19 de novembro de 2022

Mundial 2022: Previsão Grupo H

Na véspera do arranque do Mundial 2022, encerramos assim a sequência de 8 artigos de análise detalhada a cada um dos grupos da competição. Neles, pretendemos realizar uma sumária contextualização de cada selecção, identificando forças e fraquezas, esquematizando como deve jogar cada equipa, até que fase imaginamos que chegue e que jogadores acreditamos que poderão ser destaques.

    O derradeiro grupo do Mundial do Qatar é o Grupo H, aquele em que está Portugal. Combinando 4 seleções de 4 continentes distintos, algo que também acontece no Grupo A, nesta exótica multiculturalidade salta à vista a componente enérgica e a grande disponibilidade física de Uruguai, Gana e até Coreia do Sul, partindo no entanto Portugal como super-favorito se pensarmos exclusivamente no riquíssimo lote de jogadores ao dispor de Fernando Santos.

    Portugal chega ao Qatar com equipa para chegar às meias-finais, mas embora haja qualidade em abundância em todos os sectores, Fernando Santos é um entrave ao pleno aproveitamento do talento. Os portugueses, naturalmente, acreditam (e acreditaremos sempre) numa campanha de sonho, mas um meio termo e um desempenho suficiente pode ser o desfecho para uma Seleção que como um todo costuma render bem mais sem Cristiano Ronaldo, e que com ele vê CR7 brilhar na ficha de jogo, secando o ambiente à sua volta. A sorte de Fernando Santos não durou para sempre (recordemo-nos dos finais de jogo contra a Sérvia e Espanha) mas no Qatar um 1.º lugar no Grupo H até pode abrir boas perspectivas para Portugal, embora a nossa equipa pareça em perigo contra um Uruguai ou uma Sérvia, algo que deveria ser impensável dado o brutal diferencial qualitativo.
    A acompanhar os nossos jogadores estarão um Uruguai que mantém o seu ADN raçudo e aguerrido, sendo este Mundial o 1.º para jogadores emergentes no contexto internacional como Valverde e Darwin; um Gana que se reforçou bem no mercado de naturalizados; e uma Coreia do Sul, orientada pelo português Paulo Bento, que, apesar de ter um extremo esquerdo extraordinário e um dos centrais em melhor forma esta época, parece destinada ao 4.º lugar.

    Vamos então olhar para a nossa Seleção e para os 4 oponentes na fase de grupos. Força Portugal e um bom Mundial, dentro do possível, para todos:


1. URUGUAI  
(Previsão: Quartos-de-final, eliminado pela Alemanha)

  • Guarda-Redes: Fernando Muslera (Galatasaray), Sergio Rochet (Nacional), Sebastián Sosa (Independiente)
  • Defesas: Guillermo Varela (Dínamo Moscovo), José Luís Rodríguez (Nacional), Martín Cáceres (LA Galaxy), Ronald Araújo (Barcelona), José Giménez (Atlético Madrid), Sebastián Coates (Sporting), Diego Godín (Vélez), Mathias Olivera (Nápoles), Matías Viña (Roma)
  • Médios: Lucas Torreira (Galatasaray), Manuel Ugarte (Sporting), Matías Vecino (Lázio), Rodrigo Bentancur (Tottenham), Federico Valverde (Real Madrid), Giorgian De Arrascaeta (Flamengo)
  • Extremos/ Avançados: Nicolás De La Cruz (River Plate), Facundo Pellistri (Manchester United), Facundo Torres (Orlando City), Agustín Canobbio (Ath. Paranaense), Maxi Gómez (Trabzonspor), Edinson Cavani (Valência), Luis Suárez (Nacional), Darwin Núñez (Liverpool)
Seleccionador: Diego Alonso;

Forças: Federico Valverde está imparável e "cheira" a potencial figura no Qatar enquanto o seu Uruguai resistir; Uruguai é sinónimo de garra, e o selvagem Darwin Núñez acrescentará uma dose de caos que pode casar bem com o super-experiente Suárez;
Fraquezas: Ronald Araújo está ainda em dúvida depois de uma lesão sofrida ao serviço do Barcelona; Fica a impressão que será preciso um criativo, como De Arrascaeta, conseguir acompanhar o nível de excelência de Valverde.

