu caminho mas acabou por rematar ao lado. Portugal procurava sistematicamente encontrar Ronaldo com passes longos a partir da defesa ou meio campo defensivo, mas era Lustig que ia impedindo o capitão português de jogar, interceptando de cabeça. Embora Coentrão tentasse - como é seu apanágio - agitar as águas, acabou por ser a Suécia, com muito menos posse de bola que Portugal, a criar os 2 restantes lances de perigo da 1.ª parte. Elmander cabeceou a rasar o poste da baliza de Patrício e passados alguns minutos valeu mesmo o guarda-redes português a defender um remate de Larsson, depois de uma boa simulação de Ibrahimovic.
    Na segunda metade voltaram os mesmos onzes e, embora Portugal tenha aparecido com pouco gás e a circular a bola sem grande criatividade, acabou por ficar muito perto do golo num lance muito confuso com Pepe e Hélder Postiga envolvidos. Por esta altura começavam-se a roer as unhas na Luz, ao ver o relógio a passar, e a dupla Pepe-Bruno Alves ia anulando Ibrahimovic antecipando-se bem e lutando no ar com o camisola 10 da Suécia e do PSG. A equipa lusa ia insistindo em jogar pelo flanco direito, com diversos cruzamentos de João Pereira, Moutinho e Nani a não saírem perfeitos.
    Paulo Bento retirou Postiga e depois Meireles e colocou nos lugares destes Hugo Almeida e Josué, conseguindo critério e grande qualidade de passe com a entrada do médio do Porto. E foi aos 82' que o tão esperado golo chegou: Miguel Veloso cruzou a partir do lado esquerdo e Ronaldo mergulhou para cabecear a meia altura e colocar Portugal mais perto do Brasil. O resultado podia ter sido dilatado dois minutos depois quando Hugo Almeida cruzou para a área e Ronaldo cabeceou violentamente à barra. Até terminar o jogo Portugal manteve o seu 1-0, preferiu não arriscar no final mesmo com o público a pedir "só mais um" e terá um jogo bem interessante na Suécia na próxima 3.ª feira, embora tenha cumprido hoje, não sofrendo qualquer golo.

    Cristiano Ronaldo foi decisivo, marcou o seu 44.º golo pela Selecção ficando a 3 do recorde de Pauleta (ultrapassará CR7 o açoriano no Mundial do Brasil ou num amigável antes?). O capitão português caiu por várias vezes em zonas de ponta de lança, lado a lado com Postiga, pecou por 2 ou 3 vezes ao não ajudar Fábio Coentrão face às subidas de Lustig, mas acabou por fazer a diferença. Com este golo Ronaldo deu sequência ao seu incrível momento de forma, ganhou o first round do duelo com Ibra e, considerando que a França poderá ficar fora do Mundial (perdeu por 2-0 na Ucrânia) pode também ter ganho hoje pontos contra Ribéry na luta pela Bola de Ouro. De resto, João Moutinho apresentou a regularidade típica destes momentos, Coentrão idem aspas e a dupla de centrais esteve em bom plano, apagando Ibrahimovic. Josué teve bons minutos quando foi chamado e, em sentido inverso, Nani (a parar muito o jogo e longe do seu nível) e João Pereira estiveram abaixo dos restantes. Na Suécia, os centrais tentaram adiar o golo a todo o custo ganhando nos duelos de cabeça, o lateral-direito Lustig esteve bem, tal como Larsson no meio-campo. 
    Terça-feira há mais. Força Portugal!

Barba Por Fazer do Jogo: Cristiano Ronaldo (Portugal)
Outros Destaques: Bruno Alves, Pepe, Fábio Coentrão, João Moutinho; Lustig, Larsson
Resumo:

12 de novembro de 2013

The Lumineers no Optimus Alive 14, no dia de Arctic Monkeys

Os próximos meses antevêem-se interessantes a nível de novidades musicais para os grandes palcos dos festivais de Verão. A organização do Optimus Alive 14, depois de ter anunciado os Arctic Monkeys como o 1.º nome do cartaz, acrescentou ao dia 10 de Julho uma banda bastante badalada sobretudo no ano de 2012. Os The Lumineers, banda de "Stubborn Love" e, sobretudo, do sucesso "Ho Hey".
    Trata-se de uma estreia em Portugal, sabendo-se que serão uma das bandas que antecederá a actuação dos Arctic Monkeys no primeiro dia do festival. Têm ar de ser uma das primeiras bandas do palco Optimus, claramente adequados ao final de tarde no Passeio Marítimo de Algés.

    Veremos que surpresas tem a Everything is New na manga para conseguir formar um cartaz com qualidade, atractividade. Imaginamos que até ao Natal certamente saberemos quem são os outros 2 cabeças-de-cartaz dos dias 11 e 12 de Julho.

Justin Timberlake é o primeiro nome confirmado para o Rock in Rio 2014

Já se suspeitava mas hoje tivemos a confirmação. O Rock in Rio 2014 tem o seu primeiro cabeça-de-cartaz e começa o festival de comemoração dos 10 anos em Lisboa com um nome forte, mediático e que nunca pisou os palcos portugueses: Justin Timberlake.
    O cantor, compositor, actor e produtor vai trazer ao Parque da Bela Vista o seu álbum "The 20/ 20 Experience" e promete casa cheia. O norte-americano vai actuar no dia 1 de Junho, portanto ficará certamente com a responsabilidade de fechar o evento em Lisboa. A vinda de Justin Timberlake é uma boa notícia, sobretudo pelo facto de ser um artista incontornável que se estreará em solo nacional.

