12 de junho de 2024

Euro 2024: Previsão Grupo B

Em contagem decrescente para o Euro 2024, prosseguimos a sequência de seis artigos de análise detalhada a cada um dos grupos da competição. Neles, pretendemos realizar uma sumária retrospetiva do apuramento de cada seleção, identificando forças e fraquezas, esquematizando como deve jogar cada equipa, até que fase imaginamos que chegue e que jogadores podem brilhar.

    O Grupo B é o grupo da morte. Quis o sorteio que Espanha, Croácia e Itália fizessem uma conferência de bom futebol, apimentada pela irreverente Albânia, que surge relaxada e consciente que 1 ponto seu poderá ser o estragar das aspirações para qualquer uma destas seleções que querem chegar longe. Caso as 3 favoritas consigam derrotar a Albânia, bastará em princípio um empate na liguilha entre o trio para que saia deste Grupo B um dos quatro melhores terceiros. Mas muita atenção, porque este Grupo pode traduzir-se em vários empates.

    Olhando para as equipas, comecemos pela Itália. O facto dos italianos terem falhado a presença no Mundial de 2022 do Qatar (como de resto já tinham falhado também a qualificação para 2018) quase nos faz esquecer que a Itália chega à Alemanha com o estatuto de detentor do troféu. Vitoriosa com Mancini nas grandes penalidades contra a Inglaterra, em Wembley, a Squadra Azzurra já não tem a portentosa dupla Bonucci-Chiellini nem jogadores impactantes como Insigne e Verratti, este último a competir no Qatar. A atravessar um processo de renovação, os italianos têm agora Luciano Spalletti como selecionador, e não será exagero considerar o ex-Nápoles o melhor treinador entre os 24 em prova, um fator que pode fazer diferença. Apurada em igualdade pontual com a Ucrânia, e com 6 pontos a menos do que a Inglaterra (os ingleses venceram os italianos nos dois jogos), a Itália deve abraçar a sua natureza de equipa cínica e rigorosa no processo defensivo, algo que fica facilitado pelo aparecimento de excelentes defesas como Buongiorno, Bastoni e Calafiori. O 4-3-3, esquema preferido de Spalletti, foi dificultado pela lesão de Berardi e o abdicar de Orsolini na filtragem da pré-convocatória para os 26 finais leva-nos a acreditar que o 3-4-2-1 será a formação utilizada.
    A Espanha caiu no Euro 2020 precisamente diante da Itália, numas meias-finais que surgiram duas fases depois de La Roja ter eliminado... a Croácia. O futebol espanhol viveu entretanto um tumulto mediático com Rubiales, e Luis Enrique está agora no PSG, com Luis de la Fuente a assumir o seu lugar. Na antecipação deste Grupo B é curioso revisitar a final four da última Liga das Nações: em Junho de 2023, a Espanha sagrou-se campeã ao vencer a Croácia nas grandes penalidades, tendo eliminado antes a Itália nas meias.
    A Croácia não tem consigo transpor para europeus o seu brilho em mundiais. A seleção de Modric foi vice-campeã do mundo em 2018, ficou em 3º lugar no Qatar (2022), mas no Velho Continente tem-se ficado pelos oitavos, sendo necessário recuar até 2008 para encontrar uma presença nos quartos. A qualificação não foi brilhante (Turquia venceu o grupo) mas todos sabemos como se comporta a Croácia de Dalic (selecionador desde 2017) na Hora H: Modric, Perisic, Brozovic, Kramaric e Kovacic estão todos com idades compreendidas entre os 30 e os 38, compensando em capacidade de lidar com a pressão o eventual menor fulgor físico.
    A Albânia corre por fora. Comandados pelo antigo lateral do Arsenal, o brasileiro Sylvinho, os albaneses bateram a Chéquia e a Polónia no grupo de apuramento, e estão neste grupo para fazer uma "gracinha". A convocatória gerou alguma polémica (ficaram de fora nomes como Uzuni e Cikalleshi) e podem esperar umas quantas tentativas de meia distância do esquerdino Asani.

