1 de junho de 2016

100 Melhores Personagens de Séries - Nº 21



Série: The Big Bang Theory
Actor: Jim Parsons


por SWP

    Sheldon Cooper é a personagem central de “A Teoria do Big Bang”, genialmente interpretada por Jim Parsons, o que lhe valeu já inúmeros prémios e nomeações nos últimos anos.
    Curiosamente, a personagem ganhou este nome em homenagem ao actor/ produtor Sheldon Leonard e ao Nobel da Física Leon Cooper.
    Sheldon é um físico teórico em Caltech (Pasadena, Califórnia), que veste habitualmente t-shirts de super heróis sobre uma blusa de manga comprida, e tem como melhor amigo o companheiro de casa e físico experimental Dr. Leonard Hofstadter (Johnny Galecki), e secundariamente Howard Wolowitz (Simon Helberg) e Raj Koothrappali (Kunal Nayyar). Considerado por muitos como o ser mais arrogante, frio, intolerante, desagradável, antissocial e egocêntrico alguma vez visto, Sheldon foi (e talvez ainda seja) uma criança prodígio com um QI acima da média, que faz questão de realçar. Este complexo de superioridade leva-o frequentemente a desprezar aqueles que considera inferiores, ou seja, todos. Quando questionado acerca do seu estado mental, afirma sem qualquer dúvida “I’m not crazy. My mother had me tested”.

    Natural do Texas, Sheldon é filho da entusiasta cristã Mary Cooper (Laurie Metcalf) e do falecido George Cooper, e irmão de George e da gémea Missy Cooper (Courtney Henggeler), que acredita ser a única pessoa no mundo com potencial para gerar outro ser superior, à sua semelhança.
    Obcecado pela rotina e por padrões, Sheldon segue criteriosamente as actividades específicas de cada dia e hora, tentando incutir nos outros as mesmas regras (absurdas!), através da criação de contratos de companheiros de casa, contratos de amizade ou de relacionamento, sempre em seu benefício, ou simplesmente vencendo-os pelo cansaço. A roupa é lavada aos sábados às 20h15, e existem horas determinadas para ir à casa-de-banho. Qualquer mudança é geradora de uma enorme angústia.
    Algumas especulações levam-nos a crer que esta personagem apresenta características da síndrome de Asperger (do espectro do autismo) e do transtorno obsessivo compulsivo.  É um seguidor nato de padrões, meticuloso e cheio de manias, sendo uma das mais flagrantes aquela que revela quando bate à porta de alguém, com um padrão de três batidas seguido do nome da pessoa que está a interpelar: “knock knock knock Penny! knock knock knock Penny! knock knock knock Penny!”. Para além disso, ai de quem ocupar o seu lugar no sofá – dá origem a entrada directa na sua lista de inimigos mortais.
    Nesta mistura quase perfeita entre genialidade, arrogância e ingenuidade, este geek teimoso, é fã de figuras de acção, banda desenhada, jogos de vídeo, do Professor Proton, de Stephen Hawking, e do seu sempre presente quadro branco, onde anota teorias e equações superiores. Ah, e claro… fã incondicional do Star Trek, o que o levou a criar, inclusive, o seu próprio jogo de “pedra papel tesoura”, integrando Spock: “scissors cuts paper, paper covers rock, rock crushes lizard, lizard poisons Spock, Spock smashes scissors, scissors decapitates lizard, lizard eats paper, paper disproves Spock, Spock vaporizes rock, and as it always has, rock crushes scissors”.

    A par de uma enorme inteligência racional, quando se trata de inteligência emocional, encontramos em Sheldon um enorme ponto fraco (quase um “black hole”). Foge de qualquer forma de contacto físico, não fosse ele sofrer de germofobia, tornando hilariantes as raras aproximações físicas que faz. Infantil, socialmente inapto e inadaptado, este ser-que-muitos-questionam-ser-um-robot, não entende as convenções sociais. Por isso, aprende uma (talvez a única), que utiliza regularmente: quando alguém está triste, a convenção social diz-lhe que deve oferecer uma bebida quente.
    No fundo, talvez seja a personagem mais pura da série, algo imaturo, com dificuldade em compreender o sarcasmo, embora ele próprio use e abuse da ironia - “Bazinga” é a palavra de ordem de Sheldon quando brinca. À semelhança de uma criança não sabe conduzir, mentir ou guardar segredos, e os tiques faciais denuncionam-no facilmente quando o tenta fazer. Refere-se carinhosamente à avó como Meemaw e ao avô como Pop-Pop, sendo este último o motivo pelo qual Sheldon não gosta do Natal, pois sempre pediu que o avô regressasse e tal nunca aconteceu.
    Por fim, e apesar do número limitado de amigos, Sheldon vai demonstrando no decorrer das temporadas uma maior flexibilidade, aceitando Penny (Kaley Cuoco), Bernadette (Melissa Ivy Rauch) e Amy (Mayim Bialik) como parte do seu grupo social, e até esporadicamente, Stuart (Kevin Sussman), dono de uma loja de banda desenhada. Apesar de o considerarem um ser assexuado, conhece a neurobióloga Amy Farrah Fowler após os amigos Howard e Raj lhe terem criado um perfil num site de encontros. Amy é a versão feminina de Sheldon, e vem a tornar-se sua namorada. Os momentos a dois destas personagens fazem-nos soltar gargalhadas, pela falta de jeito de ambos, a par da tentativa de fuga de Sheldon e tentativa de aproximação de Amy, que culmina finalmente num beijo no episódio “The Locomotive Manipulation”, em que o Dr. Cooper esquece por instantes a sua fobia por germes e beija Amy enquanto se encontram no seu meio de transporte favorito: o comboio.

    E para nos despedirmos de Sheldon, nada como finalizarmos com a sua música de eleição:

“Soft kitty
Warm kitty
Little ball of fur
Happy kitty
Sleepy kitty
Purr Purr Purr”                          

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Nota Editorial: A compilação/ organização e ordem das personagens deste Top é responsabilidade de Miguel Pontares e Tiago Moreira. Os textos tiveram a colaboração de Lorena Wildering, Nuno Cunha, Cê e SWP.
Foram tidos em consideração séries com pelo menos 1 temporada, concluída a 1 de Outubro de 2015. Mais informamos que poderão existir spoilers relativos às personagens e/ ou às séries que elas integram, passíveis de constar na defesa e caracterização de cada uma das 100 personagens.

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