    As suspeitas sobre o anúncio de Justin Timberlake como o 1.º nome a integrar o cartaz tornaram-se mais que evidentes quando a organização lançou um desafio em que colocou uma imagem de Justin Timberlake, embora editada para não ser claro. Preparem o Suit & Tie, porque ele vem aí.

Recordamos que o Rock in Rio 2014 vai decorrer nos dias 23, 25, 30 e 31 de Maio e 1 de Junho, contando agora com a Vodafone como patrocinador principal. O bilhete diário custa 61 euros.

Crónica: Os grandes derbys voltaram!

SL Benfica    4 - 3    Sporting CP (Cardozo 12', 42', 45', Luisão 97'; Capel 37', Maurício 62', Slimani 90'+2)

    Este fim-de-semana assistimos à eliminação do Sporting no Estádio da Luz num dos melhores derbys dos últimos anos. Contudo, temos assistido a um alarido do lado da turma verde e branca exagerado e algo desrespeitoso para o enorme jogo que foi. É certo e sabido que é custoso perder quando tanto se lutou, mas evocar casos e casos na praça pública - quando existem também casos contra - para única e exclusivamente desculpar a derrota que surgiu de um erro descomunal do guarda-redes titular da Selecção Nacional... É no mínimo caricato. Avancemos então para o jogo em si:

    Estádio com cerca de 47 mil espectadores - onde entre 6 e 7 mil eram visitantes - proporcionavam um ambiente fantástico. Tanto dum lado, como do outro os adeptos estiveram de parabéns. Cardozo estava em dúvida, mas lá figurou no onze inicial do Benfica. E não foi apenas no onze do Benfica que figurou. Logo aos 12 minutos também figurou no marcador ao apontar - de livre - um remate potente por baixo da barreira batendo Rui Patrício pela primeira vez. Estava feita a primeira explosão de alegria na Luz! Tacuara estava endiabrado - de resto, um habitué nos jogos contra o Sporting - e no lance seguinte disferiu outro remate violento que Patrício desviou para canto com uma grande defesa. O jogo continuou intenso, mas as oportunidades de golo começavam a escassear. À meia hora, Montero deu para o flanco direito onde estava Wilson Eduardo e o português fez um centro magnífico para um grande golo de primeira de Diego Capel. Muito bom golo do Sporting que relançava de novo o jogo. Eis que surge um deja vu para os adeptos leoninos. Depois de empatarem um grande jogo - como contra o Porto - sofrem dois de rajada! Gaitán recebeu um passe em desmarcação de Enzo Peréz e - como ficou com inveja do cruzamento de Wilson Eduardo - fez também ele um centro milimétrico para a cabeça de Óscar "Tacuara" Cardozo. Porém, foi 3 a conta que Deus fez e Tacuara dilatou para 3-1 num verdadeiro golaço! Perda de bola de William Carvalho a possibilitar um contra-ataque encarnado conduzido por Gaitán, passando por Amorim que cruza atrasado onde Cardozo está para disferir outro tiro violento para o ângulo direito da baliza de Rui Patrício. Estava feito o 3-1 para o delírio total nas bancadas onde já só se ouvia os cânticos de Óscar Cardozo - o homem da noite!
    A segunda parte começa com muito mais Benfica. Nos primeiros 5 minutos, o Sporting praticamente não tocou na bola e o Benfica trocava e tratava muito bem o esférico. Aos 50 minutos surge um dos casos polémicos que não saiu nos jornais. Porquê? Porque penalizava a equipa que venceu o jogo e lances que prejudicam a equipa vencedora não causam impacto no público. Fora-de-jogo mal assinalado a Sílvio onde o mesmo chegou a executar o cruzamento que, por sua vez, Rui Patrício não conseguiu afastar tendo a bola sobrado para Cardozo. Tacuara tinha a baliza escancarada e tinha a possibilidade de fazer o poker não fosse Duarte Gomes apitar no exacto momento em que a bola sai da luva de Rui Patrício e se dirige para o paraguaio. Lance seguinte - nova polémica. Luisão esperou pela bola na sua grande área e Montero surgiu de rompante interceptando a bola e aproveitando-se do ligeiro toque de raspão de Luisão para se atirar para o chão e pedir grande penalidade. Em Portugal, já se marcaram por menos. O Benfica encostava-se ao resultado e o Sporting começou a pressionar mais. Adrien ganha um canto após grande remate e grande defesa de Artur. E como é costume no Benfica de 2013/14 - um canto é um golo. A grande teimosia de Jorge Jesus em apostar na marcação à zona nos cantos culminou em mais um golo. Maurício cabeceou sozinho - como praticamente em todos os golos sofridos pelo Benfica em bola parada - e reduziu para 3-2 aos 62 minutos. Nos últimos 10 minutos houve mais bom futebol. Gaitán cobra o livre na esquerda e Markovic cabeceia à trave! De seguida, o também endiabrado Nico Gaitán faz novo grande cruzamento, Cardozo domina a bola e - apenas com Rui Patrício pela frente - optou por rematar violentamente tendo o guarda-redes português efectuado uma gigante defesa! Na resposta, Carlos Mané isola Slimani e o argelino atira ao poste apenas com a oposição de Artur. O golo do empate já se começava a prever e surgiu mesmo aos 92. Adrien bate um livre na esquerda e Slimani atira para dentro da baliza, sem oposição - o que começa a ser normal nos golos sofridos de bola parada do Benfica - atirando também o jogo para o prolongamento. 
    Nos restantes 30 minutos tivemos mais futebol de qualidade. O prolongamento até começou melhor para o Sporting onde, após um canto, a bola sobra para William Carvalho que remata fraco para as mãos de Artur. Na resposta surge outro erro de arbitragem e o golo do Benfica. Lançamento longo de Sílvio da esquerda, William Carvalho não consegue interceptar a bola tendo a mesma indo na direcção de Luisão. O capitão encarnado é posto no chão por Rojo, o que daria grande penalidade e consequente expulsão por acumulação de amarelos do central leonino. Contudo, Duarte Gomes nada assinalou e a bola acabou mesmo por bater na cabeça de Luisão e - ironia das ironias - entrou dentro da baliza e por baixo das pernas de Rui Patrício proporcionando um "frango" de todo o tamanho! O Sporting ressentiu-se do golo sofrido e o Benfica aproveitou para partir para cima do adversário. O primeiro a ameaçar a baliza foi Ivan Cavaleiro. O jovem jogador encarnado encheu o pé e obrigou a uma intervenção sensacional de Rui Patrício. De seguida, numa ressaca a um canto de Adrien, Carlos Mané remata para trás e a bola acaba por bater no braço de André Almeida. Duarte Gomes estava muito próximo, mas nada assinalou. Ou não viu ou interpretou que não era lance para grande penalidade por ter sido um remate à queima roupa e espontâneo. No entanto, seguindo-nos estritamente pelas regras, ficou aqui mais um erro do árbitro da partida. Nesta fase da partida o Sporting pressionou bastante o Benfica e quase chegou ao golo depois de Montero ter trabalhado muito bem na direita e ter cruzado para o coração da área onde Slimani falhou por milímetros! Os lances perigosos não ficaram por aqui e o Benfica começou a carregar ainda mais. Lima faz um passe perfeito isolando Cavaleiro do lado esquerdo e a nova jovem estrela encarnada viu-lhe o tão almejado golo ser-lhe negado por mais uma enorme defesa de Rui Patrício! O lance prosseguiu com a bola a voltar para Ivan, o miúdo deu para trás onde André Gomes vinha disparado disferindo um remate potente contra o poste. O derby louco terminou com novo lance de Montero que Artur Moraes parou sem dificuldade.

