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Depois de uma vitória por 6-3 em Goodison Park, o Chelsea de José Mourinho recebeu o Swansea num duelo de líderes. Os swans entraram bem no jogo, com pressão alta e a imporem a sua cultura de posse (notável como tanto com Rodgers, Laudrup e agora Monk há traços identitários que não mudam) e chegaram ao golo num cruzamento de Neil Taylor que o capitão John Terry desviou para a própria baliza num auto-golo. Tal como na 1.ª jornada frente ao Burnley, a equipa de Mourinho manteve-se serena e confiante, e soube dar a volta. Através de quem? Dos suspeitos do costume, claro. Em cima do intervalo, Fábregas bateu um canto e Diego Costa cabeceou para o empate. A reviravolta ficou consumada e dilatada na 2.ª parte com Diego Costa sempre debaixo dos holofotes. Césc voltou a assistir, depois de uma boa combinação com Hazard, o avançado para o 2-1 e Costa chegou ao seu hat-trick ao aproveitar e completar de forma mortífera um remate fraco de Ramires. Loïc Rémy marcou na estreia, e Jonjo Shelvey, isolado, fez o 4-2 final. Nunca é demais dizer: este Chelsea tem tudo. Desde o começo que é o nosso favorito para chegar ao título porque tem espírito de campeão e jogadores para isso. Como prevíamos Fábregas mudou o Chelsea e, com um plantel amplo e com uma defesa que viverá dias mais sólidos, o trio Fábregas-Hazard-Costa promete. Os números não mentem e, se Fábregas leva 6 assistências em 4 jogos, Diego Costa tem 7 golos após quatro jornadas.
A surpresa da jornada foi a derrota do Liverpool em Anfield frente ao Aston Villa. Brendan Rodgers não pôde contar com Sturridge e Skrtel (lesionados), poupou Sterling e lançou Balotelli na frente, com Markovic, Lallana e Coutinho a apoiá-lo. O arranque do Liverpool foi tenebroso, num total desnorte nas bolas paradas defensivas - Senderos pouco teve que se esforçar para ganhar uma bola a Lovren, que acabou com Agbonlahor a fazer o golo do jogo (Mignolet também podia ter feito mais), e o mesmo Senderos esteve perto de dilatar a vantagem, mas falhou isolado depois de ludibriar o bloco dos reds. O dia não era do Liverpool, com total falta de inspiração, Coutinho procurou mudar o rumo dos acontecimentos, Sterling (é neste momento o jogador mais do Liverpool por isso não fazia sentido à priori poupá-lo) ainda entrou mas nem ele, Borini ou Lambert conseguiram marcar. O Aston Villa iniciava esta jornada uma sequência terrível de 5 jogos e neste caso saiu com nota bem positiva, num início absolutamente surpreendente (10 pontos em 12 possíveis, e apenas 1 golo sofrido em 4 jornadas). Nota: este jogo foi o exemplo perfeito da falta que Luis Suárez faz.
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O Everton conseguiu a 1.ª vitória da época ao derrotar o WBA fora, por 2-0. Romelu Lukaku inaugurou o marcador numa casa onde fez a sua primeira grande época da carreira, e outro belga - Kevin Mirallas - fechou as contas num remate em que Ben Foster foi mal batido.
O Sunderland 2-2 Tottenham arrancou a todo o gás (Chadli marcou aos 2' e Adam Johnson e os seus pézinhos talharam caminho para o empate aos 4 minutos). Eriksen ainda voltou a pôr os spurs na frente mas o peito de Harry Kane ditou um auto-golo e um empate como resultado final. Por fim, o Leicester ganhou em casa do Stoke (atenção a Ulloa, que já soma 3 golos em 4 jogos) e o jogo entre Crystal Palace e Burnley terminou como começou, um 0-0 no qual Speroni foi determinante ao defender uma grande penalidade.
Esta jornada da Premier League tem amanhã um Manchester United-QPR, no qual o ex-red devil Rio Ferdinand poderá ver-se contra os reforços estreantes Falcao, Blind e Rojo. Na segunda-feira há Hull-W.Ham a fechar a ronda. Até amanhã!