Equipa-Base (4-4-2): Rochet; Varela, Giménez, Godín, Olivera; Bentancur, Vecino, Valverde, De Arrascaeta; Darwin, L. Suárez

O país vencedor do 1.º mundial da História, em 1930, viajou para o Qatar numa posição bem confortável. A reinventar-se gradualmente no pós-Tabárez, esta geração de Suárez (35 anos), Cavani (35) e Godín (36) sabe que já fez o que tinha a fazer, não se pedindo mais do que os oitavos para cumprir com o expectável.
    Tudo o que for além de 2.º lugar no grupo e eliminação nos oitavos perante o Brasil será um sucesso. Diego Alonso tem nas suas mãos 26 jogadores que acumulam muita experiência mas há também sangue novo. O 4-4-2 será a disposição de eleição (exceptuando em situações de desespero em que Darwin, Suárez e Cavani acabem juntos na frente) com a dupla Giménez-Godín a reencontrar-se e Olivera a poder ser o lateral em destaque. Suárez-Darwin promete ser um interessante encontro de gerações na frente, e no meio-campo Valverde (o melhor jogador uruguaio da actualidade) precisará de contar com a melhor versão de Bentancur e com De Arrascaeta em "modo Flamengo".

Destaques Individuais (Previsão):


    Forjado na sempre admirável fábrica de reinvenção de jogadores de Carlo Ancelotti, Federico Valverde é aos dias de hoje um médio todo-o-terreno, com uma soberba capacidade de aceleração com bola e, cada vez, autor de muitos golos. Quase sempre de levantar o estádio. No Qatar, Valverde pode ser um dos médios da competição... até ser eliminado.
    Por falar em aceleração, Darwin Núñez (único jogador do ataque do Liverpool presente no Mundial, uma curiosidade) pode castigar as defesas da Coreia do Sul, Gana e Portugal com as suas arrancadas selvagens a partir do lado esquerdo do ataque. Todos sabemos que Darwin está longe de ser tecnicamente perfeito, mas assim como era previsível que evoluísse muito ao passar a ter adeptos nas bancadas na Luz, também tem mesmo "cara" de ser o tipo de jogador que sente na pele a oportunidade de estar num Mundial e a aproveita do primeiro ao último minuto.
    Como dissemos acima, Giorgian de Arrascaeta tem que se revelar capaz de replicar pelo Uruguai o que tão bem consegue fazer no Brasileirão. Acontecendo isso, os adversários terão muito mais buracos para tapar.
    Claro está que Luis Suárez continuará a ser cabeça-de-cartaz, guardando os dentes mas sendo seguramente alvo de muita pressão no Uruguai-Gana (Motivo: Mundial 2010) e Sergio Rochet pode ser uma boa surpresa para todos aqueles que esperam Muslera entre os postes.


2. PORTUGAL  
(Previsão: Oitavos-de-final, eliminado pelo Brasil)

  • Guarda-Redes: Diogo Costa (FC Porto), Rui Patrício (Roma), José Sá (Wolves)
  • Defesas: João Cancelo (Manchester City), Diogo Dalot (Manchester United), António Silva (Benfica), Rúben Dias (Manchester City), Pepe (FC Porto), Danilo Pereira (PSG), Nuno Mendes (PSG), Raphael Guerreiro (Borussia Dortmund)
  • Médios: João Palhinha (Fulham), Rúben Neves (Wolves), William Carvalho (Bétis), Vitinha (PSG), Matheus Nunes (Wolves), João Mário (Benfica), Otávio (FC Porto), Bruno Fernandes (Manchester United), Bernardo Silva (Manchester City)
  • Extremos/ Avançados: Ricardo Horta (Braga), João Félix (Atlético Madrid), Cristiano Ronaldo (Manchester United), Gonçalo Ramos (Benfica), André Silva (Leipzig), Rafael Leão (AC Milan)
Seleccionador: Fernando Santos;
Baixas: Diogo Jota e Pedro Neto; Ausência: Renato Sanches, Rafa

Forças: Leque de intérpretes incrível, com vários atletas titulares em algumas das equipas que praticam o melhor futebol do mundo como o Manchester City e o PSG; Opções para o meio-campo conjugam critério, progressão (embora falte o suplemento vitamínico e a boa anarquia que Renato Sanches sempre tem sido para Portugal), recuperação e boa distribuição; Cancelo-Mendes talvez seja a melhor dupla de laterais das 32 seleções;
Fraquezas: Cobardia de Fernando Santos; Rendimento individual de Cristiano Ronaldo pode, uma vez mais, revelar-se inversamente proporcional ao rendimento colectivo; Seleccionador nunca experimentou uma solução (3-4-1-2) que tornaria a equipa das Quinas uma seleção muito difícil de contrariar. 

