Balanço Final - Liga NOS 18/ 19

A análise detalhada ao campeonato em que houve um antes e um depois de Bruno Lage. Em 2018/ 2019 houve Reconquista.

Prémios BPF Liga NOS 2018/ 19

Portugal viu um médio carregar sozinho o Sporting, assistiu ao nascer de um prodígio, ao renascer de um suiço, sagrando-se campeão quem teve um maestro e um velocista.

Balanço Final - Premier League 18/ 19

Na melhor Liga do mundo, foram 98 contra 97 pontos. Entre citizens e reds, entre Bernardo Silva e van Dijk, ninguém merecia perder.

Os Filmes mais Aguardados de 2019

Em 2019, Scorsese reúne a velha guarda toda, Brad Pitt será duplo de Leonardo DiCaprio, Greta Gerwig comanda um elenco feminino de luxo, Waititi será Hitler, e Joaquin Phoenix enlouquecerá debaixo da maquilhagem já usada por Nicholson ou Ledger.

21 Novas Séries a Não Perder em 2019

Renasce The Twilight Zone, Ryan Murphy muda-se para a Netflix, o Disney+ arranca com uma série Star Wars e há ainda projectos de topo na HBO e no FX.

14 de junho de 2024

Euro 2024: Previsão Grupo F

O Euro 2024 começa hoje e nós terminamos uma sequência de seis artigos de análise detalhada a cada um dos grupos da competição. Neles, pretendemos realizar uma sumária retrospetiva do apuramento de cada seleção, identificando forças e fraquezas, esquematizando como deve jogar cada equipa, até que fase imaginamos que chegue e que jogadores devem ser tidos em conta.

    Tal como no Euro 2016 e no Euro 2020, Portugal está no Grupo F. A nossa Seleção, uma das 4 mais fortes quando considerada apenas a qualidade individual ao dispor dos selecionadores, chega à Alemanha com o sonho vivo de chegar longe, mas com futebol de gente grande e não com aquela pobreza franciscana que, sob o mote de conseguir não ser pior do que os outros, nos fez campeões europeus há oito anos atrás.
    Roberto Martínez foi o escolhido pela FPF para substituir Fernando Santos, e esperava-se que o espanhol marcasse pela diferença. No entanto, a seleção das Quinas chega a este Europeu com 20 (em 26) jogadores que marcaram presença no Qatar, o que comprova que a principal ousadia de Martínez esteve mesmo na tentativa de falar um bom português.
    Portugal foi avassalador na qualificação: 30 pontos em 30 possíveis, média de 3,6 golos por jogo e apenas dois golos sofridos. No entanto, ao longo do tempo foi ficando a dúvida se não estaria Portugal a enganar-se a si próprio, destruindo a seu bel-prazer adversários fracos para depois chegar ao Euro e claudicar ao enfrentar um teste a sério, coisa que, convenhamos, só deverá acontecer na fase a eliminar. Nesse sentido, as derrotas recentes contra a Eslovénia e sobretudo contra a Croácia terão sido positivas: Portugal não vive mais uma fantasia, e sabe que na realidade se quiser chegar onde tem obrigação (meias-finais) terá que correr, e nenhum jogador se pode esconder.
    Cristiano Ronaldo (39 anos, melhor marcador de sempre em fases finais de europeus, a realizar o seu sexto Campeonato da Europa) voltará a ser tema de conversa, para o bem ou para o mal, e a gestão do capitão português, que chega à Alemanha em muito melhores condições anímicas do que chegou ao Qatar, será ponto-chave no trabalho de Martínez. É indiscutível a qualidade ao dispor do técnico, e a convocatória nem merece grande contestação (a ausência de Matheus Nunes era incompreensível, mas a lesão de Otávio acabou por corrigir esse ponto) mas convém constatar que não foram muitos os jogadores lusos que estiveram realmente num grande nível em 2023/ 24 pelos seus clubes: Vitinha e João Neves foram aliás os mais regulares num patamar alto de rendimento.

    Os adversários de Portugal serão, por esta ordem, a Chéquia, a Turquia e a Geórgia. A Chéquia, República Checa para os menos atentos, qualificou-se em igualdade pontual com a Albânia, e tem em Patrik Schick (melhor marcador do Euro 2020, juntamente com CR7, com 5 golos) a principal arma, sendo porta-estandarte de uma equipa humilde e bastante equilibrada. Nota para a lesão de Sadilek, médio titular, que falha o Euro por causa de uma brincadeira com um triciclo.
    Da Turquia podemos esperar o mesmo compromisso de sempre. Qualificados em primeiro lugar num grupo onde estava a Croácia (ótima carta de apresentação), os comandados de Vincenzo Montella têm 3 baixas relevantes (Söyüncü, Kabak e Ünal) mas também têm dois jovens craques que prometem agitar este Euro. Falamos de Arda Güler e Kenan Yildiz, ambos com 19 anos.
    Para a Geórgia esta é uma estreia absoluta em fases finais. E embora sejamos confessos admiradores de Kvaratskhelia, a máxima figura desta seleção e um dos principais craques deste Grupo F, não podemos deixar de lamentar que o 4º classificado de um grupo da fase de apuramento esteja na Alemanha em vez da Noruega ou Suécia.

    Acreditamos que Portugal conseguirá somar 9 pontos na fase de grupos, embora também tenhamos as nossas suspeitas que Roberto Martínez (ótimo a comandar a Bélgica no Mundial 2018 mas terrível por exemplo em 2022) pode acabar por complicar o fácil, inventando na hora de colocar em campo o melhor 11. Para a Geórgia, o desafio é somar o primeiro ponto numa fase final, o que poderá indicar que o Chéquia-Turquia (jornada 3) pode ser uma verdadeira final.

    Fiquem então com a análise mais aprofundada do Grupo F. Força Portugal!


1. PORTUGAL  
(Previsão: Meias-finais, eliminado pela Alemanha)

  • Guarda-Redes: Diogo Costa (FC Porto), Rui Patrício (Roma), José Sá (Wolves)
  • Defesas: João Cancelo (Barcelona), Nélson Semedo (Wolves), Rúben Dias (Manchester City), António Silva (Benfica), Pepe (Porto), Gonçalo Inácio (Sporting), Danilo Pereira (PSG), Nuno Mendes (PSG), Diogo Dalot (Manchester United)
  • Médios: João Palhinha (Fulham), Rúben Neves (Al Nassr), João Neves (Benfica), Vitinha (PSG), Matheus Nunes (Manchester City), Bruno Fernandes (Manchester United)
  • Extremos/ Avançados: Bernardo Silva (Manchester City), Pedro Neto (Wolves), Francisco Conceição (Porto), João Félix (Barcelona), Cristiano Ronaldo (Al Nassr), Gonçalo Ramos (PSG), Diogo Jota (Liverpool), Rafael Leão (AC Milan)
Seleccionador: Roberto Martínez;
Baixas: Raphael Guerreiro e Otávio; Ausência: Pedro Gonçalves.

Forças: Elenco de luxo e potencial para melhorar ao longo da competição, caso seja feita uma boa gestão do grupo; Bruno Fernandes tem jogado barbaridades desde que Roberto Martínez é selecionador; A bola é feliz quando está nos pés de jogadores como Bernardo Silva, Vitinha ou João Neves; João Palhinha (novamente apontado ao Bayern) quer anunciar-se ao futebol alemão como um dos grandes médios defensivos do torneio; Independentemente do 11 que escolher, Martínez terá sempre boas soluções no banco para "abanar" os jogos;
Fraquezas: Há qualidade para dar e vender, mas poucos jogadores realizaram realmente uma grande temporada nos seus clubes; Não está clara a tática portuguesa (4-3-3 ou 3-4-1-2?), algo que pode funcionar a nosso favor ou contra; Jogador mais influente ofensivamente tem 39 anos e o jogador mais influente defensivamente tem 41, e ambos terão que ser geridos.

