Balanço Final - Liga NOS 18/ 19
A análise detalhada ao campeonato em que houve um antes e um depois de Bruno Lage. Em 2018/ 2019 houve Reconquista.
Prémios BPF Liga NOS 2018/ 19
Portugal viu um médio carregar sozinho o Sporting, assistiu ao nascer de um prodígio, ao renascer de um suiço, sagrando-se campeão quem teve um maestro e um velocista.
Balanço Final - Premier League 18/ 19
Na melhor Liga do mundo, foram 98 contra 97 pontos. Entre citizens e reds, entre Bernardo Silva e van Dijk, ninguém merecia perder.
Os Filmes mais Aguardados de 2019
Em 2019, Scorsese reúne a velha guarda toda, Brad Pitt será duplo de Leonardo DiCaprio, Greta Gerwig comanda um elenco feminino de luxo, Waititi será Hitler, e Joaquin Phoenix enlouquecerá debaixo da maquilhagem já usada por Nicholson ou Ledger.
21 Novas Séries a Não Perder em 2019
Renasce The Twilight Zone, Ryan Murphy muda-se para a Netflix, o Disney+ arranca com uma série Star Wars e há ainda projectos de topo na HBO e no FX.
13 de setembro de 2014
Arsenal 2-2 Man. City: Caminho aberto para os rivais
12 de setembro de 2014
Dicas Fantasy Premier League - Jornada 4

Olhando para a jornada anterior, Nathan Dyer foi quem mais pontuou graças ao seu bis, magnificamente bem servido por Gylfi Sigurdsson, diante do WBA. Schneiderlin conseguiu uma jornada invulgar, bisando também, Alberto Moreno esteve em todo o lado e marcou em casa do Tottenham (jogo no qual Raheem Sterling e Gerrard também marcaram e brilharam). De resto, para além de Weimann, coube ao Chelsea - no frenético e único 3-6 em casa do Everton - roubar as restantes atenções com o que Diego Costa, Matic e Ramires conseguiram em Goodison Park.
(Podem-se juntar à Liga Barba Por Fazer: Código - 2019364-449247)

Super Mario ou Mad Mario é o primeiro candidato que hoje apresentamos. É importante perceber previamente que Raheem Sterling (8.7) deve ser entendido neste momento como A opção indiscutível do Liverpool. É sempre um perigo com a bola nos pés, quer no centro quer caia no flanco e podem esperar que durante este ano e os próximos não pare de evoluir mais e mais. A lesão de Sturridge deixa, no entanto, espaço para Balotelli ter destaque. O avançado italiano vai fazer o seu primeiro jogo em Anfield, com as cores dos reds, e o eminente 4-3-3 (com Sterling e Lallana/ Markovic perto do imprevisível italiano) joga a seu favor. Para quem queira apostar na defesa do Liverpool, Alberto Moreno (5.5) e Dejan Lovren (5.5) são claramente 2 boas opções, e depois de um início de calendário de dificuldade média-alta, o Liverpool pode agora respirar durante algumas jornadas, somar bons resultados e algumas clean sheets. De resto, Gerrard é sempre Gerrard, e Lallana e Markovic não os sugerimos porque só um deverá ser titular e não é certo qual.

Na jornada anterior, na estreia de Di María frente ao Burnley, não o sugerimos. Não o fizemos porque não era certo que jogasse logo, e queríamos ainda ver que posição ocuparia (acabou por jogar a médio-centro). Avizinha-se a estreia de angelito no "teatro dos sonhos" Old Trafford e pode-se esperar que o argentino brilhe. Ficou na retina de qualquer adepto a brutal exibição no Argentina-Alemanha em que Di María somou 3 assistências e 1 golo, e jogue onde jogar Old Trafford vai delirar com o talento do seu novo 7. Este M.United-QPR servirá também para perceber em que esquema e em que jogadores aposta van Gaal, e só por isso não colocamos aqui Radamel Falcao (11.0) como grande destaque. O treinador holandês poderá eventualmente manter o seu 3-4-1-2, com Falcao e van Persie na frente, recuando Rooney e sacrificando Mata, mas a melhor opção actual talvez fosse explorar um 4-4-2 losango ou um 4-4-2 clássico, pelo menos neste jogo, tendo Di María e Januzaj nos flancos, Rooney e Falcao na frente, e "dando banco" a um RVP fora de forma.