Equipa-Base (4-3-3): D. Costa; Cancelo, Rúben Dias, Danilo, N. Mendes; William (Palhinha, R. Neves), Bernardo Silva, Bruno Fernandes; Otávio, Rafael Leão (João Félix), Cristiano Ronaldo

Há pouca coisa na vida mais frustrante do que ver talento a ser desperdiçado. Portugal tem matéria-prima de topo em todas as posições, conta com titulares de alguns dos clubes que praticam o melhor futebol (Manchester City e PSG) que se vê por essa Europa fora, mas o conservadorismo e a incompetência de Fernando Santos hipotecam outros voos.
    No Qatar, como é prática comum na nossa Seleção o 11 será encontrado com sucessivos ajustes. Ou não, porque Portugal é tão superior (ou deveria ser) às outras 3 equipas do grupo que pode enganar-se durante a fase de grupos e ter um choque de realidade nos oitavos.
    À partida, Fernando Santos iniciará a competição com Diogo Costa na baliza (Portugal tem 3 guarda-redes muito capazes para defender grandes penalidades) e o mais provável será Rúben Dias ter Danilo Pereira ao seu lado (Pepe tem estatuto mas vem de lesão prolongada, António Silva atravessa um momento incrível mas soma apenas uma internacionalização). Nas laterais, Cancelo e Nuno Mendes são os melhores laterais lusos mas FS aprecia Dalot, e o lateral direito do Manchester United tem marcado pontos sempre que representa o país. Na zona intermédia, algumas dúvidas, desde logo na disposição das peças que tanto pode traduzir mais um 4-3-3 ou um 4-4-2 losango. Neves, William e Palhinha competem pela posição mais recuada, FS não tem arranjado espaço para Vitinha (um crime não ser titularíssimo), podendo surgir depois Otávio entre 8 e a direita, Bernardo (fundamental que pise o mais possível terrenos interiores) e Bruno Fernandes. À frente, Cristiano Ronaldo tem lugar cativo para o selecionador (será possível, estando disponível, não ser titular alguma vez ou ser substituído quando estiver a ser o pior elemento?), sobrando assim um lugar, teoricamente entregue a Rafael Leão ou João Félix.
    Impossível ainda não mencionar o momento de Cristiano Ronaldo. O capitão português quer (se é que é possível) colocar a narrativa no Qatar a seu favor, mostrando uma humildade diferente e marcando golos que o tornem apetecível para algum clube de Champions no seu pós-Manchester United. CR7 ser tema de conversa pode ter o benefício de retirar pressão dos colegas, como tantas vezes no passado, mas em termos de futebol jogado pode verificar-se o problema frequente: entre Portugal e Cristiano Ronaldo, só um poderá fazer boa figura.

Destaques Individuais (Previsão):


