18 de novembro de 2015

Crítica: The Hunger Games: Mockingjay - Part 2

Realizador: Francis Lawrence
Argumento: Peter Craig, Danny Strong, Suzanne Collins (Livro)
Elenco: Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth, Woody Harrelson, Donald Sutherland, Julianne Moore, Philip Seymour Hoffman, Sam Caflin
Classificação IMDb: 6.6 | Metascore: 65 | RottenTomatoes: 70%
Classificação Barba Por Fazer: 68

    O Barba Por Fazer esteve ontem na Antestreia do capítulo final de The Hunger Games. A despedida de Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) chega hoje à noite às salas de cinema portuguesas, ampliando a oferta de horários no dia de amanhã.
    De repente, o mimo-gaio não canta mais. Mais um franchise de sucesso que chega ao fim, depois de 'Harry Potter' ou da passagem dos trabalhos de J. R. R. Tolkien para o grande ecrã; mas, em sintonia com a revolução de Katniss em Panem, há esperança. Em 2016 será a vez de 'Fantastic Beasts and Where to Find Them', e dentro de um mês o Natal chega mais cedo com 'Star Wars'. Para não falar do gigantesco plano que existe tanto para os filmes da Marvel como da DC. Os estúdios e produtores adoram a rentabilidade do formato franchise, portanto mais virão - o CEO da Lionsgate, Jon Feltheimer, já disse, em relação a 'The Hunger Games', que estão a ser activamente avaliadas possibilidades de uma prequela ou sequela - já que começa a ser banal fazerem-se remakes ('Memento'? A sério?) ou reboots, em vez de criar de raíz algo original.

    Voltando a Panem, 'Mockingjay - Part 1' terminara com os vencedores a serem resgatados, percebendo-se no final a lavagem cerebral de que Peeta (Josh Hutcherson) fora alvo, virando-o contra Katniss, e tornando-o violento e imprevisível. Na segunda metade da Revolta, a guerra tem a sua apoteose. Katniss deixa o Distrito 13 e integra o Esquadrão 451 - constituído também, entre outros, por Gale (Liam Hemsworth), Finnick (Sam Caflin), Cressida (Natalie Dormer), Pollux (Elden Henson) e, mais tarde, Peeta - com a missão oficial de gravar vídeos de propaganda, e missão secreta de avançar pelo Capitólio, ultrapassando múltiplas armadilhas, até tomar a mansão e assassinar o presidente Snow (Donald Sutherland).

    Embora todo o filme, especialmente o último Acto, esteja carregado pela nostalgia e emoção de uma despedida definitiva, há reparos a fazer nesta Parte 2. É invariavelmente melhor que a metade anterior (que pareceu sempre um arrastar desnecessário, com vista a um maior box office mas oferecendo um pior produto artístico), mas o segundo 'Catching Fire' acaba por ser o mais interessante dos quatro filmes.
    Desta vez, a sensação que fica é a de que a adaptação do livro para Argumento por parte de Peter Craig e Danny Strong deixa a desejar. Com 2 horas e 17 minutos, para quem leu este quarto volume de Suzanne Collins, pode-se fazer a análise de que há períodos que são explorados sem grande necessidade, retirando depois impacto e a devida cama a dois ou três momentos do filme que podiam ser muito mais marcantes, do ponto de vista emocional e gráfico. SPOILERS até ao final deste parágrafo: teria resultado este filme começar com um flashback com o que Peeta sofrera no Capitólio (não desrespeitava o livro por completo, e causava uma primeira impressão forte, puxando por Josh Hutcherson); o momento das crianças e de Primrose junto da mansão de Snow merecia ser muito mais forte; e o próprio reencontro de Katniss com Buttercup (fica apenas subentendido que andou sozinho desde o Distrito 13 até casa) é satisfatório q.b.
    A relação de Katniss com o danificado Peeta, a conversa com Snow numa estufa cheia de rosas brancas, uma seta a pôr fim a um sistema, e o reencontro de Katniss com um velho "amigo" felino são alguns dos destaques no ponto final de uma saga que soube garantir um lugar especial no Cinema e particularmente no coração de muitos fãs. 'The Hunger Games' não criou uma legião eterna como 'Harry Potter' mas será sempre visto como um marco na afirmação mediática de Jennifer Lawrence (é impossível tirar os olhos dela sempre que surge no ecrã).
    Cabelo escuro, a trança a deslizar de lado, olhos pintados, lábios carnudos, arco e flecha. Houve e haverão poucos ícones revolucionários assim.
    Verdade ou Mentira? Verdade.

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