24 de novembro de 2015

UEFA anuncia os Nomeados para o 11 do Ano

A UEFA  anunciou os 40 jogadores nomeados para o melhor onze do ano de 2015. O conjunto de craques, sujeitos a votação por parte do público no site do organismo máximo do futebol europeu, divide-se em 4 guarda-redes, 12 defesas, 12 médios e 12 avançados.
    Cristiano Ronaldo é o único jogador português presente na lista, predominando jogadores do Barcelona e Juventus, finalistas da última Champions League. Da equipa blaugrana estão nomeados oito elementos - Dani Alves, Piqué, Mascherano, Rakitic, Iniesta, Neymar, Suárez e Messi -, enquanto que da Juve pode-se dizer que estão presentes 6 jogadores e meio. A Buffon, Chiellini, Bonucci, Marchisio, Pogba e Morata junta-se Vidal, agora no Bayern, mas que durante a 1.ª metade da temporada contribuiu para o excelente final de 2014/ 15 dos campeões italianos e vice-campeões europeus.
    

Podem votar naquele que entendem ter sido o Melhor 11 de 2015 em: http://pt.toty.uefa.com/
Posição a posição, estes são os 40 escolhidos:

Guarda-Redes: Gianluigi Buffon (Juventus), Joe Hart (Manchester City), Manuel Neuer (Bayern), Denys Byoko (Dnipro)

    Entre os postes, a UEFA preteriu tanto Claudio Bravo como Marc-André Ter Stegen, os dois guardiões do Barça. O facto de um ter defendido a baliza dos catalães na La Liga e o outro na Champions terá contribuído para nenhum constar por, contrariamente aos escolhidos, não terem actuado em todas as frentes. A presença de Buffon era obrigatória, Byoko foi peça importantíssima na Liga Europa do Dnipro (basta ver os seus jogos com o Nápoles), Neuer é Neuer. De resto, há que manter um critério coerente e, valorizando competições internas e não só os palcos europeus, David De Gea merecia estar no lugar de Joe Hart. Não houve guarda-redes mais espectacular e que marcou mais 2015 do que o espanhol do Manchester United. Buffon tem a vantagem de ter sido determinante tanto na Serie A como na aventura transalpina até à final da Champions; concluindo, Bravo ou De Gea deveriam figurar em vez de Hart. 


Defesas: Dani Alves (Barcelona), Leonardo Bonucci (Juventus), Giorgio Chiellini (Juventus), Thiago Silva (PSG), David Luiz (PSG), Sergio Ramos (Real Madrid), Diego Godín (Atlético Madrid), Gerard Piqué (Barcelona), Javier Mascherano (Barcelona), Jêróme Boateng (Bayern), David Alaba (Bayern), Ricardo Rodríguez (Wolfsburgo)

    Não foi um ano particularmente extraordinário para nenhum defesa. Piqué voltou ao seu nível de outrora, Boateng deu um salto há muito anunciado. Os nomeados são mais ou menos os certos mas, embora tenhamos um apreço especial por David Luiz, não faz qualquer sentido que esteja entre os escolhidos de 2015 porque jogadores como Koscielny (consistência brutal todo o ano), Otamendi (talvez o melhor defesa da última La Liga) e Pepe mereciam mais a nomeação.

Médios: Grzegorz Krychowiak (Sevilha), Ivan Rakitic (Barcelona), Claudio Marchisio (Juventus), Marco Veratti (PSG), Paul Pogba (Juventus), Andrés Iniesta (Barcelona), Arturo Vidal (Bayern), James Rodríguez (Real Madrid), Hakan Çalhanoglu (Bayer Leverkusen), Kevin De Bruyne (Manchester City), Eden Hazard (Chelsea), Yevhen Konoplyanka (Sevilha)

    Onde está Pirlo? Ninguém sabe. Onde está Busquets? Também ninguém sabe. Dois disparates por parte da UEFA, o primeiro "defendido" pelo facto do veterano italiano só ter cumprido meia época no futebol europeu, o segundo apenas incompreensível. Çalhanoglu e James Rodríguez são porventura os principais beneficiados com essas ausências porque, em condições normais, não marcariam presença. De Bruyne, Iniesta e Marchisio marcaram o ano de 2015 com um rendimento regular, mas também Pogba, Rakitic e Vidal estiveram sempre em alto nível. Justo por parte da UEFA distinguir Krychowiak e Konoplyanka, Hazard (Melhor Jogador da Premier League) teria hipóteses de figurar no 11 se não tivesse caído de forma abismal em 2015/ 16 (a queda da equipa de Mourinho terá ajudado a tirar Matic dos nomeados também), e Arturo Vidal vê-se valorizado por quem inclua no seu critério de votação a prestação ao serviço das selecções, uma vez que o chileno foi um dos principais destaques da Copa América.

Avançados: Gareth Bale (Real Madrid), Lionel Messi (Barcelona), Alexis Sánchez (Arsenal), Antoine Griezmann (Atlético Madrid), Neymar (Barcelona), Luis Suárez (Barcelona), Thomas Müller (Bayern), Robert Lewandowski (Bayern), Álvaro Morata (Juventus), Kun Agüero (Manchester City), Zlatan Ibrahimovic (PSG), Cristiano Ronaldo (Real Madrid)

    Que luxo é olhar para esta dúzia! Ainda assim, Bale ou Ibrahimovic marcam presença mais pela sua qualidade e nome do que pelo rendimento em 2015, principalmente considerando que Carlos Tévez (a ausência do argentino é a falha mais grave nestes 40 nomeados) não está, tal como Pirlo pelo facto de só ter estado na Europa meia época.
    Escolher - no máximo - 3 jogadores deste conjunto é muito difícil. A tendência será ou votar MSN (Messi, Neymar, Suárez) ou colocar Ronaldo a acompanhar dois deles; embora Lewandowski seja um monstro ofensivo, Müller um jogador habitualmente subvalorizado mas incrível, e os sul-americanos da Premier League têm contra si o facto de apenas terem entusiasmado em Inglaterra.

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