Sim, ele é caríssimo. Mas sejamos francos, todos sabemos que o Chelsea tem a melhor defesa da Premier League e é impossível ficar indiferente à dinâmica actual dos londrinos, que origina enorme liberdade para Ivanovic subir pelo flanco direito, apoiando o ataque e conseguindo assistências e/ ou golos. O sérvio é uma excelente aposta, até porque permite trocá-lo depois por Seamus Coleman na 8.ª jornada, e o calendário do Chelsea mantém-se bastante favorável nas próximas 4 jornadas. Ofensivamente os olhares vão sempre cair no mesmo trio. Não tem nada que saber: Diego Costa (10.7), Césc Fábregas (9.3) e Eden Hazard (10.0). O Swansea poderá tentar dificultar a vida do Chelsea, mas os blues são claros favoritos e apresentam neste momento uma intensidade, entrosamento e confiança incríveis.

Ano após ano o Stoke é uma garantia defensiva. Asmir Begovic e Ryan Shawcross são sempre os porta-estandartes de uma das defesas mais sólidas do campeonato inglês. Sobretudo em casa. A nossa sugestão da jornada é o lateral-esquerdo Erik Pieters. O ex-PSV está na sua segunda época em Inglaterra, é um lateral que sobe bastante (perfil semelhante ao de Janmaat, no Newcastle e no flanco oposto) e depois da surpreendente vitória em casa do Manchester City, o Stoke estará com a moral em alta. Ainda assim, cuidado com o Leicester, que depois de um começo bem complicado mas no qual demonstrou qualidade para ombrear com os grandes (já roubou pontos a Everton e Arsenal), chega agora a um período em que poderá fazer mais pontos.

Zaha está de volta a Selhurst Park! O extremo, emprestado pelo Manchester United (onde nunca exibiu qualidade), deu um passo atrás voltando às origens e a aura que conseguiu ao serviço do Palace vai provavelmente ressuscitar. Em casa do Newcastle, Warnock lançou-o e ele marcou o golo final ditando o 3-3, mas esta jornada - na recepção ao Burnley - tudo indica que será titular. Zaha tem esta temporada a oportunidade de "baixar a crista" e a irreverência do extremo inglês deve-o fazer ser uma boa opção de fantasy com bons momentos de futebol.
11 de setembro de 2014
ÚLTIMA HORA: Paulo Bento deixa Selecção Nacional
O técnico português Paulo Bento terminou o vínculo contratual conjuntamente com a Federação Portuguesa de Futebol (FPF). A complicada qualificação para o Mundial, a má prestação no mesmo e agora a derrota imperdoável contra a Albânia ditaram a saída do técnico.
A Federação admite estar a trabalhar no substituto de Paulo Bento onde Fernando Santos e Vitor Pereira surgem como possíveis nomes na imprensa portuguesa.
Aqui fica o comunicado da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) na íntegra:
«A Federação Portuguesa de Futebol comunica que hoje, 11 de setembro, termina o vínculo contratual de Paulo Bento com a FPF e ao serviço das Seleções.
Esta foi uma decisão tomada conjuntamente entre a Direção da FPF e Paulo Bento.
Agradecemos tudo o que Paulo Bento fez pela nossa Seleção, nomeadamente pelo apuramento de Portugal para o EURO 2012 e para o Mundial 2014.
A FPF já esta a trabalhar numa solução estruturada para dirigir as nossas Seleções e que será conhecida em breve.
Mais uma vez obrigado ao treinador Paulo Bento.»
1 de setembro de 2014
Benfica 1-1 Sporting: Artur resolve