    Assistimos a um enorme jogo que apenas foi manchado pelas queixas e críticas pós-jogo do lado do Sporting. Os jogadores e dirigentes queixaram-se de lances contra o Sporting argumentando que poderia mudar o rumo do jogo. É verdade. Mas tendo em conta que o primeiro erro de arbitragem poderia dilatar o resultado para 4-1 também não poderia ter dado outro rumo ao jogo? Não faz sentido manchar um jogo e colocar a culpa da derrota no árbitro quando há erros de arbitragem para os dois lados. Leonardo Jardim disse no início do campeonato que não falava de arbitragens porque não era hipócrita, mas na conferência de imprensa criticou Duarte Gomes por ter influenciado o resultado para o lado do Benfica. Duarte Gomes influenciou de facto o resultado, mas jamais poderemos dizer para que lado daria.
    O importante é que assistimos a um grande jogo muito por causa deste novo Sporting. Um Sporting que veio dar luta ao campeonato e que veio para, finalmente, dar mais espectáculo e brilho aos derbys lisboetas!

Barba Por Fazer do Jogo: Óscar Cardozo (SL Benfica)
Outros Destaques: Gaitán, Matic, R. Amorim, Enzo; Rui Patrício, Adrien, Montero, Slimani.
Resumo:

Arctic Monkeys são a 1.ª banda do Optimus Alive'14

    Já foi anunciado há alguns dias mas só hoje pudemos pegar na nossa pena informática e dar a notícia. Os Arctic Monkeys foram confirmados pela organização do Optimus Alive 14 como a 1.ª banda a integrar o cartaz do festival do Passeio Marítimo de Algés. A banda inglesa de Alex Turner promete uma boa afluência ao primeiro dia do evento (10 de Julho), mesmo tendo este ano actuado no Super Bock Super Rock.
    AM, álbum de 2013 dos Arctic Monkeys, estará certamente em destaque na actuação dos ingleses cabeça-de-cartaz no primeiro dia. Uma boa banda, embora pudesse haver uma maior rotatividade de escolhas, tentando trazer cá quem nunca viu (exceptuando Pearl Jam, para quem a porta está claramente aberta, e que tendo digressão marcada para a Europa serão certamente um objectivo tanto do Rock in Rio como do Alive), e isto num ano em que se espera concorrência apertada entre os vários festivais de Verão, desde logo pelo facto do Rock in Rio festejar os seus 10 anos em Lisboa.

    O Optimus Alive 14 decorrerá de 10 a 12 de julho. O preço do bilhete para um dia é de 53 euros, enquanto que o passe de três dias custa 105 euros.

8 de novembro de 2013

Agüero e Pochettino os melhores de Outubro na Premier League

  Premier League - Depois de Sturridge/ Rodgers em Agosto e Ramsey/ Wenger em Setembro, a Premier League volta a ter uma dupla unida por algo em Outubro. Não se trata do clube, como nas 2 votações anteriores, mas da nacionalidade. Os argentinos Sergio Agüero (avançado do Manchester City) e Mauricio Pochettino (treinador do Southampton) foram os eleitos do mês na melhor liga do mundo.