    Gostávamos de ver Vitinha como indiscutível, gostávamos de ver Rafa entre os convocados, gostávamos de ver António Silva a titular. Mas entre esses desejos um já é impossível e os outros parecem longe de se concretizar.
    Mantendo uma perspetiva realista, Portugal será tanto mais forte quanto mais influente for Bernardo Silva na manobra ofensiva da Seleção. O camisola 10 é a principal força criativa, dando sistematicamente o exemplo com a sua brutal intensidade com e sem bola. Se Bernardo pensar o jogo português, podemos ir longe.
    Rúben Dias, Diogo Costa ou Otávio (o carácter deixa a desejar mas como jogador está cada vez melhor) também poderiam ser referidos aqui mas preferimos apontar Rafael Leão ao estrelato. O extremo esquerdo do AC Milan é o principal desequilibrador português e será criminoso se Fernando Santos não souber aproveitar as suas raras características.
    Não excluímos a hipótese de Dalot e Guerreiro serem utilizados mas Nuno Mendes e João Cancelo são dos melhores do mundo nas suas posições, formando possivelmente a melhor dupla de laterais das 32 seleções. Mendes é fiável nos dois lados do campo, Cancelo mais forte a atacar, mas cabe à equipa saber exponenciar o melhor e acautelar o menos bom do lateral do City.
    Numa equipa sem a velocidade de Rafa, sem a inteligência entre linhas de Diogo Jota e sem se saber se Ronaldo estará com a cabeça no sítio certo ou se vai atrapalhar mais do que acrescentar, João Félix pode fazer a diferença entre esta Seleção ser banal ou especial. Com o número 11 nas costas, o ex-Benfica, que vive o perturbador drama de ver as suas asas e o seu potencial ser abafado por Simeone no clube e por Fernando Santos a nível internacional, pode revolucionar a partir do banco e afirmar-se mesmo como titular. Bernardo, Félix e Leão titulares, se faz favor, e coisas boas acabarão por acontecer.


3. GANA  


  • Guarda-Redes: Lawrence Ati-Zigi (St. Gallen), Abdul Nurudeen (Eupen), Ibrahim Danlad (Asante Kotoko)
  • Defesas: Tariq Lamptey (Brighton), Denis Odoi (Club Brugge), Alidu Seidu (Clermont), Mohammed Salisu (Southampton), Daniel Amartey (Leicester City), Alexander Djiku (Estrasburgo), Joseph Aidoo (Celta), Gideon Mensah (Auxerre), Abdul Baba Rahman (Reading)
  • Médios: Thomas Partey (Arsenal), Elisha Owusu (Gent), Salis Samed (Lens), Daniel-Kofi Kyereh (Friburgo), Mohammed Kudus (Ajax)
  • Extremos/ Avançados: Daniel Afriyie (Hearts of Oak), Kamaldeen Sulemana (Rennes), Fatawu Issahaku (Sporting), André Ayew (Al-Sadd), Jordan Ayew (Crystal Palace), Osman Bukari (Estrela Vermelha), Kamal Sowah (Club Brugge), Iñaki Williams (Athletic Bilbao), Antoine Semenyo (Bristol City)
Seleccionador: Otto Addo;
Ausência: Jeffrey Schlupp.

Forças: Naturalização de vários jogadores como Iñaki Williams e Lamptey aumentou o leque de soluções e a qualidade média; Frente de ataque conjuga força e velocidade, antecipando-se dores de cabeça para a defesa portuguesa e, sobretudo, para Paulo Bento; Motivação extra no embate com o Uruguai;
Fraquezas: Kudus e Sulemana prometem marcar uma geração no futebol ganês mas ainda são miúdos; Nenhum dos guarda-redes pertence ao patamar qualitativo de uma hipotética dupla de centrais Salisu-Amartey.

Equipa-Base (3-4-3): Ati-Zigi; Amartey, Djiku, Salisu; Lamptey, Partey, Samed, Mensah; Kudus, I. Williams, J. Ayew (A. Ayew, Sulemana)

Com franqueza, Otto Addo pode perfeitamente alterar o figurino da equipa ao longo da fase de grupos. O 3-4-3 parece ser a melhor forma para em simultâneo proteger o facto de Amartey ser um central adaptado, potenciar Lamptey no corredor e deixar o jovem prodígio Kudus mais liberto, pisando zonas muito idênticas às que por exemplo Pedro Gonçalves ocupa no Sporting.
    Ainda assim, não será chocante se a equipa alinhar num 4-3-3 ou mesmo num 4-4-2 com Ayew e Iñaki Williams na frente.


Destaques Individuais (Previsão):


O adversário de Portugal na jornada inaugural do Mundial 2022 tem em Mohammed Kudus (22 anos) o seu jogador mais valioso. Este médio ofensivo que várias vezes actua como falso 9 no Ajax sabe ler o jogo e tem um dom natural para entender onde se posicionar para baralhar o jogo de marcações dos defesas, e tem golo, o que dá sempre jeito.
    Mas se Kudus é o diamante, Thomas Partey é o craque mais consolidado da equipa patrocinada pela Puma. O médio defensivo do Arsenal travará interessantes confrontos contra os centro-campistas de Portugal e do Uruguai.
    Da mesma geração de Kudus, há ainda Mohammed Salisu, central imponente, e Kamaldeen Sulemana, um jogador algo irregular mas super-talentoso que Addo deve guardar para entrar nas segundas partes.