Equipa-Base (4-3-3): D. Costa; Dalot (N. Mendes), Pepe, Rúben Dias, Cancelo; J. Palhinha, Vitinha, Bruno Fernandes; Bernardo Silva (João Neves), Rafael Leão (Diogo Jota), C. Ronaldo

    Com obrigação de passar com distinção a fase de grupos, Portugal tem que saber potenciar as suas múltiplas soluções, desejando nós que Roberto Martínez tenha mãos para tanto talento, numa fornada que falhará caso seja eliminada antes das meias-finais.
    Honestamente, parecia 100% claro que Portugal iria surgir na Alemanha num 4-3-3 mas, depois de algum tempo sem apostar nos 3 centrais, Martínez testou algumas ideias no último amigável (República da Irlanda) e o 3-4-1-2 convenceu: Cristiano Ronaldo brilhou num improvável posicionamento, associativo, descaído para a direita no ataque, João Félix pôde surgir entre linhas como tanto gosta, Cancelo teve liberdade para atuar por fora e por dentro, e a equipa provou, ao contrário do que pensávamos, que João Palhinha não é completamente insubstituível. Não sabemos se os 3 centrais serão para manter, mas o que é certo é que duas equipas deste grupo (Chéquia e Geórgia) formarão uma linha de 3 (ou 5) atrás.
    Diogo Costa, Rúben Dias, João Cancelo, João Palhinha, Bruno Fernandes e Cristiano Ronaldo devem iniciar o Euro 2024 como os quase "intocáveis" de Martínez. Se a defesa for a quatro, Pepe e Diogo Dalot (Cancelo rende atualmente mais à esquerda, o que pode prejudicar Nuno Mendes) devem fechar as contas; se a defesa for a 5, o selecionador deve preferir conjugar António Silva, Pepe e Rúben Dias, apesar de Inácio ser o mais forte no passe progressivo e o único esquerdino.
    No meio-campo, Palhinha e Bruno devem ter Vitinha por perto. João Neves segue imparável e embora à partida olhássemos para ele como o rival do médio do PSG por uma vaga, neste momento não afastamos que uma solução posterior seja a sua titularidade em detrimento de Bernardo, aproximando a equipa de um 4-4-2 losango.
    Na frente, Ronaldo está confiante (Gonçalo Ramos estará à espreita para, à mínima oportunidade, tentar fazer um novo hat-trick como diante da Suíça para deixar Martínez cheio de dúvidas) e Diogo Jota é a principal alternativa a Rafael Leão. Agitadores como Chico Conceição e Pedro Neto são para lançar nas segundas partes; João Félix encaixa melhor no 3-4-1-2 do que no 4-3-3.

Destaques Individuais (Previsão):


    Bruno Fernandes e Cristiano Ronaldo estão prontos para realizar um grande Euro 2024. Aos 29 anos, o médio do Manchester United, máximo criador de oportunidades na Premier League, surge como o jogador com rendimento superior desde que Roberto Martínez foi nomeado selecionador, impressionando o seu contributo na qualificação (6 golos e 8 assistências), a influência total no ataque português, e o modo como brilha sempre, independentemente do sistema utilizado. Com 10 anos mais, Cristiano Ronaldo voltará (para variar) a ser tema de noticiários e discussões: o capitão quer deixar uma imagem bem diferente do Qatar, apagando aquela tocante caminhada rumo ao balneário a limpar as lágrimas, e se a sua aparente maior leveza de espírito contribuir para uma equipa mais unida, avaliando-se jogo a jogo se deve ou não ser titular, Portugal tem tudo a ganhar. O melhor marcador da História dos europeus está com 895 golos na carreira (preparem-se para contagens nos vários canais noticiosos rumo aos 900); oxalá desta vez o rendimento de CR7 e dos restantes à sua volta não seja, como tantas vezes tem sido, inversamente proporcional.
    João Palhinha chega a este Europeu como um dos melhores defensivos do futebol europeu, e em 4-3-3 (sobretudo num cenário sem João Neves) a equipa das Quinas fica hiper-dependente do médio do Fulham, ele que quer proteger uma defesa por vezes dúbia e soltar um ataque que poderá ter um ou outro elemento preguiçoso.
    O jóker da Seleção portuguesa é Rafael Leão. Acabadinho de fazer 25 anos, o craque do AC Milan é um jogador que sorri e faz os outros sorrir. Veloz e capaz de ultrapassar defesas sem esforço, pode fazer toda a diferença no caminho de Portugal o extremo cerrar os dentes e mostrar-se mais focado e menos descontraído. Se isso não acontecer, Diogo Jota conquistará a titularidade por certo. Bernardo Silva preocupa fisicamente (parece esgotado, e é compreensível) embora tática e tecnicamente seja talvez o melhor jogador português da atualidade e Francisco Conceição será a vitamina para castigar laterais esquerdos. Embora seja difícil compatibilizar João Neves e Vitinha, seria positivo Roberto Martínez descobrir a forma de os ter a ambos em campo durante bastantes minutos. Com eles, Portugal tem tudo - inteligência, qualidade técnica, boa circulação, intensidade, apresentando-se ambos quase imunes à pressão dos adversários, mas sabendo pressionar bem.

2. TURQUIA  
(Previsão: Oitavos-de-final, eliminada pela Turquia)

  • Guarda-Redes: Ugurcan Çakir (Trabzonspor), Altay Bayindir (Manchester United), Mert Gunok (Besiktas)
  • Defesas: Zeki Çelik (Roma), Mert Müldür (Fenerbahçe), Samet Akaydin (Panathinaikos), Abdülkerim Bardakci (Galatasaray), Merih Demiral (Al Ahli), Kaan Ayhan (Galatasaray), Ahmetcan Kaplan (Ajax), Ferdi Kadioglu (Fenerbahçe)
  • Médios: Okay Yokuslu (WBA), Hakan Çalhanoglu (Inter), Salih Özcan (Borussia Dortmund), Ismail Yüksek (Fenerbahçe), Orkun Kökçü (Benfica), Yusuf Yazici (Lille), Arda Güler (Real Madrid)
  • Extremos/ Avançados: Baris Yilmaz (Galatasaray), Kerem Akturkoglu (Galatasaray), Yunus Akgün (Leicester City), Irfan Kahveci (Fenerbahçe), Kenan Yildiz (Juventus), Semih Kilicsoy (Besiktas), Bertug Yildirim (Rennes), Cenk Tosun (Besiktas)
Seleccionador: Vincenzo Montella;
Baixas: Çaglar Söyüncü, Ozan Kabak e Enes Ünal.

Equipa-Base (4-2-3-1): Çakir; Kadioglu, Akaydin, Bardakci, Müldür; Özan, Çalhanoglu; Güler, Kökçü, Yildiz (Akturkoglu); Yilmaz

Forças: Alma turca; Génio de Arda Güler, coadjuvado por jogadores esfomeados por dizer presente num palco destes como Yildiz e Kökçü;
Fraquezas: Os três jogadores que falham o Euro por lesão poderiam ser titulares; Esta Turquia vai sofrer golos, por isso o melhor é preocupar-se em marcar mais.

    Mesmo sem contar com aquela que seria a dupla de centrais titulares (
Söyüncü e Ozan Kabak) e sem o melhor ponta de lança turco (Enes Ünal), a Turquia tem argumentos para contrariar a maré de azar.
    Vincenzo Montella tem no 4-2-3-1 o seu esquema de eleição, com muita fluidez e sobretudo muita intensidade, caraterística inata nos turcos.
    Kadioglu (pronto para dar o salto) pode jogar a lateral-esquerdo ou lateral-direito, e no meio da rua Çalhanoglu e Kökçü têm arte e engenho. Permanecem dúvidas quanto aos jogadores escolhidos para a frente de ataque, e mesmo em relação à posição em que vai jogar o prodígio Güler (ou a 10 ou a partir da direita). A qualidade é indiscutível, mas ainda falta perceber qual a melhor combinação ofensiva e como lidam dois rapazes de 19 anos com a pressão.