    Sergio Agüero é assim nomeado pela 1.ª vez o melhor do mês desde que está em terras de sua Majestade, tendo contribuído para esta nomeação os 4 golos que marcou nos três jogos disputados em Outubro. Agüero marcou ao Everton, bisou no terreno do West Ham e marcou também em Stamford Bridge na derrota por 2-1 frente ao Chelsea. A boa forma do argentino estendeu-se aliás ao mês de Novembro, onde arrancou com 1 golo e 3 assistências na goleada de 7-0 ao Norwich, bem como na Champions onde tem feito a sua melhor temporada europeia de sempre e sido uma dor de cabeça para o CSKA. Luis Suárez podia também ter sido o jogado eleito, mas a votação caiu para o lado de Agüero (talvez precisamente pela sua incrível exibição no 1.º jogo de Novembro).
    Pochettino vê reconhecido o incrível arranque do Southampton - equipa sensação da Premier, em igualdade pontual (15) com o Everton. O jovem treinador argentino comandou a sua equipa rumo a 7 pontos nos 3 jogos disputados em Outubro: os Saints ganharam ao Fulham e ao Swansea, com Jay Rodriguez, Lallana e Lambert em destaque, e o jogo do mês para o Southampton terá sido mesmo o empate em Old Trafford. Boas decisões para o mês de Outubro, em Novembro teremos mais.

William Carvalho e Bruma convocados para o play-off com a Suécia

  Selecção - Paulo Bento anunciou hoje o lote de 24 convocados para o duplo encontro decisivo contra a Suécia de Zlatan Ibrahimovic. O seleccionador nacional não fugiu muito às escolhas habituais, proporcionando no entanto a 1.ª chamada à equipa principal a William Carvalho (já devia ter sido chamado antes). Fica então aqui a lista de convocados para os jogos que decidem a presença de Portugal ou Suécia no Brasil em 2014:

Guarda-redes: Rui Patrício (Sporting), Beto (Sevilha), Eduardo (Braga)

Defesas: Pepe (Real Madrid), Fábio Coentrão (Real Madrid), Bruno Alves (Fenerbahçe), Neto (Zenit), João Pereira (Valência), Ricardo Costa (Valência), Antunes (Málaga), André Almeida (Benfica)

Médios: William Carvalho (Sporting), Miguel Veloso (Dínamo Kiev), João Moutinho (Mónaco), Raul Meireles (Fenerbahçe), Rúben Micael (Braga), Josué (Porto)

Avançados: Cristiano Ronaldo (Real Madrid), Nani (Manchester United), Varela (Porto), Bruma (Galatasaray), Hélder Postiga (Valência), Hugo Almeida (Besiktas), Éder (Braga)

BPF - Como sempre Paulo Bento a não fugir muito às escolhas-padrão, mas ainda assim a fazer algumas escolhas incompreensíveis. Nélson Oliveira foi chamado por diversas vezes sem o merecer e neste momento (3.º melhor marcador da Ligue 1 atrás de Cavani e Falcao, em igualdade com outros dois jogadores) em que era claro que devia ser chamado, não o é. Também Ruben Amorim - em crescendo nos últimos jogos - merecia ser contemplado, em detrimento de, por exemplo Rúben Micael, até pelo facto de Amorim acrescentar algumas características no seu jogo que os outros médios não têm a 100%. Embora Éder seja um avançado que apreciemos bastante, neste momento não se justifica que integre os convocados para 2 jogos de carácter tão decisivo, enquanto que Adrien falha injustamente a 3.ª convocatória consecutiva. Destaque ainda para a inclusão de Bruma, que poderá ser utilizado para "agitar" os jogos saindo do banco. E mantemos que José Fonte poderia muito bem estar no conjunto de defesas convocados. 

7 de novembro de 2013

X Factor UK - Live Week 4


    Ao contrário das últimas semanas, esta semana tivemos actuações de alto nível por praticamente todos os concorrentes. Apenas destacámos as 3 melhores actuações sendo que todos os restantes - excepto os destaques negativos - se exibiram a um bom nível. O tema desta gala foi "Disco". Os concorrentes tinham que cantar uma música de Disco dos anos 70/80.


OS MAIS
+ Abi Alton voltou às boas performances. Nicole esqueceu as críticas que apontavam Abi como "One Trick Pony" e apostou em músicas em que a jovem se sente à vontade dando-lhe a segurança que precisava. Como referimos no post da semana anterior, Nicole voltou a colocar o "peixinho Abi" dentro de água e se na semana passada ainda se mostrava insegura, esta semana a segurança voltou. Boa interpretação à sua maneira da "I Will Survive" de Whitney Houston.


+ Sam Bailey é a concorrente para a qual já não temos muitas palavras. Mais uma semana, mais uma grande performance! Sam pegou na "No More Tears (Enough Is Enough)" e voltou a brilhar... Uma voz poderosa sem ter que gritar e que dá gosto ouvir a cada semana. Uma canção mais mexida podia resultar mal, mas Sam Bailey foi segura para o palco e arrasou.


+ Hannah Barrett respondeu ao facto de ter sido a menos votada da semana passada com uma actuação poderosa e aguerrida cheia de Soul. "Somebody Else's Guy" de Jocelyn Brown foi a música que a levou a ser um dos nossos destaques. Uma interpretação que transmitiu por completo o quanto Hannah quer ganhar o concurso...



OS MENOS
- Sam Callahan, tal como Sam Bailey, é um concorrente para o qual já não temos muitas palavras. O problema é que para Callahan é no mau sentido. O jovem é de longe o pior concorrente do concurso e isso é perceptível a cada semana que passa porque os outros concorrentes medíocres já foram quase todos eliminados. Entre pulinhos e gingas, Sam voltou a marcar lugar nos piores destaques do Barba Por Fazer.