    Adivinhar a classificação do Grupo B é o maior desafio na fase de grupos do Euro 2024. Torcemos para que esteja aqui um dos melhores terceiros, para que os melhores jogadores perdurem em competição na fase a eliminar. O mais seguro será imaginar que a Espanha vai ter maior posse de bola nos três jogos (o que não significa que os ganhe) e, para a Itália, entrar a vencer diante da Albânia será imprescindível para encarar os restantes 2 jogos doutra forma.

    Fiquem então com a análise mais aprofundada do Grupo B:

1. ESPANHA  
(Previsão: Quartos-de-final, eliminada pela Alemanha)

  • Guarda-Redes: Unai Simón (Athletic Bilbao), David Raya (Arsenal), Álex Remiro (Real Sociedad)
  • Defesas: Dani Carvajal (Real Madrid), Jesús Navas (Sevilha), Robin Le Normand (Real Sociedad), Dani Vivian (Athletic Bilbao), Aymeric Laporte (Al Nassr), Nacho Hernández (Real Madrid), Álex Grimaldo (Bayer Leverkusen), Marc Cucurella (Chelsea)
  • Médios: Rodri (Manchester City), Martín Zubimendi (Real Sociedad), Mikel Merino (Real Sociedad), Pedri (Barcelona), Fermín López (Barcelona), Álex Baena (Villarreal), Fábian Ruiz (PSG)
  • Extremos/ Avançados: Dani Olmo (RB Leipzig), Lamine Yamal (Barcelona), Nico Williams (Athletic Bilbao), Ayoze Pérez (Bétis), Mikel Oyarzabal (Real Sociedad), Ferran Torres (Barcelona), Joselu (Real Madrid), Álvaro Morata (Atlético Madrid)
Seleccionador: Luis de la Fuente;
Baixas: Gavi, Isco; Ausências: Pedro Porro, Pau Torres, Pau Cubarsí, Marcos Llorente.

Forças: Capacidade de ter bola conservada, uma realidade que Luis de la Fuente tem que perceber que Croácia e Itália podem até agradecer; Contar com o melhor médio defensivo do mundo (Rodri) é um grande bónus; Lamine Yamal (16 anos) e Nico Williams podem ser uma tremenda dor de cabeça para qualquer defesa, dotando a Espanha de uma vertigem que faltava às suas últimas equipas, hábeis a exercer controlo mas inaptas a desequilibrar individualmente;
Fraquezas: Risco de acumular percentagens absurdas de posse de bola e colecionar oportunidades, sem as materializar; Morata continua a merecer a confiança, e até foi promovido a capitão, faltando perceber como essa promoção impacta o seu rendimento; Grimaldo deveria ser titular indiscutível mas não nos surpreende que Cucurella ganhe a pole position em alguns jogos.

Equipa-Base (4-3-3): Unai Simón; Carvajal, Le Normand, Laporte, Grimaldo (Cucurella); Rodri, Pedri, Dani Olmo; Yamal, Nico Williams (F. Ruiz), Morata

    Dizer que a Espanha vai jogar em 4-3-3 é quase um pleonasmo. Luis de la Fuente herdou La Roja de Luis Enrique, mas ao contrário do técnico do PSG, o novo selecionador pode apostar num onze com mais rasgo, velocidade ou vertigem.
    Lá atrás, há poucas dúvidas. Unai Simón é o titular e, sobretudo depois de Porro e os Paus (Torres e Cubarsí) ficarem fora da convocatória, é praticamente certo que Carvajal será o lateral direito, com Le Normand e Laporte a formarem parceria no centro da defesa. À esquerda, Grimaldo (melhor lateral esquerdo do mundo em 23/ 24) deveria ter lugar cativo. Mas achamos que de la Fuente pode utilizar Cucurella mais tempo do que seria expectável.
   Rodri é o grande jogador desta Espanha, e Pedri (fisicamente não está a 100%) será a sua companhia. Quanto ao terceiro médio, tanto pode ser Dani Olmo (que também pode atuar mais solto no trio de ataque) como Fábian Ruiz ou Merino.
    Quem tem Lamine Yamal (16 anos e um fora de série) e Nico Williams tem que aproveitar, mas alguma prudência do selecionador pode levar a que Nico seja guardado no banco. Morata é o capitão e será titular, ficando Joselu à espreita de poder decidir jogos nos últimos minutos, uma especialidade sua.