Destaques Individuais (Previsão):


    Arda Güler e Kenan Yildiz têm 19 anos e a Alemanha é a primeira página dos seus contos em fases finais. O miúdo do Real Madrid é possivelmente o fator X que nos faz colocar a Turquia acima da Chéquia, e Yildiz (seja titular seja a partir do banco) é menino para ter muito impacto.
    O jogo turco será pensado por Hakan Çalhanoglu e por Orkun Kökçü (tem tanto mais para dar na Luz) e Ferdi Kadioglu, lateral muito completo, tanto a jogar por fora como por dentro, pode desdobrar-se no apoio aos jogadores já referidos, a Akturkoglu e a Baris Alper Yilmaz, outro jogador que pode ganhar muito mercado neste Europeu.

3. CHÉQUIA  

  • Guarda-Redes: Matej Kovár (Bayer Leverkusen), Jindrichs Stanek (Slavia Praga), Vítezslav Jaros (Sturm Graz)
  • Defesas: Vladimir Coufal (West Ham), David Doudera (Slavia Praga), Tomás Holes (Slavia Praga), Robin Hranác (Plzen), David Zima (Slavia Praga), Martin Vitik (Sparta Praga), David Jurásek (Hoffenheim)
  • Médios: Tomás Soucek (West Ham), Lukás Cerv (Plzen), Ladislav Krejci (Sparta Praga), Ondrej Lingr (Feyenoord), Antonín Barák (Fiorentina)
  • Extremos/ Avançados: Pavel Sulc (Plzen), Lukás Provod (Slavia Praga), Václav Cerny (Wolfsburgo), Matej Jurásek (Slavia Praga), Adam Hlozek (Bayer Leverkusen), Jan Kuchta (Sparta Praga), Tomás Chory (Plzen), Mojmir Chytil (Slavia Praga), Patrick Schick (Bayer Leverkusen)
Seleccionador: Ivan Hasek;

Forças: Mais-valia nas bolas paradas ofensivas (Soucek ou Krejci são muito fortes nesse capítulo); Schick quer mostrar que o Euro 2020 não foi um acaso; Poucos craques mas muita homogeneidade; 
Fraquezas: Há menos talento puro do que nas armadas lusitana e turca; Stanek não é Vaclik.

Equipa-Base (3-4-2-1): Stanek; Zima (Hranác), Holes, Krejci; Coufal, Soucek, Provod, Jurásek; Barák, Hlozek; Schick

    Na decisão entre Turquia e Chéquia, quanto mais racional e disciplinada a equipa de Hasek conseguir estar no intenso duelo entre ambas, maiores chances terá esta equipa de ficar em segundo ou, no limite, de "carimbar" presença entre os melhores terceiros.
    A Chéquia está muito longe do patamar qualitativo dos tempos de Nedved, Poborky, Rosicky, Cech e Baros, e no seu provável 3-4-2-1 surgem dúvidas no trio de centrais. Hranác realizou uma boa temporada no Plzen e Krejci, jogador em vias de se mudar para o Girona, tem o bónus de poder funcionar como central ou médio.
    Flop no Benfica, Jurásek poderá surgir na esquerda, próximo de um meio-campo comandado por Provod e Soucek, os fiéis escudeiros do trio Barák, Hlozek e Schick. 

Destaques Individuais (Previsão):


    O laboratório das bolas paradas de Ivan Hasek pode ter um papel importante no desfecho deste grupo no qual, honestamente, com menos emoção e mais razão talvez apontássemos a Chéquia ao segundo lugar.
    Patrik Schick marcou 5 golos no Euro 2020, meta que tentará repetir, e nas alturas os adversários terão que estar preparados para lidar com Tomas Soucek e Ladislav Krejci. Acrescentamos ainda nos destaques previstos o esquerdino Antonín Barák, talvez a par de Schick o jogador checo que mantém preservado o perfume do passado.

4. GEÓRGIA  

  • Guarda-Redes: Giorgi Mamardashvili (Valência), Luka Gugeshashvili (Qarabag), Giorgi Loria (Dínamo Tbilisi)
  • Defesas: Giorgi Gocholeishvili (Shakhtar), Otar Kakabadze (Cracovia Kraków), Guram Kashia (Slovan Bratislava), Lasha Dvali (APOEL), Solomon Kverkvelia (Al Akhdoud), Giorgi Gvelesiani (Persepolis FC), Luka Lochoshvili (Cremonese), Jemal Tabidze (Panetolikos), Levan Shengelia (Panetolikos)
  • Médios: Nika Kvekveskiri (Lech Poznan), Gabriel Sigua (Basel), Sandro Altunashvili (Wolfsberger AC), Anzor Mekvabishvili (Univ. Craiova), Giorgi Kochorashvili (Levante), Giorgi Chakvetadze (Watford), Otar Kiteishvili (Sturm Graz)
  • Extremos/ Avançados: Giorgi Tsitaishvili (Din. Batumi), Khvicha Kvaratskhelia (Nápoles), Zuriko Davitashvili (Bordeaux), Saba Lobzhanidze (Atlanta United), Budu Zivzivadze (Karlsruher), Giorgi Kvilitaia (APOEL), Georges Mikautadze (Metz)
Seleccionador: Willy Sagnol;

Equipa-Base (5-3-2): Mamardashvili; Kakabadze, Kverkelia, Kashia, Dvali, Shengelia; Kvekveskiri, Chakvetadze, Kochorashvili; Kvaratskhelia, Mikautadze

Forças: Khvicha Kvaratskhelia é um predestinado e será a grande esperança da nação, abusando do drible a partir do corredor esquerdo; Jogadores como Mikautadze ou Chakvetadze terão que deixar-se inspirar pelo craque do Nápoles;
Fraquezas: Inexperiência em competições com este pedigree; Defesa sem qualquer jogador a atuar em clubes dos principais campeonatos forçará Mamardashvili a multiplicar-se em defesas.

    Preparada para sofrer, a Geórgia de Willy Sagnol (outrora membro da defesa francesa de 2004 e 2008) vai defender com muitos, confiando nas capacidades do seu promissor guardião, Mamardashvili.
    Os georgianos, adversários de Portugal somente na última jornada, têm um 5-3-2 / 3-5-2 que "poupa" Mikautadze e principalmente Kvaratskhelia, constantemente procurado para ziguezaguear entre defesas.

Destaques Individuais (Previsão):


    Somos apaixonados pelo futebol de Khvicha Kvaratskhelia, mas isso não é suficiente para apontar a Geórgia a algo mais. O craque do Nápoles, MVP da Serie A em 2022/ 23 e desejo de Luis Enrique para o PSG pós-Mbappé, carrega um país nos ombros. Em bom rigor, é exatamente o tipo de jogador que gosta de sentir que é ele contra o mundo.
    Giorgi Mamardashvili (1,99m) é um guarda-redes muito seguro apesar dos seus 23 anos e Georges Mikautadze tentará mostrar em solo alemão a sua faceta Metz e não o que (não) mostrou no Ajax.

13 de junho de 2024

Euro 2024: Previsão Grupo E

Em contagem decrescente para o Euro 2024, aproximamo-nos do fim da sequência de 6 artigos de análise detalhada a cada um dos grupos da competição. Neles, pretendemos realizar uma sumária retrospetiva do apuramento de cada seleção, identificando forças e fraquezas, esquematizando como deve jogar cada equipa, até que fase imaginamos que chegue e que jogadores devem ser tidos em conta.