- Kingsland Road são juntamente com Sam os concorrentes mais fracos. Uma boysband tipicamente certinha que em nada vai acrescentar no mundo da música. Nota-se que nenhum dos elementos tem uma voz que se destaque daí Gary ter optado que eles cantassem mais tempo em coro. Jogada inteligente do ex-Take That, mas sem grande efeito porque as fragilidades do grupo estão à vista de todos.



OS NEUTROS
    Todos os neutros desta semana são performances muito boas. Como referimos no início, esta semana o nível esteve bem alto e tirando as actuações de Sam Callahan e dos Kingsland Road todas as outras estiveram num bom nível. Decidimos destacar apenas as 3 melhores, sendo que a linha que separa as 3 melhores dos outros concorrentes é muito ténue. Tanto os Rough Copy, como Luke Friend e Nicholas Mcdonald exibiram-se a bom nível.


A EXPULSÃO
   Esta semana finalmente tudo voltou ao normal. Os dois menos votados de todos os concorrentes seguiram para o Sing-Off. Infelizmente as duas actuações que classificámos como negativas não foram ambas as menos votadas. Apenas os Kingsland Road ficaram no Bottom Two, tendo os ingleses deixado Sam Callahan continuar no concurso... Não tendo sido Sam um dos menos votados, abriria logo espaço para uma surpresa. E essa surpresa foi Tamera Foster.
    No Survival, os Kingsland Road não estiveram mal. Contudo, foi uma interpretação do nível de todas as outras - sem qualquer brilho e com os back vocals a abafarem muitas vezes os jovens.
    Assim sendo, foram peanuts para Tamera superar a boysband do programa. A jovem de 16 anos apresentou a música com que entrou nas audições "I Have Nothing" de Whitney Houston tendo desta vez a mota pegado desde o início.
    A decisão de expulsar os Kingsland Road surgiu por unanimidade do júri - excepto Gary Barlow que é o mentor dos jovens, obviamente.

X Factor UK - Live Week 3


    Na terceira semana do X Factor UK o tema foi "Movie" onde os concorrentes têm que cantar músicas emblemáticas de filmes também eles sobejamente conhecidos. Tivemos 3 grandes actuações, mas na grande maioria foi mais uma gala pobrezita...


OS MAIS
+ Sam Bailey foi sem dúvida alguma a actuação da noite interpretando mais uma vez uma música de Celine Dion - "My Heart Will Go On" - do filme Titanic. Sam continua a ser a mais regular, mas uma regularidade de alta qualidade. Tem o carinho do público desde o início e a cada semana que passa torna-se cada vez mais a potencial vencedora do concurso.


+ Nicholas McDonald continua em boa forma vocal mostrando mais uma vez o que vale. Desta vez cantou a música que todos nós associamos àqueles powerpoints cheios de tristeza que em tempos recebíamos no nosso e-mail. Falamos claramente da música do filme Cidade dos Anjos - "Angels" de Sarah McLachlan. Conquistou facilmente um lugar nos nossos destaques e começa a ser regular.



+ Luke Friend foi a surpresa da noite. Sempre muito igual a si mesmo, Luke agarrou na "Kiss From a Rose" de Seal (do filme Batman Para Sempre) e cantou-a à sua maneira surpreendendo de novo. Finalmente levou a sua guitarra e conquistou tudo e todos sendo um dos melhores da noite. Ao contrário de Abi Alton, o jovem de 17 anos tem conseguido adaptar o seu estilo a qualquer música que lhe é proposta da melhor maneira.



OS MENOS
- Sam Callahan já começa a ser um habitué nos nossos destaques negativos. Já por várias vezes exaltámos a falta de capacidades vocais de Sam e o Louis Walsh também não faz por menos. O jurado e mentor de Callahan continua a dar-lhe músicas que expõem as suas enormes fragilidades.


- Abi Alton cantou no seu registo, mas - talvez pelas constantes críticas - não encantou. Notou-se uma insegurança no seu timbre que estragou por completo o tema. Contudo, Nicole fez bem em voltar a meter o seu peixinho dentro de água e a segurança voltará certamente ao de cima com naturalidade. Sempre é melhor cantar bem e ao seu jeito do que cantar músicas completamente distintas do seu timbre que só a prejudicam.




Miss Dynamix não têm tido dias fáceis e a continuidade no programa terminou mesmo com esta actuação. As três jovens começaram muito bem, mas nas galas começaram a ter algumas atribulações que deixaram cair por terra as boas actuações.




OS NEUTROS
    Como actuações que não aqueceram, nem arrefeceram tivemos os Rough Copy - novamente culpa de Gary Barlow que basicamente os transformou numa banda de coro -, Tamera Foster - que tinha tudo para ter a interpretação da noite, mas não teve estofo para aguentar a "Listen" de Beyonce -, Hannah Barrett - continua com altos e baixos, sendo que os "baixos" nunca foram maus... Contudo, esperamos sempre mais desta grande concorrente - e ainda os Kingsland Road - que voltaram a transformar uma música ("Pretty Woman", desta vez) numa música de coro de natal.