Destaques Individuais (Previsão):


    O melhor médio defensivo do mundo é espanhol. Rodri, legítimo herdeiro de Busquets, é a principal figura desta Espanha e, depois de mais uma temporada fantástica pelo Manchester City, esperamos vê-lo a ser o verdadeiro líder em campo desta geração, porventura arriscando mais com bola.
    Lamine Yamal é um jogador doutra galáxia. O menino do Barcelona, filho de pai marroquino e mãe da Guiné Equatorial, tem apenas 16 anos, e comemorará os seus 17 precisamente na véspera da final deste Euro 2024. Driblador inteligente, levou os seus TPC's na mochila para a Alemanha e, com personalidade e categoria que distingue os geniais dos outros, é candidato a jovem jogador do torneio.
    Familiarizados com os estádios alemães estão Dani Olmo e Álex Grimaldo. O novo número 10 da Espanha, jogador do Leipzig, pode representar a ligação entre o meio-camo e o ataque, e a presença da Croácia neste grupo - Olmo jogou no Dínamo Zagreb - será um extra para si. Quanto a Grimaldo, é certo que no Leverkusen chegou aos 12 golos e 16 assistências a jogar como ala e não como lateral, mas será um crime se o selecionador preferir Cucurella.
    Temos curiosidade para ver que Morata aparece neste Euro, com Joselu a querer agarrar qualquer oportunidade que tenha, mas as maiores expetativas estão mesmo sobre Pedri, jogador que 3 anos mais tarde volta a poder encantar o mundo num Europeu, e Nico Williams, um super jogador que muito dificilmente continuará em Bilbao depois deste mês de futebol.

2. ITÁLIA  
(Previsão: Quartos-de-final, eliminada pela Inglaterra)

  • Guarda-Redes: Gigi Donnarumma (PSG), Guglielmo Vicario (Tottenham), Alex Meret (Nápoles)
  • Defesas: Giovanni Di Lorenzo (Nápoles), Raoul Bellanova (Torino), Matteo Darmian (Inter), Alessandro Buongiorno (Torino), Federico Gatti (Juventus), Gianluca Mancini (Roma), Riccardo Calafiori (Bologna), Alessandro Bastoni (Inter), Federico Dimarco (Inter), Andrea Cambiaso (Juventus)
  • Médios: Jorginho (Arsenal), Bryan Cristante (Roma), Nicolò Fagioli (Juventus), Nicolò Barella (Inter), Michael Folorunsho (Hellas Verona), Davide Frattesi (Inter), Lorenzo Pellegrini (Roma)
  • Extremos/ Avançados: Giacomo Raspadori (Nápoles), Mattia Zaccagni (Lázio), Stephan El Shaarawy (Roma), Federico Chiesa (Juventus), Mateo Retegui (Génova), Gianluca Scamacca (Atalanta)
Seleccionador: Luciano Spalletti;
Baixas: Giorgio Scalvini, Francesco Acerbi, Destiny Udogie, Domenico Berardi; Ausência: Riccardo Orsolini.

