9 de abril de 2012

Tenho a Barba Por Fazer e estes Filmes Deves Ver

O que é que têm em comum Jennifer Lawrence e Margarita Levieva? São giras? Também é uma resposta correcta. E sábia. Mas a resposta pretendida era: ambas vão ser referidas, uma de cada vez, nos dois filmes de hoje. Primeiro a Jennifer em "The Hunger Games", o filme que está a bater recordes de bilheteiras nos EUA, baseado nos livros de Suzanne Collins. E depois a Margarita num filme onde a personagem principal nem é ela, mas sim o Justin Chatwin (o tal que fez de Son Goku na pior coisa alguma vez relacionada com o Dragon Ball). O 2º filme é, portanto, "The Invisible". Um filme difícil de explicar sem parecer maluco ou um fã daquele programa dos espíritos da TVI onde uma apresentadora traduz o que uma mulher inglesa diz sobre mortos. Acho que é assim que aquilo funciona. E pumba, olhem só estes dois filmes a pedirem para ser vistos:

The Hunger Games

Realizador: Gary Ross
Argumento: Suzanne Collins, Gary Ross, Billy Ray
Elenco: Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Woody Harrelson, Stanley Tucci, Liam Hemsworth, Donald Sutherland
Classificação IMDb: 7.7

The Hunger Games (em português, Os Jogos da Fome) anda a bater recordes de bilheteira nos EUA. E percebe-se. A ideia, da escritora Suzanne Collins, foi boa e consequentemente bem adaptada para o grande ecrã. Resumidamente, toda a acção passa-se num futuro hipotético não muito distante e pós-apocalíptico, onde emergiu na América do Norte, Panem, uma nova nação governada por um regime totalitário a partir da metrópole (Capitol, onde vivem os mais poderosos). Panem está dividida em 12 distritos e anualmente cada distrito deve enviar dois adolescentes para participarem nos “Hunger Games” para entretenimento das massas. Os “Hunger Games”, televisionados e manipulados pelo governo, são um espectáculo sangrento no qual, entre os 24 jovens anualmente seleccionados, apenas um poderá sobreviver. Neste primeiro filme da triologia, conhecemos a personagem principal, Katniss Everdeen (interpretada por Jennifer Lawrence), que se oferece para substituir a irmã mais nova (seleccionada aleatoriamente) nos Jogos. O filme acompanha a preparação dos 24 escolhidos para os Jogos, explicando-nos um pouco sobre o funcionamento de Panem, e decorrem ainda os Jogos da Fome na sua íntegra. O filme parte de uma ideia bastante boa (“In Time”, com Justin Timberlake, por exemplo, partia duma ideia boa mas foi mal explorado) que a escritora diz ter tido ao fazer zapping na sua televisão e ter passado por um reality show e, em seguida, por cenas da Guerra no Iraque. Juntou 1+1 e teve uma ideia que concedeu um argumento cativante, com suspense, com personagens interessantes e que prende o espectador ao longo do filme e claramente para os próximos dois. Não é o filme duma vida, naturalmente mas entretém bem e, para quem se despediu recentemente de Harry Potter e ainda está à espera do Hobbit, faz sentido entreter-se com os Jogos da Fome. Conta com actores reputados como Woody Harrelson, Stanley Tucci e Donald Sutherland e, sobretudo, acrescento que Jennifer Lawrence é mais do que motivo para se ver o filme. Não pela performance como actriz, mas precisamente respeitando a expressão “ver o filme”. Pelo menos os meus olhos toleraram bastante bem a presença dela no ecrã. Aquele arco e flecha… Vejam o filme e esperem pela sequela.
The Invisible

Realizador: David S. Goyer
Argumento: Mick Davis, Christine Roum, Mats Wahl
Elenco: Justin Chatwin, Margarita Levieva, Marcia Gay Harden
Classificação IMDb: 6.1

Entrei na minha máquina do tempo e lembrei-me de sugerir um filme de 2007. “The Invisible” não se trata do Homem Invisível em que o Kevin Bacon fica… invisível, exacto... e é porco para com as mulheres. Não, “The Invisible” é um filme em que a personagem principal é Nick (Justin Chatwin), um finalista da escola secundária com capacidades académicas para preencher o sonho que a mãe dele construiu para ele, ao passo que ele apenas quer fugir e ser escritor. Depois duma confusão provocada pelo seu melhor amigo, Nick é brutalmente atacado pelo gangue de uma jovem perturbada, Annie (Margarita Levieva) e é deixado quase morto. Fica em coma, no limbo (e aqui o filme tem a sua parte poética mas cientificamente impossível) e invisível para os vivos, tornando-se um espectador de toda a investigação à sua procura, de como a mãe lidou com o seu desaparecimento inexplicado e acompanhando a responsável pelo que lhe aconteceu – Annie. Annie, a rapariga problemática, torna-se a única pessoa que o consegue ouvir (ok, isto está a soar um pouco como o Eddie McDowd, o cão que dava na TVI acho eu). O filme é interessante, o próprio filme vai convencendo uma pessoa bem melhor do que qualquer sinopse. Com algumas músicas interessantes integrando a banda sonora, o melhor momento do filme é numa discoteca, em que o invisível Nick fica tão perto e tão longe de Annie, no primeiro momento em que esta solta o cabelo no filme. Um daqueles momentos que por palavras fica bastante gay eu explicar mas que vale a pena considerando a música, a iluminação e a actriz Margarita Levieva. Ninguém vai tatuar o nome do filme do corpo, mas também ninguém morre ao vê-lo. MP

0 comentários:

Enviar um comentário