A EXPULSÃO
    A expulsão em si foi justa e seguiu a corrente correcta. Os grupos voltaram a ser a categoria menos votada, tendo as Miss Dynamix sido as menos votadas da mesma. Na gala seguinte é que surgiu a grande surpresa da semana - Hannah Barrett foi a concorrente menos votada de todas. Assim sendo teve que ir ao Survival juntamente com as jovens. Ambas as performances foram soberbas tendo as Miss Dynamix surpreendido com a sua melhor interpretação no programa. Porém, o júri optou pela concorrente com mais potencial - Hannah Barrett - fazendo justiça.

 

6 de novembro de 2013

Champions League: Hulk trava Porto, Arsenal ganha em Dortmund (grupo da morte ao rubro), Atlético nos oitavos

 Champions League - Nesta noite milionária ganhámos uma certeza: o grupo da morte faz jus ao nome. Arsenal, Nápoles e Dortmund prometem luta até à última gota de suor da 6.ª jornada, isto numa noite em que o Porto empatou em casa de Hulk e o Atlético Madrid festejou a sua qualificação.

Zenit 1 - 1 Porto: No jogo que se realizou mais cedo desta quarta-feira (não nos foi possível ver o jogo todo daí não elaborarmos a habitual crónica detalhada dos jogos dos grandes) o Porto deslocou-se à Rússia com o objectivo de vingar a derrota no Dragão. A equipa de Paulo Fonseca entrou melhor com Josué e Danilo bastante interventivos. Foi precisamente o lateral brasileiro a assistir Lucho para o 1.º do jogo - El Comandante marcou.. de cabeça. No entanto minutos a seguir, houve uma desatenção/ falta de comunicação imperdoável dos dragões. Ontem o Benfica adormeceu no canto de Manolas, hoje Mangala e Alex Sandro adormeceram, Hélton ainda tentou remediar a falha dos colegas mas acabou por ser o ex-portista Hulk a aproveitar. Se a 1.ª parte foi do Porto, o segundo tempo foi maioritariamente do Zenit e acabou por ficar marcado novamente por Hulk: o extremo brasileiro falhou uma grande penalidade que daria o 2-1, defendida por Hélton. Mau jogo de Otamendi e Hélton novamente a ser decisivo. O Porto mantém-se melhor fora de portas, mas caberá aos dragões cumprir frente ao Austria Viena e dar tudo em Madrid.
Barba Por Fazer do Jogo: Danilo (Porto)

Atlético Madrid 4 - 0 Austria Viena: Os adversários que se cuidem porque o Atlético de Simeone está a cimentar a sua posição como uma das melhores equipas na Europa. Com uma defesa irrepreensível e um meio-campo agressivo e intenso mas que sabe trocar a bola (é bom ver Tiago no miolo), o Atlético voltou a vencer "sem espinhas" os austríacos. O central Miranda abriu o marcador e Raul Garcia fez o 2-0 depois de um cruzamento largo de Diego Costa. O 3.º chegou ainda no final da 1.ª parte com o lateral direito Juanfran a iniciar a jogada e Filipe Luís - lateral esquerdo - a marcar. A segunda parte foi toda de Diego Costa. O avançado "espanhol" (um dos melhores na actualidade a nível de movimentações em colectivo e primeiro toque) revelou uma fome de golo gigante, falhou uma grande penalidade mas acabou por marcar o seu golo. Em 7 dos seus remates, 6 foram à baliza e Lindner esteve inspirado perante o avançado que vai ser bastante útil à Espanha, curiosamente, no Brasil. O Atlético festejou hoje a qualificação para a fase seguinte.
Barba Por Fazer do Jogo: Diego Costa (Atlético Madrid)

Dortmund 0 - 1 Arsenal: Depois de vencer o Liverpool neste fim-de-semana, o Arsenal voltou a demonstrar que esta época vai ser diferente. Num campo onde o Dortmund esta época estava 100% vitorioso, Aaron Ramsey foi decisivo. A 1.ª parte foi muito táctica mas a segunda foi repleta de emoção. Os alemães entraram fortes, determinados e a trocar bem a bola e, quando o golo parecia estar iminente, foi Ramsey a marcar do outro lado. Um pouco à imagem do que aconteceu em Londres na jornada anterior, mas em sentido inverso. O Arsenal soube sofrer e defender, manteve-se coeso, solidário (grande jogo da dupla Mertesacker-Koscielny), inteligente e as duas jornadas finais prometem e muito: Dortmund-Nápoles, Arsenal-Marselha; Nápoles-Arsenal, Marselha-Dortmund. Especificamente falando do Arsenal, o Manchester United que se cuide no domingo porque este Arsenal mostrou-se frente ao Liverpool e hoje uma equipa finalmente talhada e preparada para os grandes momentos.
Barba Por Fazer do Jogo: Aaron Ramsey (Arsenal)

Nápoles 3 - 2 Marselha: No inferno napolitano, o Marselha esteve perto de surpreender, mas acabou por ser Higuaín a fazer a diferença, apimentando uma luta a 3 até ao fim no grupo da morte. Começou melhor o Marselha que marcou por intermédio de Ayew após canto, mas o Nápoles mudou o rumo dos acontecimentos no espaço de 2 minutos. Primeiro foi Inler (um jogador subvalorizado) num bom golo à entrada da área e depois foi Gonzalo Higuaín a pôr os italianos em vantagem, num lance iniciado por uma recuperação de Inler. O jovem Thauvin voltou a empatar na 2.ª parte numa bola em que ele acreditou mais do que toda a gente e o 3-2 foi de Higuaín, a encostar um passe de Mertens.
Barba Por Fazer do Jogo: Gökhan Inler (Nápoles)