Barba Por Fazer do Jogo: Eliseu (Benfica)
31 de agosto de 2014
Tottenham 0-3 Liverpool: Diabos à solta em White Hart Lane!
Depois do desaire frente ao Manchester City, o Liverpool tinha mais uma saída complicada ao deslocar-se até White Hart Lane para defrontar os Spurs. Contudo, Brendan Rodgers tornou tudo mais fácil e acabou por garantir facilmente a vitória perante a equipa muito bem liderada - até ao momento - por Mauricio Pochettino. Rodgers lançou de início Mario Balotelli - que entrou muito depois das três equipas deixando a sua marca - e juntamente com Sturridge e Sterling formaram três setas apontadas à baliza.
O segundo tempo começou como o primeiro - com um golo. Eric Dier - que até então tinha tido prestações brilhantes nos Spurs - cometeu uma grande penalidade sobre Joe Allen numa infantilidade do ex-jogador leonino. O jovem inglês agarrou o galês dentro da área impedindo-o de progredir. Chamado para a conversão, o capitão Steven Gerrard não vacilou. Pochettino fartou-se e acabou por lançar Dembélé e Townsend em detrimento de Bentaleb e Eriksen. Contudo, as mexidas não correram bem. Pouco depois de ter entrado, Townsend perdeu a bola para Alberto Moreno - irrepreensível defensivamente(!) - e o lateral espanhol disparou desde o seu meio campo até à área parando apenas para rematar para o 3º golo do jogo. Enorme arrancada do espanhol ex-Sevilha a colocar a cereja no topo do bolo com um tento. Sturridge bem tentava deixar a sua marca no jogo, mas a verdade é que isso não aconteceu. Numa das suas movimentações da direita para o centro, atirou forte, mas Lloris sacudiu para canto. Sturridge esteve sempre irrepreensível no ataque, mas a verdade é que - desta vez - o golo não caiu aos seus pés. Menos interventivo no jogo do que é costume, mas sempre uma constante dor de rins para os defensores adversários. Com uma vantagem tão confortável, o Liverpool acabou por entregar a bola ao adversário e gerir o jogo até ao apito final. O Tottenham não tinha ideias e - tirando uma grande penalidade não assinalada nos descontos - não teve qualquer momento atacante de relevo.
Raheem Sterling esteve endiabrado todo o jogo incutindo muita velocidade no ataque dos Reds que - derivado à falta de velocidade dos defesas do Tottenham - acabou por fazer muita mossa. Destaque ainda para as exibições magníficas de Alberto Moreno e de Steven Gerrard e ainda para a não menos boa exibição de Daniel Sturridge - outra constante dor de cabeça dos Spurs. Do outro lado apenas Bentaleb esteve a um nível bom, mas Pochettino decidiu tirá-lo muito cedo no jogo. Brendan Rodgers foi o grande vencedor ao ler o jogo de maneira exímia frente a um Mauricio Pochettino sem quaisquer argumentos.
Barba Por Fazer do Jogo: Raheem Sterling (Liverpool)
Outros Destaques: A. Moreno, Gerrard, Sturridge.
Resumo e Golos: (Link TVGOLO)
30 de agosto de 2014
Everton 3-6 Chelsea: Jogo do Ano?


Barba Por Fazer do Jogo: Diego Costa (Chelsea)
Diouf derrota Manchester City, van Gaal não sabe ganhar e Swansea só sabe ganhar


Etihad foi palco da maior surpresa da jornada. Depois de uma exibição implacável frente ao Liverpool, o Manchester City desiludiu durante largos minutos e foi surpreendido numa cavalgada imparável de um jogador que esteve em tempos no Manchester United. Contra o City, Mark Hughes (antigo técnico da equipa azul celeste de Manchester) preparou bem o jogo, colocando uma equipa muito mais equilibrada do que nos últimos 2 jogos, tendo em conta o poderio ofensivo do adversário de hoje. A equipa da casa teve sempre muita bola mas faltou criatividade e imaginação para furar a defesa do Stoke, magnificamente comandada por Shawcross, e a dupla Jovetic-Agüero não conseguiu fazer a diferença. Na 1.ª parte ficou uma grande penalidade por assinalar sobre Diouf (falta de Kolarov) mas acabaria por ser precisamente o jogador senegalês a traçar o destino do jogo - depois de um alívio de Pieters na sua área, Diouf correu, correu e correu, tirou da frente quem lhe apareceu no seu caminho e rematou para o chocante 0-1, com Hart também mal na fotografia. Foi a primeira escorregadela do City, que pouco ou nada vacila normalmente em sua casa, e recordamos que após a interrupção do campeonato haverá Arsenal-M.City.