    Será unânime considerar o Grupo E o mais fraco deste Euro 2024. À Bélgica (#3 no Ranking FIFA) juntam-se Ucrânia (21), Roménia (46) e Eslováquia (48), uma perspetiva que reforça o caráter ultra-favorito dos Diabos Vermelhos.
    Esta já não é, como bem sabemos, a Bélgica de Roberto Martínez. Domenico Tedesco, alemão de 37 anos, aceitou o desafio de coordenar uma fase de transição: já não há Hazard, já não há Alderweireld, já não há Mertens e já não há... Courtois, por opção. O beef entre o guarda-redes do Real Madrid e o selecionador esteve na origem de uma das decisões mais polémicas e corajosas deste Euro: uma Bélgica menos possante do que noutros tempos deu-se ao luxo de abdicar de um dos seus melhores jogadores, o melhor guarda-redes do mundo. O motivo: uma birra de Courtois quando Tedesco nomeou Lukaku como capitão na ausência de Kevin De Bruyne.
    Ignorando o dossier Courtois, a Bélgica tem-se apresentado forte no pós-Mundial do Qatar. Romelu Lukaku foi o melhor marcador da qualificação, com 14 golos em 8 jogos, e o registo invicto num grupo com Áustria e Suécia é de elogiar.

    Com o país em guerra, a Ucrânia volta a ter na Alemanha uma oportunidade de deixar uma mensagem política e vincar o orgulho ucraniano com o melhor futebol possível nas quatro linhas. Acreditamos nesta Ucrânia, que chega ao Euro depois de bater no Play-Off Bósnia e Islândia, isto depois de terminar com os mesmos pontos que a Itália num grupo ganho pela Inglaterra. Atenção ainda ao registo recente da Ucrânia contra grandes seleções: em 2023 e 2024, empatou com a Inglaterra, empatou com a Itália e empatou duas vezes com a Alemanha. 
    A Eslováquia ficou em segundo no grupo de Portugal, tendo conhecido o sabor da derrota apenas diante da nossa seleção. Um interessante 3-2 no Estádio do Dragão foi uma demonstração de como esta Eslováquia não é uma equipa fraca, orientada pelo treinador em part-time do Nápoles, prometendo emoções fortes o Eslováquia-Ucrânia da segunda jornada deste Grupo E.
    Em relação à Roménia, há que ter em conta o registo invicto e a liderança num grupo que tinha a Suíça. Mas isso pode dizer-nos mais da Suíça do que da Roménia. Edward Iordanescu tem ao seu serviço o conjunto menos forte dos 4 presentes neste grupo.

    Mesmo sem Courtois e com uma defesa em processo de renovação, a Bélgica merece ser vista como candidata nº 1 à vitória deste Grupo E. No entanto, vemos perfeitamente a Ucrânia ou a Eslováquia a roubarem pontos a De Bruyne e companhia, o que pode significar que este será um grupo com um primeiro classificado com pontuação mais baixa e quiçá com luta renhida a dois na frente.

    Fiquem então com a análise mais aprofundada do Grupo E:

1. UCRÂNIA  
(Previsão: Quartos-de-final, eliminada pelos França)

  • Guarda-Redes: Andriy Lunin (Real Madrid), Anatoliy Trubin (Benfica), Georgiy Bushchan (Dínamo Kiev)
  • Defesas: Oleksandr Tymchyk (Dínamo Kiev), Yukhym Konopolia (Shakhtar), Illia Zabarnyi (Bournemouth), Maksym Talovierov (LASK Linz), Oleksandr Svatok (Dnipro-1), Valeriy Bondar (Shakhtar), Mykola Matviyenko (Shakhtar), Bogdan Mykhaylychenko (Polissya), Vitaliy Mykolenko (Everton)
  • Médios: Oleksandr Zinchenko (Arsenal), Serhiy Sydorchuk (Westerlo), Taras Stepanenko (Shakhtar), Volodymyr Brazhko (Dínamo Kiev), Mykola Shaparenko (Dínamo Kiev), Ruslan Malinovskyi (Génova), Georgiy Sudakov (Shakhtar)
  • Extremos/ Avançados: Viktor Tsygankov (Girona), Mykhailo Mudryk (Chelsea), Oleksandr Zubkov (Shakhtar), Andriy Yarmolenko (Dínamo Kiev), Vladyslav Vanat (Dínamo Kiev), Artem Dovbyk (Girona), Roman Yaremchuk (Valência)
Seleccionador: Sergiy Rebrov.

Forças: Motivação extra por querer enviar, em campo, toda a força possível para a linha da frente; Ótima dor de cabeça entre os postes (muitas seleções não têm sequer 1 guarda-redes do nível de Lunin e Trubin); Boa mescla de jogadores em forma (dupla do Girona, Dovbyk e Tsygankov) com jogadores em busca de redenção (Mudryk) e outros à procura de serem revelação (Sudakov);
Fraquezas: Risco de cair na armadilha de deixar a defesa desprotegida, com um onze muito balanceado para a frente; Yarmolenko é o capitão e um jogador histórico, mas Rebrov deveria usá-lo apenas como suplente útil, deixando a titularidade para Tsygankov e Mudryk.

Equipa-Base (4-3-3): Lunin; Konoplia, Zabarnyi, Matviyenko, Mykolenko (Svatok); Stepanenko, Zinchenko, Sudakov; Tsygankov, Mudryk, Dovbyk

    Equipa muito dotada tecnicamente, que apenas poderá ter contra si a eventual frustração de quando não estiver por cima na posse de bola, a Ucrânia tem um bom onze e algumas boas opções no banco.
    Rebrov dá-se ao luxo de ter que escolher entre Lunin e Trubin para a baliza, com Zabarnyi a comandar a defesa.
    Zinchenko é 100% médio na Ucrânia, num meio-campo que pode mudar a vida de Sudakov e no ataque, além da dupla em forma do Girona (Dovbyk e Tsygankov), há um melão futebolístico por abrir chamado Mudryk.

Destaques Individuais (Previsão):


    Sagrou-se melhor marcador da La Liga com 24 golos e quer manter a veia goleadora na Alemanha. Artem Dovbyk, cobiçado por Atlético, AC Milan e Nápoles, está com a confiança em altas e, considerando a menor qualidade da Roménia, a defesa vulnerável da Bélgica e o provável confronto olhos nos olhos com a Eslováquia, podem esperar golos dele.
    Mykhailo Mudryk tem desiludido no Chelsea mas pela Ucrânia a conversa é outra, e vem também do Shakhtar um colega de muitos anos de Mudryk que pode fazer uma vénia e dar-se a conhecer ao mundo nesta competição. Georgiy Sudakov, o 14 dos ucranianos, enche a vista com o seu futebol.
    Também achamos que Tsygankov vai brilhar, mas uma caminhada longa exigirá performances ao mais alto nível também de Andriy Lunin (Trubin brilhou recentemente num amigável contra a Alemanha, mas Lunin vem de uma excelente época no Real Madrid e foi o titular da Ucrânia no Play-off) e do central Illia Zabarnyi.

2. BÉLGICA  
(Previsão: Oitavos-de-final, eliminada pelos Países Baixos)

  • Guarda-Redes: Koen Casteels (Wolfsburgo), Thomas Kaminski (Luton Town), Matz Sels (Nottingham Forest)
  • Defesas: Thomas Meunier (Trabzonspor), Timothy Castagne (Fulham), Zeno Debast (Anderlecht), Wout Faes (Leicester City), Arthur Theate (Rennes), Jan Vertonghen (Anderlecht), Axel Witsel (Atlético Madrid), Maxim De Cuyper (Club Brugge)
  • Médios: Amadou Onana (Everton), Orel Mangala (Lyon), Aster Vranckx (Wolfsburgo), Youri Tielemans (Aston Villa), Arthur Vermeeren (Atlético Madrid), Kevin De Bruyne (Manchester City)
  • Extremos/ Avançados: Charles De Ketelaere (Atalanta), Yannick Ferreira-Carrasco (Al Shabab), Thorgan Hazard (Borussia Dortmund), Leandro Trossard (Arsenal), Jérémy Doku (Manchester City), Johan Bakayoko (PSV), Dodi Ludebakio (Sevilha), Luis Openda (RB Leipzig), Romelu Lukaku (Roma)
Seleccionador: Domenico Tedesco;
Ausência: Thibaut Courtois.