Chelsea 3 - 0 Schalke 04: Em Stamford Bridge o Chelsea repetiu a dose do jogo anterior na Alemanha. Com Eto'o na frente e Willian, Schürrle e Óscar nas suas costas, acabou por ser Hildebrand a desbloquear o jogo. Uma falha incrível do guarda-redes alemão, a pontapear a bola contra Eto'o. No 2.º período Petr Cech foi determinante ao evitar um golo de Draxler e, minuto e meio depois, Eto'o bisou com um bom remate a entrar nas malhas laterais, assistido por Willian. O resultado final foi fixado por Demba Ba (1.º golo na prova milionária) a passe de Frank Lampard - dois jogadores que Mourinho colocou em campo durante o jogo.
Barba Por Fazer do Jogo: Samuel Eto'o (Chelsea)

Basel 1 - 1 Steaua: Na Suiça houve surpresa e que até esteve bem perto de ser maior do que foi. O Basel era favorito mas desperdiçou uma boa hipótese de chegar ao 2.º lugar do grupo E. Marcou então aos 17' o Steaua - extraordinário passe de Szukala e Piovaccari, no 1 para 1 com Sommer, fuzilou. O golo da salvação chegou só no tempo de compensação, com Sio a marcar depois de um cruzamento de Stocker.
Barba Por Fazer do Jogo: Lukasz Szukala (Steaua)

Ajax 1 - 0 Celtic: O Ajax conseguiu a sua primeira vitória nesta fase de grupos 2013/ 2014 e está agora no terceiro lugar do grupo, com mais 1 ponto que o Celtic e menos um que o Milan. Lasse Schöne - que tinha marcado um excelente golo na Escócia - voltou a fazer das suas ao decidir o jogo com o seu golo, numa jogada de bom envolvimento colectivo, seguindo a tradição do Ajax.
Barba Por Fazer do Jogo: Lasse Schöne (Ajax)

Barcelona 3 - 1 AC Milan: Pouca história para contar em Barcelona. O resultado foi construído por 4 golos catalães. Lionel Messi abriu o marcador de penalty e Busquets fez de cabeça o segundo golo do jogo. Num jogo em que o Milan fez apenas 1 remate à baliza, o golo milanês surgiu num auto-golo de Piqué, com Kaká envolvido na jogada. A entrada em campo de Balotelli ainda animou ligeiramente o jogo, mas Messi sentenciou o jogo ao fazer o 3-1 final.
Barba Por Fazer do Jogo: Lionel Messi (Barcelona)

Negredo e Aguero demolem CSKA, Bayern apura-se facilmente e Real Madrid a um pequeno passo da qualificação

  Champions League - Num dia de bons jogos europeus vimos um City a demolir os russos do CSKA com Negredo e Aguero em grande destaque, um grande jogo entre Real Madrid e Juventus, algumas surpresas e ainda um grupo A sem golos e sem brilho...

Manchester City 5 - 2 CSKA: O City ganhou embalo com a goleada de 7-0 frente ao Norwich no passado fim-de-semana e hoje voltou a dar chapa 5. A dupla de avançados formada por Aguero e Negredo causou estragos e foi o argentino o primeiro a ganhar destaque marcando o primeiro golo de grande penalidade (sofrida por David Silva). Aguero não descansou e logo a seguir fez o segundo numa boa jogada individual sobre o defesa russo. Negredo ficou com inveja e pediu ao argentino para partilhar... E foi isso mesmo que aconteceu. Aguero cruzou e Negredo apenas teve que encostar a bola. Os russos reduziram ainda antes do intervalo por Doumbia a corresponder a um bom passe de Wernbloom, mas Negredo tratou de desmoralizar os adversários com novo golo. Gigante passe de Yaya a sobrevoar toda a defesa russa e Nasri tratou de servir Negredo com um passe de calcanhar no ar de primeira para o golo. Doumbia continuava a ser o mais irrequieto do lado dos russos e conseguiu mesmo arrancar um penalty de Clichy que o próprio se encarregou de marcar. O jogo não poderia terminar sem mais um golo do espanhol Negredo respondendo de cabeça a um grande centro de Milner. Tudo pareceu tão fácil...
    O City segue na segunda posição atrás do Bayern e aponta mesmo ao primeiro lugar.
Barba Por Fazer do Jogo: Alvaro Negredo (Man. City)

Plzen 0 - 1 Bayern: No outro jogo do grupo D, o Bayern encontrou no Plzen uma equipa defensiva e lutadora que adiou o golo dos bávaros o maior tempo possível. E conseguiu. Depois de uma posse de bola completamente dominadora e de inúmeras ocasiões de golo, o Bayern só chegou aos 3 pontos aos 65 minutos num brilhante cruzamento de Lahm em que Mandzukic respondeu de forma assertiva. Os checos não conseguiram impedir o domínio avassalador dos alemães e apenas criaram uma oportunidade de golo já perto do fim do jogo.
    Os pupilos de Guardiola já se apuraram para a próxima fase liderando o grupo com 12 pontos.
Barba Por Fazer do Jogo: Matúš Kozáčik (Plzen)

