Balanço Final - Liga NOS 18/ 19

A análise detalhada ao campeonato em que houve um antes e um depois de Bruno Lage. Em 2018/ 2019 houve Reconquista.

Prémios BPF Liga NOS 2018/ 19

Portugal viu um médio carregar sozinho o Sporting, assistiu ao nascer de um prodígio, ao renascer de um suiço, sagrando-se campeão quem teve um maestro e um velocista.

Balanço Final - Premier League 18/ 19

Na melhor Liga do mundo, foram 98 contra 97 pontos. Entre citizens e reds, entre Bernardo Silva e van Dijk, ninguém merecia perder.

Os Filmes mais Aguardados de 2019

Em 2019, Scorsese reúne a velha guarda toda, Brad Pitt será duplo de Leonardo DiCaprio, Greta Gerwig comanda um elenco feminino de luxo, Waititi será Hitler, e Joaquin Phoenix enlouquecerá debaixo da maquilhagem já usada por Nicholson ou Ledger.

21 Novas Séries a Não Perder em 2019

Renasce The Twilight Zone, Ryan Murphy muda-se para a Netflix, o Disney+ arranca com uma série Star Wars e há ainda projectos de topo na HBO e no FX.

18 de novembro de 2015

Crítica: The Hunger Games: Mockingjay - Part 2

Realizador: Francis Lawrence
Argumento: Peter Craig, Danny Strong, Suzanne Collins (Livro)
Elenco: Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Liam Hemsworth, Woody Harrelson, Donald Sutherland, Julianne Moore, Philip Seymour Hoffman, Sam Caflin
Classificação IMDb: 6.6 | Metascore: 65 | RottenTomatoes: 70%
Classificação Barba Por Fazer: 68

    O Barba Por Fazer esteve ontem na Antestreia do capítulo final de The Hunger Games. A despedida de Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) chega hoje à noite às salas de cinema portuguesas, ampliando a oferta de horários no dia de amanhã.
    De repente, o mimo-gaio não canta mais. Mais um franchise de sucesso que chega ao fim, depois de 'Harry Potter' ou da passagem dos trabalhos de J. R. R. Tolkien para o grande ecrã; mas, em sintonia com a revolução de Katniss em Panem, há esperança. Em 2016 será a vez de 'Fantastic Beasts and Where to Find Them', e dentro de um mês o Natal chega mais cedo com 'Star Wars'. Para não falar do gigantesco plano que existe tanto para os filmes da Marvel como da DC. Os estúdios e produtores adoram a rentabilidade do formato franchise, portanto mais virão - o CEO da Lionsgate, Jon Feltheimer, já disse, em relação a 'The Hunger Games', que estão a ser activamente avaliadas possibilidades de uma prequela ou sequela - já que começa a ser banal fazerem-se remakes ('Memento'? A sério?) ou reboots, em vez de criar de raíz algo original.

    Voltando a Panem, 'Mockingjay - Part 1' terminara com os vencedores a serem resgatados, percebendo-se no final a lavagem cerebral de que Peeta (Josh Hutcherson) fora alvo, virando-o contra Katniss, e tornando-o violento e imprevisível. Na segunda metade da Revolta, a guerra tem a sua apoteose. Katniss deixa o Distrito 13 e integra o Esquadrão 451 - constituído também, entre outros, por Gale (Liam Hemsworth), Finnick (Sam Caflin), Cressida (Natalie Dormer), Pollux (Elden Henson) e, mais tarde, Peeta - com a missão oficial de gravar vídeos de propaganda, e missão secreta de avançar pelo Capitólio, ultrapassando múltiplas armadilhas, até tomar a mansão e assassinar o presidente Snow (Donald Sutherland).

    Embora todo o filme, especialmente o último Acto, esteja carregado pela nostalgia e emoção de uma despedida definitiva, há reparos a fazer nesta Parte 2. É invariavelmente melhor que a metade anterior (que pareceu sempre um arrastar desnecessário, com vista a um maior box office mas oferecendo um pior produto artístico), mas o segundo 'Catching Fire' acaba por ser o mais interessante dos quatro filmes.
    Desta vez, a sensação que fica é a de que a adaptação do livro para Argumento por parte de Peter Craig e Danny Strong deixa a desejar. Com 2 horas e 17 minutos, para quem leu este quarto volume de Suzanne Collins, pode-se fazer a análise de que há períodos que são explorados sem grande necessidade, retirando depois impacto e a devida cama a dois ou três momentos do filme que podiam ser muito mais marcantes, do ponto de vista emocional e gráfico. SPOILERS até ao final deste parágrafo: teria resultado este filme começar com um flashback com o que Peeta sofrera no Capitólio (não desrespeitava o livro por completo, e causava uma primeira impressão forte, puxando por Josh Hutcherson); o momento das crianças e de Primrose junto da mansão de Snow merecia ser muito mais forte; e o próprio reencontro de Katniss com Buttercup (fica apenas subentendido que andou sozinho desde o Distrito 13 até casa) é satisfatório q.b.
    A relação de Katniss com o danificado Peeta, a conversa com Snow numa estufa cheia de rosas brancas, uma seta a pôr fim a um sistema, e o reencontro de Katniss com um velho "amigo" felino são alguns dos destaques no ponto final de uma saga que soube garantir um lugar especial no Cinema e particularmente no coração de muitos fãs. 'The Hunger Games' não criou uma legião eterna como 'Harry Potter' mas será sempre visto como um marco na afirmação mediática de Jennifer Lawrence (é impossível tirar os olhos dela sempre que surge no ecrã).
    Cabelo escuro, a trança a deslizar de lado, olhos pintados, lábios carnudos, arco e flecha. Houve e haverão poucos ícones revolucionários assim.
    Verdade ou Mentira? Verdade.

17 de novembro de 2015

Revisão: 'Master of None'

Criado por
Aziz Ansari, Alan Yang

Elenco
Aziz Ansari, Noël Wells, Eric Wareheim, Lena Waithe, Kelvin Yu, Shoukath Ansari

Canal: Netflix

Classificação IMDb: 8.2 | Metascore: 91 | RottenTomatoes: 100%
Classificação Barba Por Fazer: 78


- Abaixo podem encontrar Spoilers - 

A História: 

    Aziz Ansari, que serviu 'Parks and Recreation' como Tom Haverford durante mais de uma centena de episódios, abriu asas, juntou-se a Alan Yang, argumentista e produtor na série da NBC, e juntos criaram a nova comédia da Netflix.
    'Master of None', já um sucesso aos olhos da crítica, funciona por várias razões. Os episódios, que são 10 no total, vêem-se com a facilidade com que se vê 'Silicon Valley', há uma certa reflexão dramática que faz lembrar o que a HBO tentou fazer com 'Togetherness' (que é inferior a este projecto do actor-argumentista Aziz Ansari) e, elogio dos elogios, há algo de 'Seinfeld' em 'Master of None'. Difícil de explicar o quê, no entanto.
    Quando Ansari falou com Jimmy Fallon no The Tonight Show, explicou que um dos objectivos de 'Master of None' era trabalhar de forma inteligente as minorias, satirizando vários estereótipos relativos a indianos e ao papel dos indianos na televisão e cinema norte-americanos. Daí que, enquanto noutras séries de comédia há 1 amigo indiano (e nunca mais que um!) num conjunto de amigos, em 'Master of None', o núcleo-duro de amigos de Dev (Aziz Ansari) contém apenas 1 amigo caucasiano. E é neste tipo de pequenas coisas que se faz o bom humor, com uma nova e interessante perspectiva, da série da Netflix.
    Em jeito de sinopse, cada um dos dez episódios da temporada de estreia explora principalmente um tema (coisas tão diferentes como a diáspora de antigas gerações do Oriente para os EUA, o preconceito da televisão norte-americana em relação aos indianos, as rotinas matinais de um casal ou a realidade dos idosos num lar) conseguindo ainda assim manter uma linha transversal e evolutiva. Os episódios têm de facto uma sequência, não caindo no corriqueiro e pouco chamativo cliché das sitcoms de cada episódio ser uma unidade quase isolada. Ansari, como Dev, é um actor que tenta singrar na indústria artística, enquanto reflecte sobre um conjunto de questões-chave sobre a sua vida pessoal e profissional.
    