Forças: Luciano Spalletti será porventura o melhor treinador em competição; Defesa pode ser uma das mais fortes do Euro, parecendo um sonho um trio formado por Buongiorno, Calafiori e Bastoni, embora o selecionador pareça mais inclinado para lançar Di Lorenzo ou Darmian em vez do central do Bologna; Jorginho e Donnarumma quererão replicar o nível do último Europeu e Nicolò Barella quer mostrar que esta é a sua Itália;
Fraquezas: Qualidade na transição não será problema com Dimarco e Bellanova/ Cambiaso no 11, mas a concretização está ultra-dependente de Scamacca e Chiesa, parecendo fundamental o surgir de um jogador como Pellegrini ou até Frattesi num bom plano ofensivo; Contrariamente à Croácia e à Espanha, o melhor 11 ainda não parece estar 100% encontrado.

Equipa-Base (3-4-2-1): Donnarumma; Di Lorenzo (Calafiori), Buongiorno, Bastoni; Bellanova, Jorginho, Barella, Dimarco; Pellegrini (Frattesi), Chiesa; Scamacca

    Fã confesso de 4-3-3, Luciano Spalletti deve abdicar do seu esquema preferido, uma disposição com que aliás Roberto Mancini foi campeão no Euro 2020. A piada do futebol de seleções está em não se poder contratar jogadores, o que condiciona os selecionadores ao desafio de encontrar o 11 e a tática que melhor serve as caraterísticas de cada geração de jogadores desse país.
    Detentores do troféu mas sem qualquer pressão - dificilmente alguém os colocará nos 5 principais favoritos - os italianos têm em Spalletti um treinador sábio, o que nos leva a crer que durante a fase de grupos o ex-Nápoles fará pequenas afinações.
    De raíz, Donnarumma (eleito o MVP do Euro 2020) deve ter à sua frente Buongiorno e Bastoni. O terceiro central deve ser alguém com capacidade de atuar a lateral, na linha de Di Lorenzo ou Darmian, embora no nosso entender a melhor versão desta Itália possa surgir com Buongiorno, Calafiori e Bastoni em uníssono.
    Bellanova e Dimarco vão abrir bem o campo, e no miolo há Jorginho, Barella (deve falhar o jogo inaugural) e Pellegrini, parecendo-nos que Frattesi quer intrometer-se e conquistar a titularidade. Chiesa e Scamacca estão em vantagem no ataque, com Retegui a ter a sua oportunidade se Scamacca vacilar.

Destaques Individuais (Previsão):


    Nesta Itália não há alguém como Baggio, Totti ou Del Piero, mas também não havia no Euro 2020 e os transalpinos superaram toda a gente. Não colocamos a Itália a chegar mais longe do que os quartos-de-final simplesmente por sentirmos que há muitos pormenores que ainda teriam que virar certeza, pela menor experiência (era muito diferente, há três anos, contar com Bonucci e Chiellini como centrais) e por esta parecer uma fase de transição da Itália.
    Nicolò Barella é o médio mais fascinante do futebol italiano e recai sobre ele a responsabilidade de tornar o sonho um pouco mais real. A defesa poderá ser o ponto forte desta Itália, e Alessandro Buongiorno tem o perfil certo para emergir como novo central da moda. O jogador do Torino já é pretendido por Inter e Nápoles, equipas que deveriam apressar-se antes que outros gigantes o "descubram". Bastoni toda a gente conhece, mas Riccardo Calafiori (época impressionante no Bologna) pode ser a peça que falta para fazer desta defesa uma muralha. O jogador que em pequeno era levado diariamente por De Rossi para o centro de treinos da Roma é uma estrela prestes a nascer.
    Além de tudo isto, a Itália precisará de golos e de energia. Gianluca Scamacca, sempre com a sua bazófia, é o 9 e Federico Chiesa tentará replicar o alto nível do último Europeu. Nos corredores, Federico Dimarco e Raoul Bellanova podem ser a chave de muitos encontros, dificultando o "encaixe" das outras equipas no controlo da turma de Spalletti.