PSG 1 - 1 Anderlecht: O Paris Saint Germain vacilou um pouco na recepção ao Anderlecht onde apenas conseguiu um empate depois de tantas perdidas no ataque. Ibrahimovic estava em dúvida, mas acabou por jogar embora não tenha estado particularmente inspirado no que toca aos golos. Os franceses assumiram naturalmente o domínio do jogo, mas estavam a falhar bastante no último terço. O Anderlecht respondia como podia e até foi o primeiro a marcar na partida aos 68 minutos num bom remate de De Zeeuw. A felicidade dos belgas não durou muito tempo já que dois minutos depois Ibrahimovic marcou após alguma sorte nos ressaltos e até com a ajuda do poste. Aos 82 Kljestan viu o segundo amarelo complicando por completo quaisquer aspirações que a sua equipa tivesse em obter os 3 pontos.
    O Anderlecht arrancou assim o primeiro ponto na competição e o PSG adiou a sua passagem aos oitavos-de-final da prova.
Barba Por Fazer do Jogo: Cheikhou Kouyaté (Anderlecht)

Juventus 2 - 2 Real Madrid: O jogo grande desta noite europeia disputou-se entre a Juventus e o Real Madrid e correspondeu às expectativas. Bom jogo das duas equipas com o ataque de ambas a criarem um grande entusiasmo aos adeptos de futebol. O Real Madrid até começou melhor com Bale e Ronaldo a criarem dificuldades aos italianos, mas a figura foi Casillas que em dois lances negou o golo à Juventus com duas grandes defesas! O jogo mantinha-se "taco-a-taco" com ataques sucessivos das duas equipas até que o golo apareceu. Pogba foi rasteirado dentro da grande área por Varane e o árbitro não teve dúvidas em assinalar grande penalidade. Na conversão, Casillas não conseguiu evitar o remate certeiro de Vidal para o seu canto superior esquerdo. A resposta dos merengues surgiu logo a seguir num mau atraso de Caceres permitindo o contra-golpe e o consequente golo. Cristiano Ronaldo não falhou no frente a frente com Buffon. A qualidade exibicional das duas equipas manteve-se e se dum lado brilhou o poste após um remate de Xabi Alonso, do outro voltou a brilhar Iker Casillas com uma grande defesa e também Pepe que tirou uma bola na linha de golo. Bale já estava a procurar o golo há muito tempo e fê-lo mesmo. Após passe de Ronaldo, o galês fez o seu movimento preferido - flectiu da esquerda para o centro e rematou forte e colocado para o golo. A vantagem dos espanhóis também não durou muito já que Caceres se redimiu com um centro exímio para Llorente desviar de cabeça para fora do alcance do guardião espanhol.
    Um verdadeiro jogo de loucos que adiou a passagem do Real Madrid e complicou as contas da Juventus já que conta apenas com 3 pontos e situa-se na última posição do grupo.
Barba Por Fazer do Jogo: Cristiano Ronaldo (Real Madrid)

Copenhaga 1 - 0 Galatasaray: Depois do grande jogo do Grupo B tivemos uma surpresa. O Copenhaga derrotou o Galatasaray por uma bola a zero e colocou a Juventus na última posição do grupo. Esta partida disputada na Dinamarca merecia mais golos dadas as boas oportunidades que ambas as equipas dispuseram. Os dinamarqueses entraram a todo o gás e numa boa jogada que inicia no calcanhar de Braaten termina da mesma forma. Grande jogada dos jogadores da casa que terminou da melhor forma com o desvio de calcanhar de Braaten. O Galtasaray dispôs de várias oportunidades de igualar a partida, mas não conseguiu contrariar o resultado. Ficou ainda uma grande penalidade por assinalar por uma mão na grande área do Copenhaga e Bruma ainda teve um golo anulado do qual temos dúvidas quanto à boa decisão do juiz da partida.
    O grupo está relançado e apenas o Real Madrid tem uns confortáveis 10 pontos. Copenhaga e Galatasaray somam 4 pontos, enquanto que os italianos somam apenas 3 pontos.
Barba Por Fazer do Jogo: Daniel Braaten (Copenhaga)

Shakhtar 0 - 0 Bayer Leverkusen: Do Grupo A não tivemos aquilo que tanto gostamos - golos. Os dois jogos do grupo ficaram a zeros e este Shakhtar - Bayer Leverkusen também teve uma goleada de falhanços por parte dos ucranianos que por pouco não superou a do Benfica. Leno foi o homem do jogo com defesas espectaculares batendo-se bem com Roberto. Porém, ao contrário do Benfica, o Shakhtar também teve o azar do seu lado. Dario Srna atirou uma bola à barra num pontapé longínquo cruzado que daria certamente o golo da semana e quiçá de toda a prova! Leno mostrou-se pela única vez na partida batido, mas a trave olhou por ele e deu-lhe o empate que serviu certamente como uma vitória. De realçar também a pontaria dos alemães que remataram 11 vezes, 8 das quais à baliza.
    Com este empate, o Leverkusen depende apenas de si para passar aos oitavos-de-final colocando os ucranianos numa posição complicada na prova.
Barba Por Fazer do Jogo: Bernd Leno (Bayer Leverkusen)

Real Sociedad 0-0 Man. United: Para constrastar, temos um 0-0 que traduz isso mesmo - um jogo sem história. A Real Sociedad procurava pontuar pela primeira vez e tinha o factor casa a seu favor. O Manchester vem de um mau momento de forma que só não é tão acentuado pelas suas grandes individualidades. Van Persie foi o desperdiçador de serviço onde atirou uma bola ao poste quando tinha toda a baliza à sua mercê e ainda se deu ao luxo de falhar uma grande penalidade arrancada por Young atirando também ao poste esquerdo dos espanhóis.
    O Grupo A ainda pode dar muitas voltas já que o Shakhtar ainda pode surpreender o Manchester United baralhando um pouco as contas totais.
Barba Por Fazer do Jogo: Nemanja Vidic (Man. United)