Garganta Afinada. Top 20 ( nº 98 )
2. Marisa Liz e Luís Sequeira - Rosa Sangue
3. Family of the Year - Hero
4. Valete feat. Jimmy P - Os Melhores Anos (Stereossauro Mashup)
5. Skills & The Bunny Crew - A Minha Vida Num Poema
6. Trêsporcento - Veludo
7. Hayden Calnin - For My Help
8. Sensi feat. NBC - Identidade
9. Daniela Andrade - Crazy
10. 5-30 - Vício
11. M83 - Too Late
12. The StoneWolf Band - My Ukelele
13. UTTER feat. Noiserv - You Draw A Line Between
14. Sea Wolf - Whirlpool
15. Memoria de Peixe - Fishtank
16. Milky Chance - Feathery
17. Bastille - Oblivion
18. Nice Weather For Ducks - Little Jodie
19. Tiago Bettencourt - Morena
20. Boca Doce - A Paixão
29 de agosto de 2014
Convocados Portugal: Adrien, Pedro Tiba, Vezo, Ricardo Horta e Bruma chamados


Os convocados foram então:
Guarda-Redes: Rui Patrício (Sporting), Anthony Lopes (Lyon), Eduardo (Dínamo Zagreb);
Defesas: André Almeida (Benfica), João Pereira (Valência), Rúben Vezo (Valência), Pepe (Real Madrid), Neto (Zenit), Ricardo Costa (Al-Sailiya), Fábio Coentrão (Real Madrid), Antunes (Málaga);
Médios: Adrien (Sporting), William Carvalho (Sporting), Pedro Tiba (Braga), André Gomes (Valência), Miguel Veloso (Dínamo Kiev), Raul Meireles (Fenerbahçe), João Moutinho (Mónaco);
Avançados: Ivan Cavaleiro (Deportivo), Nani (Sporting), Bruma (Galatasaray), Vieirinha (Wolfsburgo), Ricardo Horta (Málaga), Éder (Braga)
28 de agosto de 2014
Dicas Fantasy Premier League - Jornada 3



Zarate é uma aposta de risco e que poderá só fazer sentido eventualmente para jogadores que utilizem o wildcard após a 3.ª jornada, aproveitando para "arrumar" a sua equipa após o fecho de mercado e depois de já conhecerem bem as equipas nestas primeiras jornadas. Contra o Southampton, o West Ham poderá voltar a fazer um bom jogo e, caso Enner Valencia não seja titular pela 1.ª vez (quando o equatoriano ganhar a titularidade vai ser uma opção muito interessante), Zarate é um jogador a considerar. Um jogador de técnica pura e que vai complicar a vida à defesa dos saints. Talvez acabe por jogar nas costas de Carlton Cole, mas a seu tempo a dupla Zarate-Valencia, quando afinada, pode valer golos e espectáculo.

O Fantasy é um jogo em que se deve privilegiar as apostas seguras, mas uma pitada de risco não faz mal a ninguém. Siem de Jong não pôde jogar a 1.ª jornada por estar lesionado, na 2.ª só entrou no decorrer da segunda parte, mas à 3.ª pode ser de vez. Depois de uma boa pré-época, o holandês tem no Crystal Palace (com novo treinador, Neil Warnock) a presa perfeita para conseguir o seu primeiro bom jogo pelos magpies. Tudo indica que jogará a 10 atrás de Emmanuel Rivière (7.0), com Sissoko e Rémy Cabella (7.5) nas alas. Os livres directos vão ser dele, e os penalties ou serão de Cabella ou dele. Siem de Jong é craque, e esta Premier League vai prová-lo. Veremos se começa já neste fim-de-semana.

Os primeiros dois jogos de Alexis foram francamente inferiores ao que todos esperávamos. Com o Crystal Palace só conseguiu ter impacto na assistência de livre para Koscielny, e contra o Everton foi retirado de campo aos 45'. Vários jogadores de Fantasy desataram a tirar Alexis das suas equipas mas para esta jornada conservá-lo pode ser bom, até pelo facto de agora ser um jogador que menos gente tem. Foi decisivo durante a semana ao marcar o golo que colocou o Arsenal na Champions, e isso pode tê-lo motivado, retirando-lhe algum peso dos ombros. Contra o Leicester - num jogo que será certamente aberto e que deverá ter golos de ambos os lados - Alexis deve jogar na frente e é bem possível que tenha a sua exibição mais fresca e endiabrada até agora. Claro está que: Aaron Ramsey (9.1) continua a ser a opção número 1 do Arsenal, e ainda por cima estará fisicamente bem depois de não ter jogado com o Besiktas; o preço de Alexis é demasiado elevado para se continuar a arriscar nele a curto/médio-prazo caso continue a não garantir retorno, e Hazard e Di María são opções excelentes, e mais baratas.