    
A Personagem: Arnold (Eric Wareheim).
    Nos Estados Unidos, o pai de Aziz Ansari, Shoukath Ansari (que é Ramesh, pai de Dev, mantendo os laços familiares no ecrã) tem sido abundantemente elogiado. O homem tem a sua piada, mas não se pode dizer que seja um achado como actor. Curiosamente, talvez seja esse diferencial de qualidade o que o torna cómico. Numa série capaz de integrar em alguns episódios Claire Danes (Homeland), Danielle Brooks (Orange is the New Black) e a veterana Lynn Cohen, o destaque é, primeiro que tudo, o conjunto. Mas nesse conjunto há duas personagens especiais: Rachel, com Noël Wells a revelar-se a actriz mais interessante do elenco e a justificar o porquê de ter feito parte do Saturday Night Live e, finalmente, Arnold. A personagem de Eric Wareheim - entra em 6 episódios, e realizou quatro - é uma criança aprisionada dentro do corpo de um gigante, basicamente. É cómico, é estranho, e tem quase 2 metros de altura. 

O Episódio: 10 'Finale'.
    Há, de certo modo, um amadurecimento ao longo de 'Master of None'. A comédia é titular indiscutível mas os episódios que mais atenção dão à relação de Dev com Rachel (Noël Wells) fazem a série fugir do tradicional formato, aproximando-o de um '500 Days of Summer' da Televisão.
    'Finale' pode parecer um nome pouco criativo - confrontado com outros episódios como 'Parents', 'Mornings', 'Nashville' ou 'Indians on TV' - mas a designação tem duplo sentido, não só como finale de temporada. 'Master of None' consegue ser o tipo de série que nos faz sorrir (ou rir, em certos instantes) mas que logo a seguir nos faz dizer "olha, bem visto"; e o décimo episódio é talvez o melhor exemplo disso. Boa escrita, e uma ou outra surpresa bem pensada.

O Futuro: 
    Ainda não foi renovada para uma segunda temporada, mas não demorará a sê-lo. O final de temporada prepara terreno para uma sequela, a Netflix costuma segurar as suas séries com confiança, e o buzz que a série tem gerado só ajudará a dissipar qualquer tipo de dúvidas.
    Aziz Ansari e Alan Yang parecem ter encontrado, ao longo da temporada, a ambiência certa para 'Master of None'. A presença de Noël Wells e um par de cameos como a de Claire Danes nesta temporada, integrando actores ou actrizes improváveis neste habitat, é o que se pede.

16 de novembro de 2015

100 Melhores Personagens de Séries - Nº 95



Série: The Wire
Actor: Dominic West

por Miguel Pontares

    O narcotráfico nas ruas de Baltimore tinha, inevitavelmente, que merecer bastante atenção neste Top-100. Nas menções honrosas puderam encontrar Lester Freamon, Marlo Stanfield e Pryzbylewski e, agora a doer, é o "protagonista" o primeiro a dizer presente. Não há na História da Televisão (só 'Game of Thrones' se aproxima actualmente, mas não é a mesma coisa) nenhuma série com um conjunto tão grande de personagens incríveis. Não seria difícil fazer um Top25 só de 'The Wire', mantendo a bitola alta.
    Hoje em dia vemos Dominic West a dividir o ecrã com Ruth Wilson em 'The Affair', mas entre 2002 e 2008 West foi James "Jimmy" McNulty.
    Para McNulty não havia hierarquia. Em 'The Wire' o detective bêbado e mulherengo era, de certa forma, a personagem central - não a mais interessante - com a sua persistência e teimosia a servir de engrenagem para a mecânica da série de David Simon e Ed Burns. Com um super-ego, o egoísta, arrogante, insubordinado e rebelde Jimmy pareceu sempre estar contra o mundo inteiro. Contra Rawls, pelo menos.
    Apesar do desrespeito pela autoridade (irónico, por ser ele próprio figura de autoridade), pelo sistema e pelo convencional, havia uma pontinha de princípios e ética em McNulty - quando abandonou Theresa num restaurante depois de perceber as suas intenções, ou na última temporada a ouvir um desabafo de Bodie (fantástica a aproximação de dois mundos). A sua esperteza nunca deixou dúvidas a ninguém, bem como o seu carácter impulsivo, nunca fugindo à sua natureza genuína, fazendo sempre as coisas à sua maneira e de cabeça quente. 
    Fica na História a sua parceria com Bunk (Wendell Pierce), com tantos momentos Fuck a aligeirarem um drama por vezes pesado; e a sua rivalidade silenciosa com Stringer Bell (Idris Elba). Há poucos momentos como aquele em que McNulty visita o apartamento de Stringer Bell, sentindo que nunca conheceu realmente aquele que tanto queria apanhar. E a sua frustração ao não ter sido ele a derrotar Bell é a prova de que mais do que "limpar" as ruas, esteve sempre numa cruzada individual. Ele, contra o mundo inteiro. Sempre.
    A traduzir a personagem está a imprudência com que em dado momento usa os seus filhos para o ajudarem numa investigação, ou o seu modus operandi na última temporada, a falsificar várias cenas de crime para "cozinhar" um serial killer imaginário, levando o FBI a traçar um perfil dele próprio, num momento genial.

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Nota Editorial: A compilação/ organização e ordem das personagens deste Top é responsabilidade de Miguel Pontares e Tiago Moreira. Os textos tiveram a colaboração de Lorena Wildering, Nuno Cunha, Cê e SWP.
Foram tidos em consideração séries com pelo menos 1 temporada, concluída a 1 de Outubro de 2015. Mais informamos que poderão existir spoilers relativos às personagens e/ ou às séries que elas integram, passíveis de constar na defesa e caracterização de cada uma das 100 personagens.