3. CROÁCIA  
(Previsão: Oitavos-de-final, eliminada por Portugal)

  • Guarda-Redes: Dominik Livakovic (Fenerbahçe), Nediljko Labrovic (Rijeka), Ivica Ivusic (Pafos FC)
  • Defesas: Josip Juranovic (Union Berlin), Josip Stanisic (Bayer Leverkusen), Josip Sutalo (Ajax), Domagoj Vida (AEK), Marin Pongracic (Lecce), Martin Erlic (Sassuolo), Josko Gvardiol (Manchester City), Borna Sosa (Ajax)
  • Médios: Marcelo Brozovic (Al Nassr), Luka Modric (Real Madrid), Mateo Kovacic (Manchester City), Lovro Majer (Wolfsburgo), Luka Sucic (RB Salzburgo), Nikola Vlasic (Torino), Mario Pasalic (Atalanta), Martin Baturina (Dínamo Zagreb)
  • Extremos/ Avançados: Ivan Perisic (Hajduk Split), Marco Pasalic (Rijeka), Marko Pjaca (Rijeka), Luka Ivanusec (Feyenoord), Andrej Kramaric (Hoffenheim), Ante Budimir (Osasuna), Bruno Petkovic (Dínamo Zagreb)
Seleccionador: Zlatko Dalic;

Forças: Experiência e estabilidade; Luka Modric (38 anos) é futebolisticamente imortal e os croatas, chegando à fase a eliminar, são muito complicados de ultrapassar; Livakovic foi um dos melhores guarda-redes do Mundial 2022; Versatilidade tática conferida pela possível utilização de Majer e/ ou Kramaric no trio de ataque.  
FraquezasHipotética utilização de Gvardiol como defesa esquerdo e não como central pode deixar o eixo defensivo mais permeável; Brozovic vem com ritmo das Arábias e embora haja soluções (baixar Kovacic e acrescentar Pasalic ou Majer no trio de médios) nenhum jogador tem o perfil exato do centro-campista do Al Nassr.

Equipa-Base (4-3-3): Livakovic; Stanisic, Sutalo, Erlic (Pongracic), Gvardiol; Brozovic, Modric, Kovacic; Perisic (Majer), Kramaric, Budimir (Petkovic) 

    Não surpreende que pouca coisa tenha mudado no terceiro classificado do Mundial 2022 do Qatar. Zlatko Dalic tem a lição bem estudada e a fórmula mantém-se, sendo de esperar que a Croácia ganhe outro ânimo na fase a eliminar.
    No 4-3-3 do costume, o elástico Livakovic deve testemunhar a novidade Stanisic à direita, existindo a dúvida relativa ao posicionamento de origem de Josko Gvardiol: o defesa do Manchester City pode atuar à esquerda (passando Sutalo a ter ao seu lado Erlic ou Pongracic) ou integrar a dupla de centrais, o que faria de Sosa um titular.
    No meio-campo, Modric, Brozovic e Kovacic conhecem-se de olhos vendados. Majer, Pasalic e Vlasic podem dar o seu contributo no meio ou num corredor, com a nuance do 4-3-3 se transformar facilmente em 4-4-2. Desconhecemos qual será a primeira escolha entre Budimir e Petkovic, mas Kramaric é uma certeza no onze. 

Destaques Individuais (Previsão):


    Luka Modric tem 38 anos, mas sempre que o árbitro dá o apito inicial num jogo de Euro ou Mundial, passa a ter 28. O médio do Real Madrid, um dos jogadores com mais alto rendimento em fases finais nos últimos anos, sabe que esta deve ser a sua última grande competição. Nem só Toni Kroos quer sair pela porta grande.
    Heróis no Mundial, Josko Gvardiol e Dominik Livakovic chegam à Alemanha com outro estatuto. O melhor defesa croata até pode começar à esquerda, mas achamos muito difícil que por lá se mantenha muito tempo, e o novo guarda-redes de José Mourinho deve estar ansioso por ter novas grandes penalidades na fase a eliminar. É um especialista.
    Interessa-nos também observar Andrej Kramaric, jogador que no Hoffenheim é inteligentíssimo nos movimentos entre o meio-campo e o ataque, e Mateo Kovacic, aos 30 anos o mais jovem dos centro-campistas, tem obrigação de correr mais do que os outros. Caso marque, já se sabe que será um grande golo.