O início de campeonato do Swansea previa-se positivo, mas está a ser ainda melhor graças à inesperada vitória em Old Trafford, que ajudou a subir os índices de confiança dos swans. Esta jornada, o Swansea recebe o WBA e para além de Gylfi Sigurdsson (6.4), que só não o destacamos por o termos feito na jornada passada, há vários elementos ofensivos que podem fazer algo - casos de Nathan Dyer (5.5) e Wilfried Bony (8.5). No entanto, e para colocar algum defesa nesta lista, a escolha desta semana recaiu no central e capitão Ashley Williams. O patrão da defesa do Swansea tem-se exibido ao nível monstruoso que nos habituou, dando o peito às balas e inspirando a equipa, garantindo a sua segurança defensiva. Com os seus desempenhos na retaguarda é sempre candidato a bonus caso a equipa não sofra golos - na última jornada, por exemplo, o Swansea ganhou por 1-0 ao Burnley e o bonus 3 ficou para ele.
Sorteio Champions: Benfica com equilíbrio, Sporting com Mourinho e Porto com viagens difíceis


A tarde serviu também para premiar Cristiano Ronaldo como o Jogador do Ano da UEFA, um prémio individual que Ronaldo ainda não tinha e que fez por merecer - para além dos históricos 17 golos na última Champions, foi peça-chave no sucesso do Real Madrid (campeão europeu 13/ 14) e juntou a isso golos, muitos golos. Foi evidente que na selecção no Top final o Mundial teve peso, mas na hora de eleger o vencedor, pode-se dizer que houve justiça.
Grupo B - Real Madrid, Basel, Liverpool, Ludogorets
Grupo C - Benfica, Zenit, Leverkusen, Mónaco
Grupo F - Barcelona, PSG, Ajax, APOEL
Grupo H - Porto, Shakhtar, Athletic Bilbao, BATE Borisov
26 de agosto de 2014
Vencedores Emmys 2014: a última noite de Breaking Bad
Pois bem, nesta madrugada foram distinguidas séries, actores e actrizes que nos entretiveram. A noite foi, claramente, para 'Breaking Bad' na última vez que a série de Vince Gilligan estava presente nos Emmys.
Walter White, Jesse Pinkman, Skyler White e a própria série em si viram todos o seu trabalho reconhecido, numa noite em que 'True Detective' acabou por ser um dos grandes derrotados (muito provavelmente acabou por correr mal a ousada e inesperada candidatura enquanto série dramática e não mini-série), enquanto que 'Fargo' talvez esperasse mais uma ou duas vitórias. 'Modern Family', tal como 'Breaking Bad', manteve-se de 2013 para cá enquanto a melhor série na sua categoria e a actriz Allison Janney subiu ao palco duas vezes, tanto no drama como na comédia.
A sempre demasiado fugaz mas intensa 'Sherlock' (que nos deixa sempre a desesperar por mais uns episódios) acabou por ganhar quando poucos esperavam mas, meus caros Watson's, vamos lá então perceber quem ganhou o quê:
Em 2013, Vince Gilligan referiu a honra que era ser ver a sua série distinguida numa época dourada para a televisão. Passado um ano, e porque 'Breaking Bad' nos disse adeus em Setembro de 2013, os Emmys fizeram justiça e deixaram Walter White e Jesse Pinkman saírem pela porta grande. A melhor série de sempre para o Barba Por Fazer mostrou uma coesão e lógica não mais vista em nenhuma outra série, não havendo nada a mais durante o período de 5 temporadas e com um duo inesquecível e marcante. 'House of Cards' manteve o nível, 'Game of Thrones' teve Tyrion Lannister em destaque, mas era 'True Detective' o único capaz de tentar ombrear. Em qualquer outro ano, a série de Nic Pizzolatto com Matthew McConaughey e Woody Harrelson ganharia, mas teve o azar de se iniciar no ano final de uma saga que ninguém esquecerá.
Acabou por voltar a ganhar 'Modern Family', ficando aquele sabor agridoce na boca de 'Veep' e 'The Big Bang Theory'. Embora não seja a tradicional comédia pura, mas faça sentido introduzir-se nesta categoria, 'Orange is the New Black' podia ter subido ao palco.
+ American Horror Story, Luther, The White Queen, Bonnie and Clyde, Treme