15 de novembro de 2015

Crítica: The Stanford Prison Experiment

Realizador: Kyle Patrick Alvarez
Argumento: Tim Talbott
Elenco: Billy Crudup, Michael Angarano, Ezra Miller, Tye Sheridan, Chris Sheffield, Thomas Mann, Ki Hong Lee, Moises Arias, Brett Davern
Classificação IMDb: 6.9 | Metascore: 67 | RottenTomatoes: 83%
Classificação Barba Por Fazer: 73

Em 1971, o professor Philip Zimbardo, da universidade Stanford, na Califórnia, liderou uma experiência invulgar - converteu o Departamento de Psicologia de Stanford numa prisão, e recrutou um conjunto de jovens participantes, pagos diariamente durante as 2 semanas da experiência, dividindo os 24 candidatos seleccionados em prisioneiros e guardas.
    Depois de em 2010 'The Experiment', com Adrien Brody e Forest Whitaker, se ter baseado nesta experiência, 'The Stanford Prison Experiment' é agora o retrato fiel, assente em vários jovens actores com talento e um futuro promissor.
     Zimbardo (Billy Crudup) criou um conjunto de regras para testar a desinvidualização, e tentou intervir/ condicionar a naturalidade da experiência o menos possível, fortemente aconselhado por um antigo recluso, Jesse Fletcher (Nelsan Ellis). Aos guardas eram dados um bastão de madeira, um uniforme, óculos escuros, trabalhando por turnos; enquanto que os prisioneiros eram obrigados a vestir uma espécie de túnica, sem roupa interior, colocando collants de nylon na cabeça e sendo tratados apenas pelo seu número e nunca pelo nome.
    'The Stanford Prison Experiment' é verdadeiramente o acompanhar de uma experiência, na qual fica patente a natureza humana de alguns indivíduos, acordando o pior lado em determinadas circunstâncias. Abuso de poder por parte dos guardas e distúrbios emocionais nos prisioneiros foram algumas das consequências de um estudo que, estando projectado para duas semanas, teve que ser abortado ao fim de 6 dias.
    O lote de voluntários desta experiência em forma de filme, ou filme em forma de experiência, revela um casting bem feito. Michael Angarano, que há alguns anos era uma promessa do cinema, volta a colocar a carreira nos eixos na pele do guarda que leva o seu papel mais a sério; nos prisioneiros, condição que quase todos os voluntários diziam preferir nas entrevistas anteriores à experiência, o grande destaque chama-se Ezra Miller. O prisioneiro 8612 é quem aguenta o filme durante largos minutos, especialmente graças ao seu choque com a personagem de Angarano, e 'The Stanford Prison Experiment' é apenas mais um indicador do potencial do actor nascido em 1992. O seu papel no perturbador 'We Need to Talk About Kevin' é difícil de expulsar das nossas mentes, e desde aí tem acrescentado sempre algo quer a 'The Perks of being a Wallflower' ou, este ano, a 'Trainwreck'. É multi-facetado e em breve será The Flash no cinema, entrando também em 'Fantastic Beasts and Where To Find Them'. Fechados nas celas, lado a lado com Miller, destacam-se ainda Tye Sheridan ('Mud', 'Tree of Life', preparando-se para ser o jovem Cyclops no próximo X-Men) e o menos conhecido Chris Sheffield, a sair da sombra. Mas, sem dizer todos, ainda respondem pelo seu número Ki Hong Lee (o Minho de 'Maze Runner'), Johnny Simmons ou Thomas Mann, este último com uma cameo.
    Em conclusão, 'The Stanford Prison Experiment' é especialmente interessante por ser baseado em factos verídicos. A premissa convence quem vê o trailer, e embora o filme não seja lendário ou algo que se pareça, tem o condão de, graças às boas e convincentes interpretações desta juventude revoltada, não parecer, sequer, um filme. 

14 de novembro de 2015

100 Melhores Personagens de Séries - Nº 96



Série: The Middle
Actor: Atticus Shaffer

por Lorena Wildering


    Do mesmo canal que nos traz a série devoradora de Emmy’s, 'Modern Family', chega-nos a mais convencional 'The Middle'. Apesar das duas terem estreado no mesmo ano e até no mesmo dia (já lá vão seis anos), esta última sempre ficou um pouco esquecida e na sombra da sua série-irmã. Injustamente.
    'The Middle' segue a vida de uma família no estado do Indiana, bem no centro (lá está, “no middle”) dos Estados Unidos: Frankie e Mike Heck, pais de Axl, Sue e Brick. Os Hecks são a típica família working class que vive de salário a salário, sem que nunca sobre um valor significativo ao final do mês.
    Frankie, a narradora da história, vê a família como a coisa mais importante na vida (“You do for family”) e, apesar de ser uma mãe dedicada, é desleixada no que toca à limpeza da casa (um pedaço de fita cola chega para arranjar as muitas coisas que se vão partindo) e aos cozinhados (o jantar é sempre uma escolha entre vários menus de take away). Mike é um pai dedicado mas emocionalmente reservado com uma paixão pelos Indianapolis Colts. Axl é o filho mais velho, preguiçoso, popular na escola e que não poupa comentários sarcásticos. Sue é a filha do meio, sem qualquer talento, de quem nunca ninguém se lembra na escola, mas que pinta sempre o mundo de cor-de-rosa, dê por onde der.

    Chegamos ao dono deste lugar no top: Brick, o filho mais novo. Brick é… diferente. Vive para ler, é excepcionalmente inteligente e culto, mas distrai-se facilmente, o que faz com que se perca vezes sem conta da família e se esqueça de fazer os projectos da escola. Até aqui, tudo bem, mas Brick também é dono de certas particularidades. Deixa-se entusiasmar por tipografia e assim que termina uma frase, tem por hábito repetir e sussurrar uma certa palavra que o intrigue. Mais tarde, ganha o tique de gritar “Whoop!”, especialmente quando está a mentir sobre alguma coisa. Estas atitudes estranhas e diferentes sempre tornaram a vida difícil a Brick, que dificilmente consegue fazer amigos; não que isso o incomode.
    Apesar deste comportamento peculiar que muitas vezes obriga Frankie e Mike a deslocarem-se até à escola para terem reuniões com os seus professores, Brick é sempre o irmão mais posto de parte e esquecido pelos pais, tendo até sido trocado à nascença e passado um mês em casa de uma outra família.

    'The Middle' tem um humor diferente de 'Modern Family'. Aqui não há divórcios, não há meios-irmãos com trinta anos de diferença, nem adopção gay. Aqui não há casarões com piscina, férias no Havaí ou Sidney e pessoas que vivem bem sem trabalhar. 'The Middle' é uma história de uma família dita tradicional que mostra uma dura realidade americana muito comum, mas que lhe confere um humor que nem sempre é dado. Em 'The Middle', uma escapadela de fim-de-semana implica ver reality shows refastelado no sofá com queijo derretido de uma barata fatia de pizza a escorregar pelos cantos da boca. É comum e banal, sim. E por isso é que é tão bom.                                                        

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Nota Editorial: A compilação/ organização e ordem das personagens deste Top é responsabilidade de Miguel Pontares e Tiago Moreira. Os textos tiveram a colaboração de Lorena Wildering, Nuno Cunha, Cê e SWP.
Foram tidos em consideração séries com pelo menos 1 temporada, concluída a 1 de Outubro de 2015. Mais informamos que poderão existir spoilers relativos às personagens e/ ou às séries que elas integram, passíveis de constar na defesa e caracterização de cada uma das 100 personagens.

11 de novembro de 2015

100 Melhores Personagens de Séries - Nº 97



Série: Shameless
Actriz: Emmy Rossum

por Cê


    Fiona é a mais velha dos 6 irmãos de ‘Shameless’, tendo passado por todas as situações degradantes e o mais injustas possível que os seus pais já fizeram passar toda a família. Por ser a mais velha, Fiona adquiriu um lado maternal, responsável, trabalhadora e dona de casa...não quer dizer que seja boa no que faz. Ela tenta...mas sabem como é, não é?
    A rotina habitual de todos nós: Aah a droga! Aah o sexo! Aah tenho um irmão de 1 ano que não fala mas acidentalmente ingeriu a minha cocaína. Ah tenho um irmão que pensa que é um garanhão sexual mas só tem 13 anos, com aparelho, que trafica droga e faz tudo o que o pai lhe diz pois na sua inocência só quer ser o orgulho dele. Aah tenho uma irmã de 15 anos que podia ser a excepção da família e não se meter em drogas, orgias ou álcool... mas será que é? Aah tenho um irmão que herdou a bipolaridade da mãe, é gay “hardcoremente” assumido, anda fugido ao exército, e é ruivo. Aah, tenho um irmão, o Lip, que roda literalmente todos os lábios que andarem atrás dele.
    Acima disto tudo, Fiona tem que ser responsável por todos, tentando proporcionar-lhes uma vida “normal” e com tudo a que têm direito. Dinheiro deve ser a palavra e o objecto menos usado na sua casa, uma vez que não existe. Como acontece a todos os elementos da família Gallagher, Fiona enfrenta situações difíceis, especialmente no que toca a relações amorosas. Em todos os trabalhos que consegue arranjar, há sempre homenS pelo caminho, fazendo-a perder o trabalho e recomeçar...de novo, e de novo, e de novo ...e de novo. Algo que se deve às suas inseguranças e ao quase apelo interno que o seu corpo tem para arruinar o que de bom tem... e à fisionomia masculina.
    Fiona também tem as suas entradas na prisão mas isso é praxe na vida desta família.

   Não só tem de cuidar de 5 miúdos, como tem de se apresentar a Assistentes Sociais como uma pessoa que tem tudo sob controlo, para dali a 10 minutos entrar no seu turno de trabalho no dinner da esquina, enrolar-se com o patrão na dispensa, voltar a tempo para fazer o jantar mas não ter ninguém em casa porque na realidade não tem qualquer tipo de disciplina sobre os irmãos. 
    Fiona Gallagher é a cola de toda a série pois é ela, por vezes com a ajuda de Lip, que tenta sempre remediar as situações dos seus irmãos mais novos, apesar dela própria ser sempre o problema em todas as relações em que entra. O mais importante para ela são os fedelhos, portanto terá que aguentar todas as consequências de tudo o que eles façam.

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Nota Editorial: A compilação/ organização e ordem das personagens deste Top é responsabilidade de Miguel Pontares e Tiago Moreira. Os textos tiveram a colaboração de Lorena Wildering, Nuno Cunha, Cê e SWP.
Foram tidos em consideração séries com pelo menos 1 temporada, concluída a 1 de Outubro de 2015. Mais informamos que poderão existir spoilers relativos às personagens e/ ou às séries que elas integram, passíveis de constar na defesa e caracterização de cada uma das 100 personagens.

9 de novembro de 2015

100 Melhores Personagens de Séries - Nº 98



Série: Sabrina
Actor: Nick Bakay (voz)

por Lorena Wildering


    Recuemos até ao final dos anos 90, de volta aos serões com os olhos colados à televisão, mais especificamente na RTP2. Antes de dar a clássica cantiga infantil que nos mandava vestir o pijama e lavar os dentes antes da hora de dormir, ainda havia tempo de ver um ou dois episódios de 'Sabrina The Teenage Witch'.
     Depois do divórcio dos pais, Sabrina Spellman, aparentemente uma adolescente normal, parte para ir viver com duas tias excêntricas, Hilda e Zelda, que ainda vivem juntas. Muda-se para o pacato subúrbio americano de Westbridge, para a única casa Vitoriana dos arredores que sempre levantou muitas suspeitas.
    No seu 16º aniversário, as tias encarregam-se de finalmente lhe revelar um segredo há muito guardado: Sabrina é uma bruxa. Mas não é a protagonista que dá o nome à série que pertence a este lugar do top, mas sim alguém mais peludo. Com a sua verdadeira identidade revelada, Sabrina não só aprende que o armário da roupa a leva até ao “Outro Reino”, como descobre que o inocente gato preto que vagueia pela casa afinal… fala. E não só fala, como tem apelido. Saberhagen. Salem Saberhagen.
    Salem, com voz de Nick Bakay, foi também bruxo, mas um que organizou um esquema para dominar o mundo. O plano não só acabou por cair por terra, como ainda foi condenado pelo Conselho das Bruxas a permanecer cem anos como um gato sem quaisquer poderes mágicos.

    Ao longo das sete temporadas que acompanhamos a vida de Sabrina, Salem está sempre por perto para se intrometer na sua vida ao bisbilhotar o seu diário e dar-lhe (por vezes maus) conselhos. É motivado principalmente pela fome e pela sua ambição que, mesmo condenado a gato, ainda está um pouco presente debaixo do pêlo. Vinte e cinco anos de sentença já cumpridos e Salem ainda deixa escapar a vontade de dominação mundial ao Conselho.
    Além da sua veia maléfica, também é muito conhecido pelo seu soluçar quando se sente angustiado e pelo orgulho que tem na sua capacidade vocal. Apesar da sua maldade e egocentrismo, Salem revela muito carinho pela família Spellman, a quem foi dada a sentença de adoptar o felino.

    Sabrina foi um marco na televisão americana que tinha como único objectivo transmitir bons valores aos seus espectadores mais novos através das peripécias da protagonista, e até contou com convidados especiais como Britney Spears, Paula Abdul, The Violent Femmes e a drag queen RuPaul. Por cá também deu cartas e seguramente incentivou várias meninas a esticar o dedo para ver se saía alguma faísca. Ou se calhar fui só eu.

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Nota Editorial: A compilação/ organização e ordem das personagens deste Top é responsabilidade de Miguel Pontares e Tiago Moreira. Os textos tiveram a colaboração de Lorena Wildering, Nuno Cunha, Cê e SWP.
Foram tidos em consideração séries com pelo menos 1 temporada, concluída a 1 de Outubro de 2015. Mais informamos que poderão existir spoilers relativos às personagens e/ ou às séries que elas integram, passíveis de constar na defesa e caracterização de cada uma das 100 personagens.

7 de novembro de 2015

100 Melhores Personagens de Séries - Nº 99



Série: American Horror Story
Actor: John Carroll Lynch

por Miguel Pontares


    O mítico Joker. O animado Krusty. O real John Wayne Gacy. O comercial Ronald McDonald. O português Batatinha.
    Depois de uma valente palhaçada, passo à personagem de hoje. Entre as 100, é uma das que precisou de menos episódios (5) para aqui constar.
    Os criativos Ryan Murphy e Brad Falchuk gerem agora um hotel, mas outras antologias vieram antes - Murder House Asylum (as duas mais fortes, na minha opinião), Coven e Freak Show. Twisty é uma personagem secundária na 4.ª temporada, que se foca no espectáculo de aberrações da cidade de Jupiter.
    Poucos sofremos de coulrofobia (medo de palhaços), mais frequente nas crianças, mas há de facto figuras menos desconfortáveis do que a de um palhaço.
    Jogando com isso, 'American Horror Story' criou uma personagem completa. Emblemático e inesquecível do ponto de vista visual (uma boa inspiração para máscaras de Halloween), com um comportamento assustador, assassino, mas com uma história de vida triste.
    Tudo em Twisty é assustador. É-nos apresentado ao interromper um piquenique de um casal, iniciando o seu "número" ao entregar educadamente um ramo de flores à rapariga, antes de assassinar o namorado, raptando-a depois. Mentalmente debilitado, mata pais e "salva" crianças. É a cena dele, para ter o seu público de outrora para actuar. Para além do impacto da sua primeira impressão, tornam-se highlights da quarta temporada o seu relacionamento com Dandy (o verdadeiro antagonista) e a história, contada no duplo episódio de Edward Mordrake, do seu passado. Sem apagar ou desculpar os seus assassinatos e raptos, conhecemos a génese de Twisty - era o grande sucesso do seu circo até ao momento em que os outros freaks espalharam a mentira de que seria um pedófilo, condenando para sempre a sua proximidade em relação a crianças, e impedindo a sua vocação. Em desespero, Twisty tenta suicidar-se com uma caçadeira, mas acaba apenas por destruir o seu maxilar inferior, criando depois uma prótese facial (quase tão assustadora quanto a imagem que ela esconde).

    Twisty acaba por ser uma boa ilustração do que é 'American Horror Story'. 
   Uma série sempre criativa a criar personagens, e que tem contado com grandes actores (todo e qualquer papel de Jessica Lange, e as contribuições de nomes como Denis O'Hare, Zachary Quinto, James Cromwell, Lily Rabe ou Kathy Bates) em cada temporada. Coube a John Carroll Lynch, que recentemente apareceu em The Walking Dead a contracenar com Morgan, ser Twisty; uma personagem que parece ter influências de Pennywise, o palhaço de Stephen King em It, possivelmente do famoso serial-killer John Wayne Gacy, e cuja cena do piquenique carrega a curiosidade de se assemelhar a um momento do filme 'Zodiac' no qual a personagem de John Carroll Lynch é o principal suspeito sem provas de um conjunto de crimes, incluindo o homicídio de um casal.. durante um piquenique. E peço desculpa por vos ter sujeito a ler tantas vezes a palavra piquenique. Prometo que não volta a acontecer.                                                                                       

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Nota Editorial: A compilação/ organização e ordem das personagens deste Top é responsabilidade de Miguel Pontares e Tiago Moreira. Os textos tiveram a colaboração de Lorena Wildering, Nuno Cunha, Cê e SWP.
Foram tidos em consideração séries com pelo menos 1 temporada, concluída a 1 de Outubro de 2015. Mais informamos que poderão existir spoilers relativos às personagens e/ ou às séries que elas integram, passíveis de constar na defesa e caracterização de cada uma das 100 personagens.

6 de novembro de 2015

Crítica: The Gift

Realizador: Joel Edgerton
Argumento: Joel Edgerton
Elenco: Jason Bateman, Rebecca Hall, Joel Edgerton, Allison Tolman
Classificação IMDb: 7.1 | Metascore: 77 | RottenTomatoes: 93%
Classificação Barba Por Fazer: 72

    Não, não é a banda de Sónia Tavares. É um filme de Joel Edgerton. O actor australiano de Animal Kingdom, Warrior, The Great Gatsby, Exodus e, recentemente, Black Mass, conseguiu uma estreia auspiciosa no primeiro filme em que assume (também) um papel atrás da câmara.
    Numa indústria repleta de clichés, na qual sentimos muitas vezes que sabemos para onde estamos a ser conduzidos, 'The Gift' é em tudo uma boa surpresa. Não, não é um dos grandes filmes deste ano; nem aspira a isso. Mas ganha valor pela construção da história, nada óbvia nas revelações progressivas, por ser a estreia de Edgerton (para além de realizar, escreveu o argumento e produziu o filme) e porque é um excelente exemplo de como um trailer pode ser enganador. Quando muitos optam por colocar todos os pontos fortes no trailer, revelando demais e transmitindo logo uma ideia quase integral da história, 'The Gift' é bastante superior ao seu trecho de promoção.
    A premissa em termos de enredo é a seguinte: um casal, Simon (Jason Bateman) e Robyn Callum (Rebecca Hall), muda-se de Chicago para Los Angeles, depois de Simon arranjar um novo emprego. Em LA, Simon reencontra um antigo colega do secundário, Gordon "Gordo" Moseley (Joel Edgerton), que tenta reatar uma relação mais do que enterrada, revelando-se socialmente inoportuno e persistente nas vezes que visita a casa (a sua arquitectura invulgar ajuda o filme a resultar) dos Callum, normalmente quando Robyn está sozinha.
    Para além do seu final ambíguo, a culminar uma recta final intensa neste thriller psicológico, o que impressiona mais em 'The Gift' é a capacidade que Edgerton revela na construção das personagens e no modo como, à medida que o filme progride, nos sentimos a flutuar com dúvidas entre quem é que devemos realmente temer, ou em quem acreditar.
    Qualquer filme que tenha a capacidade de nos agarrar e prender do princípio ao fim, não nos esfregando na cara a história de caras (passada a redundância), tem sempre o seu mérito. Pode-se dizer que 'The Gift' será daqui a uns anos aquele filme de Sábado à tarde que estamos a ver mas que, à medida que os minutos passam, torna-se mais do que isso. Para o sucesso final contribui claramente o elenco - é bom ver Jason Bateman também no registo dramático (Disconnect foi outro bom exemplo disso), e esta personagem assenta-lhe na perfeição, enquanto que Rebecca Hall prova que normalmente acerta nos projectos a que se associa (The Prestige, Vicky Cristina Barcelona e The Town integram a ainda curta filmografia da actriz de 33 anos). Por fim, o sistema nervoso central do filme - Joel Edgerton. "Gordo" é, sem dúvida, uma das personagens mais interessantes da carreira de Edgerton, mas o que fica sobretudo é uma excelente estreia a realizar. Um pouco como Ben Affleck, parece haver mais talento como contador de histórias do que propriamente como intérprete. E o principal sintoma disso é um: não é certo se valerá a pena ver o próximo filme em que ele entrar, mas contem connosco para ver o próximo filme que ele realizar/ escrever.

5 de novembro de 2015

Dicas Fantasy Premier League - Jornada 12

A Liga em que não há jogos fáceis para ninguém tem neste fim-de-semana a sua 12.ª jornada. Depois deste Domingo (8 de Novembro), só voltaremos a assistir à liga mais equilibrada dos grandes campeonatos europeus a 21/11, já depois de vários amigáveis de Selecções, que acompanham os confrontos de Play-Off de acesso ao Euro'2016.
    Numa liga pródiga em surpresas, o Chelsea de Mourinho continua a ser a maior delas. O actual 15.º classificado amealhou a sua 6.ª derrota (terceira em casa) em 11 jogos contra o Liverpool de Klopp, e está neste momento a dez pontos do Top-4. A força do Leicester (leia-se, Mahrez e Vardy) voltou a ser evidente na medida em que a equipa orientada por Claudio Ranieri ultrapassou um difícil teste no terreno do West Brom, sendo a surpresa positiva (para além do West Ham "papa" grandes) desta Premier League - 3.º lugar, com menos 3pts que os líderes City e Arsenal.
    O grande jogo da jornada 12 acontece no Emirates Stadium. O Arsenal recebe o seu rival do Norte de Londres, o Tottenham, numa fase em que - internamente - ambos os emblemas têm apresentado qualidade e regularidade. O Arsenal é, em conjunto com o Manchester United, a melhor defesa (8 golos sofridos) da Premier League, mas logo de seguida vem o Tottenham, acompanhado pelo Manchester City com 9 golos sofridos. É certo que os gunners vêm de uma pesada derrota em Munique por 5-1, que deixou em definitivo o Olympiacos-Arsenal como um jogo a não perder, mas derby é derby e pouco importa à volta do mesmo. De resto, tanto as equipas de Manchester como o Leicester são favoritos nos seus jogos, o West Ham-Everton parece ser um embate bastante interessante, o Chelsea visita o Stoke (equipa que eliminou os blues da Capital One Cup) e o Liverpool de Jürgen Klopp tem, no fecho da jornada, uma boa oportunidade para dar sequência ao excelente jogo realizado em Stamford Bridge.
    Depois de na jornada 10 o destaque ter sido Kane, na jornada 11 foi Koné. O jogador do Everton fez 3 golos e 1 assistência (20 pontos), num 6-2 dos toffees no qual Lukaku e Deulofeu também estiveram em claro destaque. O WBA-Leicester serviu para Vardy marcar pela oitava jornada consecutiva, e serviu para Mahrez voltar a fixar-se como o jogador com mais pontos no Fantasy (85, acima de Vardy e Payet). Koscielny e Otamendi foram destaques defensivos, Butland foi o guarda-redes mais pontuado, Ighalo voltou a evidenciar a sua veia goleadora e Coutinho destruiu o Chelsea com 2 belos golos. O verdadeiro MVP da jornada, considerando o peso do jogo em si.
(Podem-se juntar à Liga Barba Por Fazer: Código - 114493-481221)

Assim, nesta 12.ª jornada, muita atenção a:

Riyad Mahrez - Leicester City - 6.6
    Dizer que Mahrez está de volta é uma falácia. Porque ele nunca chegou a desaparecer efectivamente. Novamente destacado como nº 1 dos jogadores no Fantasy da Premier League, o argelino brilhou no terreno do West Brom, com 2 golos que lhe valeram 15 pontos (a marca com que iniciou a época). Tudo somado são já 7 golos e 5 assistências, com seis jornadas das 11 disputadas a totalizar 10 ou mais pontos.
    O 3.º lugar do Leicester City deve-se também a Ranieri (para nós uma surpresa o feliz casamento de ideias entre o treinador e a equipa) mas principalmente a dois jogadores especiais: Jamie Vardy e Riyad Mahrez. Vejamos, o Leicester tem 23 golos marcados (2.º melhor ataque), sendo que tanto Vardy (11golos+1assist) e Mahrez (7+5) estão ligados a doze lances de golo cada um. Extraordinários os números do argelino e, claro está, do avançado que há alguns anos trabalhava numa fábrica de talas para fins médicos. Tendo marcado juntos 18 dos 23 golos dos foxes nesta Premier League, é altamente provável que voltem a deixar ambos ou pelo menos um a sua marca diante do Watford. Prevê-se um jogo aberto - dizer que é um jogo que envolve o Leicester parece suficiente para chegar a essa conclusão -, uma autêntica partida de ping-pong. Diz a lógica que a maioria dos utilizadores irá escolher ou Vardy ou Mahrez como capitão nesta jornada.


Christian Benteke - Liverpool - 8.3
    É bastante provável que no espaço dos próximos meses seja uma constante referir o Liverpool como a equipa que melhor pressiona na Premier League. Os reds já estão a deixar a imagem de total compromisso e entrega, revelando-se capazes de ultrapassar os limites por Klopp, e o Chelsea 1-3 Liverpool foi o jogo perfeito para marcar um novo começo. O ADN Klopp está já a manifestar-se em diversos parâmetros: a reacção à perda da bola é fantástica, a projecção dos laterais muito melhor (principalmente Moreno) e a linha avançada começa a soltar o seu perfume com confiança. Klopp gosta de Lallana, mas é de Coutinho (2 grandes golos ao Chelsea) e, a seu tempo, Roberto Firmino que se pode esperar bastante.
    Faz sentido que Klopp queira atacar uns 2 reforços em Janeiro, mas até lá espera-se uma progressiva subida na tabela por parte do clube da cidade dos Beatles. Interpretando o que o campeonato tem sido até agora, é bastante possível que os rivais de Manchester e o Arsenal terminem entre os 4 primeiros lugares, mas com o Chelsea no estado actual e caso os blues não consigam sair da depressão suficientemente cedo, há uma vaga para Liverpool, Tottenham, West Ham, Southampton ou Everton. O Liverpool-Crystal Palace pode ser uma tarde feliz para Anfield, e prevemos um bom jogo para Benteke (marcou nas últimas duas jornadas quando saiu do banco), tanto melhor consoante a equipa da casa consiga controlar as arrancadas de elementos como Bolasie ou Zaha.


David De Gea - Manchester United - 5.5
    Nos últimos cinco jogos do Manchester United na Premier League, 4 clean sheets. O principal motivo: David De Gea.
    O espanhol, o grande destaque entre os postes numa liga que conta com grandes guarda-redes como Cech, Lloris e Courtois, é o primeiro guarda-redes que colocamos nos 5 destaques destas edições precisamente por ser um guardião especial.
    Louis van Gaal tem variado a sua defesa, o que leva a que apenas Smalling seja uma aposta de confiança. Mas num United com tanta bola e com De Gea na baliza, é seguro apostar defensivamente nos red devils. O raciocínio é simples: o United é propenso a ser uma das equipas com mais clean sheets no final do campeonato, pela sua filosofia e pelo controlo que consegue ter dos jogos, mais ainda porque, variando o número de vezes que é testado, De Gea normalmente só não defende o impossível. 7-1-7-6-9 é uma excelente sequência para um guarda-redes. Old Trafford parece ser de betão (só Benteke marcou lá, e foi um dos melhores golos de 2015/ 16), será o West Brom capaz de contrariar isso?


Matt Ritchie - Bournemouth - 5.6
    O Bournemouth tem tudo para ser aquela equipa pela qual os amantes de futebol irão torcer para que se salve milagrosamente perto do fim. Com um plantel curto, e uma ideia de jogo ambiciosa (Eddie Howe é um dos treinadores mais evoluídos da Premier League) as lesões graves de Callum Wilson e Max Gradel têm custado caro. Afinal de contas, estão entre os 3/ 4 melhores jogadores do clube. Para se manter entre os grandes deverá ser necessário actuar no defeso de Janeiro (gastar dinheiro em Charlie Austin daria muito jeito, embora a equipa pareça órfã de um bom guarda-redes e de um bom médio centro capaz de segurar a equipa, sendo que os centrais não chegam para este nível), mas nestes 2 meses até o mercado abrir, há vários jogos difíceis e, por isso, qualquer jogo em que o favoritismo esteja dividido, é para aproveitar. É o caso deste Bournemouth-Newcastle. Olhando para as duas equipas, o Newcastle tem melhores jogadores. Mas quem tiver visto a personalidade com que o Bournemouth jogou no campo do Southampton, sem proveitos, fica com a noção que os cherries merecem outra sorte por vezes. Contra um Newcastle com a baliza amaldiçoada, apostamos em Matt Ritchie para ser destaque. O escocês dos grandes golos precisa de assumir a equipa, carregando-a, marcando golos e fazendo-a jogar.