4. ALBÂNIA  

  • Guarda-Redes: Etrit Berisha (Empoli), Thomas Strakosha (Brentford), Elhan Kastrati (Cittadella)
  • Defesas: Elseid Hysaj (Lázio), Iván Balliu (Rayo Vallecano), Arlind Ajeti (Cluj), Berat Djimsiti (Atalanta), Enea Mihaj (Famalicão), Marash Kumbulla (Sassuolo), Ardian Ismajli (Empoli), Mario Mitaj (Lokomotiv), Naser Aliji (Voluntari)
  • Médios: Klaus Gjasula (Darmstadt 98), Amir Abrashi (Grasshoppers), Ylber Ramadani (Lecce), Kristjan Asllani (Inter), Qazim Laçi (Sparta Praga), Nedim Bajrami (Sassuolo), Medon Berisha (Lecce)
  • Extremos/ Avançados: Jasir Asani (Gwangju), Arber Hoxha (Dínamo Zagreb), Rey Manaj (Sivasspor), Taulant Seferi (Baniyas), Ernest Muçi (Besiktas), Mirlind Daku (Rubin Kazan), Armando Broja (Fulham)
Seleccionador: Sylvinho;
Ausências: Sokol Cikalleshi, Myrto Uzuni.

Forças: Zero pressão, sendo esta apenas a segunda presença em fases finais, com a motivação de ser o outsider no grupo da morte mas querer igualar os 3 pontos de 2016; Asllani é um médio completíssimo e Asani tem uma grande inclinação para só marcar grandes golos;
Fraquezas: Evidente menor qualidade dos intérpretes; Sylvinho alvo de alguma contestação interna; Nenhum dos dois melhores guarda-redes (Berisha e Strakosha) foi titular esta temporada.

Equipa-Base (4-3-3): Berisha; Hysaj, Ismajli, Djimsiti, Mitaj; Ramadani, Asllani, Bajrami; Asani, Seferi (Manaj), Broja

    Muito dificilmente veremos a Albânia em algo diferente do seu 4-3-3. Disciplinados com Sylvinho, selecionador exigente e que quer todos os elementos a dar 101%, os albaneses terão em Djimsiti (capitão e central da Atalanta) o seu comandante, com Mitaj a aventurar-se a partir da esquerda.
    Ramadani e Asllani serão certamente mais trabalhadores do que Bajrami, jogador por vezes aburguesado por força do maior virtuosismo técnico. O tridente ofensivo deverá ser composto por Asani e Seferi, com Armando Broja ao centro.

Destaques Individuais (Previsão):


    Nesta Albânia, Kristjan Asllani salta à vista como o jogador mais especial. O médio que o Inter recrutou ao Empoli (equipa com tradição de jogadores albaneses) sabe sempre o que fazer à bola, e muito trabalho terá ao acumular divididas com Modric, Pedri ou com o seu colega de equipa Barella.
    Broja, avançado que o Chelsea emprestou ao Fulham de Marco Silva, é o homem-golo, mas temos mais curiosidade em ver como Jasir Asani aplica a sua meia distância nas diagonais a partir da direita. O jogador de 29 anos, que atua na Coreia do Sul, é uma aposta outsider para autor do golo do torneio.
    Finalmente, Mario Mitaj. Sylvinho tem sido criticado por muita coisa na Albânia, mas a aposta em Mitaj (20 anos, jogador do periférico Lokomotiv Moscovo) convenceu tudo e todos. Um ex-lateral sabe avaliar um lateral.

0 comentários:

Enviar um comentário