No momento em que 'True Detective' assumiu a sua candidatura como série dramática, 'Fargo' esfregou as mãos. A brilhante mini-série criada por Noah Hawley, com base no filme dos irmãos Cohen, foi uma das boas coisas que aconteceu em termos televisivos no último ano e está efectivamente bastantes furos acima de qualquer outro dos nomeados.
Rust Cohle perdeu para Walter White. Matthew McConaughey era o favorito esperado e, depois da personagem em 'True Detective' o ter ajudado e muito indirectamente a conseguir um óscar, tudo parecia encaminhar-se para nova noite dourada. O problema, tal como na série dramática, foi existir Breaking Bad. Ficando-se na piscina dos pequenos (as mini-séries) 'True Detective' e Matthew McConaughey teriam limpo o que queriam. Vejamos: Walter White (personagem de Bryan Cranston), Rust Cohle (Matthew McConaughey), Frank Underwood (Kevin Spacey), Don Draper (Jon Hamm), e depois num nível abaixo Marty Hart (Woody Harrelson) e Will McAvoy (Jeff Daniels). Seis grandes actores, seis grandes personagens, mas a viagem de 2 anos na vida de Walter White só podia acabar em glória máxima. Cranston chegou ao palco e disse Even I thought about voting for Matthew.
Num ano forte, Margulies ganhou embora Claire Danes já se saiba que é uma cliente da casa e Lizzy Caplan também tinha algumas aspirações. Ainda assim, Robin Wright expôs-se muito mais na 2.ª temporada de 'House of Cards' e a sua personagem - Claire Underwood - fortaleceu-se e complexificou-se. Podia ter ganho ela.
Se a nível de actor principal o duelo era Cranston vs McConaughey, neste caso era claramente Aaron Paul vs Peter Dinklage. Com os restantes 4 candidatos a anos-luz do que Jesse Pinkman e Tyrion Lannister alcançaram, as dúvidas entre eles eram muitas. Não só por serem duas personagens brutais, das melhores que a televisão já teve, mas sobretudo porque esta temporada de 'Game of Thrones' foi A temporada de Tyrion. No entanto, acabou por ser Jesse Pinkman a poder gritar "yeah, bitch!" depois de uma última temporada em desespero e solidão. O que Tyrion foi na quarta temporada de 'Game of Thrones' só valoriza o adeus final a Pinkman. Aaron Paul agradeceu no seu discurso a Vince Gilligan e referiu ter saudades de Jesse Pinkman. Todos temos.
Seguindo na onda 'Breaking Bad', Anna Gunn, na qualidade de Skyler White, também arrecadou um prémio. Já no ano passado tinha vencido (curiosamente em 2013 Cranston e Paul não ganharam, perdendo para Jeff Daniels e Bobby Cannavale, respectivamente). Fica bem entregue, embora Lena Headey se deva ter ficado a contorcer um bocadinho.
Teria sido bom ver Reg E. Cathey distinguido.
Allison Janney ganhou não só aqui como na qualidade de melhor actriz secundária (comédia). Noite em cheio para a actriz de 'Masters of Sex' e 'Mom', impedindo que Diana Rigg ou Jane Fonda ganhassem neste caso.
Sheldon Cooper, o momento foi teu.
Era um grupo forte em termos de comédia, mas a antiga actriz de Seinfeld acabou por arrebatar a concorrência.
Ty Burell foi o vencedor numa categoria pautada pelo equilíbrio - Adam Driver ainda tem um longo caminho na sua carreira e Star Wars poderá ser a rampa de lançamento; Jesse Tyler Ferguson também podia ter ganho, bem como Tony Hale, e não seria nada descabido atribuir a vitória a Andre Braugher, pelo seu Captain Ray Holt.
A vitória assentava, claramente, melhor a Kate Mulgrew, a russa "Red" em 'Orange is the New Black'.
Novamente uma categoria equilibrada mas ganhou o homem que tem hoje em dia o seu The Tonight Show.
O elenco de 'Orange is the New Black' pode festejar o facto da personagem Crazy Eyes ter ganho, numa categoria em que outras 2 actrizes da série constavam. Faria mais sentido que em vez de Laverne Cox e Natasha Lyonne estivessem, por exemplo, Lorraine Toussaint ou Danielle Brooks, que interpretam Vee e Taystee na prisão feminina.