Sadio Mané - Southampton - 8.0
    Esta última vaga poderia estar destinada a Giroud (extrema regularidade ultimamente em termos de golos) ou a Sterling (para ser um diferencial e não falar de De Bruyne), mas optámos pelo senegalês Sadio Mané.
    A razão é simples. Mané é daqueles jogadores, como Suárez também o era quando estava na Premier League, cuja confiança e virtuosismo aumentam ao defrontar uma vítima crónica; provocando, em sentido inverso, calafrios no estômago dos opositores que o revêem depois de terem sido humilhados.
    O calendário é extremamente favorável ao Southampton e a Sadio Mané. Nos próximos 4 jogos há Sunderland (fora), Stoke (casa), Manchester City (fora), Aston Villa (casa). Em 2014/ 15, Mané só não marcou ao City. Marcou ao Stoke, fez o hat-trick mais rápido da História da Barclays Premier League contra o Aston Villa, e contra o Sunderland marcou em ambas as voltas. Talvez já não se recordem, mas o Southampton na temporada passada atropelou o Sunderland com um violento.. 8-0. O Sunderland parecia ter ganho ânimo ao vencer o derby contra o Newcastle, mas entretanto sofreu 6 golos em Goodison Park. É difícil prever que Sunderland veremos no Stadium of Light, mas é fácil adivinhar que Sadio Mané é o tipo de jogador capaz de criar muitos pesadelos para uma defesa com as características da do Sunderland.



Outras Opções:
- Guarda-Redes: Já elegemos De Gea como o guarda-redes para esta jornada, mas há outros nomes que merecem entrar na discussão. Cech e Lloris têm estado bem mas, visto que se defrontam no derby londrino, o melhor é não apostarem em nenhum (apostando em algum, Cech); Asmir Begovic (5.0) será uma peça fundamental na primeira vez que joga no estádio do Stoke como adversário, e é mais provável Joe Hart (5.7) (desde que não volte a oferecer um golo) garantir uma clean sheet, mesmo estando o Aston Villa em dia de se mostrar ao novo treinador, do que Mignolet. Stekelenburg e Schmeichel devem ganhar os seus jogos, mas provavelmente sofrerão algum golo.

- Defesas: No sector defensivo, apostamos em Marcos Rojo (5.4) uma vez que é um dos red devils em boa forma e com potencial para ter Bónus, e no seu compatriota e rival Nicolás Otamendi (6.5). A dupla Kompany-Otamendi promete tornar-se um caso sério, e o argentino é um dos centrais mais perigosos da actualidade nos cantos e bolas paradas ofensivos. Por fim, e mesmo achando que pode até sofrer um golo, temos que mencionar Alberto Moreno (4.8). Para além de ser muito barato, com Klopp transfigurou-se e surge constantemente em terrenos avançados. Assistências e um ou outro golo acabarão por acontecer nos próximos tempos. Para além deste trio, se o Arsenal conseguir não sofrer golos muito o deverá a Koscielny, e jogadores como Van Dijk ou Simon Francis têm algum potencial ofensivo.

- Médios: Mahrez, Mané e Ritchie foram os médios sobre os quais dissertámos acima. Kevin De Bruyne é, jornada após jornada, alguém a ter, tal como Dimitri Payet e Alexis Sánchez. O chileno costuma aparecer neste tipo de jogos, mas atenção ao momento de Mesut Özil (8.7), já com 9 assistências e finalmente a exibir-se de forma impressionante mas regular, agora adaptado ao futebol inglês. No United pode ser o tipo de jogo para Ander Herrera (6.6), Mourinho tem Willian (6.8) em boa forma, e Philippe Coutinho (8.1) quererá dar sequência ao grande jogo que fez em Stamford Bridge. Vardy e Mahrez precisarão de Albrighton, Ayew é sempre apelativo embora o Swansea não respire saúde, e para quem queira demarcar-se de De Bruyne, tem Raheem Sterling (8.9) ou Yaya Touré.

- Avançados: Primeiro Vardy, depois o resto do mundo. Nesse lote, já falámos da potencial boa jornada de Benteke, mas atenção ao capitão Wayne Rooney (10.1), a Wilfried Bony (8.4), e a jogadores em forma como Odion Ighalo (5.5), Olivier Giroud (8.7) e Graziano Pellè (8.5).

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11 (3-5-2): De Gea; Rojo, Otamendi, Moreno; De Bruyne, Mahrez, Mané, Ritchie, Sánchez; Vardy, Benteke

Atenção a (Clássico; Diferencial):
Bournemouth v Newcastle - Matt Ritchie; Moussa Sissoko
Leicester City v Watford - Jamie Vardy; Odion Ighalo
Manchester United v West Brom - David De Gea; Marcos Rojo
Norwich v Swansea - André Ayew; Jonathan Howson
Sunderland v Southampton - Graziano Pellè; Sadio Mané
West Ham v Everton - Dimitri Payet; Ross Barkley
Stoke v Chelsea - Willian; Xherdan Shaqiri
Aston Villa v Manchester City - Kevin De Bruyne; Raheem Sterling
Arsenal v Tottenham - Alexis Sánchez; Olivier Giroud
Liverpool v Crystal Palace - Philippe Coutinho; Christian Benteke

4 de novembro de 2015

100 Melhores Personagens de Séries - Nº 100



Série: Family Guy
Actor: Seth MacFarlane (voz)

por Tiago Moreira

    Tal como prometido, hoje começa a nossa aventura no mundo das personagens de séries. E nada melhor para começar do que uma das melhores personagens de comédia dos últimos anos - Stewie Griffin.
    Stewie é uma criação de Seth MacFarlane (que também lhe dá voz) e apesar de estar inserido numa série que foi bastantes vezes apontada como uma cópia dos Simpsons, Family Guy tem um humor mais apurado e mais inteligente - na minha modesta e controversa opinião - que os "dinossauros" de Springfield. E Stewie é representativo desse mesmo humor mais actual.
    Stewie é um pequeno bebé com uma convicção muito forte - dominar o mundo! Apesar de ser representado animadamente por um pequeno bebé, é extremamente maquiavélico e não olha a meios para atingir os seus fins, sejam eles quais forem. O nosso bebé-homem despreza todas as pessoas ao seu redor, mas em especial a sua mãe Lois - à qual só recorre para se alimentar. Pensa e age como um adulto com uma mente maligna, mas há assuntos que não cabem dentro da sua cabeça oval... Um deles é o sexo. Stewie não consegue processar bem a informação quando se trata de sexo e um dos seus maiores traumas foi ter apanhado os seus pais no acto tendo uma reacção extremamente cómica. No fundo... Quem não ficaria traumatizado com tal acontecimento? Rápido! Pensem em póneis felizes a correr no prado para tirarem essa imagem que têm em mente! Já está? Óptimo. Continuemos...
    O contraste criado por MacFarlane dum aparente inofensivo bebé com uma personalidade inteligente, infantil e maquiavélica foi o tónico perfeito para que resultasse na perfeição junto do público alvo. Apesar de todos os outros personagens da série serem também eles importantes, é em Stewie que estão centradas todas as atenções por ser um personagem animado que revolucionou o humor das séries do mesmo género e grau humorístico. Longa vida ao bebé!

                                                                                                                                                                                                                                           Seguinte (99) →

Nota Editorial A compilação/ organização e ordem das personagens deste Top é responsabilidade de Miguel Pontares e Tiago Moreira. Os textos tiveram a colaboração de Lorena Wildering, Nuno Cunha, Cê e SWP.
Foram tidos em consideração séries com pelo menos 1 temporada, concluída a 1 de Outubro de 2015. Mais informamos que poderão existir spoilers relativos às personagens e/ ou às séries que elas integram, passíveis de constar na defesa e caracterização de cada uma das 100 personagens.