Forças: Kevin De Bruyne é um craque de todo o tamanho, e Tedesco fará dele o playmaker, com todo o jogo e todas as decisões a passarem pelo astro do Manchester City; Romelu Lukaku realizou uma época inconsistente mas tem sido uma máquina de golos na seleção; Trossard é um jóker e a dupla Doku e Bakayoko é um tormento nos corredores;
Fraquezas: Casteels é manifestamente inferior a Courtois; Defesa está muito longe do nível do ataque.

Equipa-Base (4-3-3): Casteels; Meunier, Faes, Witsel (Debast), Castagne; Onana, Tielemans (Mangala), De Bruyne; Trossard (Bakayoko), Doku, Lukaku 

    Não sendo de excluir o recurso aos 3 centrais de outrora, tudo aponta para que o jovem Tedesco (invicto desde que assumiu a Bélgica, com 10 vitórias e 4 empates em 14 jogos) prefira colocar esta Bélgica em 4-3-3, esquematização que domina este Grupo E.
    Uma vez que não há (por opção) Courtois, Casteels calçará as luvas. Na defesa, claramente o setor mais fraco desta Bélgica, as dúvidas são muitas. Meunier, Faes, Witsel e Castagne podem formar a linha de 4, mas não se deve excluir o próximo reforço do Sporting, Debast (excelente a sair a jogar), a veterania de Vertonghen ou mesmo uma aposta à esquerda em Theate ou De Cuyper.
    Do meio-campo para a frente é mais fácil. Onana e Tielemans (ou Mangala) protegerão o craque Kevin De Bruyne. Lukaku foi pior que Openda esta temporada, mas pela seleção ganha um fogo diferente no estômago. Trossard e Doku são teóricos titulares, mas ainda há Bakayoko e De Ketelaere.

Destaques Individuais (Previsão):


    É difícil imaginar a Bélgica a ir mais longe do que os oitavos ou, no máximo, quartos, mas tudo dependerá da capacidade da defesa (e Casteels) estar ao nível do que o ataque pode produzir.
    Sem a pressão de outros tempos, quando se exigiam mundos e fundos à geração de Hazard, Dembélé e Kompany, a ligação entre o criador Kevin De Bruyne e o finalizador Romelu Lukaku será um dos elementos mais importantes na caminhada dos Diabos Vermelhos. Lukaku marcou 14 golos em 8 jogos na qualificação e pode atingir bons números na fase de grupos.
    Uma vez que deve ser através do ataque que a Bélgica acabe por resolver os seus (vários) problemas, é por isso que apostamos forte no driblador puro Jérémy Doku e no versátil Leandro Trossard. Do banco para mudar as coisas sairão em muito momentos Johan Bakayoko (não deve continuar no PSV depois deste Verão) e o elegante e requintado Charles De Ketelaere

3. ESLOVÁQUIA  
(Previsão: Oitavos-de-final, eliminada pela Inglaterra)

  • Guarda-Redes: Martin Dubravka (Newcastle), Marek Rodak (Fulham), Henrich Ravas (NE Revolution)
  • Defesas: Peter Pekarik (Hertha), Adam Obert (Cagliari), Milan Skriniar (PSG), David Hancko (Feyenoord), Denis Vavro (Copenhaga), Norbert Gyömbér (Salernitana), Sebastián Kósa (Spartak Trnava), Vernon De Marco (Hatta Club)
  • Médios: Stanislav Lobotka (Nápoles), Juraj Kucka (Slovan Bratislava), Tomás Rigo (Banik Ostrava), Patrik Hrosovsky (Genk), Matus Bero (Bochum), László Bénes (Hamburgo), Tomas Suslov (Hellas Verona), Ondrej Duda (Hellas Verona)
  • Extremos/ Avançados: Leo Sauer (Feyenoord), David Duris (Ascoli), Lukás Haraslín (Sparta Praga), Dávid Strelec (Slovan Bratislava), Lubomir Tupta (Slovan Liberec), Ivan Schranz (Slavia Praga), Róbert Bozenik (Boavista)
Seleccionador: Francesco Calzona;

Forças: Onze relativamente equilibrado, convencendo a defesa, com Skriniar como voz de comando, quer Hancko seja o seu parceiro ou atue como defesa esquerdo; Lobotka é um ótimo escudo para a linha recuada; Jogadores com "pézinhos" como Duda e Suslov podem mexer com o jogo;
Frazquezas: Pode faltar projeção a partir dos corredores, com os laterais a ficarem demasiado resguardados, o que poupará os extremos mas tornará a equipa muito dependente da sua capacidade no 1 contra 1; Bozenik já mostrou em Portugal a sua qualidade, mas é um jogador irregular no seu rendimento.

Equipa-Base (4-3-3): Dubravka; Pekarik, Skriniar, Vavro, Hancko; Lobotka, Duda, Suslov; Schranz, Haraslín, Bozenik

    Com algumas semelhanças no comparativo com a Ucrânia, a Eslováquia tem um central e um médio defensivo mais fortes, mas perde fundamentalmente na baliza e no avançado goleador. E no banco.
    O italiano Calzona, o homem que De Laurentiis escolheu para aguentar o Nápoles até à chegada de Conte, orienta os eslovacos num 4-3-3 que tem Dubravka e Skriniar como esteios do setor recuado, existindo a hipótese de Hancko (central no Feyenoord) ser utilizado como defesa esquerdo.
    Lobotka será a formiga trabalhadora nas costas de Duda e Suslov (grande pé esquerdo) e no ataque, o boavisteiro Bozenik fazer-se-á acompanhar por Schranz e Haraslín.

Destaques Individuais (Previsão):

    Menos utilizado em Paris do que nos seus tempos de Milão, Milan Skriniar será o general desta Eslováquia, coadjuvado por David Hancko. O defesa goleador do Feyenoord, que apontou esta temporada 7 golos, pode ser utilizado como central ou mesmo na esquerda.
    Num conjunto que terá Lobotka como principal alicerce, será o talento de Tomas Suslov e Ondrej Duda, dois jogadores do Hellas Verona, a fazer a diferença no último terço. Também estaremos atentos a Leo Sauer (18 anos), mas duvidamos que tenha muitos minutos. 

4. ROMÉNIA  

  • Guarda-Redes: Florin Nita (Gaziantep), Horatiu Moldovan (Atlético Madrid), Stefan Tarnovanu (Steaua)
  • Defesas: Andrei Ratiu (Rayo Vallecano), Vasile Mogos (Cluj), Adrián Rus (Pafos FC) Radu Dragusin (Tottenham), Andrei Burca (Al Akhdoud), Bogdan Racovitan (RKS Raków), Ionut Nedelcearu (Palermo), Nicusor Bancu (Univ. Craiova)
  • Médios: Adrian Sut (Steaua), Marius Marin (Pisa), Darius Olaru (Steaua), Alexandru Cicaldau (Konyaspor), Nicolae Stanciu (Damac FC), Razvan Marin (Empoli), Ianis Hagi (Alavés)
  • Extremos/ Avançados: Deian Sorescu (Gaziantep), Florin Coman (Steaua), Dennis Man (Parma), Valentin Mihaila (Parma), Denis Dragus (Gaziantep), Daniel Birligea (Cluj), George Puscas (Bari), Denis Alibec (Muaither SC)
Seleccionador: Edward Iordanescu;

Forças: Radu Dragusin (com 22 anos é o jogador mais novo desta Roménia) é uma força da natureza e tentará ao máximo adiar o golo adversário; Stanciu sempre nos pareceu capacitado para voos mais altos, e tem aos 31 anos um palco para nos relembrar o que nos deixou cativados quando alinhava no Steaua há quase 10 anos;
Fraquezas: Possivelmente a seleção das 24 com menos jogadores de topo.

Equipa-Base (4-2-3-1): Moldovan; Ratiu, Burca, Dragusin, Bancu; R. Marin, M. Marin; Hagi, Stanciu, Coman; Puscas

    Pontuar será positivo para esta Roménia, onde a principal figura (Dragusin) é um central que ainda nem conquistou a titularidade no seu clube.
    Iordanescu tem nas mãos uma equipa bastante solidária e toda a linha defensiva mais os dois Marin's deve serenar o selecionador. O problema deste 4-2-3-1 estará na forma como Hagi (filho do mítico Gheorghe Hagi) e Coman podem deixar a equipa constantemente destapada nos corredores. Entre Puscas, Alibec e Man não temos a certeza sobre quem será o escolhido como titular.

Destaques Individuais (Previsão):


    Nicolae Stanciu, o capitão e jogador que liga todo o futebol da Roménia, podia ter tido uma carreira bem diferente. Aos 31 anos, o médio que tem andado pela China e pela Arábia Saudita, é o farol romeno.
    Na linha defensiva e de cabelo apanhado num carrapito, Radu Dragusin é bombeiro para todas as situações. Não foi à toa que Ange Postecoglou pediu que o Tottenham o contratasse ao Génova.

Euro 2024: Previsão Grupo D

Em contagem decrescente para o Euro 2024, segue a sequência de seis artigos de análise detalhada a cada um dos grupos da competição. Neles, pretendemos realizar uma sumária retrospetiva do apuramento de cada seleção, identificando forças e fraquezas, esquematizando como deve jogar cada equipa, até que fase imaginamos que chegue e que jogadores devem ser tidos em conta.

    O Grupo D é um dos mais entusiasmantes deste Euro 2024, não perdendo em interesse, por muito, para o batizado grupo da morte. A vice-campeã do mundo França, quiçá a principal favorita a celebrar no dia 14 de Julho, faz-se acompanhar pelos Países Baixos, por uma Áustria em que todos os ingredientes estão reunidos para uma boa surpresa, e pela Polónia, antiga parceira de Fernando Santos, agora treinada por Michal Probierz.

    Didier Deschamps é selecionador francês desde 2012. Com o antigo médio defensivo, os gauleses foram vice-campeões da Europa em 2016 (sim, contra Portugal), campeões do mundo (2018), vacilaram em 2020 com o fator Benzema a quebrar a harmonia tática, e voltaram a chegar a uma final no Qatar (2022)
    Com maior vocação para brilhar quando todo o planeta futebol está em competição, Mbappé e companhia querem exibir-se de acordo com o seu favoritismo, estando garantido o veredito de falhanço em qualquer campanha que termine antes das meias-finais. A França impressiona pelo equilíbrio em todos os setores: sem Courtois, Maignan é candidato a melhor guarda-redes entre os presentes na Alemanha; na defesa podemos assistir ao (injusto) luxo de ver Saliba no banco; no meio-campo o faz-tudo Griezmann baixará para ligar toda a equipa, protegido pelo pulmão e músculo dos colegas; e no ataque há, não só mas também, Kylian Mbappé, finalmente oficializado como reforço do Real Madrid e, em condições normais, o melhor jogador da atualidade. Na fase de apuramento, os franceses sofreram apenas 3 golos em 8 jogos, e levaram a melhor sobre a Laranja Mecânica, com quem se reencontram: 4-0 em Paris, 2-1 em Amesterdão, com Mbappé a bisar nos dois jogos.
    A antiga Holanda trocou van Gaal por Ronald Koeman, e o antigo treinador do Barcelona e do Benfica tem gerado pouco consenso. Afastados do Top-4 europeu desde 2004, os neerlandeses têm agora uma boa oportunidade de brilhar, reunindo um espantoso lote de defesas centrais e um miúdo (Xavi Simons) que esta temporada espalhou magia precisamente em solo alemão. Quais os contras? A quantidade de lesões que assolaram o estágio, obrigando por exemplo um possível meio-campo titular formado por Wieffer, Frenkie de Jong e Koopmeiners a ser substituído na íntegra por Schouten, Reijnders e Veerman.

    A Áustria quer ser o dark horse ou equipa-sensação do Euro 2024. Novo projeto de Ralf Rangnick, os austríacos só perderam um jogo em 2023 (confronto super-equilibrado com a Bélgica, 3-2), impressionando quando venceram a Alemanha num amigável por 2-0 ou quando atropelaram a Turquia por 6-1. Doze dos 26 jogadores convocados atuam na Bundesliga, um elemento que pode funcionar também a favor.
    Quanto à Polónia, a nossa expectativa são mesmo os zero pontos, mediante a qualidade das 3 restantes equipas. Se excluirmos a Geórgia, que só chegou aos Play-offs através da Liga das Nações, a Polónia será a equipa deste Euro 2024 que menos pontos somou na fase de apuramento (11) e, além desta ser a primeira versão da Polónia em muito tempo sem Krychowiak ou Glik, há um ponto de interrogação gritante chamado Lewandowski: o avançado do Barcelona tem a sua participação em cheque, falhando garantidamente a primeira jornada.

    Aguardamos com particular curiosidade os embates entre as três equipas mais fortes do grupo, podendo o Países Baixos-Áustria da última jornada decidir o 2º lugar. O sorteio do calendário foi feliz, com os Países Baixos a poderem, em teoria, arrancar com 3 pontos, e a França a ter que surgir no seu melhor desde a jornada 1.

    Fiquem então com a análise mais aprofundada do Grupo D:


1. FRANÇA  
(Previsão: Vencedor)

  • Guarda-Redes: Mike Maignan (AC Milan), Brice Samba (Lens), Alphonse Aréola (West Ham)
  • Defesas: Jonathan Clauss (Marselha), Benjamin Pavard (Inter), Jules Koundé (Barcelona), William Saliba (Arsenal), Dayot Upamecano (Bayern Munique), Ibrahima Konaté (Liverpool), Theo Hernández (AC Milan), Ferland Mendy (Real Madrid)
  • Médios: Aurélien Tchouaméni (Real Madrid), Youssof Fofana (Mónaco), Eduardo Camavinga (Real Madrid), Adrien Rabiot (Juventus), N'Golo Kanté (Al Ittihad), Warren Zaïre-Emery (PSG), Antoine Griezmann (Atlético Madrid)
  • Extremos/ Avançados: Kingsley Coman (Bayern Munique), Ousmane Dembélé (PSG), Bradley Barcola (PSG), Randal Kolo Muani (PSG), Olivier Giroud (AC Milan), Kylian Mbappé (PSG), Marcus Thuram (Inter)
Seleccionador: Didier Deschamps;
Baixa: Lucas Hernández; Ausência: Michael Olise.

Forças: Aos 25 anos, Kylian Mbappé quer chegar a Madrid como campeão europeu, melhor jogador e melhor marcador do Euro 2024, o que faria a France Football entregar-lhe a si e não a Vini Jr., Bellingham ou Kroos o mais prestigiado troféu individual do futebol; Maignan é muito bom, e na defesa a utilização de um central como defesa direito permite libertar Theo à esquerda; Sempre subvalorizado, Griezmann costuma ser um mimo em fases finais; Banco assustador;
Fraquezas: É a equipa com menos lacunas a explorar pelos adversários, mas ainda existem dúvidas quanto à melhor dupla de médios todo-o-tereno e quanto ao avançado titular (Thuram ou Giroud).