Ora cá está aquilo que Matthew McConaughey podia ter ganho. Quando 'True Detective' deu o salto por iniciativa própria, cogitou-se que a vitória devia ficar entregue a 1 de 3 homens: Billy Bob Thornton, Mark Ruffalo ou Martin Freeman. O problema é que estes Emmys não estavam propriamente virados para o 'The Normal Heart' de Ryan Murphy, e embora 'Fargo' tenha sido a melhor mini-série, a nível de interpretações 'Sherlock' ganhou o que tinha a ganhar, e Benedict Cumberbatch ganhou onde não se esperava. Este Sherlock Holmes é incrível mas se calhar ficaria melhor se Billy Bob Thornton ou Martin Freeman tivessem ganho aqui.
Só podia ser ela. A figura de proa de American Horror Story, actriz brilhante e camaleónica, ganhou. E só a "filha" Sarah Paulson lhe poderia ter estragado a festa.
Contagem: 4 actores de 'The Normal Heart', 1 actor de 'Fargo' e 1 actor de 'Sherlock'. Quem ganha? Não é 'The Normal Heart'. Martin Freeman, o hobbit que fez claramente mais com o seu Lester Nygaard em 'Fargo' do que desta feita com Dr. John Watson, ganhou. Mas compreende-se que tenha ganho nesta categoria. Na realidade ele e Colin Hanks eram os candidatos mais fortes. Apenas fica demonstrado que a concorrência aqui era muito menos apertada do que como actor principal de mini-série (onde havia Ruffalo, os seus colegas Cumberbatch e Billy Bob Thornton, e 2 brilhantes actores como Idris Elba e Chiwetel Ejiofor).
Em termos de mini-séries, este conjunto só perdia para o conjunto de candidatos a melhor actor. Enquanto que Jessica Lange podia passear enquanto actriz principal, como actriz secundária a competição era bem mais feroz. Entre Kathy Bates e Angela Bassett era difícil desempatar, mas talvez merecesse mais Bates, de facto. Só que ainda havia Julia Roberts, a incontornável Ellen Burstyn e a novata Allison Tolman. Difícil, mas era bom haver uma surpresa e ganhar Tolman. Não foi o que aconteceu.
'True Detective' teve a sua vitória, e uma vitória que toda a gente esperava que fosse parar às mãos de Fukunaga. O jovem realizador, a quem Nic Pizzolatto confiou o seu projecto, foi um dos principais obreiros pelo sucesso da série de 8 episódios. Já se sabe que Fukunaga não voltará a ser o realizador exclusivo que foi na 1.ª temporada, e isso poderá fazer a diferença, embora já se diga que o argumento da segunda temporada é melhor. Veremos quem são os actores... Depois de Brad Pitt e muitos outros nomes, actualmente os nomes que têm sido falados são Colin Farrell, Elisabeth Moss, Taylor Kitsch, Vince Vaughn e Michelle Forbes.
Fukunaga tinha logo à priori a vantagem de ter realizado a série inteira, contrariamente a por exemplo Neil Marshall ou Carl Franklin que realizaram 1 episódio na temporada, e Vince Gilligan que de vez em quando fazia uma perninha e realizava também. Para contextualizar, Fukunaga foi nomeado pelo 4.º episódio de 'True Detective' (que é quando o nível explode para outro patamar); Carl Franklin pelo primeiro episódio desta temporada de 'House of Cards', Gilligan pelo derradeiro Felina em 'Breaking Bad' e Neil Marshall concorria com o episódio 'The Watchers on the Wall', que transpirava Senhor dos Anéis por todo o lado. E isto é nitidamente um grande elogio.
Vitória justa, até porque havia melhores episódios (e realizadores, comparativamente a Jodie Foster) de 'Orange is the New Black'.
Tanto Colin Bucksey como Adam Bernstein podiam ganhar. 'Fargo', portanto.
O conjunto de episódios foi bem seleccionado, consoante a sua escrita, embora relativamente a 'Game of Thrones' tivesse havido 2 episódios que mereciam mais constar do que o último. 'Chapter 14' é 'House of Cards' no seu estado mais puro, 'The Secret Fate of All Life' é Rust Cohle a brilhar, 'Felina' é Breaking Bad a acabar mas 'Ozymandias' é um turbilhão de emoções. Não tem as pontas soltas a serem todas tratadas como em 'Felina' mas é um dos melhores episódios das 5 temporadas.
Podia-se decidir com um-do-li-tá entre Sherlock e o primeiro episódio de Fargo.
Podem ver os vencedores das restantes categorias Aqui.
E este foi o tributo a Robin Williams, através de Billy Crystal: