3 de julho de 2014

Mundial 2014: 11 dos Oitavos-de-Final

    Mais uma pausa no Campeonato do Mundo. Desta vez de dois dias aumentando assim a parada. Pausas que cheiram a despedida quando já só restam 8 jogos em disputa. 8 jogos e 10 dias para terminar a maior prova do mundo do futebol. Mas enquanto podemos desfrutar deste bom futebol que se pratica - num dos melhores mundiais num passado recente - aproveitamos para partilhar mais um 11 ideal correspondente aos oitavos-de-final. Jogos intensos e sôfregos até ao último minuto e onde os guarda-redes foram as estrelas. Poderíamos ter um banco repleto de guardiões, mas tivemos que optar por 2. Sigam-nos abaixo para saberem quem são.
    A titularidade acabámos por entregar a Tim Howard. A verdade é que foi uma escolha difícil entre ele e Keylor Navas. Navas fez defesas milagrosas evitando a derrota da Grécia em momentos-chave. Não teve muitas ocasiões para salvar a sua equipa, mas salvou-a de forma milagrosa e acabou por defender uma grande penalidade que ofereceu a Umaña a decisão de colocar a Costa Rica nos quartos. Mesmo perante todo este cenário, a escolha recaiu no guardião dos Estados Unidos. Não fez tantas defesas impossíveis, mas foi chamado muitas mais vezes a intervir. Foi de longe a razão dos norte-americanos poderem ainda sonhar durante todo o prolongamento. Aguentou todas as ofensivas belgas e apenas caiu perante os talentos de Lukaku e Kevin De Bruyne. Gigante entre os postes, Howard parece melhorar as suas capacidades como guarda-redes ao longo dos anos.
    Quanto à defesa estreamos pela primeira vez neste sector quatro elementos. No lado direito temos Philipp Lahm. Poderíamos colocá-lo a lateral ou no centro do terreno. Lahm jogou e fez jogar e foi o melhor jogador em campo frente à Argélia. É dos jogadores tacticamente mais inteligentes do Mundo - poucos decidem como ele -, mas quando se é o melhor lateral do mundo, tem que se ser lateral. No centro do terreno David Luiz marca presença depois de ter sido um dos 5 melhores centrais na fase de grupos. Marcou o golo brasileiro (a meias com o Jara), esteve seguro na defesa e assumiu com confiança a primeira grande penalidade. Gary Medel - que também continuou em grande - foi um monstro contra o Brasil como já tinha sido com a Espanha. Lutou imenso e saiu de campo com a perna toda ligada quando não dava mesmo mais. Saiu em lágrimas, mas como um dos melhores centrais da prova. Um herói chileno que merece certamente um clube melhor. Candidato a locomotiva da jornada temos do lado esquerdo Pablo Armero. Ao estilo de Robben nos momentos em que acelerou e deixou os jogadores uruguaios para trás, deu muita profundidade e esteve envolvido na boa jogada que deu o 2-0 à selecção colombiana. 
    No centro do terreno temos um jogador que regressou às exibições do passado. Wesley Sneijder mostrou a toda a gente que o velho Sneijder não desapareceu. Devia ter sido o melhor do mundo em 2010, quando ganhou tudo pelo Inter e levou a Holanda à final e frente ao México o golo dele - com um México infelizmente pouco corajoso e uma Holanda que pressionou e colheu frutos - acabou por mudar o jogo com uma bomba indefensável para Ochoa. Um lance consentido pela defesa, mas muitos falhariam aquele remate tão decisivo e não tão fácil de executar brilhantemente. Kevin De Bruyne decidiu o jogo frente aos E.U.A. Coube ao belga conseguir finalmente marcar a Tim Howard, depois do jogo mudar com a entrada de Lukaku. No prolongamento, marcou e assistiu e acabou por ser um dos 3 jogadores em destaque nesse jogo. Na França, o pequeno Valbuena foi o grande cérebro nos momentos ofensivos franceses - como tem sido quase sempre neste Mundial - e já nos jogos de preparação. O Astérix de cabelo negro esteve presente em praticamente todas as jogadas de perigo e acabou por estar ligado aos 2 golos da França. Finalmente chegou Ángel Di María. Contra a Nigéria já tinha deixado um cheirinho da época no Real Madrid, mas só contra a Suiça é que finalmente acordou. Decidiu o jogo aos 118 minutos com a ajuda de Messi e foi impressionante ver a intensidade e a capacidade de acelerar que continuou a apresentar mesmo no prolongamento, quando toda a gente já estava de língua de fora a vê-lo jogar... Por último temos - mais uma vez - James Rodríguez. Já não há muito a dizer. Melhor golo da jornada e a melhor exibição individual da jornada. Neste momento segue isolado em primeiro lugar na corrida a Melhor Jogador do Mundial e vai ter agora um grande teste com o Brasil que pode alimentar ainda mais o sonho colombiano. 
    Pela primeira vez optámos por apenas um único avançado. E o escolhido foi Romelu Lukaku. Apesar de se bater bem com Huntelaar. Ambos tiveram exibições semelhantes ao saltar do banco e a decidirem o jogo a seu favor. Contudo, o holandês acabou com uma grande penalidade decisiva e o belga acabou mesmo por decidir em jogo corrido com uma assistência - após enorme trabalho individual - e com um golo.


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