Equipa-Base (4-3-3): Maignan; Koundé, Saliba (Konaté), Upamecano, Theo Hernández; Tchouaméni (Kanté, Rabiot), Camavinga, Griezmann; O. Dembélé, M. Thuram (Giroud), Mbappé

    A vida tem corrido razoavelmente bem às varias Franças de Didier Deschamps, melhor em mundiais do que em europeus. Regra geral, o 4-3-3 tem sido o ponto de partida, por vezes com recurso a um terceiro médio que desdobre a equipa num 4-4-2 mais equilibrado.
    Maignan (um dos melhores guarda-redes do mundo, embora lhe seja dado pouco crédito) é um estreante em fases finais e na defesa nomes como Koundé, Upamecano e Theo Hernández são presença garantida. Saliba é o melhor defesa francês da atualidade, mas Deschamps já manifestou algumas reticências em relação ao central do Arsenal, o que pode beneficiar Konaté (ou Pavard), que já formou dupla com Upamecano no Leipzig.
    Camavinga será um dos médios, mas o ponto de interrogação em torno da disponibilidade do companheiro do Real Madrid, Tchouaméni, pode permitir a Kanté, Rabiot ou Zaïre-Emery um começo de competição no onze. Antoine Griezmann, mais médio nesta França do que no Atlético, deve voltar a brilhar, ele que esteve incrível no Euro 2016, no Mundial 2018 e no Mundial 2022.
    Mbappé é a estrela da companhia, e a sistemática falta de acompanhamento do 10 francês aos laterais-direitos implicará uma constante cautela do meio-campo francês. Dembélé e Thuram são os mais fortes candidatos a juntar-se a Mbappé na frente, sem esquecer Giroud. 

Destaques Individuais (Previsão):


    Kylian Mbappé pretende chegar a Madrid como mais forte candidato a retirar a Bola de Ouro aos futuros colegas Vinícius, Bellingham ou Kroos, o que só acontecerá se o craque gaulês de 25 anos realizar um Euro 2024 que deixe toda a gente de queixo caído. Jogador de ego peculiar mas desequilibrador, e com um 11 escalado para retirar o seu melhor a partir da esquerda, é um dos favoritos para jogador do torneio e melhor marcador. Acreditamos que esteja num bom momento quer a nível psicológico (livre de Paris, motivado com um novo desafio) quer fisico (a época no PSG não foi tão assim tão exigente, sendo pontualmente gerido por Luis Enrique).
    Uns metros atrás, Antoine Griezmann é habitual génio silencioso, líder criativo, ajudando a equilibrar a sua equipa e desmontar o adversário. Brilhou em 2016, em 2018 e em 2022, e o mais certo é que volte a apresentar ao mundo o seu melhor futebol.
    Depois de muitos anos com Lloris, Mike Maignan tem neste Euro 2024 a sua estreia em fases finais. O guardião do AC Milan, um dos melhores quando não está lesionado, é possivelmente o melhor GR entre os titulares das equipas favoritas (é entre ele e Neuer) e apostamos que será o guarda-redes do onze da prova.
    Na defesa, Koundé será imprescindível caso lhe seja pedido que seja simultaneamente lateral e central, mas é William Saliba que queremos ver. O central do Arsenal está num momento impressionante, e relegá-lo para o banco poderia significar uma eliminação antes da final. Theo Hernández vai galgar metros à esquerda, entendendo-se bem com Mbappé, que nessas ocasiões realiza movimentos interiores, Eduardo Camavinga é o médio mais certo no 11, e Marcus Thuram pode marcar vários golos, interessando não só o seu perfil físico como a capacidade de jogar tanto em apoio como cair num corredor para assistir.

2. PAÍSES BAIXOS  
(Previsão: Quartos-de-final-eliminados por Portugal)

  • Guarda-Redes: Bart Verbruggen (Brighton), Mark Flekken (Brentford), Justin Bijlow (Feyenoord)
  • Defesas: Denzel Dumfries (Inter), Jeremie Frimpong (Bayer Leverkusen), Lutsharel Geertruida (Feyenoord), Virgil van Dijk (Liverpool), Matthijs De Ligt (Bayern Munique), Mick van de Ven (Tottenham), Nathan Aké (Manchester City), Stefan De Vrij (Inter), Daley Blind (Girona), Ian Maatsen (Borussia Dortmund)
  • Médios: Jerdy Schouten (PSV), Gini Wijnaldum (Al Ettifaq), Ryan Gravenberch (Liverpool), Tijani Reijnders (AC Milan), Joey Veerman (PSV)
  • Extremos/ Avançados: Xavi Simons (RB Leipzig), Steven Bergwijn (Ajax), Cody Gakpo (Liverpool), Donyell Malen (Borussia Dortmund), Wout Weghorst (Besiktas), Brian Brobbey (Ajax), Memphis Depay (Atlético Madrid), Joshua Zirkzee (Bologna)

Seleccionador: Ronald Koeman;
Baixas: Sven Botman, Frenkie de Jong, Mats Wieffer, Marten de Roon, Teun Koopmeiners; Ausências: Quinten Timber, Crysencio Summerville.

Forças: Virgil van Dijk realizou uma grande época e comanda um leque de centrais que impressiona; Frimpong (quiçá a extremo direito) e Xavi Simons estão com a confiança em alta, e mais do que habituados a brilhar nos relvados alemães; Koeman crê no 4-3-3, tática que respeita e homenageia a História da laranja mecânica;
Fraquezas: Meio-campo renovado após as lesões de De Jong e Wieffer; Ronald Koeman pode fazer um raio-X incapaz ao seu plantel, castrando o potencial deste elenco; Verbruggen tem qualidade mas, aos 21 anos, pode vacilar num palco desta dimensão.

Equipa-Base (4-3-3): Verbruggen; Dumfries, de Ligt, van Dijk, Aké; Schouten, Reijnders, Veerman; Frimpong (Depay), Xavi Simons, Gakpo (Zirkzee)

    Ronald Koeman tem que ir à bruxa. Pouco consensual junto dos seus adeptos, o técnico de 61 anos privilegiou um sistema de 3 centrais durante algum tempo, mas quando se rendeu ao 4-3-3 - tática que respeita a tradição e o ADN da Laranja Mecânica - as lesões começaram a aparecer umas atrás das outras. Estes Países Baixos têm uma equipa forte, mas muito mais forte seria caso pudesse contar com os 5 ausentes por lesão - Botman, Wieffer, de Jong, de Roon e Koopmeiners.
    Os jogos de preparação mostraram uma Holanda confiante, com Verbruggen a merecer a confiança na baliza e van Dijk (anda goleador o central do Liverpool) a comandar a defesa. A utilização de Aké à esquerda é uma ótima opção, abrindo disputa entre de Ligt, de Vrij e Van de Ven no concurso "Quem quer fazer defesa com Virgil?". Koeman tem preferido Dumfries a Frimpong, mas a incrível época do ala do Leverkusen pode originar uma aposta curiosa - Jeremie Frimpong pode ser o extremo-direito destes Países Baixos. No meio-campo, Koeman perdeu Wieffer, de Jong e Koopmeiners, um trio que até poderia ser titular. Os substitutos diretos serão Schouten, Reijnders e Veerman.
    O selecionador gosta de Depay, que pretende realizar bom Euro para atrair um último grande contrato (termina contrato com o Atlético no dia 30), Weghorst e Malen devem ser suplentes úteis, e a principal curiosidade recai sobre Xavi Simons, o jogador mais especial deste elenco. Xavi, Gakpo e Frimpong podem formar um inesperado mas muito promissor tridente ofensivo.

Destaques Individuais (Previsão):


    Os Países Baixos, uma das seleções mais apaixonantes e com adeptos fantásticos, querem chegar longe, e podem muito bem medir forças com Portugal na fase a eliminar, nuns quartos que seriam uma emocionante reedição da mítica "batalha de Nuremberga".
    Mais do que habituado a ver uma equipa sua a perder jogadores atrás de jogadores para lesões está Virgil van Dijk. O central viveu esse pesadelo esta temporada em Anfield, mas fez acreditar o Liverpool que o 1º lugar da Premier League é possível. Agora, cabe-lhe fazer o seu país acreditar.
    Xavi Simons não é um indiscutível com Koeman, mas tem que ser. Fortíssimo em todos os aspetos (dribla como quer, finaliza com qualidade e cria em abundância) é o jogador mais especial desta equipa e sabe o que é brilhar na Alemanha. Jeremie Frimpong está com a corda toda e pode ser mesmo extremo e não lateral ou ala, e Cody Gakpo será mais interessante ao centro do que a partir da esquerda. O dianteiro do Liverpool era aliás a melhor opção para 9 nestes Países Baixos até Koeman ter corrigido um erro incompreensível ao deixar de fora Joshua Zirkzee. Não incluímos o ponta de lança titular do Bologna (connosco seria titular) uma vez que Koeman só o chamou em vésperas da competição arrancar, o que em teoria significará que deve ter poucos minutos.
    Reijnders envergará a pesada camisola 14, e no meio-campo há dupla do PSV para atrair olhares. Jerdy Schouten é um recuperador nato e Joey Veerman (16 assistências na Eredivisie) será um problema caso lhe seja dado espaço para executar os seus passes de longa distância.