2 de novembro de 2015

100 Melhores Personagens de Séries: Conceito e Menções Honrosas


Promessa feita, promessa cumprida.
Alguns meses depois do final da nossa viagem ao longo de décadas de Cinema em busca das 100 Melhores Personagens de Filmes, o Barba Por Fazer traz-vos agora a vossa nova rubrica preferida: o primo afastado mas igualmente charmoso, 100 Melhores Personagens de Séries!
    Do grande ecrã passamos para o pequeno ecrã. E porquê? Nos últimos anos a Televisão tem crescido a olhos vistos. A Era Dourada chegou, com a coexistência de um sem número de séries de qualidade (a dificuldade é escolher, priorizar), bebendo as lições e dinâmicas de sucesso que alguns tv shows do início do século trouxeram. Este é o momento para trabalhar em televisão, para criar novos conceitos, e os actores vêem cada vez mais nas séries um espaço de afirmação e não um irmão pobre do cinema como outrora.
    O projecto '100 Melhores Personagens de Séries', outra iniciativa que julgamos ser inédita em Portugal, decorrerá durante os próximos meses, com a cadência de 3 personagens divulgadas por semana. Às segundas, quartas e sábados.
    As 100 Personagens apresentadas atravessam diferentes géneros, sendo a televisão tão rica e marcada tanto por dramas como por comédias. O resultado final dificilmente resultará numa centena 100% consensual. Primeiro porque, por diferentes motivos, há personagens que nos marcam a uns mais do que a outros; segundo, porque embora muitos clássicos da televisão estejam presentes, há séries que nenhum elemento do nosso painel de escritores viu. E neste Top só aparecerão personagens que dominemos detrás para a frente. Assim, fica desde já explicada a ausência de personagens de séries como The West Wing, Homeland, Buffy, 30 Rock, M*A*S*H, Frasier, Justified, Entourage, 24 e The Shield. Também importa referir que há uma maioria significativa de personagens com as quais a televisão nos brindou nos últimos 15 anos - podemos dizer que este Top tende para o contemporâneo, o que faz sentido se pensarmos no Boom que a Televisão teve neste século.
    Nenhuma personagem presente nas 100 está aqui por acaso. Só aqui aparecerão personagens de séries com, pelo menos, uma temporada concluída, e algumas permitir-nos-ão promover determinadas séries menos conhecidas ou que mereciam mais crédito. É importante reforçar que estes não são os 100 Melhores Papéis da História da Televisão, mas sim as 100 Melhores Personagens. Tal como na rubrica anterior, procurámos escolher sobretudo personagens ficcionais e só existirão duas excepções a esta regra.
    Uma das principais diferenças na transposição do Cinema para Televisão é... o tempo. De personagens que nos impactaram em, de forma média, 2 horas, passamos agora para personagens que nos acompanharam ou acompanham ao longo de anos. Posto isto, deixamos o aviso que na caracterização/ defesa de cada personagem podem surgir spoilers relativos ao seu percurso e à sua série em si. Para todas as personagens que se queriam inscrever, as linhas fecharam a 1 de Outubro de 2015. Toda e qualquer personagem integrante de uma série com menos de 1 temporada até essa data, foi automaticamente excluída.


    E quem fará, desta vez, a defesa das 100 personagens? Tal como na edição anterior, dedicada à sétima arte, voltaremos a contar com a preciosa colaboração de vários escritores convidados. O contributo de várias visões do mundo e de vários estilos de escrita é aquilo que torna esta rubrica rica e entusiasmante. E completa, na medida em que os escritores responsáveis por várias personagens fizeram questão de frisar o seu ecletismo ao provarem que não vivem apenas no grande ecrã mas também de olhos postos na caixa mágica. À dupla habitual que gere o BPF - Miguel Pontares e Tiago Moreira - juntam-se então a Lorena Wildering e o Nuno Cunha, fundamentais na construção e organização do Top100, enquanto que a Cê e a SWP defenderão personagens de forma mais pontual.
    Mais cabeças significam mais séries e mais personagens, e este sexteto promete passar a televisão a pente fino, sempre com um critério: a qualidade. Prometemos entreter-vos durante os próximos tempos na defesa e justificação dos 100 magníficos.


    A 100.ª personagem será lançada já na próxima quarta-feira mas até lá deixamo-vos com a lista das Menções Honrosas - 46 personagens que se ficaram pelo quase, que estiveram quase a figurar entre as 100 mas que, por alguma razão, acabaram por ficar numa cesta à porta de casa, tapados com uma manta. É assim que, cronicamente, lidamos com as menções honrosas. São elas, sem qualquer ordem definida:


Michonne (Danai Gurira, The Walking Dead). Ben Linus (Michael Emerson, Lost). Lester Freamon (Clarke Peters, The Wire)
Brian Griffin (Seth MacFarlane [voz], Family Guy). Elaine Benes (Julia Louis-Dreyfus, Seinfeld). Chibs Telford (Tommy Flanagan, Sons of Anarchy)
Lt. Richard Winters (Damian Lewis, Band of Brothers). Hugo 'Hurley' Reyes (Jorge Garcia, Lost). Robert Barone (Brad Garrett, Everybody Loves Raymond)
James Darmody (Michael Pitt, Boardwalk Empire). 'Red' (Kate Mulgrew, Orange is the New Black). Roland 'Prez' Pryzbylewski (Jim True-Frost, The Wire)
Arthur Spooner (Jerry Stiller, The King of Queens). Constance Langdon (Jessica Lange, American Horror Story). Eric Northman (Alexander Skarsgård, True Blood)
Floki (Gustaf Skarsgård, Vikings). Chris Miles (Joe Dempsie, Skins). Carol Peletier (Melissa McBride, The Walking Dead)
Samantha Jones (Kim Cattrall, Sex and the City). Jim Moriarty (Andrew Scott, Sherlock). John Clare (Rory Kinnear, Penny Dreadful)
Patrick Jane (Simon Baker, The Mentalist). Peter Griffin (Seth MacFarlane [voz], Family Guy). Alison Bailey (Ruth Wilson, The Affair)
Seth Cohen (Adam Brody, The O.C.). Doug Stamper (Michael Kelly, House of Cards). Chuck Bass (Ed Westwick, Gossip Girl)
James 'Sawyer' Ford (Josh Holloway, Lost). Erlich Bachman (T.J. Miller, Silicon Valley). Simon Campos (Dominic Monaghan, FlashForward)
Agent June Stahl (Ally Walker, Sons of Anarchy). Wayne Unser (Dayton Callie, Sons of Anarchy). Jaqen H'ghar (Tom Wlaschiha, Game of Thrones)
Joe MacMillan (Lee Pace, Halt and Catch Fire), Cameron Howe (Mackenzie Davis, Halt and Catch Fire). Richard Harrow (Jack Huston, Boardwalk Empire)
Rumpelstiltskin (Robert Carlyle, Once Upon a Time). DS Justin Ripley (Warren Brown, Luther). Arthur Shelby (Paul Anderson, Peaky Blinders)
Cosima Niehaus (Tatiana Maslany, Orphan Black). Marlo Stanfield (Jamie Hector, The Wire). Stella Gibson (Gillian Anderson, The Fall)
Sue Sylvester (Jane Lynch, Glee). Wilson Wilson (Adeel Akhtar, Utopia). Sam Weir (John Francis Daley, Freaks and Geeks), Dr. Oliver Thredson (Zachary Quinto, American Horror Story)