15 de novembro de 2015

Crítica: The Stanford Prison Experiment

Realizador: Kyle Patrick Alvarez
Argumento: Tim Talbott
Elenco: Billy Crudup, Michael Angarano, Ezra Miller, Tye Sheridan, Chris Sheffield, Thomas Mann, Ki Hong Lee, Moises Arias, Brett Davern
Classificação IMDb: 6.9 | Metascore: 67 | RottenTomatoes: 83%
Classificação Barba Por Fazer: 73

Em 1971, o professor Philip Zimbardo, da universidade Stanford, na Califórnia, liderou uma experiência invulgar - converteu o Departamento de Psicologia de Stanford numa prisão, e recrutou um conjunto de jovens participantes, pagos diariamente durante as 2 semanas da experiência, dividindo os 24 candidatos seleccionados em prisioneiros e guardas.
    Depois de em 2010 'The Experiment', com Adrien Brody e Forest Whitaker, se ter baseado nesta experiência, 'The Stanford Prison Experiment' é agora o retrato fiel, assente em vários jovens actores com talento e um futuro promissor.
     Zimbardo (Billy Crudup) criou um conjunto de regras para testar a desinvidualização, e tentou intervir/ condicionar a naturalidade da experiência o menos possível, fortemente aconselhado por um antigo recluso, Jesse Fletcher (Nelsan Ellis). Aos guardas eram dados um bastão de madeira, um uniforme, óculos escuros, trabalhando por turnos; enquanto que os prisioneiros eram obrigados a vestir uma espécie de túnica, sem roupa interior, colocando collants de nylon na cabeça e sendo tratados apenas pelo seu número e nunca pelo nome.
    'The Stanford Prison Experiment' é verdadeiramente o acompanhar de uma experiência, na qual fica patente a natureza humana de alguns indivíduos, acordando o pior lado em determinadas circunstâncias. Abuso de poder por parte dos guardas e distúrbios emocionais nos prisioneiros foram algumas das consequências de um estudo que, estando projectado para duas semanas, teve que ser abortado ao fim de 6 dias.
    O lote de voluntários desta experiência em forma de filme, ou filme em forma de experiência, revela um casting bem feito. Michael Angarano, que há alguns anos era uma promessa do cinema, volta a colocar a carreira nos eixos na pele do guarda que leva o seu papel mais a sério; nos prisioneiros, condição que quase todos os voluntários diziam preferir nas entrevistas anteriores à experiência, o grande destaque chama-se Ezra Miller. O prisioneiro 8612 é quem aguenta o filme durante largos minutos, especialmente graças ao seu choque com a personagem de Angarano, e 'The Stanford Prison Experiment' é apenas mais um indicador do potencial do actor nascido em 1992. O seu papel no perturbador 'We Need to Talk About Kevin' é difícil de expulsar das nossas mentes, e desde aí tem acrescentado sempre algo quer a 'The Perks of being a Wallflower' ou, este ano, a 'Trainwreck'. É multi-facetado e em breve será The Flash no cinema, entrando também em 'Fantastic Beasts and Where To Find Them'. Fechados nas celas, lado a lado com Miller, destacam-se ainda Tye Sheridan ('Mud', 'Tree of Life', preparando-se para ser o jovem Cyclops no próximo X-Men) e o menos conhecido Chris Sheffield, a sair da sombra. Mas, sem dizer todos, ainda respondem pelo seu número Ki Hong Lee (o Minho de 'Maze Runner'), Johnny Simmons ou Thomas Mann, este último com uma cameo.
    Em conclusão, 'The Stanford Prison Experiment' é especialmente interessante por ser baseado em factos verídicos. A premissa convence quem vê o trailer, e embora o filme não seja lendário ou algo que se pareça, tem o condão de, graças às boas e convincentes interpretações desta juventude revoltada, não parecer, sequer, um filme. 

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