3. ÁUSTRIA  
(Previsão: Oitavos-de-final, eliminada pela Espanha)

  • Guarda-Redes: Patrick Pentz (Brondby), Heinz Lindner (Union St. Gilloise), Niklas Hedl (Rapid Viena)
  • Defesas: Stefan Posch (Bologna), Phillipp Mwene (Mainz), Flavius Daniliuc (RB Salzburgo), Kevin Danso (Lens), Philipp Lienhart (Friburgo), Max Wöber (Gladbach), Gernot Trauner (Feyenoord), Leopold Querfeld (Rapid Viena), Alexander Prass (Sturm Graz)
  • Médios: Florian Grillitsch (Hoffenheim), Konrad Laimer (Bayern Munique), Nicolas Seiwald (RB Leipzig), Marcel Sabitzer (Borussia Dortmund), Romano Schmid (Werder Bremen), Matthias Seidl (Rapid Viena), Florian Kainz (Köln)
  • Extremos/ Avançados: Chris Baumgartner (RB Leipzig), Andreas Weimann (WBA), Marco Grüll (Rapid Viena), Patrick Wimmer (Wolfsburgo), Marko Arnautovic (Inter), Maximilian Entrup (TSV Hartberg), Michael Gregoritsch (Friburgo)
Seleccionador: Ralf Rangnick;
Baixa: David Alaba; Ausência: Kevin Stöger.

Forças: Equipa homogénea, sem egos e muito bem orientada; Baumgartner pode explodir; Há matéria para experimentar diferentes sistemas sem mexer muito nas peças;
Fraquezas: Teórica derrota na jornada 1 obrigará a equipa a reagir e demonstrar fibra; Alaba (integrará a equipa técnica de Rangnick) fará falta em campo e o super consistente Stöger merecia ter sido chamado.

Equipa-Base (4-4-3): Pentz; Posch, Wöber, Danso, Mwene (Wimmer); Grillitsch, Seiwald, Laimer; Sabitzer, Baumgartner, Gregoritsch

    Sem nomes muito mediáticos, Ralf Rangnick tem nesta Áustria um conjunto com bastante mais potencial do que indicam as aparências.
    Em 4-3-3, esta equipa, forte nas bolas paradas e em transição, terá em Danso o seu pronto-socorro numa defesa em que o goleador Posch é jogador para acompanhar dos dois lados do campo.
    Grillitsch (ainda médio na seleção, embora central no Hoffenheim) terá jogadores como Seiwald, Laimer ou Sabitzer nas suas proximidades, com a particularidade do jogador do Dortmund poder ter um papel muito semelhante ao que Otávio tinha no FC Porto de Conceição, fazendo a equipa alternar entre o 4-3-3 e o 4-4-2.
    Gregoritsch é o jogador-alvo da equipa, com Baumgartner por perto. Arnautovic, o Zlatan dos pobres, há-ter minutos, bem como Wimmer, um extremo que até pode ser solução improvável como lateral.

Destaques Individuais (Previsão):


    Órfãos de David Alaba mas habituados aos estádios alemães, os austríacos têm razões para sonhar. Equipa bem montada, o mais certo é caírem nos oitavos caso sejam um dos melhores terceiros, mas cuidado França e Países Baixos, esta equipa vai vender bem cara a derrota.
    Num palpite por mero instinto, achamos que Chris Baumgartner reúne tudo para ser destaque na Alemanha. O jogador do Leipzig está enquadrado num sistema que o favorece muito.
    Kevin Danso, o melhor defesa central da Ligue 1 na temporada de 22/ 23, pode finalmente conquistar a notoriedade que bem merece, liderando uma defesa que contará também com Stefan Posch, um dos vários jogadores do Bologna de Thiago Motta que podem aparecer em bom plano neste Euro. Marcel Sabitzer já limpou as lágrimas depois de perder a final da Liga dos Campeões contra o Real Madrid e Michael Gregoritsch (1,93m) é um daqueles avançados dos quais é muito fácil gostar. Se fosse garantido que Wimmer acabará como lateral esquerdo, também o colocávamos aqui.

4. POLÓNIA  

  • Guarda-Redes: Wojciech Szczesny (Juventus), Lukasz Skorupski (Bologna), Marcin Bulka (Nice)
  • Defesas: Bartosz Bereszynski (Empoli), Sebastian Walukiewicz (Empoli), Jan Bednarek (Southampton), Pawel Dawidowics (Hellas Verona), Bartosz Salamon (Lech Poznan), Jakub Kiwior (Arsenal), Nicola Zalewski (Roma), Tymoteusz Puchacz (Kaiserslautern)
  • Médios: Kacper Urbanski (Bologna), Bartosz Slisz (Atlanta United), Taras Romanczuk (Jagiellonia), Jakub Piotrowski (Ludogorets), Jakub Moder (Brighton), Piotr Zielinski (Nápoles), Damian Szymanski (AEK), Sebastian Szymanski (Fenerbahçe)
  • Extremos/ Avançados: Przemyslaw Frankowski (Lens), Kamil Grosicki (Pogon Szczecin), Michal Skoras (Club Brugge), Adam Buksa (Antalyaspor), Karol Swiderski (Hellas Verona), Robert Lewandowski (Barcelona), Krzysztof Piatek (Basaksehir)
Seleccionador: Michal Probierz;
Baixa: Arkadiusz MilikAusência: Matty Cash.

Forças: Zielinski herdou a camisola 10 de Krychowiak e quererá mostrar quão bem fez o Inter em garanti-lo a custo zero; Os flanqueadores Frankowski e Zalewski são jogadores que contagiam com a sua entrega e intensidade;
Fraquezas: Robert Lewandoski está a recuperar de uma lesão; Meio-campo mais frágil do que noutras fases finais.

Equipa-Base (3-5-2): Szczesny; Bednarek, Dawidowicz, Kiwior; Frankowski, Slisz, Zielinski, Moder (Szymanski), Zalewski; Swiderski, Piatek (Lewandowski)

    Fernando Santos falhou e Michal Probierz parece estar condenado a falhar também. Mantendo o seu 3-5-2, ligado à corrente pelo trabalho incansável de Frankowski e Zalewski nos corredores, a Polónia pode sofrer bastante neste grupo, rezando para que Lewandowski (confirmado como baixa, pelo menos, para a primeira jornada) contribua de algum modo.
    Sem o avançado do Barcelona, a tendência será juntar Swiderski e Piatek. O selecionador pode também povoar ainda mais o meio-campo, setor onde Zielinski é rei e Slisz pode sair valorizado.

Destaques Individuais (Previsão):


    Com Robert Lewandowski já apontávamos a Polónia ao quarto lugar deste Grupo, sem ele ainda mais. O avançado do Barcelona, num declinar progressividade de rendimento, tem a participação neste Euro em dúvida depois de sofrer uma rotura do bíceps femoral.
    Na ausência de Lew, Piotr Zielinski assumirá as rédeas da equipa. Já confirmado como reforço do Inter a custo zero, o herdeiro do 10 de Krychowiak é daqueles jogadores que sabe cuidar do esférico. O ambidestro Nicola Zalewski será determinante nas suas ações ao longo do flanco esquerdo, e Bartosz Slisz (25 anos) pode mudar-se do EUA para a Europa se demonstrar a sua apetência para matar o jogo adversário.