4. COREIA DO SUL  


  • Guarda-Redes: Kim Seung-Gyu (Al-Shabab), Jo Hyeon-Woo (Ulsan Hyundai), Song Bum-Keun (Jeonbuk Motors)
  • Defesas: Kim Tae-Hwan (Ulsan Hyundai), Kim Moon-Hwan (Jeonbuk Motors), Kwon Kyung-Won (Gamba Osaka), Kim Min-Jae (Nápoles), Cho Yu-Min (Daejeon Hana), Kim Young-Gwon (Ulsan Hyundai), Yoon Jong-Gyu (FC Seoul), Hong Chul (Deagu), Kim Jin-Su (Jeonbuk Motors)
  • Médios: Jung Woo-Young (Al-Sadd), Hwang In-Beom (Olympiacos), Son Joon-Ho (Shandong Taishan), Paik Seung-Ho (Jeonbuk Motors), Lee Jae-Sung (Mainz), Lee Kang-In (Maiorca)
  • Extremos/ Avançados: Kwon Chang-Hoon (Gimcheon Sangmu), Na Sang-Ho (FC Seoul), Song Min-Kyu (Jeonbuk Motors), Son Heung-Min (Tottenham), Jeong Woo-Yeong (Friburgo), Hwang Ui-Jo (Olympiacos), Cho Kyu-Sung (Jeonbuk Motors), Hwang Hee-Chan (Wolves)
Seleccionador: Paulo Bento;

Forças: Brutal dependência dos momentos em que Son Heung-Min pegar no jogo; Kim-Min Jae é uma força da natureza mas não consegue jogar por quatro;
Fraquezas: A equipa é enérgica e tem atitude, mas pode não estar à altura do poderio físico dos três adversários.

Equipa-Base (4-1-4-1): Seung-Gyu; Tae-Hwan, Min-Jae, Young-Gwon, Jin-Sun; Woo-Young; Chang-Hoon, Hee-Chan, Son Heung-Min, Jae-Sung; Ui-Jo.

A Coreia do Sul poderia ter tido bastante mais sorte no sorteio. A equipa asiática reúne um conjunto de jogadores com bastante personalidade, sempre iluminados pela sua figura (Son Heung-Min, que deve jogar com uma máscara depois da lesão sofrida recentemente), mas o emparelhamento com duas seleções com tremenda disponibilidade física e uma das equipas mais recheadas de craques por posição deixa antever uma campanha pouco animadora para Paulo Bento.
    Num rígido 4-1-4-1 como ponto de partida, os sul coreanos procurarão atacar só pela certa, sendo certo que a equipa, esquecendo o imperador defensivo Kim Min-Jae, é bastante mais capaz no ataque do que na defesa.

Destaques Individuais (Previsão):


    Son Heung-Min é um dos jogadores mais subvalorizados do mundo nos últimos anos. Ignorado pela PFA na hora de nomear os melhores do ano em Inglaterra, colocado mais abaixo do que deveria nos rankings FIFA ou Bola de Ouro, Son foi um dos melhores marcadores da Premier League 21-22, empatado com Salah, e poucos dizem o seu nome quando se pede para enunciar quem são os melhores extremos do mundo. Na Coreia do Sul, o camisola 7, que adiou qualquer tipo de namoricos para o pós-carreira a conselho do pai, será seguramente quem vai carregar a equipa. Só podemos dar-nos por contentes por estar apto para competir embora se tenha lesionado, ao contrário de Sadio Mané, jogador com semelhante importância no seu país. Os melhores querem-se sempre presentes.
    Além de ter um dos melhores extremos esquerdos do mundo, a Coreia do Sul tem também um dos centrais que tem estado em destaque na Serie A em 22-23. Kim Min-Jae "limpa" tudo no líder do campeonato italiano, o Nápoles, mas a sua qualidade individual não deve ser suficiente para contrariar o favoritismo das outras seleções.

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