22 de novembro de 2015

Sporting 2-1 Benfica: Lei do Mais Forte

Sporting    2 - 1    Benfica (Adrien 45', Slimani 112'; Mitroglou 6')
    Rui Vitória referiu no fim do jogo que a melhor equipa havia ficado pelo caminho. Contudo, isso não é de todo verdade. O Sporting foi a equipa que mais mostrou interesse em vencer a partida e acabou por recolher os louros perto do fim do jogo, já em prolongamento.
    Os leoninos repetiam o onze da Luz, exceptuando a troca de Teo por Montero na frente de ataque. Do lado do Benfica, Rui Vitória finalmente usou Pizzi onde mais rende (extremo) e utilizou Gaitán atrás do regressado Mitroglou. Tirando estas alterações, nada mais se alterou.
    Os leões ameaçaram logo no início com uma bola ao poste de Slimani, mas foi o Benfica - no minuto seguinte - a inaugurar o marcador. Grande abertura de Nico Gaitán para Pizzi, com o português a dominar mal, mas a deixar o esférico na perfeição para Mitroglou fazer o golo. Estava feito o primeiro para as águias, mas o jogo estava longe de sorrir para os encarnados. O Sporting voltou a apoderar-se do meio campo e voltou a agigantar-se perante um Benfica sem ideias e a jogar instintivamente (e mal). A primeira parte mostrou ainda a preocupação dos encarnados em defender bem e um Sporting a querer reagir sem grandes hipóteses face à boa organização do adversário. Jefferson ainda tentou de longe, mas encontrou pelo caminho um grande Júlio César. O mesmo Júlio que - pouco tempo depois - cometeu um grande disparate. Num lance de ressalto entre Luisão e Slimani, o internacional brasileiro decidiu sair-se de entre os postes, mas o argelino conseguiu recuperar a orientação rápido e chegou primeiro à bola cruzando-a para a área. Num primeiro instante há um corte do lado dos encarnados, mas logo de seguida Adrien surge a fuzilar e igualar a partida. Quando nada parecia prever, um lance infantil de grande parte da equipa do Benfica acaba por ditar a igualdade em tempo de descontos da primeira parte.
    Para o segundo tempo, Jorge Jesus decide tirar Montero e lançar o jovem Gelson para agitar a partida. E durante quase todo o segundo tempo vimos um intensificar daquilo que já tinha sido a primeira parte: um domínio leonino e um Benfica preocupado em não perder. Um Sporting com dificuldade em criar ideias atacantes e um Benfica parco em tudo. Não havia organização, mas sim uma equipa guiada pelo instinto. Rui Vitória viria a fazer a sua primeira (má) escolha ao retirar Pizzi e a colocar André Almeida. Pizzi que era dos poucos jogadores do Benfica com nota positiva, saía para a entrada de mais um médio com características defensivas, relegando Talisca para a direita onde nunca deu boas indicações. A partida tendia cada vez mais para a equipa de Jorge Jesus e o golo só não surgiu ao cair do pano porque Júlio César fez uma defesa monstruosa a um remate à queima roupa de Slimani.
    O prolongamento foi uma verdadeira continuidade daquilo que se passou na segunda parte com a diferença que o Sporting conseguiu fazer o golo tão esperado. Adrien rematou de longe para uma primeira grande defesa de Júlio César, mas a bola sobraria para Slimani que apenas teve que encostar. Estava sentenciada a partida e estava feita a alegria nas bancadas pelos adeptos do Sporting.

    Foi um jogo interessante, onde o Sporting mostrou muito mais futebol que na vitória dilatada da Luz para o campeonato. Foi uma equipa mais dominadora, com mais atitude e comandada por uma grande exibição de João Mário, mais uma vez... O centrocampista português foi um poço de força e levou a sua equipa às costas. Adrien também foi importante no meio campo, com uma boa exibição, embora tenha passado novamente incólume em alguns lances. Slimani foi novamente o quebra-cabeças para a defesa encarnada enquanto que do outro lado, Pizzi terá sido o mal menor dos encarnados... Daí não se compreender a opção de Rui Vitória.
    Jorge Jesus volta a vencer o actual treinador do Benfica que teima em mostrar uma equipa a jogar bom futebol e com francas dificuldades em criar jogadas de golo iminente. Ainda a relevar há a fraca leitura de jogo do actual técnico do Benfica com as opções que acabou por tomar, supostamente, para mudar o rumo do jogo. 

Resultado justo. Vencedor justo. Eliminação justa. Foi aplicada a lei do mais forte e o Sporting está na próxima fase da Taça de Portugal.


Barba Por Fazer do Jogo: 
João Mário (Sporting)
Outros Destaques: 
Adrien, Slimani; Pizzi.

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